sábado, 9 de janeiro de 2016

Paulo Suart Wright X José Waldomiro Silva - Dois Grandes Catarinenses

 


          Estão acontecendo em Florianópolis, na nossa bela Ilha da Magia, eventos que visam a esclarecer e recuperar a história de um joaçabense "desaparecido" há exatos 40 anos: Paulo Stuart Wright, político catarinense nascido em Helval d ´Oeste, em 1933,  quando esta ainda era um Distrito do muncípio de Joaçaba. Filho de um presbítero americano, Lothan Ephrain Wright e de Dona Maggie Belle Müller Wright. Foi militante do Grupo Ação Popular. No dia 04 de setembro de 1973, depois de levado para o Doi-Codi da Capital Paulista,  foi dado como "desaparecido" ou "morto".

          Os cidadãos brasileiros e catarinenses têm informações sobre ele sempre referindo-se como político que foi cassado quando era deputado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina,  por decoro parlamentar. A alegação foi um despautério: Não aceitava usar gravata, e  outras atitudes de pouca significação. Na verdade, era um "rebelde com causa". Com muita causa!

          O rapaz Paulo Stuart Right sempre foi muito bondoso e atencioso com as pessoas. Dizia-me, ontem, o Névio Ziero, aqui em Joaçaba, que quando era menino ia entregar leite na casa do Paulo, ali um pouco acima de onde hoje se situa o Hotel Jaraguá.  Este era uma figura extraordinária, inteligente, estudado e querido pela juventude. Tinha ideais bem definidos. Ela atencioso com os mais simples, os humildes. Um fundador de sindicatos.  Cursou Engenharia na Faculdade de Engenharia da UFRGS e pós-graduou-se nos Estados Unidos.

          Após seus estudos universitários foi para os Estados Unidos e voltou pós-graduado. Antes, já se candidatara a Vereador, não sendo eleito. Aos 27, já de volta do Norte da América para Joaçaba, candidatou-se a Prefeito, concorrendo pelo PTB/PDS. Perdeu por 9 votos, apenas, para o José Waldomiro Silva, da UDN, que já havia sido prefeito e duas vezes deputado estadual.  (E não por 11votos,  como consta em material publicado pelo Brasil Nunca Mais). Foram 4.284 para Silva e 4.275 para Stuart, segundo o próprio, em seu livro de memórias.

           Duas pessoas extraordinárias, o perdedor e o vencedor. Paulo Stuart Wright, desolado com a derrota por tão pouco, foi para Florianópolis, vindo dois anos depois a  eleger-se deputado. Cassado, foi para os Estados Uniudos e depois exilou-se no México. Nos três países onde viveu foi um notável mobilizador social das classes operárias, provavelmente herdando de sua mãe, conhecida aqui por Dona Bela, missionária como seu esposo,  esse espírito de ajudar o próximo.

          José Waldomiro Silva, na maturidade, escreveu o livro: "O Oeste Catarinense - Memórias de um Pioneiro", em que relata sua vida desde os 8 anos, quando a fazenda de seu avô, ali nas proximidades de Zortéa,  foi dizimada e ele foi com seu pai abater gado para vender para os trabalhadores da Estrada de Ferro, em 1910, ano de sua inauguração.  Aos 12, já empunhava uma Winchester 44, quando trabalhava numa farmácia do Farmacêutico Cavalcanti, ali onde há o prédio dos Beviláqua, em Capinzal, para defender-se dos revoltosos do Contestado. Conheci o Sr. Valdomiro em 1982, quando ele visitou o Sr. Ivo Luiz Bazzo, na Prefeitura do Ouro, e me foi por este apresentado.

          Dizia-me, ontem, o amigo Raul Furlan, (com quem convivo desde janeiro de 1989, quando ele assumiu como Prefeito em Joaçaba e eu em Ouro. Dividimos, com os demais, a sua angústia pelo acidente que seu filho tivera, e que somente sobreviveu por ter tido o melhor atendimento médico possível e as mãos de Deus protegendo-o.), que quando da abertura das urnas, restando apenas uma a abrir, a que se localizava no prédio da Prefeitura Municipal, o Stuart estava com uma boa dianteira em relação ao Valdomiro. Furlan era militante do mesmo partido, o PTB, e tinha uma preocupação: Ali, na área central da cidade, moravam os pioneiros, mais conservadores, e a tendência era muito forte em favor da UDN. E isso se confirmou, causando grande decepção ao corajoso Stuart, de  apenas 27 anos, que mudou-se para a Capital Catarinense para, dois anos depois, eleger-se deputado estadual.

          Veja, leitor, dois cidadãos que andaram por caminhos opostos, mas ambos com sua dignidade. Se buscarmos a história de Wright, veremos que nosso Estado perdeu um grande político, com um futuro brilhante pela frente. E a de Silva também é meritória. Ambos têm muita semelhança. Diferenças, apenas ideológicas. Mas, ambos, vencedores! Orgulho de nossa História, de nosso Vale do rio do Peixe, de Santa Catarina!

Euclides Riquetti

Quando você cantou

Quando você cantou aquela canção de amor
Mexeu muito comigo, revolveu meus sentimentos
Ora, é como se isso já fizesse tanto tempo!

Quando você cantou aquela canção de amor
Mas que mexeu muito comigo
Mesmo que parecesse não ter sentido...

