sábado, 26 de dezembro de 2015

Feridas no coração

Dores que não se acalmam
Vêm de feridas no coração
Que rapidamente se espalham
Causando angústia e aflição...

Dores vêm por algum motivo
E nos causam muita tristeza
Quando atacam um ser vivo
Trazem o sofrer e a incerteza.

Dores, é melhor nunca tê-las
São como pedras em desertos
Jamais serão luas ou estrelas
Nem me inspirarão os versos!

Dores, delas é difícil livrar-se
Pois dissabores elas nos dão.
Como de sofrimentos afastar-se
Se há dor em nosso coração?

Euclides Riquetti
27-12-2015











Como num deserto...

Como nos desertos
Ventos e areias me ferem os olhos
E meu coração cheio de imbróglios
Entrega-se aos rumos mais incertos...

Como se num inverno
O frio inibe meus movimentos
E fico paralisado como se os ventos
Me tornassem um corpo de gelo eterno...

Como se não houvesse luz
Escondo-me nas trevas misteriosas
Nas estradas mais longas e perigosas
Nos caminhos pelos quais você me induz...

Como se não houvesse nada
Nem um amanhã risonho a me esperar
Ou um barco com o qual navegar
Sou uma alma perturbada...

Mas espero por um novo dia
Por seu sorriso terno e cativante
Por flores perfumadas com alegria
Pelo seu abraço contagiante.

Apenas por isso, nada mais!

Euclides Riquetti
26-12-2015






Uma "invenção" que ainda ninguém inventou...

         De vez em quando me vejo na situação de imaginar algumas coisas que ainda não foram inventadas. A inventividade vem em razão da necessidade. Quando preciso de algo, fico imaginando se poderiam inventar algum bregueço que resolvesse isso, que me desse uma resposta. Por necessidade, ou ocasião, já inventei algumas palavras. Nem me lembro de quais, mas já inventei. Quando tenho uma ideia serpela, mas estou com o problema do inefável, como diria meu professor Francisco Filipak, acabo inventando alguma palavra...

          Acho que já relatei sobre quando era jovem e fui ao Supermercado Dona Amália, dos D´Agostini, em Capinzal, e vi lá que o Tio Arlindo Baretta, açougueiro,  já dispunha de uma balança que pesava e já calculava o valor da carne que era colocada na balança. Muitas vezes, antes, eu imaginara uma engenhoca que cumprisse essa função.

          Ao longo dos anos, fui cuidando de coisas que foram inventando para facilitar a vida do cidadão, principalmente ferramentas utilizáveis por pedreiros, marceneiros, carpinteiros e mecânicos. Mas há algumas coisas que ainda me incomodam, senão vejamos; Há pelo menos três décadas começaram a introduzir, por aqui, restaurantes em que as pessoas se sevem num bufete. Também passaram a oferecer  a opção para o pagamento pelos gramas consumidos, na modalidade "em quilo".

         Mas, com relação aos restaurantes, ainda há algo que me intriga: Aqueles garçons, todos, recolhendo pratos e talheres das mesas e levando para  as cozinhas. Em alguns restaurantes, principalmente nos das praças de alimentação dos shopping centers, há aquelas bancadas em que o consumidor coloca todas as tralhas, como bandeja, talheres e pratos, não precisando de gente para recolher.

         Imagino uma invenção que poderia ajudar nos restaurantes e que eu me sentiria muito menos incomodado se fossem colocadas em execução: Ao centro de cada mesa,  deveria haver um orifício redondo e, sob ele, uma esteira adaptada numa coluna de elevação, em que o cliente colocasse o prato e os talheres sujos e esta os conduzisse até a cozinha, onde tudo seria lavado. E poderia haver uma tampa para o orifício, sendo que, quando não em uso, o local poderia ser utilizado para colocar alguma coisa em cima. E, mais perfeito ainda, seria se houvesse um sistema virtual de solicitação em que, se precisássemos de algum utensílio ou bebida, isto viria pela esteira e chegaria até a mesa.

         Você me dirá: "mas daí vai diminuir o emprego para garçons"! E Eu lhe direi: "Mas vão precisar de mais profissionais para fabricação, instalação e manutenção de todos esses equipamentos. E você dirá: "Vai consumir energia!". E eu direi: "Pois que se instalem equipamentos para o uso da energia  solar ou eólica para alimentar os motores dos equipamentos", e assim por diante...

