sábado, 27 de julho de 2013

Religião, família e solidariedade (mais água no feijão...)

         Certa vez, conversando com um empresário bem sucedido, ele me disse algumas coisas que me marcaram e em que me pauto muito  minha vida. Uma delas, que frequentemente me volta à mente, é a de que gostava de ajudar um clube de futebol e que tinha muito prazer em fazer isso, mas que todo o atleta que recebesse dinheiro saído de suas mãos teria teria  um compromisso: uma vez por semana,  o jogador tinha que ir a uma Igreja, fosse lá qual delas fosse. E deveria assistir a uma celebração de culto ou missa. Ao contrário, não tinha mais dinheiro para ele.

          Num primeiro momento, você pode achar que isso seja  uma exigência descabida, um querer demais, uma proposta inconcebível, mas concordo plenamente com o modo de pensar dele. Primeiro, porque o dinheiro é dele e, para dispensá-lo, pode fazer as exigências que quiser. Segundo, porque é preciso compreender a sua intenção, qual seu verdadeiro proposito.

          E o dele era bem simples: todo o cidadão que se submete às regras de uma religião, seja qual for, tenderá a se submeter às regras da sociedade em que participa, das normas da empresa em que trabalha, do grupo de convivência social em que está inserido. E o time de futebol, dentro de um conceito moderno de visão, representa um cenário no qual multidões se espelham para a formatação da conduta diária.

          Dizia mais: "Todo o domingo ligo para meu filho que mora em outro estado, muito longe, para ver como ele está, como está sua família, se foi à missa. Meus filhos não podem ser pessoas sem religião. Todas as pessoas precisam ter uma.  E eles sabem o que eupenso sobre isso".

         Comecei a observar mais a vida desse cidadão e constatei que suas atitudes e as de sua família eram todas louváveis, Defendiam causas populares muito nobres, tinham um grande compromisso com a ética social,  moral e cristã.

          Agora, com a presença do Papa Francisco no Brasil, vi algo muito inovador e que deveria ser regra: Ele recebeu líderes de outras igrejas que não  a católica para conversar e mostrar para o mundo que as religiões, a  religação com as verdades e o bem, precisa acontecer efetivamente. E, ainda, as atitudes de simplicidade, peculiares de um franciscano, são um verdadeiro exemplo a ser seguido por todas as lideranças. E os liderados se espelharão nas atitudes de seus líderes, certamente.

          Encantaram-me  algumas ações do Papa Francisco, que por várias vezes quebrou a rotina protocolar para dar atenção a pessoas que o queriam tocar. Mostrou humildade no agir e no falar. Ganhou o coração de muitos quando disse que é possível "por mais água no feijão", uma forma bem simples de dizer-nos que podemos repartir com os irmãos o alimento que nós temos. É muito fácil sermos solidários! Sem ostentação... Uma licão fácil de aprender e de por em prática!

Euclides Riquetti
27-07-2013



quinta-feira, 25 de julho de 2013

Poetas são apenas... poetas!

          Ao final da década de 1990,  sempre que ia a Joaçaba, passava defronte a uma  loja de carros. Belíssimos modelos expostos, para todos os tamanhos de bolsos. Hatches, sedãs, caminhonetes dupladas nacionais e possantes importados, exuberantes, todos. Eu ficava embasbacado diante de tanto luxo e modernidade. Depois que aquelle presidente falou que só fabricávamos carroças, nossos criativos engenheiros e desenhistas (não conhecíamos os "designers"ainda), passaram a criar  bólidos sofisticados para não apanhar dos modelos alemães, japoneses, americanos e franceses.     

          E as indústrias montadoras, aproveitando as facilidades de financiaments oferecidas pelo Governo Brasileiro, visualizaram a oportunidade de ganhar muito dinheiro. E, cada vez mais protegidas pelo Poder, mais dinheiro ganharam e mais ainda ganham agora. Você compra o carro de seus sonhos, sem avalista, num piscar de olhos, e vai ajudar a entopetar as estreitas ruas das cidades, enquanto as autoridades ficam tentando achar fórmulas de facilitar a mobilidade urbana, Aliás, esse termo já está na relação dos ultrapassados, fala-se, no momento, em mobilidade humana,  o que, aliás,é muito correto, pois precisamos primeiro pensar no ser humano e depois na máquina.  Esta fica prioridade de governos, pois lhe garante fartura na arrecadação de tributos.

          Parei uma vez nessa  loja e fiz amizade com o proprietário. Pareceu-me uma pessoa boa e honesta aquele senhor de fala calma e respeitosa. Demonstrava conhecer o mercado dos automóveis, sabia quanto pagar por um seminovo inteiraço e também quanto pedir no momento da venda. Trabalhava com um estoque de veículos de não mais que 20 unidades, o que,  para a época,  era bastante. Compraria meu usado de dois anos e me venderia um semi com baixíssima quilometragem, segiríamos a Tabela 4 Rodas, a confiável na época e na qual todos se pautavam. Claro que teríamos que considerar um ganho real de pelo menos uns 5% para ele, com o que eu concordava. Voltaria mais adiante, outras vezes, para fecharmos negócio.