Quando tentei dedilhar acordes no meu violão
Mas eu não sabia tocar nada, nada
Fiquei sem chão e sem estrada...

Quando tentei dedilhar acordes no meu violão
E eu percebia que as notas me escapavam
E que as palavras não combinavam...

Então deixei meu violão "Freedom" jogado sobre a cama
Esperando que alguém me ensinasse a tocar
Aquela cama macia em que você poderia deitar...

E meu "Freedom" vai ficar sobre a cama
Ocupando o seu devido lugar
Até que você venha para me reencontrar!

Euclides Riquetti
09-01-2015

Viajando pelo universo

Se viajares  pelo universo
Transformarei teu sorriso em versos...
Se andares pela estrada asfaltada
Te farei uma poesia rimada...
Se andares sem direção
Te farei uma bela canção...
Se andares por meio aos espinhos
Irei na frente abrindo o caminho...
Se fores passear sob o luar prateado
Farei tudo para estar ao teu lado...
Se andares pelos bravios oceanos
Esperar-te-ei por meses e anos...
Se viajares pela imensidão
Dou-te para levar meu coração...
Com amor
Deu-te a flor:
Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti
09-01-2015







Seus olhos entristecidos

  
Navegam seus olhos fundos,  entristecidos
Buscando no horizonte algumas respostas
Talvez buscando entender alguns desatinos
Escrevendo o poema certo nas linhas  tortas.

Navegam seus olhos bonitos nas incertezas
Buscando entender os difíceis mistérios da vida
No rio que leva distante,  em suas correntezas
Histórias de traumas, de lutas,  confrontos e brigas.

Navegam seus olhos com medo de ver as verdades
Estradas que levam no tempo, na busca da cura
E trazem consigo lembranças e muitas saudades
Dos tempos de amor, de ilusão e aventura.

Navegam seus olhos e,  ao longe, encontram os meus
Despertos na espera do encontro que tanto desejam
Que aguardam  respostas que venham de dentro dos seus
Respostam que acalmem meu ser e também me protejam.

Eu olho seus olhos, seguro suas mãos e você nem me vê
Em pensamentos, desejos, pecados, pecados, desejos
Só quero sentir o perfume sutil que vem de você
E, se possível, roubar de seus lábios apenas um beijo.

Um beijo do amor sentido e não correspondido
Um beijo para não mais ser esquecido!
Um beijo meu
Um beijo seu
Nada mais!

Euclides Riquetti
09-01-2015

Ficarei te esperando

Ficarei te esperando
Na beira do Mar
Pra te ver mergulhando
Pra te ver nadar...

Serei como a areia
A afagar os teus pés
Bela e  doce sereia
Doce e  bela mulher...

Nas águas do Arroio, sim
Quando vais te banhar
Vais te lembrar de mim
De mim vais te lembrar...

Nas tardes mais quentes
Nas manhãs mais frias
Pensarás como sempre
Na nossa alegria...

Pois estarei te esperando
Na beira do Mar
Num Arroio  nadando
Pra poder te abraçar...

Euclides Riquetti
09-01-2015











sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Homenagem a um colega de juventude: Waldermar Pilger

Reprisando cenários:
          Há coisas que acontecem em nossa vida que nos surpreendem por demais. E, no afã de reencontrar antigos amigos,  tenho vasculhado seus nomes através do Doctor Google, meu grande companheiro nessa tarefa. Na quinta-feira, à noite, por alguma razão o nome de meu colega de Ginásio Padre Anchieta, Waldemar Pilger, me veio à  memória. Estudamos em 65 e 66, rspectivamente, na primeira e na segunda série do antigo ginasial. O "Alemão"  era de Lajeado Mariano, município de Piratuba, e trabalhava no Bar do Canhoto, em Capinzal.

          O meu amigo tinha uma irmã que era amiga  de minha irmã Iradi e de minhas primas. Ela morava com os Caldart, ali no Ouro. Lembro muito bem de ambos. Pela sua descendência germânica, eram pssoas de pele, olhos e cabelos claros. O rapaz tinha um bom porte físico, era dois anos mais velho do que eu.

          Mas o tempo separa, involuntariamente, as pessoas, e o Waldemar sumiu de nossa cidade. Em 1972, quando fui morara em Porto União da Vitória, , reencontrei-o. Parece-me que se virava trabalhando como pintor, mas com o tempo tornou-se professor.  Uma tia sua possuía um restaurante, o "Meu Cantinho", onde comprei marmitas por um ano, em 1975. Depois disso, nunca mais ouvi falar dele, ninguém me informava de seu paradeiro.

          Lembro que em nossa época de ginásio costumávamos jogar bola na quadra do Padre Anchieta durante o recreio e, no sábado,  fazíamos Educação Física. Nosso professor era o Frei Gilberto, de nome Giovani Tolu, padre vindo da Itália. O Alemão era de jogar bola com calças sociais, compridas e de uma cor cáqui muito clara. E camisa social branca. (Naquele tempo só uns raros universitários conseguiam ter uma calça Lee, importada. E agasalhos eram raridades...)