         Hoje, pela manhã, minha filha Michele procurava a chave do carro. Falei: Deveriam inventar uma chave com dispositivo de localização, em que se discasse um número no telefone e a chave fizesse algum barulho onde estivesse e a gente a encontrava"! Ela achou a ideia boa...

        Quando ela foi embora, disquei no google: "chave para carro com dispositivo de localização". E vi que já inventada, que está disponível no mercado um chaveiro que custa de R$ 8,95 até R$ 29,90. Que bom que já o tenham inventado! Pois que, agora, a indústria automobilística fabriquem os carros com um dispositivo na própria chave. Ou será que já estão fazendo isso também?!

E você, já inventou o que na sua vida?

Euclides Riquetti
26-12-2015

Me deem notícias

Me deem notícias...
Digam-me onde a gaivota foi voar
Digam-me onde a canária foi cantar
Me deem notícias!

Informem-me simplesmente
De alguma forma muito cara
Ou mesmo me deem uma pista clara
Pois preciso saber, realmente
Onde foi parar essa ave tão bonita e rara!

Digam-se se voou sobre o oceano
Ou se foi passar o fim de ano
Em algum lugar de nosso mundo
Ou foi dormir seu sono mais profundo
Nos galhos de uma árvore de um pomar!

Informem-me, de imediato, por favor
Desejo saber seu paradeiro
Se a gaivota foi voar o céu inteiro
Ou se foi esconder-se do calor
Do verão que veio pra ficar!

Me deem notícias...
Digam-me onde a gaivota foi voar
Digam-me onde a canária foi cantar
Me deem notícias!

Euclides Riquetti
26-12-2015







Papai Noel esteve aqui


Foi Natal outra vez
Veio e foi-se o Papai Noel
Sobrou presentes e papel
Tudo de bom ele fez.

Veio chegando em seu burrinho
Foi entrando pela janela
E da maneira mais singela
Deixou-nos os presentinhos.

Só ele entende de  sonhos
Sabe o que queremos ganhar
Na hora de presentear
Conhece os bons e os medonhos.

No Dia do Menino Jesus
Por Deus e Maria abençoado
Nossos sonhos são realizados
Graças ao Menino de Luz.

Tenhamos muita sabedoria
Pra entender todo esse mundo
E que o amor mais profundo
Traga-nos paz e harmonia.

Vale pra mim e pra ti
Que acreditamos no Bom Velhinho
Foi agora, há um pouquinho:
Papai Noel esteve aqui!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Caminhar ao sol

Caminhar ao sol, sorver seus raios dourados
Deliciar-se ternamente, feliz, feliz contente
Raios brilhantes, luminosos e  brilhados
Bronzeando as peles, os ombros elegantes
Aquecendo a alma da pensativa caminhante.

Caminhar ao sol, a mente navegando bem distante
E perdida em pensamentos já morenos
Em pecados que guiam passos errantes
Deletando da alma todos os venenos
Que possam inpregnar-se nos espíritos serenos.

Caminhar ao sol, como se em frio  intenso
Amenizá-lo, numa agradável sensação de bem-estar
Caminhar ao sol, num prazer imenso

Caminhar ao sol, embeber-se de luz e de  paixão
Deixar o pensamento leve a navegar
Afagar a alma, acalentar o coração!

Euclides Riquetti

Conversa de ponto de ônibus

Repeteco...


             Escutar conversas através da porta ou das paredes é muito feio. Mas, quando você está num ônibus ou ponto de ônibus, cruz credo! Você escuta cada uma!...

          Pois que dias desses eu estava me abrigando num desses pontos de ônibus. Desses que os malandros picham, que têm apenas a parede traseira e, com sorte, o passageiro encontra um que tem as proteções nas laterais. Mas que as pessoas se obrigam a ficar ali, muitas vezes infinitamente, à espera de um coletivo. Há, porém,  uma coisa muito atraente em todos esses locais onde se reúnem pessoas, por força das circunstâncias, e acabam fazendo amizade. Assim como existem os amigos de escola, da mesma rua, do campinho, e até do facebook, existem os amigos dos pontos de ônibus.

