sábado, 26 de março de 2016

Pra dizer simplesmente que eu te amo...

Quero teu abraço carinhoso bem carinhoso
E o teu beijo gostoso quero muito gostoso...

Quero ver teu sorriso bonito bem bonito
E teu semblante tão sublime quanto o infinito...

Quero ouvir tuas palavras doces bem suaves
E tuas palavras suaves, ouvi-las bem doces...

Quero sentir o magnetismo de tua alma branca
E que tua alma franca me traga paz e conformismo...

Quero descrever a flor que te seduz e encanta
E, quando tu cantas, jurar-te meu amor...

Quero que meus versos em ti se eternizem
E que nossos sonhos dispersos se realizem...

E, em abraços, sorrisos e beijos
Despertam-se os instintos e os desejos...

Então eu te invoco, te provoco, te chamo
Pra dizer simplesmente que eu te amo!

Euclides Riquetti
26-03-2016






Dê-me um abraço

Dê-me um abraço gostoso
Deliciosamente perfumado
Um abraço calmo, silencioso
Mas muito prazeroso e apertado...

Um cândido e doce abraço
Que a nossa angústia ameniza
Que alivia a dor e o cansaço
Que o bom momento eterniza...

Dê-me um abraço casual
Ou mesmo com frenesi
Entusiasmado ou sensual
Algo como eu nunca senti...

Um abraço e seu sorriso meigo
A ousadia de seu olhar fatal
Que adorna  seu sorriso meigo
Belo sorriso, sem igual...

Euclides Riquetti
26-03-2016




Amor radical


Eu queria que tu arrancasses meu coração
E o colocasses dentro do teu.

E eu ficaria sem vida,
Sem sensibilidade,
Sem sentir saudade...

E tu terias para sempre o meu coração.

No céu, eu viraria um anjo alado
Que ficaria sobrevoando-te
Onde quer que estivesses
Para onde quer que fosses...

Assim, eu sempre estaria por perto
Protegendo-te
Guiando-te...

E continuaria a compor meus versos
Que virariam sonetos românticos.

E continuaria a rezar
A  pedir perdão
A declarar ao mundo que tu és meu grande amor.

E, no dia em que precisasses de minha presença
Apenas me acenaria
E eu viria
Com todo aquele amor que tenho em mim
Que guardo em mim.

E nós continuaríamos  felizes
Tu e eu.

Te amo demais!!!

Euclides Riquetti

 

sexta-feira, 25 de março de 2016

Sexta-feira da Paixão - lembranças... apenas lembranças!

         Tenho toda a sorte de possíveis lembranças dos dias de Sexta-feira Santa, ou Sexta-feira da Paixão. Vivi entre famílias muito religiosas: a de meu padrinho, João Franck, em Leãozinho, na época pertencente ao município de Capinzal, hoje Ouro; na de meu avô, o nono  Victório Baretta, na Linha Bonita; e na de meus pais, Guerino e Dorvalina, primeiro em Linha Bonita e depois em Capinzal, e no então distrito de Ouro. Imagino que você também, leitor, leitora, neste dia muito especial, esteja revolvendo seu passado e com sua mente navegando até pontos que estão registrados em sua saudosa memória.

          No Leãozinho, costumávamos ir à capela de Santa Catarina, onde as imagens dos santos encontravam-se cobertas por panos roxos e brilhosos. Ali, cidadãos como Victório Gusso, Danilo Pissoli, Primo Biarzi, os Tonini, Reina, Seganfredo, Andrioni, Santini, e outros, oganizavam a adoração ao senhor morto a via sacra e as rezas. Na Linha Bonita, na Capela de São José, Joaquim Casara era nosso capitão dos ofícios, auxiliado pelos Bressan, Baretta, Maziero, Dambrós, Viganó, Bazzo e outros.

          Mas é de quando passei a me entender como "gente', a partir dos oito anos, e voltei a morar com meus pais, ali em Ouro, que tenho as lembranças mais vivas. Passei a frequentar a catequese na Igreja Matriz, onde fiz meus primeiros amigos. Além das catequistas, venerandas criaturas, havia o temível Frei Lourenço, que nos metia muito medo. Frei Gilberto (Giovanni Tolu), era muito bem quisto por todos e Frei Tido o mais paizão e amigão de todos. Mas, quem mandava, era o terrível Frei Lourenço. Com este, tive uma grande decepção, uma vez que, na catequese, nos ensinaram que, quando encontrássemos um sacerdote na rua, devíamos dizer: "Viva Cristo!", ao que ele responderia "Rei". Pois que um dia encontrei-o ali na atual Rua Ernesto Hachman, em Capinzal, ele e sua batina marrom que combinava com a cor de sua barba castanha, falei o "Viva Cristo!", e ele nem me deu bola. Fiquei me punindo: "Será que fiz algo errado?!".