          No aniversário da Escola, em 1966 fizeram uma grande atividade recreativa, em dia letivo. . Lembro que fomos escalados para uma competição que consistia em nos amarrarem vendas nos olhos, tipo "gata-cega" e nos davam um pedaço de madeira roliça, como se um pedaço de cabo de vassoura. E tínhamos que ir, olhos vendados, até um cordão estendido ao longo da quadra, próximo do muro de pedras de contenção do acesso ao Hospital Nossa Senhora das Dores. Quando julgávamos estar no ponto certo,  tínhamos que bater, até derrubar uma lata e ajuntar. Nela havia um número e quem tivesse um que coincidisse com outro que havia na mesa da organização,  ganhava um prêmio.

          O Alemão foi lá e derrubou umas 5 latas e isso enfureceu o Frei, que era muito nervosinho,  e armou uma grande briga com ele. Pior que sua mãe tinha vindo vê-lo e encontrou-o na briga com o doublê de padre e diretor. Isso o deixou muito  envergonhado, ficando com a face bem vermelha, o que acontecia com todos nós quando em situações embaraçosas. Lembro que peguei a lata número 7 e ganhei um pequeno prêmio.

          Outros grupos tinham que calcular quantos grãos de feijão havia num vasilhame. Podiam pesar até 50 gramas e fazer um cálculo matemático que permitisse obter o resultado aproximado de grãos num Kg. Inventavam brincadeiras simples mas divertidas e inteligentes. Meu amigo Altivir Souza foi chutar bolas num pneu de jipe... Cada aluno chutava uma série de 5 bolas. Havia muitas boas brincadeiras que os professores prepararam, até uma gincana.

             Falei qu fiquei uns 40 anos sem notícias do Alemâo. Na semana, vibrei quando vi alguns perfis no facebook. Havia o de um jovem, Waldemar Pilger, que mora em Foz do Iguaçu e trabalha na Iatipu Binacional. E outro de uma senhora com uma foto junto com o marido, Waldemar. Mandei-lhes proposta de amizade no facebook e o jovem aceitou. Tão logo perebi isso perguntei-lhe se era filho de um Waldemar que trabalhou em Capinzal e Porto União e ele confirmou-me isso. Fomos trocando frases curtas e eu lhe disse que gostaria de ter contato com o amigo da adolescência, o Waldemar Pilger. Pedi se podia frnecer-me o número dos telefones celular e fixo e ele vacilou um pouco... algo o impedia! Mais umas tecladas e a informação que me emocionou e entristeceu:  "O Alemão Pilger faleceu em 03 de janeiro deste ano. Infarto fulminante, era diabético, aos 62 anos".

          Foi-me chocante, isso. Em pouco minutos, saí da situação de alegria por ter descoberto o paradeiro do colega, que vinha morando em Salto do Lontra, no Paraná, onde fez carreira como professor e aposentou-se. na msma época em que eu, para a de tristeza ao descobrir que ele foi morar no céu...

          E, dizia-me seu filho, partiu sem conhecer o quinto neto, que estava por chegar. Preferia não ter sabido dele, mas que tivesse permanecido entre seus familiares que o adoravam. Então comecei a lembrar de outros clegas de nossa turma que foram-se perdendo: O  Ézio (Bijujinha) Andrioni, o José Luiz Pelegrini, o Adelmir Costenaro (Gauchinho), que se foi numa tragédia em Treze Tílias, e o Vitalino Buselato. A vida é assim: uns vão, outros ficam. Mas, mesmo que passem, a figura e o jeito deles ficam eternizados em nossa mente. E, como desses outros que foram antes, ficou-me a do Alemão do Bar do Canhoto, o rapaz claro, que gostava de usar roupa clara, que foi nosso colega de escola.

          Nossos caminhos se distanciaram, tomos rumos deferentes, mas há algo de muito comum entre nós: Saímos da mesma regiâo, estudamos na mesma cidade (Capinzal), continuamos nossos estudos em Porto União da Vitória, casamo-nos por lá, torcemos pelo mesmo Vasco, tornamo-nos professores, aposentamo-nos com um ano de diferença, tínhamos pouca diferença em idade. E, certamente, tivemos muitos amigos em comum... Agora, apenas me resta rezar por ele! Deus o tenha, amigo Waldemar Alemão Pilger!

Euclides Riquetti
18-08-2013

Quando a saudade bater à porta

Quando a saudade bater em sua porta
Talvez você nem mesmo se dê conta
Mas isso agora já pouco nos importa
Pois  a realidade já não amedronta...

Quando a saudade fizer sentir a dor
A dor da perda sem ter a reparação
É porque ainda em nós resta o amor
E só o amor nos dará compensação...

Sempre que retornar aquela tristeza
Aquela que vem com dor e saudade
Que vem por causa de nossa frieza
Ela nos alerta para uma realidade...

O mundo é mais do que gosto e prazer
É feito para o amor e o entendimento
A alegria deve sobrepor-se ao sofrer
É preciso dar asas ao bom sentimento!

Euclides Riquetti
08-01-2015






Bem assim: Ano novo, notícias, velhas...

          Iniciamos um novo ano sem as costumeiras expectativas. Normalmente, os iniciamos cheios de esperança, aguardando por boas novidades, por bons acontecimentos. Os noticiários, de todos os meios de comunicação,  andaram meio quietos por ocasião dos feriados de Natal e Ano Novo. A chatice da mesmice esteve, temporariamente, de folga.