          Idosos com suas carteirinhas que lhes permitem andar sem pagar as tarifas.  Mães que estão indo visitar fmiliares nas clínicas. Estudantes que voltam da aula. Diaristas que vão e voltam. E um monte de meninas penduradas nos  seus celulares. No tempo em que eu pegava ônibus, ali naquela Praça no Centro de União da Vitória, para ir trabalhar na Mercedes, nem se sonhava que um dia viessem a existir os celulares, os indispensáveis aparelhinhos que se grudam nos ouvidos das pessoas, desde Xangai até a Linha Maziero, ali no Ouro. Naquele tempo eu chegava cedo e ficava lendo romances, as jóias da nossa literatura.

          Então, como eu dizia, o papo vai longe, ali no ponto. O assunto da hora é a dissimulação que, traduzida na conversinha coloquial da hora, é a falsidade. E, uma jovem, com sua frente única e alguns pneuzinhos, falava das novelas, inconformada com algumas que acontecem:

          "Você viu, amiga, quanto falsa é aquela Bárbara Helen, da novela das sete, na Globo! Imagine que até tá torcendo que seu filho adotivo seja desorientado só pra dizer que é uma mãe moderna e compreensiva... Quem não te conhece que te compre!"

          Sua amiga de ponto: "É, ela é muito falsa, vive aprontando. Até roubou o Natan da Verônica. Coitada da Verônica! E a Amora, igualzinha à mãe!"

          "Tudo bem! Só que a Amora ainda vai endireitar no fim da novela. Aposto que vai ficar com o Bento. E a Malu vai acabar ficando com o Maurício, estou torcendo por isso! O maurício  é um baita menino. Mas o pai!... E,  na Flor do Caribe, você já viu o Hélio? Pura ambição! Ontem ele "desconvidou" a mãe dele para a sua festa de aniversário. Falso que só ele! É pura ambição e falsidade. Até deixou o pai um tempão na cadeia, inocente. Ele era o culpado, mas deixou o pai pagar em seu lugar"

          Então, um velhinho muito gente boa, aqui do Bairro Clara Adélia, se mete na conversa: "Concordo! Isso tudo é uma perdição. A Globo fica botando todos esses picaretas nas novelas e nós temos que assistir!  Tanto a Bárbara Helen como o Hélio são dois falsos. Piores que a Carminha, que enganava o Tufão! Mas o Hélio, esse, é mais falso do que nota de três reais...

          E você, amigo (a)  leitor (a), quantas histórias parecidas você já não ouviu? Aposto uma nota de seis reais que você já ouviu também...


Euclides Riquetti
13-06-2013

O tempo passa, sutilmente...passa


Passa o tempo, sutilmente  passa
Passa pra mim e  pra você  também
Infelizmente, nosso tempo passa

 (E você não vem e não me abraça)
Rápido, mas quieto, ele vai além...

Passa pra mim e pra você o tempo
Manhã vem, tarde vai, noite vem mais uma vez
Passa o dia de sol, passa o cinzento

 (E eu caminhando só, eu no  relento...)
Caminhando e pensando em você!

Passa o tempo como passa a vida!
Passa e nos deixa seus sinais
Há a hora da chegada, a hora da partida!

 (A hora esperada, e a que quero esquecida...)
 E há aquelas que eu quero mais e mais!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Só porque é Natal

          Em tempo de Natal quero desejar felicidades a tanta gente que me rodeia e a quem tanto quero bem. Quero agradecer a Deus por ter-me dado saúde a mim, a minha família, a muitos de meus amigos. Também por ter ajudado meu irmão Hiroito, que passou por momentos difíceis nos últimos dois meses, mas que está-se recuperando bem.

           Estimo que as pessoas se tornem sempre melhores, que seus corações se abrandem, que elas se entendam, deixando de lado coisas que pouca importância têm e valorizem mais a verdadeira amizade e  os laços sentimentais e sanguíneos.

          Natal é tempo de esperança, da alegria que precisa estar presente, da vida que precisa renascer em cada um de nós. Natal é tempo para se refletir sobre a vida, de começar a se preparar para chegada, em poucos dias, de um novo ano.

