sábado, 26 de janeiro de 2019

Re-mar...




Eu quero te dar este poema
Que, mesmo com rimas pobres
Enseja sentimentos nobres
Por isso te faço  este poema...

No mar, o barqueiro rema
(Ou será o canoeiro?)
E eu articulo palavras e versos
Procuro ordenar pensamentos incertos
Enquanto o barqueiro rema...
(Ou será o canoeiro?...)

Fiz para ti um desenho na areia
De sóis, de estrelas, de musas
Foram apenas imagens confusas
Mas fiz para ti um desenho na areia...

E, no a(noite)cer, apenas o murmúrio do mar
Harmoniado no embalo da triste canção
Escura é  a paisagem na imensidão
Mas agora, no a(noite)cer, apenas o murmúrio do mar...

E lá, mais lá, como cá, sopra o vento...
Move as folhas verde-escuro tingidas de noite
A maré lança às pedras  o seu doce açoite...
E lá, como cá, sopra o vento!

E eu penso em ti...

Em orações e versos!







Não deixe que a amargura tome conta de seu ser
Que ela apague seu sorriso bonito
Não deixe que ela franza linhas em sua testa...

Não deixe que a tristeza tome conta de você
Que ela desvie seu olhar do infinito
Reponha a beleza em seu rosto de festa...

Deixe que eu ajude sua alegria voltar
A redesenhar em você a luz dessa alegria
Deixe que eu faça você se reanimar...

Deixe que Deus lhe dê a força do universo
E que eu possa lhe restituir a euforia
O que farei em orações e versos!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Transcendendo



Transcendo
Saio do conforto daqui
Liberto-me de meu céu imaginário
Navego no mundo, solitário
E vou pra perto de ti., de ti, de ti...

Transcendo
Busco as respostas que ainda não tenho
Volto no tenro  passado
Projeto-me o  futuro desejado
Viajo, vou e venho...

Transcendo
Porque acomodar-me é covardia
Porque omitir-me  é vergonhoso
Não combina com meu ser impetuoso
Há a desafiar-me, sempre, a ousadia.

Transcendo
É a maneira que tenho para estar contigo
De tocar tuas mãos e beijar teus lábios
De dizer-te os versos mais raros
De chorar em teu ombro amigo.

Transcendo
Para exercitar minha rebeldia
Para dizer-te de meu encantamento
Para, com todo o arrebatamento
Abrir-te minha  alma, guria...

Transcendo...

Euclides Riquetti

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Gostar de poesias



          O gosto pela poesia depende muito da motivação e do clima que é proporcionado para que ocorra a criação. (Não esqueçamos que poesia não é apenas o poema. Poesia pode estar naquela roseira que plantei no último sábado, no sorriso e no abraço que ganhei da adorável Júlia, naquela senhora idosa que ainda conserva o ânimo e o entusiasmo,  apesar dos pesares...). Autores consagrados podem servir de exemplo para jovens seguidores, embora isso ofereça o risco de que pessoas com um determinado perfil de sensibilidade e de vida possam enveredar-se por caminhos desassociados aos que costumam trilhar.

          Na verdade, o autor passa ao leitor muito do que é seu, pessoal, interior, mesmo que seja objetivista, pois tem seu modo particular de sentir a realidade.

          A fantasia também é um vasto mar  a ser navegado. O compositor viaja pelo imaginário e externa suas impressões e sentimentos no papel,  resultando numa criação original, traduzindo o belo pela disposição harmoniosa das palavras.

          O animador do processo de composição precisa ser o grande motivador e indutor para que o outro sinta o desejo de produzir algo que, mesmo em sua simplicidade, represente sentimentos e encante o leitor ou o ouvinte. Deve haver cumplicidade entre o animador e o autor para que se gere confiança e se perca a inibição de expressar-se.

          A poesia, além disso, pode situar-se como o contraponto entre a tecnologia e a necessidade de se humanizar o mundo. O homem moderno não pode ser apenas movido por máquinas e eletrônicos. Não pode perder sua condição natural de ser romântico, humano, sentimental.

          A poesia romãntica, nestes tempos tão concretos e ásperos,  sempre terá grande espaço no meio literário e deverá se sobrepor-se a outros gêneros. Romântica, mas leve e livre, capaz de encantar e embalar os sonhos do ser humano e levá-lo a viver as belezas mais simples da vida.