          Os  portais da região replicando noticias das tragédias que acontecem nas estradas, graças a Deus em número bem menor aqui em Santa Catarina em relação aos anos anteriores, principalmente no feriado da virada. Ma a partir do dia 4, segunda-feira, começou tudo de novo. Iniciamos a semana com as notícias da Coréia do Norte, que faz testes com armas nucleares. Depois, as sobre a economia chinesa, que anda desacelerando e causando estragos no mundo, inclusive no Brasil. Nós, que vivemos uma crise econômica, ética e política, ainda sofremos pela influência da economia chinesa.

          As notícias da Polícia Federal voltaram, na verdade notícias velhas que vão sendo reveiculadas, ganhando nova roupagem,  ganhando novos contornos, mas  com grande dose de "mais do mesmo". Algumas coisas me intrigam, ( o comportamento vergonhoso da classe política já nos envergonha há muito tempo, mas nada mais  surpreende. 

          As pessoas, no entanto, precisam lutar, precisam fazer seus sonhos acontecerem, querem atingir suas metas. Claro que tudo precisa ir acontecendo dentro de uma situação de harmonia e da maior normalidade possível. Grandes mudanças podem acontecer em nossa vida, mas se forem muito bruscas causas impactos danosos. É o momento certo do  "fazer acontecer". É a hora de tomarmos decisões importantes,  de fazermos aquilo que estava em nossa cabeça andar, fluir, tornar-se realidade. Só experimentando é que saberemos se estamos certos ou não.E, se começarmos já, poderemos sentir se temos condições de continuar avançando ou precisamos colocar o freio de arrumação e retomar algumas coisas que julgávamos obsoletas, mas que não o eram tanto assim.

         Respirar o ar do novo ano com alegria, satisfação, procurando ser feliz e ajudando os outros a se curarem de seus males e de sua infelicidade.

         Bem assim...

Euclides Riquetti
08-01-2015

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Partilhar sonhos de luz

Busque a realização de seus sonhos
Não deixe que nada a  atrapalhe
Busque-os com seu rosto risonho
Pois sem eles a vida pouco vale.

Procure realizá-los com sabedoria
Com a astúcia e a calma necessária
A luta pelos sonhos que contagiam
Não deve ser isolada ou solitária.

Buscar os sonhos mas não deixar
Que eles se sobreponham ao real
Realidade e sonhos,  um belo par
Caminhando juntos em especial.

Quero viver os seus sonhos azuis
Contar na noite as estrelas do céu
Quero viver os seus sonhos de luz
Partilhar sonhos de luz e de véu.

Euclides Riquetti
08-01-2015







Ns ondas do sonho

 
Nas ondas do sonho
Ganhei  teu abraço
Um beijo gostoso
Um olhar carinhoso
Depois do cansaço...

Nas ondas do sonho
Enrolaste-me em laço
Entreguei-me de todo
A teu corpo cheiroso
Perdi-me em seus braços!

Mulher carinhosa
Na tarde de verão
Na tarde gostosa
Me atacas fogosa
Roubas meu coração.

E nas ondas do sonho
Me levas embora
Com teus beijos de fogo
De amor e de gozo
Me levas, senhora
Me levas embora.

E eu
Por minha própria vontade
Me deixo levar!

Leva-me
Para algum lugar
Onde possas me amar
E me fazer sonhar.
Leva-me
E não me deixes voltar!

Euclides Riquetti

A saudosa biblioteca da Escola Major, em Zortéa.

Mais para relembrar.
          Só quem já percorreu longos caminhos na vida pode ter uma dimensão mais apurada de quantas mudanças de costumes já ocorreram e a velocidade como isso aconteceu. E, aqui do alto da cidade, também do alto e sagrado altar da maturidade, posso contemplar as planícies da vida e relembrar de incontável número de fatos que já presenciei em minha existência terrena. A outra, vou ter que aguardar para ver como é, o que me reserva, a mim, a você, a todos nós. Do futuro tenho medo, por ter medo do desconhecido, o que é natural no Ser Humano. E eu não sou diferente dos demais... Um caminho para desvendar os mistérios que nos cercam e encorajar-nos a conhecer o futuro é o livro. Viajar através dele, volver-se ao passado e projetar o futuro, imaginar o porvir!

          Lembro que,  na época em que me iniciei, efetivamente, na carreira de professor público, em Duas Pontes, hoje município de Zortea, após ter lecionado temporariamente no Colégio Industrial Coronel Cid Gonzaga, em Porto União, e no Instituto de Idiomas Yázigy, em União da Vitória, encontrei na Escola Básica Major Cipriano Rodrigues Almeida uma Biblioteca sensacional.

          Funcionava numa sala bem arejada, com uns 48 metros de área, as prateleiras bem fornidas de livros, e as mesas e cadeiras de madeira natural envernizadas que foram doadas pela Zortea Brancher S/A, a empresa madrinha da Escola.  Vivi ali uma das melhores e mais saudosas experiências de minha vida. Dentro das aulas de Língua Nacional, hoje Língua Portuguesa, costumava levar os alunos para a Biblioteca, cada turma uma vez por semana, onde fazíamos a entrega de livros para os alunos levarem para casa e lerem. Faziam a retirada e iniciavam a leitura ali mesmo.