          Desejo, com toda a sinceridade, que todos tenham muita saúde, que é o maior bem que nós temos e que precisamos preservar, pois, sem ela, pouco ou nada temos. E que os presentes que foram dados ou recebidos, tenham uma significação sentimental bem maior do que a material.

         A todos os meus leitores, também, meu carinho muito especial!

Feliz Natal, só porque é Natal!

Euclides Riquetti
24-12-2015

Rio de Janeiro: A Saúde e o Estádio Engenhão... mudou algo?

"Estádio Engenhão - mais uma vergonha" - Em junho de 2013,  publiquei um texto com este título. Agora, dois anos e meio depois, continuamos com  muita demagogia no Rio de Janeiro, muita publicidade em torno das Olimpíadas que virão, muita politicagem , muita sem-vergonhice, muita irresponsabilidade. - Revejam parte do que publiquei e minha opinião atual:
         " Aquilo que parecia ser um orgulho para o Rio de Janeiro há 6 anos atrás, quando foi inaugurado, agora se transforma numa vergonha.

         Construído para tornar-se um estádio poliesportivo que pudesse abrigar os Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro em 2007 e as Olímpíadas de 2016, o Estádio Olímpico João Havelange, apelidado de Engenhão por se localizar na localidade denominada Engenho de Dentro, foi, após o uso oficial para que fora destinado, dado em arrendamento por 20 anos para o Botafogo Futebol Clube, do Rio de Janeiro. Contrato vigente até 2027, poderá ser prorrogado por mais 20, até 2047, por vontade unilateral, ou seja, desde que uma das duas partes, Prefeitura ou Clube, assim o queira.

          Celebrado como o mais moderno e bonito da América do Sul em sua inauguração, começou a fazer água, literalmente, pouco tempo depois. Com problemas na cobertura, foi interditado ainda em março. E serviu de palco, não para espetáculos esportivos, mas sim para que os políticos do Rio de Janeiro, (aqueles mesmo que deixaram o Hospital Infantil de Bonsucesso, que faz transplantes em crianças  ficasse  fechado por alguns meses), se alfinetassem  publicamente. Um denuncia e atesta a incapacidade do outro, um teatro para angariar simpatia e votos. Dizer aqui o nome deles seria estar propagando-o, e vai que algum deles ainda se candidate a Presidente e eu o teria ajudado a tornar-se conhecido...Não vou fazer isso, minha consciência recusa.

          Pois não é que agora decidiram que aquele campinho de futebol, que custou há seis anos R$ 380.000,000,00 - trezentos e ointenta milhões - aos cofres da Prefeitura do Rio, vai ter que ficar fechado até 2015 para reforma? Dizem que é por causa da cobertura. E nem têm ideia ainda de quanto vão gastar para deixá-lo em condições de uso com conforto e segurança. Digo campinho porque tem as dimensões de 105x68 metros, enquanto que o nosso, do Arabutã FC, onde joguei bola dos 12 aos 50 anos, tem 120x90 metros. Foi justamente por isso que nosso Arabutã ganhou de todos os times da região que ali recebeu, pois vinham acostumados com seus campos acanhados e o nosso era um Maracanã interiorano. Os próprios Paulo César Caju, Edu Américo, tricampeões mundiais se impressionaram com o tamanho quando qui vieram jogar, em meados da década de 1980. O mesmo disseram  Pedro Rocha, da Seleção Uruguaia e do São Paulo FC, e Djalma Dias, do Palmeiras.

          Mas o campinho chamado de Estádio Engenhão guarda o privilégio de ter Engenheiros que desafiaram as leis da física. desafiaram, erraram nos cálculos estruturais e levaram na cabeça. Foi mais uma daquelas coisas que nos confirmam que  "quem vê cara,  não vê coração". "
 
         Pois bem, os noticiários, ontem e hoje, deram farto material sobre a situação do sistema público de saúde no Rio de Janeiro. Uma lástima! Continua muita politicagem e pouca solução para os problemas. E, sabemos, em muitas cidades pequenas neste Brasil afora os hospitais públicos e filantrópicos continuam a vender números de  rifas para poder saldar seus compromissos. Uma calamidade pública! Enquanto isso, os PODERES levando muito dinheiro para sustentarem seus privilégios. E os vícios dos políticos eivados na corrupção, causando danos a toda a sociedade e deixando nosso País desmoralizado e com a economia combalida.
 
