quarta-feira, 24 de abril de 2024

Deixe-me ver seus olhos de perto

 





 

Deixe-me ver seus olhos de perto



Deixe-me ver seus olhos bem de perto
Fitá-los um pouco, um pouco que seja
E poder tocar seus lábios,  por certo
Sentir seu delicioso sabor de cereja.

Deixe-me tocar a pele de seu rosto
Sentir de perto o perfume que atrai
Acariciar  seu dorso e seu pescoço
Sentir seu corpo que se descontrai.

Deixe-me abraçá-la com leveza
Envolvê-la com carinho e sedução
Admirar, com os olhos,sua beleza
Sentir o pulsar de seu coração.

Deixe-me ficar o tempo que preciso
O suficiente para tê-la com paixão
O necessário para absorver o sorriso
Para amá-la com ardor e devoção...

Apenas isso...
Nada mais que isso!

Euclides Riquetti

Imersos nas brasas da paixão

 




Corpos que se esculpem e se queimam
Imersos nas brasas da paixão
Corpos que se jogam nas areias
Corpos que se estendem pelo chão...

Almas que se julgam e se penam
Imersas nos pecados, na ilusão
Almas que insurgidas se condenam
Almas enegrecidas de carvão...

Corpos que se vestem de vaidade
Belos, formosos, sedutores
Com almas que se esquivam da verdade
Belos, charmosos, pecadores...

Corpos que se deitam em falso chão
Almas que se atormentam na  razão
Vidas que navegam em  incertezas...
São corpos que envelhecem cedo,  cedo
São almas que levitam,  sem sossego
São vidas que flutuam nas correntezas.

(E se vão embora!...)

Euclides Riquetti

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Inocente coração

 



Inocente coração


Inocente coração, coração inocente
Mergulhado na doce melodia matinal
Decente coração, coração decente
Navega em tênue harmonia celestial.

Valente coração, coração valente
Busca a outra  metade com valentia
Ardente coração, coração ardente
Arde na chama do amor com ousadia.

Coração inspirado, coração inspirador
Dá ao poeta a inspiração pretendida
Falte sol, haja frio, nos exala o calor
Traz-nos o ânimo na noite comprida.

Ah, coração alegre, coração contente
Que torna a vida mais bela e colossal
Guardai, Deus, nossa alma e a mente
Levai o bem a triunfar sobre o mal!

Euclides Riquetti

Partilhar sonhos de luz


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Partilhar sonhos de luz

Busque a realização de seus sonhos
Não deixe que nada a  atrapalhe
Busque-os com seu rosto risonho
Pois sem eles a vida pouco vale.

Procure realizá-los com sabedoria
Com a astúcia e a calma necessária
A luta pelos sonhos que contagiam
Não deve ser isolada ou solitária.

Buscar os sonhos mas não deixar
Que eles se sobreponham ao real
Realidade e sonhos,  um belo par
Caminhando juntos em especial.

Quero viver os seus sonhos azuis
Contar na noite as estrelas do céu
Quero viver os seus sonhos de luz
Partilhar sonhos de luz e de véu.

Euclides Riquetti

Sentir o perfume de teus cabelos castanhos

 






 

Sentir o perfume de teus cabelos castanhos
O calor em teu corpo exuberante e sedutor
Beijar os teus lábios com frenesi e ardor
Distanciar-nos dos pensamentos mais tacanhos.

Sentir que teus olhos têm o brilho da alegria
O pulsar de teu coração que se acelera
Amar tudo o que fazes com paixão e quimeras
Que tenhas paz interior e permanente euforia.

Sentir em ti a mais intensa reciprocidade
A confiança que está na alma branqueada
Dividir contigo a nobreza da cumplicidade.

Somar sonho com sonho, vislumbrar horizontes
Querer da vida presente o que se teve na passada
Beber das águas das mais puras fontes.

Euclides Riquetti

Meu soneto saiu para encontrar o teu

 


 



Meu soneto saiu para encontrar o teu

Soltou-se de mim sem o teu endereço

E eu, que te devoto meu maior apreço

Nem sei se teu coração já o recebeu...


Mandei-o que fosse, com mil cuidados

E todas as recomendações necessárias

Não se iludir em tentações perdulárias

Cuidar bem de todos os teus predicados. 


Foram-se meus quatorze versos rimados

As quatro estrofes ricamente delineadas

As ideias, todas, muito bem articuladas.


Foi a paixão oculta e teu nome soletrado

Foi-se, meu soneto sem vocativo e aposto

Agora só quero que o receba com gosto!