          Não, era apenas minha ingenuidade, minha infantil capacidade de perceber que as pessoas são diferentes uma das outras. Assim como os médicos são diferentes,  os médicos, os engenheiros, os policiais, os estivadores, os professores e as professoras, os políticos, os motoristas, as enfermeiras, as freiras, as putanas, as pessoas, enfim, são muito diferentes umas das outras, os sacerdotes também o são. Não há como classificar igualmente, todos os seres, masculinos ou femininos. E esse Frei Lourenço era osso duro de roer. Mas sobrevivemos...

          Hoje, volvi-me a refletir e a lembrar... lembrei-me, com certa tristeza, do último feriadão de Páscoa, o de 1972, que se iniciou na quinta-feira, dia 30, e findou no domingo, dia 02. Na quinta, saí às 6 horas da manhã de Porto União, em trem, e cheguei em Capinzal ao anoitecer. Fiquei ali três dias e, na segunda pela manhã, tomei o trem de volta para ir para ir à  Faculdade, em União da Vitória. São 44 anos já passados. Foi-se a juventude, foram-se os cabelos longos, veio o conhecimento, a família, a maturidade. Aquele feriadão foi um profundo divisor de águas em minha vida. Tive que tomar decisões importantes, nem sei se as melhores ou as mais certas, mas tive que tomar. Precisava trabalhar, não teria mais como dar-me ao luxo de ir passear na casa dos meus pais quando em bem quisesse, dar um rumo definitivo na vida...

           Então, nesta sexta-feira maior, muita reflexão... para mim, para vocês, para todos. E muitas orações também!

Euclides Riquetti
25-03-2016

Eu, você e a chuva

Eu, você e a chuva fina
Saímos para passear de mãos dadas
Na manhã por Deus abençoada
Nós e seu rosto de menina...

Saímos à rua calma e silenciosa
Rua com cara de feriado, de dia santo
E, dos passarinhos ouvindo o canto
Na caminhada de mãos dadas, prazerosa...

Eu e você andando na chuva fresca
Rindo, sorrindo, cantando
Você me ouvindo e eu apenas poetando
Poemas da lírica  romântica, novelesca.

Sim: eu, você e a chuva fina
Em abraços, beijos, eternas juras
Apenas eu, você e a chuva fina
Em abraços, beijos e eternas juras!

Euclides Riquetti
25-03-2016



A chuva que cai


A chuva que cai
Transparente
Levemente
Molha corações e almas
Peles morenas e peles alvas.

A chuva que cai
Na relva verde, sensível
Que lembra seus olhos brilhantes
Fascinantes...
Traz-me a lembrança indizível!

A chuva  cai
E você me inspira
Como os acordes na lira
E embala meu pensamento
Que se perde no vento
Que se vai no tempo...

A chuva que cai
E rola na calçada
Leva  embora o presente
E meu coração traz à mente
As ternas lembranças passadas.

A chuva que cai
Molha você, molha a terra
Molha o sonho da espera
Pois logo vem a primavera
Mas a chuva cai!

( E eu penso em você...)

Euclides Riquetti

quinta-feira, 24 de março de 2016

Páscoa

Páscoa das emoções e das cores
Páscoa das flores brancas e escarlates
Páscoa das paixões e dos sabores
Páscoa com sabores de chocolate.

Pascoa dos ingênuos coelhinhos
Páscoa dos docemente enamorados
Páscoa dos afagos e dos carinhos
Páscoa dos seres apaixonados.

Páscoa das orações e dos acalantos
Páscoa, tempo de ternas lembranças
Páscoa do renascer dos encantos.

Páscoa, tempo de amar e de renascer
Páscoa, alegria dos adultos e das crianças
Páscoa, tempo de sonhar e de reviver!

Euclides Riquetti
24-03-2016


Morre Cruyff - o astro do Carrossel Holandês

          


O mundo perdeu, hoje, um dos maiores futebolistas de todos os tempos. A Holanda perdeu seu maior ídolo, o maior jogador de futebol que aquele país já produziu. Nascido Hendrik Johannes Cruyff, na cidade de Amsterdã, na Holanda, em 25 de abril de 1947, ficou conhecido no mundo como Johan Cruyff. Hoje, após luta intensa contra um câncer, faleceu em Barcelona, na Espanha, rodeado por familiares.