         Uma pergunta frequente lá: "Professor, posso levar mais do que um?" - podiam, sim!  E liam, positivamente, verdadeiramente, maravilhosamente. E, depois, tínhamos um método de produção de textos com uma sequência lógica de aprendizagem, baseada no sistema do Samir Curi Meserani, com seu "Redação Escolar - Criatividade" - o método tinha sido introduzido pelas professoras Elza Melo Zanetti e Victória Leda Brancher Formighieri, esta também Diretora da Escola, que mais tarde veio a tornar-se minha comadre, madrinha da filha Caroline, gêmea com a Michele, que nasceram quando lá moramos e trabalamos. As professoras deram o pontapé inicial, uma base formidável para um trabalho sequencial com expressivos resultados.

          E, o gosto pela leitura bem disseminado,  mais o trabalho de motivação, somados a uma prática de escrever textos,  dentro de uma linha de aprendizagem progressiva de estruturas do Método Meserani, resultavam na formação de alunos escritores. Faziam maravilhosas redações, contos,  crônicas, poemas, notícias para nosso jornalzinho. Eram leitores e escritores. Quando me afastei de lá, fui sucedido por outra professora que deu sequência ao nosso trabalho, uma contumaz leitora a Gena Casara.

          Mas preciso fazer o registro que mais me apraz do valor incomensurável de nossa Biblioteca: uma coleção de encadernações contendo centenas de exemplares da revista "Seleções do Reader's Digest",  que foi doada para a Escola pela família Brancher.

          Quantas e quantas vezes peguei aquele material na mão, admirei, abri, li relembrei, viajei no tempo, fui conhecer as reportagens realizadas nos campos da Segunda Guerra Mundial. Edições a partir da década de 1930 até a de 1960. Um material valioso, belo, atraente, encantador.

          Mas, com os vendavais ocorridos no início da década de 1980, um ciclone destruiu o prédio escolar e tudo ficou arrazado. Que pena! Todos aqueles livros destruídos, desde  "As Terras do Rei Café" até "Os Capitães d ' Areia", de Jorge Amado. E todos os de José de Alencar, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Camilo Castelo Branco, Maria Clara Machado,Euclides da Cunha, Érico Veríssmo, Cecília Meirelles, e mihares de outros,  tudo ficou destruído...

         Hoje tenho saudosas mas muito boas lembranças daquela escola, de meus colegas professores, de meus alunos. Formamos ma geração de leitores, por issomesmo vencedores. Agora, com as modernas e rápidas tecnlogias de comunicação, consigo ter contato e reatar amizades que ficaram adormecidas, muitas delas por mais de três décadas. Mas vale a pena relembra  e comemorar que nossos alunos foram buscar seus espaços em vários estados brasileiros. Que as modernas tecnologias venham todas, mas o  livro, esse bem sólido e material,  que nos traz em si inimagináveis recursos  para nos deleitar, permaneça sempre entre nós!

Euclides Riquetti
12-07-2013

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Quando a esperança renascer...

Quando a esperança renascer das cinzas
E então o  verde corar todos os gramados
Quando as florinhas amarelas voltarem
Nos campos do Sul de céu azulado...

Quando os seus cabelos forem sacudidos
Pelo vento fresco da manhã de solidão
Quando sua voz movimentar os sentidos
E eu poder ouvir a sua doce canção...

Quando no horizonte eu puder vislumbrar
A silhueta imaginária de seu corpo elegante
Quando na noite, de novo,  puder recordar
As linhas doces  e a beleza de seu semblante..

Eu saberei que valeu a pena!

Euclides Riquetti
06-01-2015




Escondendo as panelas...


          Não venha  querer me dizer que você nunca escondeu uma panela difícil de lavar. Todo o ser humano, quando adolescente, faz isso. E aprende com o irmão mais velho. Ou com o primo mais velho. Ou com o tio. Esconder panelas dificeis de lavar é regra cotidiana para o sexo masculino, aquele mesmo que uma vez se autoentitulava de "sexo forte". Na verdade, em se tratando de lavação de louças, o "sexo forte"sempre foi a mulher. Sempre foi ela que, jeitosamente, esfregou bem o fudo das panelas. O de dentro e o de fora. Sim, porque nos tempos em que poucos tinham fogão de cozer a gás, uma mesma panela nos trazia dois sofrimentos, que vou descrever no segundo parágrafo, pois parágrafo muito comprido é chato, parece que a leitura fica demorada, não dá tempo para o leitor respirar... sentiu isso,leitor (a)?

          Bem, se sentiu  é porque está um tanto, ou dois tantos,  fora de forma. Mas tem como corrigir isso: treinamento. Treinamento full time. É assim que os técnicos de futebol mais antigos diziam nas entrevistas para o rádio. Era mais fácil de dizer do que falar que teriam treino "o dia inteiro". O Inglês, língua sintética, tem muitas palavras cutas e estruturas curtas. Tão curtas quanto são curtos os salários dos professoes no Brasil... Então pelo menos leitura em "half time", que  já ajuda!