         Inspiremo-nos no belo slogan da Pedreira Joaçaba: "Nós movemos as pedras para constuir os seus sonhos". Ah, quem me dera ter sido o autor desta maravilhosa frase. Parabéns ao autor.Parabéns à empresa que a adotou.

Euclides Riquetti

O primeiro texto publicado no meu blog... não fui eu que escrevi... foi a Michele!


 

 

 Michele, gêmea com Caroline...filha!

Segunda-feira, 4 de julho de 2011


A ideia do Blog do Riquetti

Surgiu quando percebi que a maioria das postagens e comentários que meu pai fazia em sites e blogs (especialmente no www.ederluiz.com), oscilavam entre 500 e 2.500 caracteres. Pensei: “Bem, se ele prefere comentar, criticar, noticiar, poetizar e ‘cronicar’ em LAUDAS, por que raios eu insisto pra que ele twitte? Se há tanto a dizer, e (garanto) ele tem e sabe como dizer, por que não fazê-lo em seu próprio blog?”
Então é isso! O Blog, em construção colaborativa, terá conteúdo postado e totalmente gerenciado pelo Riquetti (que NÃO é o Riquetti da churrascaria, pessoal). O conteúdo é de inteira responsabilidade dele, e comentários ou publicações de terceiros terão autoria reconhecida.
Se o blog ficar “bagunçado” (só quem já morou ou trabalhou com o Riquetti compreenderá a dimensão do adjetivo), por favor, denunciem-no para @miriquetti. Alguém,  além do blogueiro, precisa saber onde encontrar as coisas, pai.
E, pra facilitar sua aventura pelo mundo digital, #ficaadica:
  1. É mais fácil jogar pedra que ser vidraça. Você pode atirar a pedra e ser a vidraça quando está na rede.
  2. Gírias como “viagem na maionese” são desatualizadas. Seus amigos irão assimilar, seus filhos terão vergonha alheia e sua neta vai negar o parentesco.
  3. Usar “q”, “vc”, “tb”, “aki”, “vlw”  é  N-O-R-M-A-L. Não implique!
  4. Coisas como :)  :\   ;D   \o/   8(  são o crème de la crème pra se expressar virtualmente. Os discursos prolixos têm 140 caracteres. Sinta-se desafiado!
  5. Blog e filhos exigem dedicação, atenção e certa disciplina. E se acha mais fácil lidar com o primeiro, posicione-se em um assunto polêmico e aguarde.
  6. Quanto a Gadget, RSS, feeds, hastag, podcast, photostream y otras cositas más, tudo poderá ser desvendado por você. Sabe quando eu pedia ajuda com o “tema de casa”? So, search, dad.
  7. Um blogueiro precisa de autonomia, então é sério quando eu digo: “pesquise”.
  8. Ninguém, além de você, deve conhecer a senha de acesso. Isso evita um universo de problemas, inclusive postagens como essa.
Have fun!!

Filha Michele

A gestão perfeita da harmonia universal




A natureza é uma perfeita e belíssima orquestra,  onde um infinito número de integrantes agem, harmonicamente, dispondo, convenientemente, seus elementos, proporcionando-nos um sentido lógico, como que embalado em musicalidade.

Assim também precisa ser a gestão natural de cada empreendimento, onde os elementos se recriam, se coadunam, se integram, interagem, se realizam e produzem riquezas materiais, intelectuais, culturais, filosóficas e mesmo virtuais, gerando a satisfação dos entes envolvidos, proporcionando renda e possibilitando ocupação e exercício profissional. "O novo é algo que vem de duas coisas velhas" - (Ivan Ramos - 1969)

Pessoas, para serem marca na História, não podem apenas situar-se como uma folha de papel em branco: precisam ler, ler, rabiscar, rabiscar, escrever, escrever, desenhar, desenhar, contar, ousar, calcular. Então propor, apagar, recompor e, por fim, reescrever. Reescrever inovando,  surpreendendo, regozijado e deleitado. Dar, na configuração do que escreve, as denotações e conotações que o interlocutor precisa assimilar, digerir e  compreender. Empreender. Empreender gerando ganhos culturais e intelectuais,  universais. Empreender para realizar o que o dinheiro não consegue.


E a reescrita, a recriação, precisa, sempre, ultrapassar o nível da manifestação original, pois as horas, os dias, os meses e os anos, permitem que aquilo que fazemos hoje, possa sempre, ser refeito melhor no amanhã. É o novo, a partir do já existente.



