sábado, 2 de junho de 2018

Poema-cor-de rosa







De rosa e de santa vi
Vi seu rosto de santa, rosa
Vi seu roso de rosa de santa
Seu rosto de santa eu vi rosa.

De rosa seu corpo vi
Vi seu corpo vestido de rosa
Vi vestido de rosa de santa
Seu corpo de santa vi rosa.

De rosa-morango eu a vi
Vi seus lábios morango-rosa
Vi seus lábios de rosa-morango
Seus lábios morango eu vi rosa.

De rosa de amor eu a vi.
Vi seu coração cor-de-rosa
Vi de rosa-amor seu coração
Seu coração de amor eu vi rosa.

De rosa e de flor eu vi
Vi você de flor e rosa
Vi você de rosa flor
Seu ego de flor e de rosa.

No dia dos namorados vi
Vi seu sorriso de rosa
Vi, menina, seu sorriso
Seu sorriso vi de rosa.

Pois foi tão bom que eu a vi
Com sua roupa cor-de-rosa
Com sua roupa de rosa-cor
Com todo o esplendor de uma rosa.

E do pouco que eu a vi
Ficou-me a lembrança rosa
Ficou-me a rosa lembrança
Do amor que vivi, cor-de-rosa.


(Dedico este poema a todas as pessoas
sonhadoras que veem no amor a cor das rosas)

Euclides Riquetti
14-06-1993.

Dona Holga Brancher - reeditando

A partida de Dona Holga, 5 anos depois...

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           Na noite de quinta-feira,  fomos surpreendidos pela notícia do falecimento da professora, colega, vizinha e amiga Dona Holga Maria Siviero Brancher. Ficamos entristecidos pela sua partida, que é nossa reação lógica e primeira diante da perda de alguém que estimamos muito e que tornou-se nossa amiga.

          Nossa Dona Holga sempre foi uma pessoa muito determinada em conquistar seus objetivos. Conheci-a ainda pequeno,  pois passava defronte nossa casa, ali no Distrito de Ouro,  com suas crianças, indo  para Capinzal, a pé. Os mais velhos me  diziam: "Aquela ali é da Dona Holga, professora lá no Belisário Pena". Era uma mulher muito bonita!

          Mais adiante, lembro-me de quando eu era adolescente e estudava no Ginásio Padre Anchieta e, numa manhã, logo após nosso recreio, escutamos seus gritos ali em sua casa, quando corria para a rua: "Mataram o Dr. Vilson (Bordin)!" Aquilo me marcou. Foi o acontecimento da década na pacata cidade. Eu já a conhecia bem, fui colega de uma das filhas, Anamar, no terceiro ano primário, 1963, no Colégio Mater Dolorum. Meu pai era amigo dela e do Seu Sady, o marido. Depois, em 1967 e 1968,  foi minha professora no Ginásio Normal Juçá Barbosa Callado, do qual era também Diretora. Era nossa professora de Matemática, Português e Didática. Estava grávida da Vanusa e vinha para a Escola trabalhar com muita energia. E encontrava tempo para deslocar-se a Passo Fundo, onde fazia seu Curso Superior. Tomava caronas com alguns que iam para lá esduar Direito, iam de jipe, pelas estradas poeirentas, dentre eles os Srs. Nízio Baretta e  Antônio Maliska Sobrinho.

          Terminado o ginasial perdi o contato com ela, que só restabeleci em 1977. Morávamos  em Duas Pontes, município de Campos Novos, hoje Zortéa, onde fora lecionar e trabalhar,  e os assuntos relativos à Educação eram tratados aqui em Joaçaba, na 9º UCRE. Quando estavam implantando a Rodovia Joaçaba/Ouro/Capinzal, a Estrada da Amizade, havia muitos atoleiros e, nos dias chuvosos tínha-se que vir por "Linha Sete". Lembro que certa vez tive que dirigir seu Corcel no retorno, pois estava exausta. Era de levantar de madrugada e trabalhar até quase 11 horas da noite.  E, a partir de 1978, nos tornamos colegas na Escola Major Cipriano Rodrigues Almeida, nas Duas Pontes. Minha antiga professora já se tornara nossa grande amiga e vizinha. Foi pioneira em ir ao encontro da educação em nível superior.

          Tinha uma concepção das coisas muito adiante dos costumes de seu tempo. Era uma revolucionária. Buscava participar de congressos onde quer que acontecessem. Em qualquer lugar do Brasil. Era apaixonada por História.  Para ela, não havia fronteiras. E nos dizia: "Falo demais e às vezes me complico por isso, mas é tudo verdade. Acho que sou meio subversiva!"...