          Veja, amigo, eu enrolei você dizendo que ia falar sobre os sofrimentos de limpar dois fundos de uma mesma panela no segundo  parágrafo e nem falei. Então, calma com o dedo no controle, não mude de canal que eu explico: quando ainda o fogão a lenha era o mais usado,   principalmente no meio rural ou em cidades menores, para acelerar o crescimento, digo o cozimento, muitas vezes eram retiradas as argolas das chapas dos fogões, de modo que a chama atingisse diretamente a base da panela. Assim, tínhamos dois efeitos: o fundo externo enegrecido, encarvoado, e o interno com aquelas crostas de comida que queimou e grudou porque a mama teve que ir por a roupa no arame para aproveitar o sol antes que ele sumisse. Agora isso mudou também, é varal em vez de arame.

          Quando o cheiro de queimado se espalhava pela casa e saía pelas janelas, vinha correndo a  mama e dava um jeito de meter a mescola na bóia e desgrudar o que fosse possível. E então dava para aproveitar a comida, mesmo que não ficasse a costumeira delícia. E era nessas horas que as panelas iam para um esconderijo, para que ficasse para ser lavada no dia seguinte.

          Um primo meu era bem expert nisso. O Jurandi morava na casa do Nono Serafim Baretta, lá na Linha Bonita. E quando nós íamos lá à  noite para rezar o terço ou tomar um mate doce com pipoca melecada, , enquanto todos ficavam batendo papo na sala ele tinha que ir lavar a louça. Então ele cumpria o seu papel de primo mais velho e me ensinava. As panelas com o fundo preto ou cascão de comida grudada por dentro, ele guardava embaixo do lavador. O lavador é aquele móvel que vocês, da cidade grande, chamavam de pia. Dizia o primo Jurandi que, no outro dia, as tias Nair e Lindamir iam ver as panelas sujas escondidas ali e ficariam fulas da vida. E que, então, ele estaria lá na roça ajudando a quebrar milho e elas lavariam. E, quando voltasse, a nona não ia dexar que brigassem com ele por tão pouca coisa. Era bem esperto já o primo, imagine agora, Até está com um contrato com um time de veteranos, aqui da Vila, em Joaçaba. O treinador Torresmo não abre mão da presença do primo no time. Vem lá da Barra Fria jogar aqui.

          Todo o jovem, moço ou moça, deve ter feito escondido panelas,  um dia. Eu pensava que quando ficasse grande não ia precisar me ocupar com questões assim. Mas os tempos mudaram e agora nós precisamos dividir tudo em casa. Os bônus e os ônus. E o meu é lavar a louça muitas vezes ao dia. Sem esconder panelas. Por isso tenho que cuidar bem para não estragar o teflom, senão me ferro...

Euclides Riquetti
11-07-2013

Corações de areia

Corações de areia se despedaçam
Com um simples sopro de vento
Mesmo quando destinos se traçam
E teimam em lutar contra o tempo...

Corações aflitos são fragilizados
Perdem toda a sua força e energia
Sofrem os tormentos desalmados
Perdem de ver o sol e sua alegria.

Os  seres que buscam na utopia
E no imaginário toda a solução
Afogam-se no mar da melancolia.

Pois há uma lógica a pautar a vida:
Seres precisam de amor com razão
E a vida só existe para ser vivida!

Euclides Riquetti
06-01-2016




terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Passa o tempo...

  
Passa o tempo, sutilmente  passa
Passa pra mim e  pra você  também
Infelizmente, nosso tempo passa

 (E você não vem e não me abraça)
Rápido, mas quieto, ele vai além...

Passa pra mim e pra você o tempo
Manhã vem, tarde vai, noite vem mais uma vez
Passa o dia de sol, passa o cinzento

 (E eu caminhando só, eu no  relento...)
Caminhando e pensando em você!

Passa o tempo como passa a vida!
Passa e nos deixa seus sinais
Há a hora da chegada, a hora da partida!

 (A hora esperada, e a que quero esquecida...)
 E há aquelas que eu quero mais e mais!

Euclides Riquetti

Nadir Susin, o Cabeça Branca

Relembrando do amigo...
         No fial da década de 1970 fui morar em Duas Pontes para lecionar na Escola Básica Major Cipriano Rodrigues Almeida. Guardo excelentes lembranças das pessoas com quem convivi e fiz amizade. Tenho-as na memória como se tivessem congelado sua imagem para mim. Alguns eu ensinei, outros me ensinaram. E, dentre as que me ensinaram algo com sua experiência e maturidade estava  Sr. Nadir Susin, marido da Dona Zula, pai do Armando, do Arnaldo (Neco), Adroaldo (ou Arnoldo?  o Gordo), e do Cheiro (Haroldo). Na época, os dois primeiros estavam fora, tinham ido estudar e ficaram. O Neco encontrei há mais de 30 anos no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, assistindo um Jogo do Coxa contra o Botafogo, do Rio. O Gordo  e o Cheiro moravam ainda em casa, nas Duas Pontes, hoje Zortéa.

          Quando chegamos ali, no início de 1977, o primeiro casal que veio econtrar-nos foi o saudoso Olivo Susin, marido da Roseli Viel.  Recepcionaram-os e nos trouxeram para o Baile do Chopp, no Salão Paroquial de Capinzal. Ficamos muito amigos. Jogávamos futebol no Grêmio Lírio com o Tio Livo, como era chamado. E trabalhávamos na Escola com a Rose, professora de Mtemática.Era irmão do Nadir.