Esse é meu conceito pessoal de empreender, sem, necessariamente, preocupar-me com quem vai ou não me entender. E, se o não prevalecer, se eu não me fizer compreender em meu contexto, é preciso que eu e você reavaliemos nossos métodos, redefinamos nossas posições, reflitamos firmemente, concluamos assertivamente, e detectemos como está a situação de nosso autoempreendimento. Eu, querendo dizer, e você, tentando me entender.

Euclides Riquetti - 29/09/2011

O Voo da Garça







A garça voa o voo leve da alma
Voa a garça
Voa como a branca pluma, com graça
Voa a garça.

E no voo breve, voa lenta, calma
Voa com toda a graça a garça.

Voa o infinito, voa por instinto
Voa sobre o monte a a garça...
E pousa na torre da igreja
Ou na árvore da praça
Voa a pousa a garça.

E seu voo atrai o disperso
O menino, o esperto
O velhinho, o passante
E voa de novo a garça.

Vai, seguindo os trilhos dos raios de sol
Cortando o azul, a garça.

E pousa suavemente sobre a nuvem
Uma nuvem feita branco lençol...
E descansa outra vez a garça!

(A garça povoa os meus sonhos, orienta minha vida.
A garça é meu ser, é você, sou eu...
A garça é meu norte seguro, é minha inspiração...
É minha emoção transmitida no papel...
Euclides Riquetti)

Brancas gaivotas







Brancas gaivotas flutuam no ar
E mergulham no mar...
É um grande mar oceano
Que balança, soberano
E desenha o reflexo solar!

O azul do Sul, do céu claro
Não precisa nenhum reparo...
O verde da imensidão, infinito
E o barco abençoado, bendito
Projetam um espetáculo raro!

Na tarde bela de abril
Passa morena-jambo, passa loira bronzeada
E fica-me a lembrança gravada
Da nuvem descansada
No céu pintado de anil!

Poeta pintor das almas alheias
Pinta corpos esbeltos, jogados no chão
Num belo cenário de contos de sereias
Pinta os pés desnudos que alisam as areias
E os pensamentos se ancoram no porto ilusão.

É tudo assim
É um mar sem fim
É uma verdadeira beleza
É nossa pródiga natureza
São lembranças que levo pra mim!...

Euclides Riquetti

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Ouça os anjos





Ouça os anjos que tocam com toda a harmonia
Embalam, da natureza, a elementar orquestra
Para celebrar a vinda de um novo e santo dia
Em flautas e clarinetes, numa grande festa...

Ouça as notas das canções que eles executam
E que o fazem com a mais generosa maestria
Para os corpos e as almas doces que os escutam
Para a divina celebração do amor e da alegria.

Ouça-lhes as canções e deguste o meu poema
Saboreie cada palavra que brotam de mim
Cada sílaba pronunciada, cada tenro morfema.

E comemore a vida, comemore cada vitória
Faça isso com muito prazer, faça bem assim
Legue ao mundo sua alegria, faça sua história.

Euclides Riquetti

Morando em República - em Porto União da Vitória (Um bom modo de viver)


          Morar em repúblicas de estudantes, principalmente quando se tem regras de convívio bem definidas e, sobretudo, quando as pessoas se entendem, é muito auspicioso. Posso falar disso de cadeira, pois morei numa dessas em plena juventude, em União da Vitória.

          Cheguei ali no final de fevereiro de 1972 e, após ficar três dias num hotelzinho, busquei uma pensão de custos compatíveis com minhas possibilidades. Encontrei a "Pensão Nova", ao lado da Prefeitura de Porto União, que de nova só tinha o nome. A primeira providência foi comprar um daqueles espelhos de moldura de madeira cor laranja, tão tradicionais, mais para ver minha cara de tristeza do que para corte de barba. Hoje, ainda fazem daqueles espelhos, iguaizinhos, só que com "soada" de plástico em vez de madeira.