          Tinha uma forte liderança perante seus alunos. Programava viagens e ia buscar apoio junto a empresas e ao Poder Público. Em dezembro de 1980 levou os alunos Contadorandos da CNEC para conhecer Florianópolis. Queria levá-los para ver os fortes, mas os eles  queriam praia! Então ela os levou para conhecer o Palácio Cruz e Souza, que era Sede de Governo,  a Praça XV, com sua imponente Figueira, a Majetosa Ponte Hercílio Luz e a Marinha. Também as dunas brancas na Joaquina e as finas areias do Campeche.  Depois, como prêmio, a ida para Balneário Camboriú, para conhecer a praia mais famosa do Sul do Brasil. Recomendava que "os filhotes" não ficassem expostos ao sol, coisa de mãezonha. Ao final, porém, todos com o couro bem vermelho! Acho que dos mais de 40, nenhum ainda conhecia o mar. Ela proporcionava isso a eles! Levava-os para conhecer in loco aquilo que ensinava da sala de aula, quanto aos aspectos históricos e a paisagem natural de Santa Catarina.

           Nossa vizinha, deu-nos muito apoio quando nasceram nossas meninas, dava-nos conselhos, nos orientava, afinal criara sete filhos. Trazia-nos  roupas bonitas quando de suas viagens a São Paulo. Organizava jantares para os alunos "do ônibus", uma vez que, morando em Zortéa, descia algumas noites para lecionar em Capinzal. Ia e voltava no ônibus dos alunos. Parecia uma "aluna maiorzinha" em meio aos demais. Na Escola, uma vez, com ajuda da Miriam, fez um jantar  surpresa para os professores em dia de reunião pedagógica. Era também habilidosa cozinheira.

          Aposentada, começou a aprofundar suas pesquisas para sua monografia de História, disciplina com a qual tinha muita afinidade, e que lecionou a maior parte de sua vida, principalmente no Belisário Pena e CNEC, mas também com passagens pela Sílvio Santos e Major Cipriano Rodrigues Almeida e outras. Em razão disso, escreveu um livro sobre a História Sócio-econômica de Capinzal. Ia às Prefeituras para ver os registros das empresas antigas, à Agência de Estatística, à Casa da Cultura, em Campos Novos, às Exatorias e Coletorias das cidades gêmeas e daquela.

          O lançamento de seu livro aconteceu no Centro Educacional Prefeito Celso Farina, com cerimônia presidida pelo amigo Ademir Pedro Belotto. Lembro bem que ele falou daquilo que realiza o Ser Humano: "Ter filhos, Plantar uma Árvore e Escrever um Livro". E ela estava cumprindo isso! Foi um evento muito concorrido. Deixou uma marca importantíssima com isso. É uma ótima referência bibliográfica de nossa História. Autografou-me um exemplar.

          Há uma década nos encontramos em Toledo, no Paraná, na Festa da Família Durigon, lá realizada. Lá moravam a Ana Leonor e o filho Cássio. Foi, para nós, uma grande surpresa tê-la reencontrado. Depois disso, avistei-a apenas mais uma vez, em Capinzal. Passamo-nos alguns recados pelo facebook e, para nossa surpresa, a notítica de sua partida. Imaginamos que pessoas que nos foram caras um dia devessem ser eternas.

          Uma pessoa muito adiante dos costumes de seu tempo, porque ousava buscar o conhecimento, mrgulhar no desconhecido, sem medo. Isso  num tempo em que as mulheres, em sua maioria, ainda não trabalhavam fora. Foi mãe de sete filhos e os encaminhou todos para frequentarem as universidades, fato que pode ser considerado quase que exceção à regra geral, uma vez que poucas famílias conseguiam fazer isso. Criou, com muito amor,  respeito e exemplo, todos os seus, e fez muito pelos filhos dos outros. Ana Leonor, Anamar, Ana Lice, Antônio João, Maurício, Cássio e Vanusa podem orgulhar-se da mãe que tiveram. Falar de seus filhos era seu maior orgulho. Minha esposa sabe o nome deles e as suas características pelo que a Dona Holga os descrevia em suas falas.

          A manifestação de seus ex-alunos nas redes sociais atesta o quanto foi querida por todos. Quando tivesse que tomar partido em uma situação, ficava ao lado do aluno, o que lhe deu credibilidade e confiança perante ele. Ter sido seu aluno, colega, vizinho e amigo foi um grande privilégio. Fica sua imagem eternizada no pensamento de cada um de nós.  Esteja feliz num lugar muito bonito  mrecido,  Dona Holga!