          Passados dois meses, quando senti que era hora de fazer negócio, voltei lá. O ambiente parecia modificado, não havia mais tantos carros, a loja parecia acanhada. Um rapaz, com uma caneta, rabiscava umas folhas de papel, escrevia frases, riscava, mudava, parecia não estar  satisfeito com aqueles escritos a que tentava dar forma. Estava compondo uma poesia...

          Simpatizei com ele, disse que eu também gostava de fazer poemas, que tinha aqueles dias em que tudo me vinha com facilidade, outros nem tanto... Senti empatia e em minutos falávamos como se velhos amigos já fôssemos. Acho que os poetas devem ter algo que os atrai, une, coloca a andar num mesmo caminho,  independente de fazerem ou não algum esforço para isso. Perguntei pelo proprietário e senti uma expressão muito triste e uma fragilidade enorme em suas palavras. Aquele rapaz forte, estimulado pela sua veia de poeta, transformava-se... e transtornava-se! Disse-me que seu pai falecera recentemente ,que havia comprado um carrão  numa cidade vizinha e que,  ao buscá-lo, tivera um acidente e perdera a vida. As lágrimas brotaram dos olhos daquele jovam poeta, que deixava a sensibilidade transbordar de sua alma para alojar-se nos versos que caminhavam pelas linhas de um caderno universitário.

          Tentei animá-lo, disse-lhe que seu pai fora uma pessoa boa, que seguramente hava encontrado um lugar muito bonitoa e agradável na Glória Eterna, para onde vão os que fizeram o  bem aqui na terra. Pedi para ver seus poemas e ele recobrou-se, gentilmente me apresentava a seus versos livres e brancos, a suas redondilhas, aos seus alexandrinos. Fiquei maravilhado! Emendamos a conversa e descobri que, com a perda do pai, trancara a faculdade na cidade onde estudava e voltara para ajudar a mãe a cuidar dos negócios.

          Saí de lá muito pensativo e muito triste. Comentei com uns amigos sobre isso e tinha uma preocupação: nunca vira um poeta dar-se bem nos negócios. Negociantes tomam decisões com a razão, têm habilidades matemáticas, são ágeis no argumentar e rápidos no convencer. Poetas raciocinam com a alma, entre ganhar e perder optam por perder,  antes de magoar alguém. Verdadeiros poetas têm aguçados sentimentos, olham muito mais para o outro do que para si mesmos. Enquanto os primeiros vivem a realidade, nós, poetas, vivemos o sonho... E parece que, não raras vezes, este tolhe nossa capacidade de organizarmos  nossas ideias em relacão a prover nosso sustento. Lembro-me do colega de República e de curso de Letras na Fafi,  Francisco Samonek, o moço de Rio Azul, que escreveu  o poema: "Poeta ou Matemático??" em  que transpirava o dilema do escritor diante de uma escolha...

'
          Tempos depois,  passei por lá e já havia um novo proprietário. Disse-me que o rapaz fora mal nos negócios, que a mãe ficara doente, que não havia como continuar, passou-lhe o ponto e foi embora da cidade.  Duas décadas depois, percebi,  através de  que  seus parentes moram no mesmo bairro que eu, ( e me confirmaram minhas suposições): poetas são apenas poetas. Têm muita riqueza em si mesmos. Uma riqueza interior que dividem, gratuitamente, com todas as pessoas. Ficam pagos pelos seus serviços apenas por sentirem que alguém lê seus escritos. E que, muitas e muitas vezes, têm os pensamentos afinados, navegam juntos no mar, flutuam pelos ares, sem mesmo sair de casa, sem nunca se terem conhecido...Poetas são apenas.... poetas!

Euclides Riquetti
26-07-2013

Oração às crianças

Crianças nos fazem felizes porque são crianças
Crianças nos dizem coisas que nos encantam
Crianças filhas de mães dignas, dóceis e santas
Crianças que nós amamos, lindas crianças!

A criança  torna o mundo muito mais feliz
Porque em cada olhar desperta ternura
Porque em cada rosto há carinho e doçura
Há amor em seus gestos e em tudo o que diz.

Deus, abençoe as crianças que cantam,  faceiras
E também as que buscam o pão pra comer
E aquelas sem pais e sem lar pra viver.

Proteja as que passam frio nas noites de inverno
E as que rezam, esperançosas, pelo Pai Eterno.
Abençõe, Meu Deus,  as crianças brasileiras!