          Os primeiros dias naquela cidade foram deprimentes. Ainda bem que as aulas começaram de imediato. Ia para a Fafi, ali na Praça Coronel Amazonas e, ao passar na frente de dois sobrados idênticos, visualizava uma placa" "República Embaixada do Sossego".  No térreo, depois, implantaram a lanchonete X Burguer. Imaginava que seria um sonho poder morar numa república, ter colegas e fazer amigos para conversar, trocar conhecimentos, viver alegremente. Lembrei-me de que em Capinzal havia uma, a dos funcionários do Banco do Brasil, e nela moravam, dentre eles, dois colegas e um professor meu: Valdir Marchi, Itamar Peter e Wolfgang Behling, o Professor Wolf. Este, era muito compenetrado em nos ensinar Matemática, sendo que ás vezes, distraído, colocava o giz entre os lábios e o cigarro punha entre os dedos, para escrever no quadro-negro.

          Meu sonho de morar em República tornou-se realizado graças ao Cabo Leoclides Frarom, meu amigo capinzalense que estava servindo no 5º BE.  Eu andava na calçada, defronte à Casa do Bronze, na Rua Matos Costa, quando passou uma viatura do Éxercito e escutei aquela voz conhecida que gritou: "Rua Professora Amazília, 408 - no Paraná" Passe lá amanhã! .  Fui!!!

          Veio o convite: "Quer morar conosco?" - Convite feito, convite aceito! Fui morar na "República Esquadrão da Vida", colegas muito leais e divertidos. Uma vez mandaram cartão de Natal com a mensagem:  "Nós, da República Esquadrão da Vida, neste Natal e Ano Novo, estaremos alertas e vigilantes" Era a senha  para sua proteção e o cumprimento natalino. 

          Já nos primeiros meses mudamos para o nº 322, da mesma rua. Morar quase 4 anos com a turma foi muito bacana! Quanto aprendi, quanto socializei-me! Primeiro, fui corrigindo minhas pronúncias erradas das palavras. Depois,  alguns hábitos. Minha parte Jeca foi ficando de lado...

          Fiz lá amigos que jamais esquecerei, pois muito me ajudaram: O Cabo  Dionízio Ganzala, que me deu suas chuteiras de presente e um livro de Inglês Básico. O Osvaldo Bet, que tinha já na época poucos cabelos, era faixa laranja no judô, e lá adiante conquistou a preta. O Cabo Backes, que era nativo do Lajeado Mariano, que num final de domingo, após um jogo do Iguaçu,  matou a galinha que a Dona Lídia criava numa gaiolinha e cozinhou sem retirar todas as penas, mas que matou nossa fome. O Evaldo Braun, que estava se despedindo, indo embora para São Paulo.

          Havia o  Aderbal Tortatto, da Barra do Leão, que trabalhava no Banco do Brasil, a quem chamávamos de "Pala Dura, o Impecável", porque se arrumava muito bem para ir encontrar-se com a fotografa de "A Fotocráfica", com quem se casou. O Tortatto, quando foi Cabo do Exército, atuava com jóquéi no final de semana para melhorar a renda... O Odacir Giaretta, marceneiro, palmeirense e coxa  fanático,  que tinha um sonho: Ser contador. Virou contador e foi montar escritório próximo ao estádio do Coxa, em Curitiba. E vieram o João Luiz Agostini (Milbe), que depois trouxe o Carlinhos, seu irmão. E o Eduardo, irmão do Osvaldo, que chamávamos de Betinho. O Mineo Yokomizo, o Japa, que me deu um sapato 39 (o meu era 42, mas usei mesmo assim...), trabalhava no Banco do Brasil, era meu colega de turma.O Francisco Samonek, que o Japa chamava de "Sabonete", ex-seminarista, do BB, agora lidera ações sociais na Amazônia. O Ludus, Luoivino Pilattri, de Tangará, era eventual e tocava violão.

         Mais adiante os cabos Godoy (de Caçador, Odacir Contini (de Concórdia)  e Maciel, também de Concórdia, com quem eu praticava meu Inglês. E o Cabo Figueira, que nos dias de temperatura abaixo de zero tomava banho frio, às 5 da manhã, para ter disposição durante o dia. E o Frei Guilherme Koch, parente do tenista Thomas Koch, parceir de Edson Mandarino. O Frei era Diretor do Colégio São José. Viera aprender como  era a vida real. O "Boles", cujo nome era Boleslau, que tinha um táxi, viera de Cruz Machado.  O Celso Lazarini, o "Breca" de Lacerdópolis, que fora  goleiro do Igauçu. O Celestino Dalfovo, o Funilha, que não gostava de enxugar os pés, era da região dos arrozeiros de Rio do Sul.