Vamos aproveitar as folgas de fim de ano para dar uma refletida nisso tudo!
 
Euclides Riquetti
24-12-2015

         

 

Bom dia, amore!

Bom dia, amore!
Aqui estou!
Faça de conta que sou um fiore
Que em seu jardim desabrochou!

Um fiore pequenino
Que veio bebê
Que se tornou um menino
Que gostou de você...

Mas que se manteve fiore
E que lhe deu
E que recebeu
Carinho e amore:
Um sutil e romântico fiore!

Sou apenas isso:
Um fiore que sabe amar
Que busca sempre encontrar
Uma forma poética de lhe dizer
Que é importante viver
Sorrir e não chorar!

E, sobretudo:
Amar, amar, amar...

Euclides Riquetti
24-12-2015




quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

O Natal que chega, amanhã!!


Chega, de novo, o Natal das Crianças
No mundo todo, o Natal de Jesus
O Natal das canções e das belas lembranças
O Natal das noites de luz.

O Natal que aguça a tua sensibilidade
O Natal do Menino envolto em mantos
Que enseja partilha e caridade
Mas também  saudades e copiosos prantos.

Vem o esperado Natal do presentes
Da Missa do Galo, das renas e dos trenós
No Norte o frio, no Sul as noites quentes
Natal do amor pleno ou dos corações sós...

Espero o Natal que chega amanhã
Dos docinhos, das uvas, peras e panetones
Das  ceias com aves, pêssegos e maçãs
De "emotions, emoções e emociones".

Que venha, pois,  o Papai Noel
Com a neve no Norte,  ou aqui tropical
A pé, em trenó, ou num carrossel
Só pra te dizer: Feliz Natal!

Oh, oh, oh, oh!!!

Euclides Riquetti

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Abaixo do céu, em algum lugar

Por debaixo do céu, em algum lugar
É possível que você esteja
Andando na beira do mar
Ou talvez rezando numa igreja
Mas, certamente que abaixo do céu
Você deve estar!

Não sei exatamente onde
Mas eu  posso imaginar
Não sei se você se esconde
Para eu não a encontrar.
Talvez eu tenha que a procurar
Na beira do mar!

Procurarei, sim, eternamente
Procurarei de modo diferente:
Escreverei um poema na areia
E, quem sabe você, vestida de sereia
Possa ler o meu recado
E, se for se seu agrado
Venha me encontrar!

Euclides Riquetti
23-12-2015







Ainda há tempo...

É replay... mas bom para refletir em tempos de advento!
          A frase "Ainda há tempo...", por si só já nos remete a uma reflexão: tempo para quê?

          Num mundo de permanente correria, em que andamos não sei onde e atrás de não sei o quê, ainda há quem pare, pense, motive-se e aja. E, motivar-se com coisas muito simples, que à primeira vista parecem não ter nenhum significado, tem um valor incomensurável.

          E o desconhecido? Por que temos medo do que desconhecemos? Por que preferimos andar em solo que, aparentemente, faz-nos sentirmo-nos seguros? Ao meu ver, isso é próprio da condição humana. E, muitas vezes, deixamos de colher belíssimos momentos em nossa vida porque não ousamos encarar realidades que nos são distantes apenas porque as desconhecemos.

          Pois neste sábado, já à noite, saímos para ver um programa que aconteceria no nosso imponente Teatro Alfredo Sigwalt, aqui em Joaçaba. Nosso filho ligou-nos, na semana, dizendo que jovens lhe estavam oferecendo ingressos para uma peça de teatro e queria saber se tínhamos interesse. Claro que temos! Moramos numa cidade que pode orgulhar-se de ter um belo teatro, conquistado com muita luta pela comunidade cultural, é um dos orgulhos de Joaçaba. E, no sábado, fomos ver a peça. Não tínhamos

          Chegamos 20 minutos antes do horário de início, muito bem recebidos pelas belas, atenciosas e simpáticas recepcionistas. Rostos diferentes dos habituais. Fomos amavelmente conduzidos para o mesanino à esquerda e nos acomodamos. Lemos um portfólio que nos foi dado na entrada, muito bem elaborado, bem diagramado e claro. Só então percebemos de que tipo de evento estávamos participando: um espetáculo cênico promovido pelo Ministério de Dança Ruach, organizado pelos jovens da Igreja Batista Liberdade, de Herval d´Oeste. Teatro lotado. O espetáculo consistia na apresentação de uma sequência de nove coreografias envolvendo três dúzias de jovens entre protagonistas e figurantes.