Euclides Riquetti
25-07-2013

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Não nutra amor por quem não merece

Não nutra seu  amor  por quem não merece
Não perca seu tempo com pessoas vulgares
Não acredite em palavras vãs e fugazes
Não entregue seu corpo a quem não conhece.

Não perca seu sono em suas noites preciosas
Não nutra paixões que a façam sofrer
Não se deixe envolver pelo falso querer
Não navegue por águas de ondas duvidosas.

Olhe em volta de si, com seu olhar contagiante
Procure entre todos  quem apenas lhe faz bem
Deixe-se guiar pela intuição que você tem
E busque encontrar perto o que procura tão distante.

Quem sabe ali esteja a resposta que você procura
O sol a lhe mostrar qual o melhor caminho
O rumo a seguir sem as pedras e os espinhos
Uma estrada de amor, de carinho e ternura...

Pois você merece!.

Euclides Riquetti
24-07-2013






terça-feira, 23 de julho de 2013

O dia em que minha vida virou ao avesso

          O dia 22 de julho de 1984 me é inesquecível. Tinha tudo planejado: jogar bola, ir a uma festa, descansar para na segunda trabalhar. Levantei-me cedo, peguei a sacola com minhas chuteiras, despedi-me da família e fui para o Estádio do Arabutã. Era o dia mais frio do ano,  um domingo.  Tivéramos duas semanas de férias escolares e, no dia seguinte,  haveria o reinício das aulas. Queria aproveitar bem meu domingo. Depois do jogo, me encontraria com a família e amigos numa festa de batizado.

          Ali, ao lado do Estádio, havia uma sede recreativa onde seria realizada a festa do batizado da Aquidauana, uma bebezinha,  filha do compadre Neri Miqueloto e da Zenete. Fui o primeiro a chegar ao campo. Havia neblina e frio, muito frio. A promogênita deles, que atualmente cursa um doutorado nos Estados Unidos.

          Nove horas e já estávamos em campo. O treinador Valdomiro Correa deu-me a camisa branca com  mangas vermelhas, número 4,  jogaria como quarto zagueiro, fazendo dupla com o Fank.  Normalmente eu jogava com a 2, na lateral direita. Nsta atuou  o Mantovani, que era apelidado de "25". Era o mais maduro da turma. Na esquerda, o Mingo Barbina. Eu tinha 31 anos e estava em plena forma física. E me achava velho... Tinha ossos fortes, minha mãe sempre dizia que me deu muito cálcio quando criança. E eu achava que jamais pudesse machucar-me, era muito corajoso nas jogadas, não tinha medo de que algo me pudesse acontecer...

          Placar ainda em branco e nossos adversários fazendo pressão. Formávamos linha de impedimento, já tínhamos um ótimo entrosamento e sempre que jogávamos, nos  adiantávamos quando o adversário iria lançar a bola. Deixávamos os desavisados sempre impedidos. Nossa média de idade era bem acima da deles e tínhamos que dispor de nossa esperteza para enfrentá-los. E, num desses lances, quando saímos, um de nossos jogadores deu condição legal de jogo para os adversários. O Tita, de 16 anos, muito habilidoso e veloz, recebeu a bola e saí atrás dele. Quando ele entrou na grande área e ia fazer o gol, alcancei-o e dei toda a força possível para cortar a bola. Nesse instante, veio o goleiro, meu companheiro, num carrinho e me atingiu. Foi um estouro. Disseram-me o Mafra, o Marcon e o Nito Miqueloto, meus companheiros, que pareceu um tiro de revólver 38. Senti que algo de muito ruim me havia acontecido. Eu não queria acreditar: O que iriam dizer meus familiares? Cmo iria dar aulas no dia seguinte?

         Meu colegas vieram acudir-me. Estavam apavorados. Olhei para minha perna direita e o pé estava desgovernado. A perna dobrou-se, apenas a pele mantinha o pé preso ao meu corpo. Uma fratura na Tíbia, duas no Perônio, e os ossos esfacelados. Uma senhora contusão! Tiraram minhas chuteiras, minhas meias. Uniformizados,  não conseguiam achar as chaves dos carros para levar-me ao hospital. Ficaram todos atrapalhados. Vi o Irineu Miqueloto (saudoso...), que viera de Ponta Grossa para o batizado de sua sobrinha, pedi para que me socorresse,  e ele, apavorado, no alambrado, procurava nos bolsos as chaves de seu carro, e nada! Até se esquecera de que não estava de carro lá.  Havia deixado o carro com a esposa e nem se lembrava disso.  Estavam todos desorientados...

          Enfim, os amigos Vilson Farias, atual Vice-prefeito de Capinzal, e o Alvanir Mafra, com o Fusca deste, resolveram que deveríamos ir de imediato para o hospital, no fusca. Colocaram-me no banco traseiro,  o Mafra dirigia e o Farias me dava apoio moral. Iríamos direto pra Joaçaba, onde haveria ortopedista no Hospital Santa Terezinha.