Euclides Riquetti
25-05-2013


Que teu ser mergulhe em mim


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Divina paisagem matinal
Em que o vento balança as folhas da palmeira
E as plantas  jazem sob o azul do manto celestial
De onde vem-me o doce aroma da cidreira.

Pássaros pousados nos galhos que se embalam
Bailam na harmonia  em  realeza
E seus belos cantos nos ares se propagam
Numa grande sinfonia da natureza.

Eu me transporto para o enlevo de teus braços
E me alento no desejo de estar junto de ti
Buscando apenas os teus beijos e teus abraços.

Preciso, ardentemente, mergulhar no teu divino ser
E quero que teu ser mergulhe em mim
E no teu corpo me envolver e  me perder.

Euclides Riquetti

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Trilhas no céu

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As estrelas no céu marcam as trilhas
Pelas quais eu deva passar
Para andar muitas milhas
Para eu poder te encontrar!

O sol esconde todas as estrelas
Que esperam a noite chegar
Para que possamos vê-las
Quando a noite de novo voltar!

A noite esconde as incertezas
Que habitam a alma bendita
E o dia mostra tua beleza
O teu corpo de mulher bonita!

Mas em todos os minutos e horas
Meu pensamento te procura
Pois minha alma te busca e chora
No dia claro como na  noite escura!

Euclides Riquetti
01-06-2018


quinta-feira, 31 de maio de 2018

Louane Emera e "A Família Bélier"


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          Numa tarde de sábado, há dois anos, assisti ao filme francês "A Família Bélier", lançado em 2014. Emocionei-me!

          Filme românticos e similares me contagiam. Assim como me contagiam as belas canções. As belas fotografias, as belas pinturas também me seduzem. Mas, no filme, o que  me contagiou foi o enredo e atuação de todos os atores. É a história de uma adolescente, Paula, estudante, filha de um casal de fazendeiros surdos. Tem um irmão, que também é surdo. Paula, interpretada por Louane Emera, cujo nome original é Anne Peichert, nascida em Hénin - Beaumont, em 26 de novembro de 1996, sagitariana como eu, é muito ligada em sua família. Como consegue ouvir e falar, a bela garota atua como intérprete de seus familiares, ajudando a administrar sua fazenda e ainda nos negócios.

          Louane é cantora e atriz, mora na França e projetou-se por tornar-se finalista do "The Voice, la plus belle voix", e ainda pela sua atuação no filme em pauta. Com apenas 19 anos de idade, já conquistou prêmios importantes no cinema, tendo conquistado o prêmio César de melhor atriz revelação, justamente pela performance em "A Família Bélier". No ano passado, lançou um álbum de canções, "Chambre 12", que fez muito sucesso na França.

         No filme, Paula Bélier é descoberta por seu professor como um talento para a música. Participa de uma audição musical em Paris e, aprovada, ganha bolsa de estudos para estudar na capital francesa. Seus familiares, eu muito têm dependência dela e a adoram, muito gostariam  que permanecesse com eles. Mas...  Ah, e tem mais: ela tem um namoradinho... Bem, não vou tirar de vocês o prazer de verem o filme.

        Mas peço sua atenção para esta jovem atriz. Assim como a Anne Hathaway, Brigitte Bardot, Julie Andrews, Sophia Loren e Cláudia Cardinale, Louane Emera  mostra talento desde bem jovem. Bonita, rostinho limpo de brotinho, certamente vai fazer muito sucesso ainda.

Parabéns, Louane Emera!

Euclides Riquetti
Reeditado em 31-05-2018

Gosto de você


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Gosto de você desde há muito tempo
De quando você tinha cabelos compridos
De quando nos chamávamos por apelidos
De quando tínhamos leves pensamentos.

Gosto, sim, como que no céu há estrelas
Nas noites agradáveis,  muito inspiradoras
Porque temos manhãs azuis e promissoras
Que nos valem pelo prazer de tê-las.

Gosto de você porque você gosta de mar
De ondas, de areias, de águas espumosas
De sol, de sereias, de tardes glamorosas
De ternos perfumes que flutuam no ar.

Gosto de você, gosto muito...bem assim
Gosto de você pelo que você foi e pelo que é
Gosto de você, porque é uma bela mulher
Gosto de você porque você gosta de mim!