Euclides Riquetti

Sempre é tempo para você recomeçar

 



Sempre é tempo para você recomeçar

De dar um desejável e novo sentido à vida

Para andar de mãos dadas em uma avenida

Ou pisar aquelas areias que cingem o mar!


Sempre haverá o sol e uma mão estendida

Um sorriso largo, ou um abraço carinhoso

O desejo mais ardente de um beijo gostoso

E uma alma gentil para outra ressentida!


Sempre haverá um corpo a ser desejado

Uma pele macia, sedosa, bem cuidada

Uma pessoa que também quer ser amada

Um ser na solidão que quer ser cortejado. 


Olhe para o horizonte e pelos novos dias

Cuide do futuro, não viva de lembranças

Para cada um de nós haverá as esperanças

Viver todas as horas com intensa alegria!


Euclides Riquetti

24-04-2024







Deve estar escrito... (em algum lugar)

 


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Deve estar escrito... (em algum lugar)


Deve estar escrito em algum lugar
Que você não me quer amar...
Deve estar escrito num caderno
Que você não quer um amor eterno...

Deve estar escrito na letra da canção
Que você não se importa com meu coração...
Deve estar escrito no verso do poema
Que você não quer saber de meu dilema...

Deve estar escrito num outdoor
Que você conhece meus lamentos de cor...
Deve estar escrito em sua alma encantada
Que você  não se importa com nada...

Não se importa com o que me acontece
Se me ajuda ou me entristece...
Não se importa com a realidade
Se me faz sentir amor ou saudade...

 Não se importa se o sol brilha na manhã
Ou se chove sobre a terra chã...
Não se importa se as flores permanecem coloridas
Ou se fenecem com poucos dias de vida...

Não se importa se o luar ainda continua prateado
Ou se ele já não anima os namorados...
Não se importa em dar a esperança
A quem de você tem as melhores lembranças...

Apenas isso... bem assim!

Euclides Riquetti

Se quer a liberdade...

 


 


 

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Se quiser a liberdade, conquiste-a
Faça tudo sem magoar ninguém
Mas nunca perca isso de vista:
Pessoas sofrem se perdem alguém!

Se quiser a liberdade, busque
Conquiste-a, sim, gradativamente
Mesmo que sua luz facial se ofusque
Outra virá para brilhar novamente!

A liberdade é um direito de todos
Como é direito do poeta poetar
Libertar-se dos enganos e engodos
É uma forma de se auto-amar!

Mas, quando a liberdade aprisiona
Que vantagem há em tê-la?
Se muita dor ela gera e ocasiona
Será que ela vale mesmo a pena?!

Euclides Riquetti

Vendavais de paixão

 







Vendavais destroem cidades
Arrasam prédios e praças
E, em tempos de saudades
Arrasam almas onde passam.

Vendavais de amor e paixão
Da força mais descomunal
Arrasam também o coração
Como fossem inimigo fatal.

Vendavais fortes, violentos
Com sua força impetuosa
Arrasam meus pensamentos
Com sua sanha tão belicosa.

Vendavais, ambos, destroem
Destruição física ou moral
E nada mais reconstroem
Nos legando a dor e o mal.

Quiçá o tempo possa reparar
Refazer tudo o que é perdido
Nossas lembranças carregar
Espalhar pelo céu infinito.

Euclides Riquetti

terça-feira, 23 de abril de 2024

José Maliska Sobrinho - o cidadão, o poeta! - reeditando...

 


 



          Li, recentemente, o livro "José Maliska Sobrinho - Biografia". Valeu a pena ter lido!

          Conheci o Sr.  José Maliska Sobrinho quando ele vizinhou conosco no Distrito de Ouro, pouco antes de este emancipar-se de Capinzal. Mas ouvira falar dele no inverno de 1960, quando sua esposa, Pierina Motter Maliska veio a falecer e eles moravam nas proximidades da Prefeitura Municipal. A Sede da Prefeitura de Capinzal se localizava em Ouro, seu distrito,  e não no local onde hoje há a sede daquele município. Coisas da política, das velhas rivalidades entre UDN e PSD.

        Meu primeiro contato com os Maliska veio na semana seguinte ao falecimento de Dona Pierina, que deixou nosso mundo ao dar à luz uma filha, a Maristela, em 10 de julho de1960. Um parto muito difícil, em que as opções do médico eram entre a de salvar a mãe ou a filha. Dona Pierina, com 36 anos, sugeriu que salvassem a bebê. Achava que tinha vivido bastante e que a menina é que precisava ser contemplada com a vida. Apesar de todos os esforços do médico e das auxiliares, naquela madrugada de sábado para domingo,  nasceu a Maristela e sua mãe foi pro céu. Eu e o Moacir Richetti, meu primo, fomos entregar os convites para a missa de sétimo dia de casa em casa. A saudosa Tia Maria Lucietti, segunda esposa do Tio Victório, era amiga deles e fomos atender a um pedido de pessoas ligadas à família Maliska.