          Na estrada eu olhava para o espelhinho retrovisor e via que estava pálido, meus cabelos molhados, o rosto muito suado. Não sentia dor, ainda, porque estava om o corpo muito quente, havia  corrido muito e por mais de meia hora. Não me conformava por aquilo estar acontecendo comigo...

          Em menos de meia hora estávamos nas ruas centrais de Joaçaba, onde não haia asfalto ainda. Quando o carro trafegava sobre sobre os paralelepípedos do calçamento, os ossos pareciam espinhar os músculos e doía muito, muito. No Hospital Santa Teresinha, fui posto na numa maca, e o médico Dr. Marino, ortopedista, colocou uns saquinhos de areia nos lados da perna, imoilizando-a. Como que se  a mão de Deus tirasse a dor, senti-me aliviado. Veio o raio-x, o gesso, envolvendo toda a perna até a bacia. Não havia necessidade de cirurgia, graças a Deus. Apenas 90 dias no gesso. Levaram-me para casa. Eu estava chateado porque minha família não pudera participar da festa da Aquidauana. mas não sentida dores. Até que passou o efeito da anestesia  quando passei por dores insuportáveis. Ligaram para o hospital e indicaram-me injeções para alviar a dor que um rapaz, meu aluno, o Neodir Zanini, veio aplicar, junto com o pai dele, o Nadir.jovem, trabalhava na Farmácia São Pedro.  A dor  ia e voltava...

         À noite, demorei para dormir. Depois sonhei. Sonhei que estava numa bela tarde de sol, lá no mesmo campo, jogando futebol, mas na lateral esquerda, com a camisa 6. Jogando contra o Clube 4 S de Linha Sul, marcando o Joãozinho Baretta, um primo. Ele estava de camisa verde e eu marcando-o.
Muitos dias com dores, passei os primeiros vendo na TV as Olimpíadas de Los Ângeles, torcendo pelo Brasil, em especial pelo goleiro Gilmar Rinaldi, que defendeu até pênaltis. E nos deu a Medalha de Prata. O Gilmar foi nosso compnheiro de bola no campinho, ali no Ouro, quando vinha passar as férias na casa de sua irmã, a Matilde. Jogava no Inter, depois jogou no São Paulo, na Udinese, num clube do Japão e n Flamengo.

          Seis meses depois, estava eu de volta aos campos. Mudei meu jeito de jogar, mais cauteloso, usando menos a força e mais a inteligência. Percebi que nosso corpo tem limites, esta foi minha lição. E consegui correr atrás da bola por mais 25 anos, apenas com 3 meses de interrupção em 98, quando estourei menisco e ligamentos, pondo até parafuso de titânio no joelho esquerdo, que está ali até hoje. Estou até pensando em voltar a jogar,  agora na Primavera...

          Realmente,  aquele domingo, 22 de julho de 1984, meu mundo ficou de pernas pro ar. Mas sobrevivi!

Euclides Riquettii
22-07-2013


         

         

         

         

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Doces lábios de morango

Beijo seus lábios doces de morango
De divina pele avermelhada
O delicioso aroma vai-me contagiando
Com o gosto de sua  essência adocicada.

Sorver seus lábios e sentir  seus olhos distanciados
Perdidos na planície que se estende  ao longe
Sentir seu coração aberto aos meus afagos
Tentando me levar pra não sei onde.

Ah, doces lábios de morango que me seduzem
Ah, corpo grácil que me aquece nesta tarde fria
Ah, mãos suaves que nas noites me conduzem

Morangos que bailam na música da grande orquestra
Que devolvem a minh' alma a nostalgia
Que fazem minha vida ser u'a grande festa!

Euclides Riquetti
22-07-2013





domingo, 21 de julho de 2013

Rosas enganadas

Enganaram as rosas
De todas as cores e matizes
Deixaram-nas felizes
Belas e formosas
Suavemente cheirosas.

Enganaram-nas sutilmente
As roseiras e suas rosas
Com suas  pétalas olorosas
Delicadamente, docemente:
Enganaram as rosas...

Quem as enganou,  assim de repente?
Seria já primavera, ou o  inverno é tardio?
Até agora, bem diferente
Mas que ainda  virá, certamente
Para repor  a névoa,  no rio...

Fantástico cenário multicolorido
Rosas esplendorosas em  beleza
Majestosas em sua nobre realeza
Que tornam meu jardim divinamente florido
Vindas por engano, enganadas pela natureza...

Vindas antes do tempo, por que não?
Para alegrar minha alma de poeta
Para deixar minha alma repleta
Para compensar a minha solidão
Dar-me a vida,  dar-me amor e paixão!

Euclides Riquetti
21-07-2013