Euclides Riquetti
31-05-2018








Os doces ventos de março

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Os doces ventos de março voltaram
E, com eles, as belas recordações
E, por aqui, parece que ficaram
Trazendo-nos as ternas emoções...

Os doces ventos de março sopraram
E animaram as brasas certas
Aquelas que antes se ocultaram
Em praias distantes e desertas...

Os doces ventos de março reacenderam
Paixões há muito adormecidas
As almas frias se reaqueceram
E as noites tristes foram banidas...

Porque nos voltaram os doces ventos
Que há muito deixaram de soprar
E apagaram velhos ressentimentos
Que foram se extinguir no mar!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Toda a hora é hora pra sonhar

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Toda a hora é hora pra sonhar
Hora de andar nas nuvens brancas
De lembrar das canções que sempre cantas:
O pensamento mergulhado nas lembranças
Hora de embalar o teu ninar.

Toda a noite foi feita pra se dormir
E os mais belos sonhos ensejar
Nas praias onde balança o verde mar
Onde o vento nos vem  acalentar
Acariciar o teu rosto a me sorrir.

Todo o dia é dia do sol brilhar
De bronzear a tua pele delicada
Que eu mordisco na noite enluarada
Olhando para a imensidão estrelada
Enquanto sinto o teu coração a pulsar.

E, em todas as horas das  noites e dos dias
Não importando onde quer que  estejas
Meu coração se envolta em alegria
Pois é apenas a ti  que ele quer e deseja:
Musa que me traz à nostalgia
De te  dar minha alma que te corteja...

Euclides Riquetti

Economia combalida, saúde doente!





       O Governo do Presidente Temer teria vindo para devolver a esperança aos brasileiros. Iniciou propondo reformas, algumas das propostas foram aprovadas e a da Previdência Social ficou em banho-maria. Propagou-se, no início deste ano, um otimismo quanto à retomada do crescimento, com elevação do nível de empregos e inflação baixa. No entanto...

       O quadro atual não nos traz alentos, mas sim preocupações.  Temer fragilizou-se politicamente, está com baixíssima popularidade e sem credibilidade.  Está cercado de ministros que são alvos de denúncias e investigações policiais, e alguns fatores externos estão ajudando a afundar-nos de novo. O preço do petróleo chegou a US$ 80,00 para o barril do Brent na semana que passou. E, na “prática nacional”, houve sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis. O Brasil compra o Brent, que é o petróleo de melhor qualidade, para produzir combustível que precisa entregar a países vizinhos, por preços contratados nos últimos anos, para cumprir com essas obrigações contratuais. Não consegue produzir com o nosso petróleo e estamos perdendo dinheiro, vendendo a preço menor do que pagamos. O governo concedeu a exploradores privados os melhores lençóis petrolíferos e ficou com os piores do Pré-sal para si.

        Ainda, há uma acentuada desvalorização cambial, com o dólar chegando a ser vendido a mais de R$ 4,00 no mercado paralelo, designativo termo para o antigo “câmbio negro”. Além disso, o número de pessoas subocupadas  no Brasil,  segundo fontes não oficiais, passa dos 27 milhões de pessoas. Bem mais do que mostram os índices oficiais. Temos uma dívida pública assustadora, baixa produtividade na produção, pouco investimento e baixo índice de poupança. Enquanto isso, o Governo propagandeia a recuperação da Petrobras, que vem encima dos altos preços que cobram pelos combustíveis.

       Além disso, dentro das empresas, muitas pessoas estão produzindo menos do que deveriam, com empresários segurando emprego para trabalhadores dos quais teria que se desfazer, na esperança de que as coisas melhorem logo e estejam preparados para atender as necessidades do mercado consumidor. Estão financiando seu prejuízo.

        Enquanto isso, crescem as denúncias de corrupção, os cidadãos cegam-se em razão das preferências partidárias, não temos nenhum candidato a Presidente que inspire grande confiança, e nos deparamos com uma série deficiências em diversos setores da administração pública. Temos níveis de educação vergonhosos, filas nas casas de saúde, pouco dinheiro, gestão fraca e pouca criatividade no setor da saúde. A saúde está doente! Enquanto isso, em Capinzal, cidade aqui vizinha, a Prefeitura está tomando em aluguel o prédio do desativado Hospital São José, que atendeu por 70 anos e acabou fechando por amargar prejuízos. Vão poder instalar a Unidade Central de Saúde, melhorando o nível de atendimento dos usuários do SUS, com melhor padrão de atendimento e a possibilidade de instalação de mais equipamentos. Projetos para aquisição de equipamentos, quando bem elaborados, são bem sucedidos para a liberação de dinheiro por parte do Ministério da Saúde. Algumas cidades têm mostrado boa capacidade de gestão e criatividade para melhorar o padrão de administração. Outras, estão com equipes apenas de apadrinhados, com baixo ou nenhum conhecimento técnico, que pouco resultado dão aos municípios.


Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC

        
Para o Jornal Cidadela, de Joaçaba - SC
25-05-2018

terça-feira, 29 de maio de 2018

No embalo dos sonhos

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No embalo dos sonhos, eu fui te encontrar
Nas vielas, nas ruas, na tua cidade
Doce, bela, com teus olhos a brilhar
Elegante, bonita, uma mulher de verdade!

No embalo dos sonhos em ti eu mergulhei
E juntos navegamos pelo espaço estelar
Uma verdadeira diva, por quem me encantei
Uma musa que me inspira e me faz sonhar...

No embalo dos sonhos eu te fiz uma canção
Uma canção de amor, plena de poesia
Com o intuito único de afagar teu coração
Uma obra  de arte, com toda a maestria!

Euclides Riquetti

Bom dia, boa tarde, boa noite!

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Bom dia!, boa tarde!, boa noite!, saudações!
Desejo isso, sincera e ardentemente.
Quero chegar em todos os corações
Mas quero que haja recíproca, evidentemente!

Meus cumprimentos são autênticos e verdadeiros
E, quando os emito, espero por iguais propostas
Quero que meus sorrisos sejam os primeiros
E que os seus me venham com belas respostas.

Não gosto que me ignorem, detesto a indiferença
Pois isso me incomoda e muito me inquieta
É tão fácil me ser gentil, dar-me sua presença
Isso anima meus sentimentos de sonhador poeta.

Abençoai, meu Deus, as almas de quem sente
Protegei todos aqueles que nos incriminam
Perdoai os pecados de quem quer que  tente
Ignorar aqueles que deles tanto precisam!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Diamante Negro!

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Diamante Negro
Um olhar acanhado, uma sutil timidez
A discrição, a virtuosa e doce sensatez
Uma lembrança, um sorriso,  um segredo!

Diamante que se enobrece com o passar dos anos
O mais singelo, magistralmente  lapidado
Soprepôs-se a tudo pelo tempo já passado
E ainda  resplandece e povoa meus sonhos profanos!

Diamante que exala elegância, charme, sensualidade
Mas que esconde, em si, mistérios indecifráveis
Sentimentos ocultos e infindáveis
Que esbalda a fragrância, o perfume, a veleidade...

Diamante de beleza singular
Diamante negro como a noite mais morena
Divindade cândida, dócil, serena
Preciosidade rara e sem par!

Diamante negro, mais do que um corpo bem esculpido
Mulher amada, musa, anjo deslumbrante
Mulher desejada, tal qual raro diamante
Mulher do sorriso de luz, do olhar eternecido!

Mulher diamante
Amada
Distante
Segredo
Que me traz medo!
Tão rara quanto...
Diamante Negro!

Euclides Riquetti

domingo, 27 de maio de 2018

Nascem as flores...

  
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Nascem as flores  nos canteiros
Nos vasos, jardins e floreiros
Nascem nos campos as flores
De todos os matizes e cores.

Nasceram as flores em janeiro
E continuam a nascer em fevereiro....

Nascem flores champanhe muito belas
Rosas brancas, vermelhas, amarelas
Nascem nos montes  as flores
Vêm nos perfumar seus olores.

Nasceram em botões e se abriram
E meus olhos as contemplam (e admiram!).

E as flores em janeiro nascidas
Ali estão, formosas e coloridas
A conquistar os transeuntes embasbacados
A conquistar meus olhos abrilhantados.

Ah, flores frágeis e esplendorosas
Mas também  belas, singelas  e viçosas.

Mas apenas flores
A povoar os vasos
Os jardins:
A encantar você
A encantar a mim!

Euclides Riquetti

O Santo sim; o nome, não!

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          Na Capinzal e Ouro,  na década de 1960 morava um cidadão que tinha muitas atividades. Era polivalente e "se virava" de muitos modos. Não deixava faltar nada para a a família.
Em tempos em que nós nem sabíamos direito "de que lado se situava o mar", ele já conseguia levar sua "tropinha"  para as praias no verão. E o cara também gostava de fazer piadas, de zoar com vida dos outros. Era só alegria!