            Sua biografia o retrata como "um jogador revolucionário, tático, ofensivo, coletivo, vistoso e eficiente, inspirou muitos jogadores e treinadores a partir de suas extraordinárias atuações no Ajax e na seleção de seu país, tornando-se vice-campeão na Copa do Mundo de 1974. Os que o viram atuar pela sua seleção não sabem que, no Ajax, ele tinha atuações ainda melhores, simplesmente espetaculares.

          Naquele ano, eu estava em meu terceiro ano no curso de Letras da FAFI, em União da Vitória, PR, morava na "República Esquadrão da Vida", localizada no centro daquela cidade, e trabalhava na concessionaria Mercedes-Benz, a Álvaro Mallon e Filhos. Cruyff tinha um fortíssimo companheiro em sua seleção, o Neeskens. Meu colega de trabalho, Vilson Vilanova,  era só elogios com relação aos dois jogadores. O mesmo eu sentia em Osvaldo Bet, João Luiz Agosini, Leoclides Fraron e Odacir Giaretta.Na verdade, todos os nossos colegas da república eram admiradores do futebol da dupla.

          É considerado o maior  jogador europeu do século XX, sendo o segundo maior do mundo, apenas atrás do brasileiro Pelé. Sua geração na Holanda tinha  ainda os craques  Neeskens, além de grandes jogadores como Johnny Rep, Rob Resenbrink e Ruud Krol.

          As características daquela seleção que também foi conhecida como a "Laranja Mecânica", era a de marcar com pressão, abafando o adversário e roubando a bola, com a sequência de toques rápidos e diversos, confundindo os adversários. Os jogadores defensivos atacavam e os atacantes, a essa hora, defendiam. Os deslocamentos para outras posições confundiam totalmente os marcadores. O sistema foi seguido pelo farmacêutico piratubense Dr. Hugo Riffel, um estudioso do futebol,  que difundiu esse  esquema tático no Baixo Vale do rio do Peixe, principalmente no Nacional de Ipirá, e no Arabutã FC, de Capinzal, nas  décadas de 1970 e 1980.

          Grande admirador de Cruyff, lamento muito que o mundo o tenha perdido. Mas há a certeza de que seus feitos ficarão na história, não apenas da Holanda, mas do futebol mundial.

Euclides Riquetti
24-03-2016

Preciso que me faças sorrir


 
Preciso que tu me faças sorrir
Preciso que tu me faças cantar
Preciso que me faças ouvir
A doce canção de ninar. 

Preciso, sim, que me faças sonhar
Pois sonhar é algo que eu posso
Um sonho assim, singular
Que devolva os momentos só nossos.

Mas os  anos passam  ligeiro
Mudam destinos e trocam caminhos
O tempo fugaz é passageiro
Não me imagino ficar sozinho.

Preciso que tu me faças sorrir
Preciso que tu me faças viver
Quero dar  meu amor só pra ti
Quero que sejas meu bem-querer!

Te amo!
 
Euclides Riquetti

quarta-feira, 23 de março de 2016

Navegam seus olhos fundos...


Navegam seus olhos fundos,  entristecidos
Buscando no horizonte algumas respostas
Talvez buscando entender alguns desatinos
Escrevendo o poema certo nas linhas  tortas.

Navegam seus olhos bonitos nas incertezas
Buscando entender os difíceis mistérios da vida
No rio que leva distante,  em suas correntezas
Histórias de traumas, de lutas,  confrontos e brigas.

Navegam seus olhos com medo de ver as verdades
Estradas que levam no tempo, na busca da cura
E trazem consigo lembranças e muitas saudades
Dos tempos de amor, de ilusão e aventura.

Navegam seus olhos e,  ao longe, encontram os meus
Despertos na espera do encontro que tanto desejam
Que aguardam  respostas que venham de dentro dos seus
Respostam que acalmem meu ser e também me protejam.

Eu olho seus olhos, seguro suas mãos e você nem me vê
Em pensamentos, desejos, pecados, pecados, desejos
Só quero sentir o perfume sutil que vem de você
E, se possível, roubar de seus lábios apenas um beijo.

Um beijo do amor sentido e não correspondido
Um beijo para não mais ser esquecido!
Um beijo meu
Um beijo seu
Nada mais!

Euclides Riquetti

Na manhã chuvosa de outono


Na manhã chuvosa de outono me chega a canção
Que me vem trazida pelo vento
Pousa, suavemente, em meu pensamento
E se aloja em meu frágil  coração.

Vem, num carrossel de anjos que vêm
Com sua melodia indescritível
Canção de sabor aprazível
Vem me deliciar também.