          E o Frarom  era nosso "Administrador", controlava as despesas da Mercearia, o ordenado da cozinheira, o aluguel. O convite dele foi muito bom, muou minha vida.

         Lá,  no Esquadrão da Vida, tínhamos uma geladeira que não funcionava. Tomávamos café preto da garrafa térmica, amanhecido, e comíamos pães franceses com margarina (cada um comprava a sua). Todos os dias tínhamos feijão, arroz e um ovo, mas seguidamente tínhamos bifes (um para cada um). De vez em quando saía uma limonada. Ganhávamos gelo para colocar no Q Suco e no Q Refresco,  da mãe do Neomar Roman (primo do Odacir Giaretta), que hoje é médico. Assistíamos às corridas do Emeron Fittipaldi na F1 pela janela. A mesma Senhora deixava a janela da sala dela aberta para vermos TV. Nos revezávamos em nossa janela para ver os "lances" da corrida. Ah, e no domingo, além de frango, tínhamos maionese... Que delícia, que mordomia! Como valorizávamos o pouco de que dispúnhamos!

          Foram esses, sim, os melhores anos de minha juventude. Ter morado com esses e  mais alguns, foi uma grande realização pessoal. Vivi, aprendi, vivi. Um bom modo de viver.  E há, ainda, muito para contar, oportunamente.

Euclides Riquetti
27-11-2012

Anda, poeta da noite, cantor de boemia







Anda, poeta da noite, cantor de boemia
Procura a forma de dizer a poesia...

Anda... Procura a dona desta noite: a prostituta
Não te preocupes com moral ou com conduta!

Afinal...
A noite é o dia, a noite é o claro do cantor
E a viola, é a glória do incansável tocador!

Anda...Anda, menestrel de nosso tempo moderno
Dize aos ouvintes que teu canto é eterno!

Que o amor é a rima, a rima do teu verso
E que no mundo, só o poeta escreve o certo...

Afinal...
O poeta, pra ser rei, só se for rei pobre
Pois se o rei é poeta, esse rei é nobre!


Anda, tocador de viola, em seu bom repente
Nas praças e palcos faze-te presente
Leva a alegria ao coração partido...
E não ter aborreças com o amor perdido!

Pois, se hoje és tu e amanhã não és
Pode vir um louco e beijar teus pés...

Vai, Anda...Cavaleiro andante das estradas
Cantando em bares, clubes e pousadas.
Sê mais guerreiro do que foi o romano
E não te intimides com o soberano!

Afinal...
De que vale o ouro, esse vil metal
Se a vida rica é sempre tão banal?

Anda, soldado bravo, anda pelo mundo!
Cabelos longos, barba espessa, olhar profundo.
Grita pra todos que esta vida é uma grande festa
E que não há outra cidade como esta!

Afinal...
Onde se encontram os tesouros que procuras?
Aquelas almas sem pecados, brancas, puras?
Busca teu caminho entre os bons e o bem...
Busca teu caminho sem o mal!
Euclides Riquetti

Ciclovida, o ciclo de minha vida...







O vento
Moveu a folha
Que passou dos galhos
E caiu na relva
E depois secou.

O frio
Branqueou a neve
Que cobriu as plantas
Se estendeu no vale
E depois se foi.

Setembro
Coloriu a flor
Pôs de verde a planta
Pôs azul no rio
E encantou a vida.

O sol
Fez o céu tão claro
Que estrelou a noite
E morenou a pele
E fez você bonita.

O verde
Abandonou a folha
Que virou amarela
Que virou marrom
E de novo secou.

Euclides Riquetti

Buscar-te ...






Buscar viver
Perto de ti
Perto de um rio
Perto de um mar.

Buscar viver
Buscar sorrir
Tornar a ti
Tornar a amar.

Buscar-te incessantemente
Perdidamente
Desesperadamente
Esperançosamente.

Apenas buscar-te
Estar perto de ti.
Apenas abraçar-te
Ver-te sorrir.

Encontrar-te:
Suavemente
Carinhosamente
Amorosamente...

E beijar-te!

Euclides Riquetti

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Pele com cheiro de avelã






Paira algo  muito doce e  gostoso  no ar
É algo tão terno, difícil de se descrever
Talvez um verso novo para me encantar
Talvez uma estrofe que você possa ler.

Um poema de luz no céu é derramado
Com que eu  a proclamo e abençoo
No vasto universo de estrelas decorado
O céu abre lugar para seu cândido voo.