          "Ainda há tempo..." propõe um  reflexão, de forma muito sutil, sobre a presença humana na Terra, a passagem e a esperança da volta de Jesus para ela, os erros e as formas de nos redimirmos desses erros. Enfim, a restauração, pelo Oleiro, dos vasos que se quebram. Enfim, a Alegria da Salvação!

          O que mais me encanta quando tenho a oportunidde de presenciar eventos desse gênero, não é a habilidade dos bailarinos. Alguns têm mais habilidades, conhecem, inclusive o ballet. Outros são coadjuvantes, mas têm seu mérito também. Nem  utilizam sofisticado  figurino, que poderia ser luxuoso como ocorre nas grandes produções e no próprio carnaval. Não! A simplicidade é tamanha  como foi a de Jesus Cristo. Encanta-me, mesmo, é ver que jovens bonitos, dedicados e inteligentes tiram de seu tempo para Evangelizar. Usam a arte cênica para comunicar o que desejam. Mostram-nos que o mundo é mais do que as baladas das sextas e sábados à noite. Mostram-nos que é possível viver com dignidde e acreditar que há salvação para o mundo, ainda. Mostram-nos que há tempo para recuperar a estima perdida, o amor pela família, o respeito pelo próximo, cultivar o amor por Deus, que na Terra foi representado pelo Cristo Jesus. Há tempo para retomar o caminho do bem e a interação com as melhores e maiores virtudes e valors humanos.

          Parabéns, jovens da Igreja Batista Liberdade, propagadores do Evangelho através de arte, integrantes dos grupos do Ministério de Dança Ruach!

Euclides Riquetti
10-06-2013

Brilhou, de novo, o sol

Brilhou, de novo, o sol que se ofuscara
Que se escondera ao final da Primavera
O sol fugidio  que  tanto me preocupara
Que me torturou pela angustiante espera.

Seu brilho pôs-me alegria no meu coração
Deu entusiasmo a este ser que se abalara
Reconduziu-o ao caminho da inspiração
Ao verso romântico que já se ausentara.

Brilhou o sol, brilharam a estrela e o luar
Fizeram com que voltasse toda a alegria
Depois que a busquei  para me confortar.

Então, os últimos dias do ano se salvaram
E vi dissipar-se a dúvida que me afligia 
E voltaram-me os sonhos que me faltaram.

Euclides Riquetti
22-12-2015


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Natal, Natal da saudade...

Natal, Natal da saudade...
Saudade da inocência infantil
Saudade do vigor juvenil
Saudade dos tempos de mocidade
Saudade do tempo gentil!

Natal, Natal da esperança
Das lembranças de antigamente
Dos amigos queridos somente
Dos momentos vividos contente
Dos alegres tempos da infância!

Natal, Natal do amor nesse dia
Em que procuro você nos lugares
Em que o pensamento viaja nos ares
Em que os sonhos se embalam nos mares
Em que procuro em você a alegria!

Natal, apenas um simples Natal
Um Natal de grande significação
De presentes, de amor no coração
Um dia para mais uma comemoração
De viver, simplesmente, no Dia de Natal!

Euclides Riquetti
21-12-2015


Caio Zortéa - agora já são 21 anos de sua partida


Escrevi este texto em 2012 para homenagear meu amigo Caio Zortéa. E estou disponibilizando-o aqui, de novo, para que possamos lembrar dele com carinho, onde quer que esteja...
          Todos os anos, no dia 21 de dezembro, lembro-me do amigo Antônio Carlos Zortea Neto - o Caio. Conhecia-o da adolescência, quando perambulava pelas pacatas ruas de Capinzal, com os amigos de sua idade. Gostava de futsal nas quadras do Mater Dolorum e do Padre Anchieta, de teatrinhos, de brincadeiras ingênuas.  Dizem que, em casa, ajudava a cuidar dos irmãos pequenos, sabia até dar-lhes banho e trocá-los. Tinha sempre um sorrisinho discreto, de "bom menino". Esse sorriso se conservou por toda a sua vida, abreviada num acidente ocorrido na SC 303, ali onde passo todos os dias. E, em todas as vezes, lembro-me dele. A cada ano, nessa época, a paisagem de fundo se constitui pelo mesmo paredão de rochas e, acima, um milharal verdejante. Agora, muito mais verde após dias com chuvas...