Na manhã chuvosa de outono vem a canção que me afaga
A canção da noite, que você repete
E que me acalenta, me confunde e me embriaga.

Na manhã chuvosa de outono meu coração silencia
Enquanto se acalma, pensa, reflete:
Quer esperar você, cheio de uma doce  nostalgia.

Euclides Riquetti

Me tome nos seus braços


Me tome nos seus braços
Me envolva com você
Busque-me no espaço
Me envolva com você
Me tome nos seus braços
Me deixe amar você...

Me abrace com carinho
Me envolva com você
Busque-me de mansinho
Me envolva com você
Me abrace com carinho
Me deixe amar você...

E cante a nossa canção
De mim e de você
Lembre com emoção
De mim e de você
E cante nossa canção
Que eu fiz para você...

Quando estiver sozinha
Lembre com todo o carinho
Do encontro na tardinha
Andando pelo caminho
E na saudade minha
Quando  me sinto sozinho...

Porque longe de você
Sou como peixe fora d´água
Sou poeta sem poema
Sou como o vento que apaga
O versos que você lê
Nas areias da praia!

Euclides Riquetti

terça-feira, 22 de março de 2016

Saí para encontrar os raios de sol


Saí para encontrar os raios de sol
Numa das primeiras tardes outonais
Sentindo os aromas dos florais
Sonhando envolvê-la em meu lençol...

Saí para encontrar o seu sorriso
Beijar os seus lábios de cor rosada
Encontrá-la  na tarde ensolarada
E isso é tudo de que eu preciso...

Saí pra sentir o seu corpo elegante
Afagar o seu rosto de pele macia
E dizer-lhe que você me é importante.

Olhar no espelho da verdade
Matar os desejos que eu tanto sentia
Entregar-me a você por saudade.

Euclides Riquetti

Meus oito medos


Meu primeiro medo: Medo de te perder.
Meu segundo medo: Medo de me perder.
Meu terceiro medo: Medo de não te perder.
Meu quarto medo: Medo de não me perder.
Meu quinto medo: Medo de te perder e não te encontrar.
Meu sexto medo: Medo de me perder e não me encontrar.
Meu sétimo medo: Medo de que nos percamos e não nos encontremos mais.
Meu último medo: Medo de perder o medo.

Não quero que te percas de mim
Não quero me perder de ti
Jamais!...

Euclides Riquetti

Acordar feliz

Acordar feliz, ser feliz, viver feliz...
Assim quero que seja
Como o poema que diz:
Tudo vale a pena
Se a gente tiver como lema
Acordar feliz, ser feliz, viver feliz!

Acordar sabendo que se ama e é amada
Que se desperta desejos
E que se é desejada...

Acordar com a alma lavada
Dar e receber muitos beijos
Da pessoa amada...

Acordar com o sorriso nos olhos
No rosto
Nos lábios...

Acordar irradiando luz nos olhos
No rosto
Nos lábios!

Acordar feliz, ser feliz, viver feliz
Amando e sendo amada...
Amando e sendo amado
Sendo feliz
Muito feliz!

Euclides Riquetti
22-03-2016





segunda-feira, 21 de março de 2016

A primeira chuva no outono

A primeira chuva do outono veio pra lavar
Minha alma com todos os matizes de pecado
No momento certo que escolhi pra te louvar
Pra te entregar o meu futuro e meu passado.

A primeira chuva de outono nos traz frescor
Ela e todas as suas gotículas suaves e sagradas
E nos convida para viver os tempos de amor
A caminhar livremente por todas as estradas.

Caminhemos, então, lado a lado, exultantes
Dando glórias ao Deus que nos presenteia
Com belas tardes, com manhãs brilhantes.

Enquanto flutuo e me embalo na sua realeza
E louvo a tudo o que me anima e me rodeia
Me perco a divagar em sua notável beleza!

Euclides Riquetti
21-03-2016




Lu Darga - a amiga que virou estrelinha...

          O que dizer da perda da Lu Darga, nascida Lucimeri Aparecida Darga, a menina que foi nossa aluna ao final da década de 1970 em Zortéa e, adiante, no Colégio Mater Dolorum, em Capinzal?  Pois nossa cara Lu nos deixou na semana passada e, como costumamos dizer às crianças pequenas, "virou uma estrelinha" e está lá no céu, enfeitando o firmamento.