Venha, espalhe  pelos ares seu perfume
Traga-me suas palavras e sua candura
Seja no dia meu norte, na noite meu lume.

Traga seus lábios com gosto de hortelã
E a sua voz com aromas e com doçura
Quero beijar sua pele com cheiro de avelã.

Apenas reze por mim...

 






Quando andares pelas ruas da cidade
Se sentires saudades
Lembra-te de mim...

Se andares e houver sol, lembra-te do calor
Se houver, lembra-te com amor
Mas lembra-te de mim...

Se o tempo estiver nublado, no entanto
Lembra-te das palavras de acalanto
Que sussurrei em teus ouvidos...

Mas, se de nada lembrares
Por não quereres lembrar
Por não quereres me amar...

Então apenas reze por mim!

Euclides Riquetti

Escrevi pensando em você

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Escrevi pensando em ti
Um poema de paz e amor
Para que o leias no calor
E voltes, de novo, a sorrir!

Escrevi em palavras ternas
Um poeminha poemeto
Mais curtinho do que soneto
Mas com rimas eternas!

Escrevi apenas pra te dizer
Com estes versos decentes
Que se os leres fico contente
E valeu a pena escrever!

Escrevi e farei outros tantos
Curtos, longos ou médios
Assim eu fujo do tédio
Nada de dor ou de prantos!

Versos são como as flores
Ou como as uvas deliciosas
Feitos pra ti, bela e cheirosa
Pra que os leias onde fores!

Versos simples ou rimados
Mas com um destino certo:
Te quero sempre por perto
Perto de  mim, ao meu lado!

Euclides Riquetti
22-01-2019















O som da canção que vem do tempo




Escute, com seu coração, o som do tempo
Uma melodia agradável, afável, infinita
Uma música leve, divina, bonita
Escute, com seu coração, em cada momento
O som que vem... do tempo!

Escute e perceba a carga de sentimentos
A sensibilidade que aguça e que envolve
Até as lembranças que a vida não nos devolve
E que nos trouxeram dilemas e tormentos
No som que vem do tempo...

Não se importe  se ele não se move célere como o raio
Não se aflija  se ele não corresponde aos seus anseios
Não se intimide se ele a olha de frente ou de soslaio
Se ele vem beijar os seus lábios ou afagar seus seios
Mas escute o som... que vem do tempo!

O som do tempo, sim!
Aquele que vem para acalmar seu coração
Abrandar sua alma cheia de paixão
O som do tempo. Apenas ele, sim!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Traz-me o tempo


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Traz-me o tempo as recônditas lembranças
Aquelas que se esconderam temporariamente
Imagens gravadas em minha  inconstância
Mas que calaram em minh´alma firmemente.

Traz-me o tempo toda uma maturidade
Aquilo que faltou-me em alguns momentos
A capacidade de nutrir a afável  lealdade
De perceber quão belo é o azul no firmamento.

Traz-me o tempo respostas às indagações
Às dúvidas que povoam o íntimo de meu ser
A firmeza vem com a vivência das emoções
E o desejo de esperar pelo novo amanhecer!

Traz-me o tempo a soma das experiências
Uma definição clara da vida e seus conceitos
Nada há a sobrepor-se ao mundo das vivências
Pois viver com paixão é meu maior preceito!

Euclides Riquetti
21-01-2019









domingo, 20 de janeiro de 2019

Beijo com sabor de vinho


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Quero um beijo com sabor de vinho
Com sabor frutado de madrugada
Um beijo sonhado
Desejado, esperado
Da mulher desejada!

Quero um beijo com muito carinho
Com o seco sabor do cabernet
Um beijo bem roubado de você
Daqueles que a gente rouba
E não consegue esquecer!

Um beijo que liberte os instintos
Que me incite, me energize
De vinhos de todos os matizes
Brancos, bordôs, rosados
De todas as varietais
Para eu não esquecer... jamais!

O seu beijo com sabor infinito
Com o delicioso sabor do Sanber
Que me faz sonhar onde eu ande
De dia, de noite, em todas as horas
Com a deliciosa cor de amora
Um beijo de vinho tinto
Mas que seja seu!

Euclides Riquetti

Abraça o vento

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Abraça o vento que passa por ti
E que vai para algum lugar
Que possivelmente sai daqui
Em direção ao mar!