         Na Zortea Brancher S/A tínhamos uma hierarquia, primeiro com seis diretores e depois  uma espécie de gerente geral dos trabalhos externos. O Sr. Nadir Susin, que também fora motorista de um dos GMCs marítimos, era sócio da empresa. Supervisionava a área externa, tinha conhecimento sobre a indústria, a produção, os caminhões, tratores, equipamentos. Discreto e educado, não levantava a voz jamais. Dava sua opinião sobre as coisas, respeitava a dos outro. Era um pessoa de bom trato.a noite do grande incêndio na Serraria, em 1979, estivemos lado a lado na orientação das ações para evitar um desastre maior.

          Exercendo forte liderança comunitária, fizemos parte da Diretoria  que, com a vinda dos Padres Missionários, em 1979, assumiu o compromisso de reorganizar a Capela de Santa Catarina, padroeira da localidade. Tínhamos como Presidente o compadre Aníbal Bess Formighieri e com uma equipe formidável conseguimos levar adiante o projeto e fazer nossa parte. Sempre mantivemos uma ótima amizade, mesmo depois que saímos de lá. Aposentado, começou a trabalhar em seu sítio, sempre em plena atividade, como sempre o fez durante toda a sua vida. Há poucos anos perdeu o filho Adroaldo e levou um grande baque. Ontem, às 10 horas, faleceu vítima de infarto, aos 82 anos.

          Fiquei sabendo do ocorrido apenas ä noite, através da internet. E comecei a relembrar dos bons tempos em que trabalhamos juntos na empresa, na Escola e para nossa Igreja.: foi-se  nosso "cabeça branca", era assim que o chamávamos. Cabeça dos cabelos embranquecidos pela maturidade e pela experiência, do educar pelo exemplo, do servir sem esperar nada em troca.Nadir Susin, o pai que amou sua esposa e seus filhos, que fez história no local em que viveu a maior parte de sua vida. Que Deus o tenha em sua Eterna Glória!

          Euclides Riquetti
          07-07-2013

Conflitos da alma

Conflitos da alma nos geram dores
Marcas indeléveis, vãs, duradouras
Sofrimentos que vêm de desamores
Nos deixam cicatrizes imorredouras.

Conflitos da alma nos enfraquecem
Aniquilam, mutilam e deprimem
Muitas vezes até nos enlouquecem
Geram danos que não se redimem.

Conflitos, mesmo que com cuidados
Podem deixar feridas muito fundas
Mágoas que formarão o mau legado
Deixarão as marcas mais profundas.

Fazei, ó Deus, com que a harmonia
Se instale em cada um de nós dois
E que nuvens do amor e de alegria
Jamais nos permitam viver sós!

Euclides Riquetti
05-01-2015








segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

As dores dos espinhos do limoeiro

Tempos de incertezas, certamente
Dúvidas que afligem e atormentam
O amanhã que pode simplesmente
Apagar as chamas que alimentam...

Tempos de angústias e de medos
Futuro incerto, quase sem clareza
As vidas com seus enganos ledos
Toda alegria perdendo pra tristeza...

Tempos idos que talvez não voltem
Lembranças boas agora  já se vão
Se os  vulcões  as chamas cospem
Sofre muito mais meu coração!

As dores dos espinhos da roseira
Também dos que saem do limoeiro
Até o que brota da verde laranjeira
Machucam e me ferem por inteiro!

Perceba que no meu triste dilema
Da dor do espinho e da dor da alma
Resulta-me mais um triste poema
Nada mais me ajuda nem me acalma!

Euclides Riquetti
04-01-2015




Nunca deixe um amor morrer.. (um amor de verdade!)

Nunca deixe um amor morrer
Nem tire da flor a sua candura
Procure sempre compreender
Laços de carinho e de ternura.

Nunca mate uma esperança
Nem feche as portas já abertas
Nunca troque a boa lembrança
Por estradas rudes e incertas.

Não abandone jamais a razão
E nem renuncie à realidade
Os problemas do seu coração
Precisam de afeto de verdade.

Haverá sempre um horizonte
Um céu azul, um sol brilhante
Alguém que sempre lhe aponte
Um caminho nunca distante.

A vida não precisará seguir
Uma lógica certa e definitiva
Quererei de você sempre ouvir
Palavras de amor e de vida!

Euclides Riquetti
04-01-2016










Um novo tempo, a bela vida

Buscar um novo tempo, viver a bela vida
Sem traumas, sem tropeços, com alegria
Rejeitar os infortúnios e toda a dor sentida
Sorver, deliciosamente,  o sol do novo dia.

Buscar a paz pra nossa alma, buscar o alento
Jogar para o alto a tristeza, a dor que angustia
Viver intensamente em cada bom momento
Livrar-se de tudo que nos preocupa em cada dia.

Dar lugar apenas àqueles que já mostraram
Que são nossos amigos, amigos verdadeiros
Não se esquecer daqueles que nos amaram
Daqueles que já foram leais e companheiros.

Dar vida à vida dos que nos estendem a mão
Olhar com olhos justos os seres que merecem
Nunca rejeitar quem sabe amar de coração
Viver a alegria sem as dores que entristecem!

Euclides Riquetti
04-01-2016

Um novo tempo - Salve 2016


Espero  por um novo tempo, um terno  novo dia
Uma nova e bela manhã, uma nova esperança
Um tempo de muito  amor, um tempo de alegria
Um tempo de colher, um  tempo de bonança...