           Quando voltei de União da Vitória para minha região e fui lecionar  em Duas Pontes como professor, fui convidado a trabalhar também na Zortéa Brancher, fábrica de compensados e esquadrias para os mercados nacional e internacional. O Caio era o Diretor Industrial, seu irmão Hilarinho Diretor Financeiro, o Pai Hilário Diretor Presidente, o tio Guilherme Brancher  Diretor Florestal, o primo Lourenço Diretor Comercial, o primo Aníbal Diretor Administrativo.

          Era muito fácil lidar com o Caio, uma figura humana extraordinária. Sempre fora  assim,  perdera a mãe ainda criança,  buscava nas pessoas a compreensão e o carinho. Tinha um Zoológico particular, com muitos animais. Não era de ostentações, tinha uma bela e elegante namorada, a Vera, que costumo chamar de "Moça Bradesco". Costumava contar algumas histórias como aquela do passarinho entre as mãos de um homem, uma metáfora possivelmente, para exemplificar e elucidar uma mensagem que quisesse passar para a gente.

          Mais adiante, trabalhou em minha campanha, foi meu colaborador, quando me elegi para um cargo público em Ouro, tínhamos até umas combinações em código para lidar com algumas situações, nos entendíamos muito bem.  Liderava, com a Vera, o Antônio Maria Hermes e outros, o Grupo Escoteiro Trem do Vale, do qual minhas filhas e os filhos deles e de muitos amigos faziam parte. Participava de gincanas, empenhando-se como se fosse a última batalha de sua vida. Dava o melhor possível para sua família, adorava suas belas crianças. Dócil, afetuoso, excelente pai e esposo. Cidadão honrado, honesto e exemplar. Tenho as melhores lembranças do amigo Caio. Guardo comigo, até hoje, o texto que, com emoção e dificuldade em controlar-me,  li na Missa de sua despedida, na Igreja Matriz.

          Na Primavera de 1994, Caio coloca uma placa num terreno dos Miqueloto, bem defronte a minha casa, com a seguinte frase: "Vera, Tibi, Deka, Manu e Greta - amo vocês mais do que ontem e menos do que amanhã!.  E, no primeiro dia do Verão, o acidente.

          Lembro-me que eu estava na regional de Educação, em Joaçaba, conversando com o Professor Sérgio Durigon, quando entrou um telefonema, do Valcir Moretto, dizendo-me que o Caio estava no Hospital São Miguel, ali pertinho, mas nada mais havia a fazer, tinha se acidentado e perdido a vida. Foi de cortar o coração. Ficamos muito chocados, abalados. E, em seguida, toda aquela sequência triste, com o corpo levado para sua casa e depois para o Ginásio Municipal de Esportes André Colombo, e para a definitiva morada ao lado da bela mãe, em Capinzal...

          Hoje passei pelo local da tragédia às 13 horas, mais ou menos o horário em que tudo aconteceu. São dezoito anos passados. Revivi tudo, como se fosse aquele dia. E senti saudades. Saudades que só sentimos por quem muito prezamos...

Euclides Riquetti
21-12-2012

Ganhar teu beijo...

 
Quero dar-te um abraço terno
Um abraço simples, mas que seja eterno
Não mais descolar-me de ti:
Um eterno e terno abraço,  (em ti...)
Eterno, eterno abraço terno!

Quero levar-te o abraço do encantamento
O abraço que se perde no firmamento
E que se encontra, depois, ali depois do raio de sol
O abraço que se esconde... sob o branco lençol!
E que te percas em mim por um mágico momento...

Quero que aceites meu abraço dado
Quero que me apertes  no abraço apertado
O abraço na manhã que te surpreende
O abraço no teu corpo que me acende
E que busca o teu beijo sagrado...