          Não há como não ficar lembrando da menina do sorriso bonito, jovial, disposta e determinada, eu costumávamos encontrar nas ruas de Capinzal, ou na área de lazer daquela cidade, normalmente sozinha e andando muito rápido. Espalhar o seu belo sorriso pela cidade não era imposição, era algo que brotava dela naturalmente, ela o distribuía a quem quer que fosse, quem quer que encontrasse na rua.
  
         Lu, como era conhecida,  oi funcionária da Prefeitura de Capinzal, mas com o tempo desligou-se e veio trabalhar em Joaçaba, atuando como vendedora de carros, o que fazia com competência e dispensava muita simpatia aos clientes, não importando que idade tivessem, nem a sua condição social. A Lucimeri era sempre a mesma pessoa, em qualquer lugar e circunstância.

         E o relembrar me transportou aos tempos em eu ela era uma criança, filha do "Seu Darga", um trabalhador muito simpático, dedicado e conceituado, de quem fomos colegas de trabalho nos tempos da Zortéa Brancher, no final da década de 1970. Agora, então jovem, elegante e bela senhora, despede-se de nosso mundo terreno e deixa consternados todos os seus amigos. Tinha muita facilidade em fazê-los, ia muito a festas, shows, gostava de frequentar bons e agradáveis ambientes, com suas amigas.

          A notícia de sua parida, tão prematura, tomou de tristeza a grande legião de amigos. Lu foi morar no céu, foi na corrida, assim, sem se despedir... Deixou-nos numa sentida melancolia, pois a separação definitiva nos entristece, faz com que busquemos respostas que não nos vêm, abre-se uma lacuna que não há como ser preenchida.

         Fique bem, fique com deus, amiga Lu Darga. Com um carinhoso abraço e muitas orações da família Riquetti.

Euclides Riquetti
21-03-2016

Quando a solidão bater à sua porta

Quando a tristeza bater à sua porta
Mande-a campear em outro lugar
Quando a melancolia bater à sua porta
Mande-a embora para não mais voltar...

Quando a dor bater à sua porta
Mande-a buscar outro ser pra torturar
Quando o sofrimento bater à sua porta
Mande-o navegar em outro e longe mar...

Quando a saudade bater à sua porta
Mande-a vagar na prata do luar
Quando a solidão  bater à sua porta
Diga-lhe não e não a deixe mais entrar...

Mas quando eu bater em sua porta
Por favor, me convide pra ficar..
Porque se o amor bate em nossa porta
É tempo de se viver e se sonhar...

Apenas isso...
Nada mais que isso!

Euclides Riquetti
20-03-2016



domingo, 20 de março de 2016

Enquanto chove


Chove no asfalto
Onde o verde e o cinza
Compõem o retrato:
A natureza é a tinta
O pincel que pinta
As pedras, o rio, o mato.

Chove uma chuva fina e teimosa
Fria e silenciosa  (delituosa)...
Banha os animais que se aconchegam
Por debaixo das caneleiras frondosas
(As imbúias e os cedros o homem levou...)
Das árvores santas, restantes, bondosas
E chove!

Chove serena  minha alma
Chora sereno meu pensamento
E a chuva lava ( e leva )
A preocupação do momento.

Chove na manhã do dia que corre
E nas valas a água desliza mansa, mole
Enquanto chove.
E some...

Apenas não somem as lembranças
Que vão e voltam, que fazem pecar
Que transpõem os montes
Enquanto transbordam as águas ( e as mágoas)
Das fontes
E se perdem nos rochedos
Buscando ressonância
No tempo e na distância
Até chegar ao mar!

Ressonam nos corações benditos
Nos pensamentos infinitos
Nos pensamentos teus
Nos sonhos meus
Que vagam no ar.

Só não leva para ti os meus poemas
E meus dilemas
Que transformo numa única oração:
Apenas uma oração para ti
Enquanto chove!!!


Euclides Riquetti

Na primeira manhã de outono

Quando você acordar
Na primeira manhã de outono
E abrir a janela de seu quarto morno
Para que entre o frescor do ar...

Quando você perceber que  a manhã outonal
Não é diferente das do verão que se foi
E que haverá um tempo para amar depois
Mas que talvez seja uma manhã sem igual...

Quando você lembrar
Que no seu sonho eu estava desperto
Que eu a buscava e chegava tão perto
E você fugia sem poder me abraçar...

Quando você constatar
Que sempre há um novo dia em qualquer estação
Seja inverno, primavera ou verão
Mesmo ao ver o outono começar...

Então pense em mim...
Me queira
Pense assim
De qualquer maneira
Mas pense em mim
Nesta manhã de dia morno
Neste primeiro dia de outono.

Apenas isso
Nada mais!

Euclides Riquetti
20-03-2016