          Gostava de falar palavras novas que aprendia. Guardava as mais difíceis e, quando surgia a oportunidade, usava nas suas falas. Fez o "ginásio" já bem madurão. Precisava estudar e trabalhar muito porque tinha que garantir o jabá da prole. Queria acompanhar a evolução dos tempos. Em seu estabelecimento, sempre tinha uma grande cuia para o chimarrão.  Sabia como agradar seus fregueses. Era chimarrão e conversa, muita conversa. (Naquele tempo, cliente era só medico e dentista que tinham, os demais eram todos "fregueses"...). E me dizia: "Olhe, Cride, o negócio é usar a Psicologia Aplicada ao Trabalho!"

          Ah, sim! O amigo, a quem chamarei de Zé da Kombi, foi meu colega de aula no Juçá Barbosa Callado. Era bastante aplicado, até. Não faltava às aulas. E lotava a furgona de gente na saída da aula, que ia despejando pela cidade, principalmente em dias de chuva. Nossos professores de Psicologia foram o Dioni Maestri e o Paulo Bragatto Filho. E gostávamos de Psicologia. Tínhamos isso no ginásio na época. Um privilégio!

          Nosso "gente boa", alíás muito boa por sinal, tinha umas "manias". Tantas que sua "vècchia" lhe deu as malas quando achou que o que ele fazia estava demais. E gostava de contar-nos as histórias de suas aventuras. Quando queria dar um "chego" na gandaia, saía de casa para jogar baralho. Ia a pé, deixava a Kombi na garagem. Mas tomava outro rumo.

        Uma das que bem me lembro era de suas escapadelas para os bailecos nas periferias da cidade. Contava-nos e dava risada. Ia para o salão do  "Sete Facadas", era muito amigo dele e bom freguês. Não deixava pendura, embora até crédito fácil tivesse se fosse preciso. Dançava umas "marcas", tomava umas cervejas, investia num abraços (hoje chamam isso de amassos),  e mais nada. E cuidava bem para que a camisa branca, de colarinho, não ficasse com marcas de rouge ou battom. O cheiro de cigarro dizia que era por causa dos palheiros que os companheiros tragueavam no jogo das cartas.

          Naquele tempo, nas redondezas do lugar, do outro lado do rio, havia outros salões: "O Bota Preta", o Sovaco da Cobra" e o "Alegria do Touro". Na entrada deles, sobre a porta, um aviso: "Tire o chapéu e entregue sua arma para o proprietário". Por uma questão de respeito...  Eram os clubes "alternativos" da época. Concorriam, com muitas dificuldades, com o Ateneu Clube, o Floresta e o Primeiro de Maio.

          Tinha um problema, principalmente nos dias de chuva. Não era por causa do guarda-chuva com as hastes de madeira e o cabo de chifre. Era o barro na rua. A rua que levava até o salão do Sr. Fontoura não tinha calçamento e precisava  ter cuidado para não sentar-se ao chão. Não havia tampouco lâmpadas nos postes. E não podia levar lanterna junto porque senão a patroa desconfiava. Mas o problema maior era com os sapatos. Não podia sair  de casa com galochas para ir jogar baralho ali pertinho, ela não iria compreender isso, pensaria que ele estaria aprontando...

          Então, quando ele voltava, mais de meia-noite, lavava os sapatos no riacho Coxilha Seca, ali em frente à Marcenaria São José. Em casa, deixava-os lá fora. No outro dia estavam secos e limpos, não davam  pista pra desconfiança.

          Como na época que não havia televisão nas casas,  as pessoas tinham muito tempo para pensar e bolar sacanagens. Uns amigos dele, uma noite, foram lá e passaram barro nos seus sapatos. E, de manhã, a "Dona Braba" viu aquilo e ficou furiosa. E o acordou dando-lhe chineladas. Ele, sem entender nada, começou a se confundir, pensando que esquecera de lavar os sapatos. Parecia que os tinha lavado. Será que bebera demais e não lembrava direito?! E isso lhe custou uma semana dormindo no sofá da sala...

          Tenho saudade dos causos que o amigo me contava e que nem posso escrever aqui, mas rio sozinho quando lembro deles. Levou azar alguns anos adiante, quando veio a TV. A patroa foi vendo muitas novelas, muitos filmes, por muito tempo,  e começou a ficar esperta na questão. Então a  história não teve um final feliz. Duas malas cheias de roupas e sapatos. E morar na Kombi... Deu-se mal nosso santo. Falo do santo, mas não digo o nome. Nem o apelido!


Euclides Riquetti
16-05-2013