           Quando eles vieram morar no casarão que fora construído pelo Sr. Marcos Penso, na Rua Senador Pinheiro Machado, e que hoje pertence aos herdeiros de Idalécio Antunes, fiz amizade com os filhos, especialmente o Rui. O Rui era um menino educadíssimo e que parecia frágil, mas muito inteligente. Ensinou-me o que era um estádio de futebol, quando fazia um deles num monte se serragem que havia perto do casarão, na rua, onde brincávamos ao final das tardes.  Naquele tempo,  era normal que, num dia inteiro, nenhum carro passasse pela rua, uma vez que estes eram raros. Antes, era utilizada pelos caminhões da família Penso. Depois, poucos por ali transitavam.

          A História de José Maliska Sobrinho e toda a sua família é contada pelos filhos de seu segundo casamento, com Celina Miqueloto, os amigos Marcos Augusto Maliska e Maurício Eugênio Maliska, num livro biográfico que publicaram através da Juruá Editora, de Curitiba, em 2012 e que no ano seguinte passou a chegar às mãos dos amigos da família. Fui presenteado pelo meu ex-aluno Marcos e pelo seu mano Maurício. Agradeço de coração!

          Emocionei-me diversas vezes ao ler a história dos Maliska. Já considerava o Sr. José pela fineza  e amabilidade com que tratava as pessoas na época em que eu era um adolescente. E eu admirava aquela caligrafia dele, inconfundível, nos documentos em que escrevia no seu Cartório, em Capinzal. Um verdadeiro gentleman, elegante no vestir-se, no andar e no falar calmo, equilibrado e pausado. O Maliska, além de todas as virtudes e atributos como bom pai e marido, também cidadão muito responsável nas suas atividades públicas e profissionais, era ainda um exímio atirador. O amigo Nelito Francisco Colombo sempre me contava das façanhas do "Venho Maliska", com seu 38.

          José era um dos melhores amigos de meu pai. Formavam um grupinho de amigos em que ele, meu velho Guerino, o Luiz Gonzaga Bonissoni, o Werner da Silva, o Giavarino (Bijuja) Andrioni e meu primo Rozimbo Baretta se reuniam num bar, ali defronte à Ponte Irineu Bornhausen, no Ouro, e ficavam tomando umas pinguinhas e contando histórias e causos. Agora, lendo o livro, pude reviver algumas das que meu pai nos contava... E passei a entender o porquê de seu entendimento fácil com o Maliska e o Bonissoni, pois  tinham o mesmo perfil cultural e intelectual, foram grandes leitores e pesquisadores, aprendiam a fazer as coisas com facilidade, tinham ótima expressão oral e escrita. Tudo beirando à perfeição!

           Toda a vida da família Maliska, começando pela narração da  vinda deles para o Brasil, quando o pai de José, Francisco, veio da Polônia,  e casou-se no navio com Júlia Romanowski, alemã, que nele conheceu está relatada no livro biográfico. As dificuldades desse casal e dos filhos, se aventurando por terras do Rio Grande do Sul, as cartas trocadas entre a parentada e seus descendentes, tudo é informação digna do maior crédito e constam nas paginas da edição.

         Não vou aqui fazer uma resenha de tudo o que está na obra,  mas li cada linha, observei e analisei cada detalhe do que está escrito. Tenho muitas lembranças do José, da Isabel, da Eleonor (que mora aqui em Joaçaba e que seguidamente a encontro na rua)  do Luiz, que é advogado aqui em Joaçaba e com quem costumo me deparar na fila de um banco, do Aliomar que andava com aquele Corcel  branco de 4 portas, em 1970,  e vinha com o Rui para abasctecer no Posto Dambrós, e da pequena Maristela, que foi criada pelo tio Dr. Antônio Maliska e pela Delfa,( irmão e cunhada de José). Da Carmen, que foi embora quando eu era criança, poucas lembranças tenho.

          Descobri, no livro, o lado poético do Sr. José. Um romântico autêntico, que escrevia palavras bonitas, que sabia amar e fazer-se amar. Retirei, da página 85, parte do que escreveu numa carta à amada Pierina, quando ela tinha ainda 15 anos:

          "Para mim, apesar de ser pequenino, tenho o coração grande para te amar; eu julgo que tu terás pena de mim, sem teu amor a flor logo há de morrer: conforme florescem as plantas, e a lua vai se ostentando cada vez maior, uma força poderosa em mim vai se alastrando. Qual será o coração que vendo as maravilhas da natureza não sinta vontade? Alta noite enluarada, minha alma triste e abandonada vive sempre a pensar!... Moreninha, tu és uma jabuticaba, madurinha a valer. Enquanto não proseamos, meu coração não para de bater..."