Abraça o vento que leva pra ti
Todos os meus versos rimados
Aqueles que compus eu aqui
Em tempos passados!

Abraça o vento e segura bem
Pois ele te leva meus odores
E das roseiras que eu plantei
Leva-te rosas multicores!

Abraça o vento e relembra
Das palavras que eu te escrevi
Sou o metal e tu és a tempra
A força que me une a ti!

Abraça o vento de mansinho
Quando ele roçar teu rosto
Eu te o envio com meu carinho
Com beijos e muito gosto!

Euclides Riquetti
20-01-2018




De todos os versos, o primeiro





Gastei muito papel, talvez o caderno inteiro
Para escrever o poema ideal
Algo fenomenal
De todos os versos, o primeiro
O bonito, terno, sensacional.

Eu queria, certamente, encantar
Chamar toda a tua atenção
Fazer teu coração balançar
Tua cabeça repensar
Despertar amor e paixão...

Gastei todo o meu papel
Risquei e rabisquei ternamente
Até embaralhei minha mente
Busquei retratar com  pincel
Algo belo e  surpreendente!

Eu queria, certamente, chamar
Toda a tua  atenção
Dos teus olhos cor de mar
Os teus sonhos, teu sonhar
Sua alma e Teu coração...

Sinceramente
Verdadeiramente
Apaixonadamente...
Apenas isso!

Euclides Riquetti

Vgam, na noite, pensamentos mudanos




Vagam pensamentos na noite escura
Levam meus pecados até o seu coração
Vagam nas ondas da imaginação.
Sobrepõem-se às  turbulências, pedras e agruras
Vão buscar alento na imensidão.

Vagam meus pensamentos que se misturam aos seus
Levam-lhe os desejos que excitam minha  mente
Vagam sem amarras, abertamente
Levam aos seus lábios os beijos que são meus
Vão dizer a você o que minha alma sente.

Pensamentos entendem códigos indecifráveis
Têm a liberdade que o corpo não tem
E criam cenários inimagináveis.

Pensamentos, ah, pensamentos mundanos
Vaguem libertos até encontrarem meu bem
Alguém que possa entender meus sentimentos profanos.

Euclides Riquetti

Você me seduz...




Você me seduz
Com o seu jeito imponente e importante  de ser
Você me reduz
A um ninguém maltratado, largado outra vez.

Você é assim
A mais bela mulher que eu já vi  por aí
Você é pra mim
A mais formidável senhora que já conheci.

 Procuro compor
Um poema com lindas palavras e rimas para lhe agradar
E sinto uma dor
Quando percebo que busco e não tenho o que encontrar.

Procuro pensar
Que você já sentiu quanto amo seus olhos castanhos
E me conformar
Pois não há como ser de você, que me vê como estranho.

Você  me seduz
E maltrata o meu coração perdido e incontido em desejo
Você me reduz
A um frangalho, um  rejeito sem coragem de olhar-se no espelho.

Você é assim
Eu não sei se é maldade, se é medo, ou pura vaidade
Você é pra mim
A deusa distante que finge e me esnoba assim sem piedade.

Procuro compor
As canções mais sensíveis com com letra romântica e melhor  melodia
E sinto uma dor
Que faz com que eu sofra por não receber nem um simples "bom dia"!

Um bom dia
Um aceno
Um olhar...

Apenas um olhar
Disfarçado que seja.
Como a noite sem luz
Você me seduz!


Euclides Riquetti

Eu quero dizer a você (poema-canção)



Traz-me o  sorriso o pensamento que vem
Na noite de inverno aqui do Sul
Vem me encantar com o seu olho azul
Com o belo sorriso que você tem...

E depois da noite vem o novo dia
E a lembrança da hora sonhada, encantada
Na viola dedilho uma linda toada
O meu coração é só alegria...

Eu quero dizer a você: meu amor é sincero
Só quero dizer a você o quanto eu a quero! (Bis)

Eu quero dizer a você um  poema de amor
Que fique no seu coração por onde se for
E quando na noite voltar-me o sorriso bonito
Farei outro  poema dizendo-lhe tudo o que eu sinto...

Eu  quero dizer a você: meu amor é sincero
Só  quero dizer a você o quanto eu a quero! (Bis)

Que venha a mim o seu belo e suave sorriso
Pra animar o meu dia,  é disso que eu tanto preciso
Pra animar o meu dia, é disso que eu tanto preciso!!!...

Euclides Riquetti