Um belo novo ano, com êxito e sucesso
Saúde, paz e flores, rosas perfumadas
Poemas sem dilemas, versos e mais versos
Pecados absolvidos, almas perdoadas.

Um novo ano feliz,  com abraços e muitos beijos
Uma rosa vermelha, champanhe ou amarela
Lábios de cereja, de doce e de desejo...

Manhãs ensolaradas, tardes de céu azulado
Pensamentos profanos passando pela janela
Indo juntar aos teus, todos os meus pecados...

Euclides Riquetti

domingo, 3 de janeiro de 2016

Eu e meus pecados... reedição!

Aqui estou, meu Senhor
Eu e meus pecados
Não queremos muito, não
Apenas sermos perdoados.

Eu, por havê-los cometido
Por ter perdido,  às vezes,  a razão
Por não ter escutado meu coração.
Eles, por me terem seduzido.

Somos,  ambos,  duas almas descuidadas
Merecemos, assim, o incondicional  o perdão
Não somos da história o vilão
Queremos nossas culpas deletadas!

Preciso em minh' alma toda a alvura
Inicar 20116 novinho em folha  (Será possível, mesmo!)
Então, peço perdão, não tenho escolha
Perdoa-me, Bom Senhor lá das Alturas!

Falo por mim e por meus pecados
E por isso mesmo já vou escrevendo
Não podemos terminar dezembro
(E iniciar janeiro)
Sem que sejamos perdoados
Eu... e meus pecados...

Perdão, Senhor, perdão!!!
Euclides Riquetti
 
03-01-2015

Nós vamos ficar bem...

Nós poderemos voltar  ficar bem
Se buscarmos pequenas soluções
Poderemos  resolver tudo e ir além
Se controlarmos nossas emoções.

As vidas das pessoas são sujeitas
A percalços que as atormentam
A muitos conflitos e turbulências
Às  situações que as alimentam.

Calma, muita calma é preciso
Mesmo que isso pareça impossível
Mas poderá voltar-nos o sorriso
Se acontecer-nos algo imprevisível.

Diálogo, coração muito aberto
Franqueza e muita determinação
A solução pode estar muito perto
Desde que abrandemos o coração!

Apenas isso!

Euclides Riquetti
03-01-2015









Pescaria no Colina´s em Luzerna com a Jujubinha!

          No sábado à tarde, 02, fomos pescar no pesque-pague Colina´s, em Luzerna. Havia  uns meses que não íamos mais lá. É um local aprazível, encantador, localizado na parte alta da cidade de Luzerna. Sempre considerei o empreendimento como o melhor ponto turístico daquela cidade. Chegamos às 16 horas e ficamos até às 19,30.

          O Colina´s é administrado pela família proprietária, os filhos, noras e agregados de Pedro e Anita Andres, um casal de pessoas bastante religiosas. Ela vai à missa às sextas e ele aos sábados. Dona Anita cuida da seção de entrega de caniços, linhas e iscas para os clientes. Trabalho sério e integrado. Também contam com alguns funcionários, pois a estrutura lá é grande e dá muita mão de obra cuidar de tudo, deixar a paisagens sempre bonita, os gramados cortados, os açudes sempre cheios de peixes e prestar bom atendimento no restaurante.

          Numa abertura de temporada, passaram pelo estabelecimento 1.700 pessoas num único dia. No domingo, 27, serviram 240 almoços. Têm um pavilhão que permite que mais de 300 pessoas s acomodem às mesas numa única vez. Ao lado, um dos 15 açudes localizados na área, onse se pescam tilápias. Nos outros 14, é possível pescarem-se carpas, jundiás, cath fishes, pacus, traíras e pintados. A área da propriedade é de 3,5 alqueires. Mas eles têm outro açude grande, em outro local, um criatório de peixes. Aos domingos, servem almoço com buffet livre, ao preço de R$ 28,00 por pessoa. Cardápio variado, mas com muito peixe. Tudo carinhosamente preparado.

         Instalações bem aparelhadas, localizado ao lado do açude das tilápias, está o abatedouro. Dois homens, com destreza e habilidade, limpas os peixes. Marcos Kaiser, funcionário, retira as vísceras dos peixes e, numa máquina com  acionamento por eletricidade, retira a pele dos mesmos. José Andres, um dos proprietários, transforma os peixes em filés. Cinco carpas de um Kg cada uma, em cinco minutos se transformam em 1,6 Kg de filé fresco.

          A tarde foi divertida. Enquanto saboreamos porções de tilápias, polenta com queijo e batatas fritas, realizamos nossa pescaria. pegamos 5 peixes ao todo, sendo que a Júlia, nossa Jujubinha, capturou um dos maiores. Foi pura alegria, tano dela como nossa. Até as outras pessoas que estavam ali pescando vibraram quando ela retirou aquele peixe graúdo da água, com a ajuda do vovô.

         Ir ao Colina´s para pescar ou, simplesmente, para degustar porções dos mais variados peixes, é um ótimo programa. Funciona da metade de setembro até metade de maio. Fica fechado durante os outros 4 meses do ano.

        Parabéns, família Andres, pelo belíssimo empreendimento!

Euclides Riquetti
03-01-2016