        Que bom constar isso e  poder me referir de maneira carinhosa a uma pessoa que nos deixou em 23 de junho de 1979, e  que seus filhos hoje resgatam sua história de generosidade e cidadania através de um livro, onde se resgata a história de um cidadão honrado e que nos deixou belos exemplos.

Parabéns!

17-01-2016

Na praia, de mãos dadas

 


 





Na praia, de mãos dadas

Vivendo a espera do verão

Energias já bem renovadas

Novos tempos de emoção.


Alimentando a fantasia

Sonhos buscados e vividos

Ah, é tanta minha euforia

Nada de corações partidos!


O pensamento meu em ti

Foi assim e assim o será

Foi assim quando era guri

Amor que veio para ficar!


Girou a roda do moinho

Água rolou, água desceu

E você no meu caminho

É só o que Deus me deu!


Euclides Riquetti

Pinte seus lábios

 




Pinte seus lábios

Use o batom da cor que você quiser

Desde que a deixem uma bela mulher

Com seus densos lábios!


Maquie seu rosto

Para que me atraia, encante, fascine

Mais perfeito do que de modelo de vitrine

Com corpo escultural e belo rosto!


Sorria pra mim alegremente

Me conquiste com seu sorriso bonito

Com seu olhar da cor  do infinito

Me enlouqueça simplesmente!


Me abrace, me beije, me queira

Perca-se em mim na maior das perdições

Viva comigo as maiores emoções

Vai, me pegue, me beije, me queira!


Euclides Riquetti

23-04-2024



A Greve dos Professores de Santa Catarina - a luta começa hoje! A das federais completa uma semana!

 



       Professores das universidades e institutos federais completam hoje  uma semana de greve.  Em Santa Catarina, da mesma forma, a greve se iniciou hoje. Em nível federal, por não terem recebido os aumentos prometidos pelo Governo da Hora. E Santa Catarina, reivindicamos algumas pautas, mas o que mais se espero, e pelo que se luta, é pela descompactação da tabela salarial. 

       O Governo anterior sacaneou os professores catarinenses. O atual, em sua campanha, prometeu que ia resolver as principais questões. Para todos, a descompactação da tabela salarial. Para os aposentados, a possível eliminação do desconto de 14% para o Iprev. Nesta questão, fez aprovar um projeto tímido, que está em execução. No cômputo geral, professores sempre levando ferro!

       Vale lembrar que todos os que chegam ao Poder passam pelas mãos dos professores. Professores precisam ganhar o que merecem para terem grade motivação para ensinar. Não é possível ter boa cabeça para o trabalho quando se pensa nas contas que se tem para pagar.

       Uma das escolas em que mais tivemos adesões é a Sílvio santos, em Ouro, onde trabalhei por 28 anos como professor de Português e Inglês, e tive uma gestão de 9 meses como Diretor. Muitas escolas onde as lutas sempre foram efetivamente ativas, ainda estão sobre o muro. Mas, se as lideranças trabalharem bem e os alunos e pais compreenderem q importância da valorização dos profissionais da Educação, as paralisações surtirão mais efeitos e de uma forma mais rápida, com menores prejuízos para a aprendizagem dos filhos.


Em Joaçaba a manifestação começa às 14 horas na praça em frente da Prefeitura Municipal. 

Euclides Riquetti - Escritor - Professor aposentado - www.blogdoriquetti.blogspot.com 


Em 23-04-2024


Na noite serenada

 


 


 


Na noite serenada


Na noite serenada
Bem de madrugada
Eu te encontrei.

Estavas caminhando
Quem sabe procurando
Me encontrar na estrada
Bem de madrugada
Na noite serenada.

Na noite serenada de março
Também te procurei
E eu não disfarço...

Viramos dois caminhantes
Duas almas errantes
Que vagavam naquela estrada
Divinamente serenada.

Naquele sábado de março
De baixo para cima
E de cima para baixo
Com os pés descalços.

Era um corpo desnudo
De mãos dadas e pensamentos afinados
Sintonizados
Despidos de tudo.

Apenas vestidos de amor e de paixão
Andávamos sem destino
Procurando abrigo
No nada
Na noite estrelada
Mas serenada!
.
Euclides Riquetti