Enfim, não te surpreendas, não
Com as reações de teu coração!
E não te assustes com minha ousadia
Nem  te incomodes com tanta rebeldia
Pois quero apenas tua atenção.

Quero dar-te um abraço terno
Quero ganhar teu beijo, quero muito, quero!

Euclides Riquetti

domingo, 20 de dezembro de 2015

Aquidauana e Odimar: Parabéns, muitas felicidades!

          A Aquidauana (Miqueloto) e o Odimar (Zanuzo Zanardi),  tiveram celebradas suas núpcias ao final da tarde deste sábado, 19, na Matriz São Paulo Apóstolo, em Capinzal. Cerca de 300 convidados participaram das cerimônias de seu enlace, primeiro na Igreja e depois no amplo e confortável salão de eventos da comunidade católica capinzalense e ourense, da qual a família Miqueloto faz parte como membra atuante.

          Pouco antes das 18 horas,  os dois jovens apresentaram-se diante do celebrante Frei David (Névio David Cole), que atua em Curitiba e é originário de nossa região. Frei David acompanhou a vida da Aquidauana desde que ela nasceu, sendo amigo dos seus pais, Neri e Zanete, e de seu irmão Thiago. David foi frequentador da casa da família, o casarão da Nona Ézide, no Ouro, por quase três décadas. Os pais de Odimar, que é natural de Frederico Westphalen, RS, Edevino José Zanardi e Ilza Maria, vieram a Capinzal com cerca de 50 convidados do Noroeste do Rio Grande do Sul e Oeste de Santa Catarina. Gente muito simpática e bonita, que merece nossa maior consideração e digno respeito.

         Os noivos foram anunciados com os acordes da marcha nupcial, executada por um jovem pistonista,  e depois saudados pela canção da "Ave Maria", interpretada pela dupla Peterson e Suelen. A decoração da Igreja, simples mas significativa e muito harmoniosa, com flores brancas, proporcionou um clima de tranquilidade e leveza ao evento, cuja celebração presidida pelo Frei David foi impecável. Atuei como comentarista, onde citei versos de um de meus poemas românticos e ressaltei sobre a importância da união deles, jovens que buscaram formar-se em Engenharia Agronômica, na UDESC, da cidade de Lages, para depois cursarem seus mestrados e, agora, já são doutores em suas áreas, ele tendo obtido seu título de doutor em São Paulo e ela entre Viçosa, Minas Gerais, e nos Estados Unidos. Duas pessoas muito determinadas, que perseguiram conseguir seus objetivos, lutaram por seus ideais, foram exitosos e muito orgulham seus pais.

         A casa de Deus, que e a casa da comunidade, recebeu os noivos, os familiares, os padrinhos e os convidados para o ato em que firmaram compromisso de convivência nos ditames de sua religião e dos bons costumes das famílias, quando dois corpos, dois corações e duas almas se propuseram a vivem unidos até o fim de suas vidas.

         Após a cerimônia  religiosa, o memorável SIM e os procedimentos formais de consolidação do casamento na forma da Lei da Igreja Católica, recepcionaram-nos no salão, com um jantar delicioso e um ambiente com decoração primorosa. Tanto na Igreja quanto no salão a decoração esteve a cargo da Flor de Lis, de Capinzal, que possui uma equipe de promoções muito dedicada, atenciosa e eficiente. Ali  houve grande e alegre confraternização, oportunidade em que revimos muitos de nossos amigos, a maioria conhecidos desde nossa infância. É muito bom podermos nos encontrar em situações assim, onde nada há a lamentar, mas sim muito a comemorar.

         A alegria do Neri e da Zanete era visível. Imagino que o mesmo se passasse pelos corações de Edevino e Ilza. E os convidados puderam compartilhar disso, efusivamente.

          Parabéns, Aquidauana e Odimar, ela nossa vizinha durante todo o tempo em que residimos em Ouro. Nós também a vimos crescer, tornar-se uma jovem determinada e brava lutadora para a conquista de seus ideais. Que possam ser muitos felizes, com a proteção Divina e as bênçãos de todos os familiares e amigos!

Euclides Riquetti
20-12-2015