sábado, 28 de junho de 2025

O naufrágio dos sonhos

 



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Quando nossos sonhos nos dão sinal de naufragar
Quando nossas esperanças começam a sucumbir
Nossa mente plana, desesperadamente, baila no ar
Desaparece, de nosso semblante, o simples sorrir.

Quando nossos sonhos nos dão indícios de fenecer
Quando nossas esperanças se dissipam e evaporam
Nossa alma pede por socorro, quer outro alvorecer
Intimida-se nosso corpo, e nossos olhos choram...

Porém, quando se deseja lutar, buscar a superação
Novos horizontes podem vir ao nosso encontro
Podem nos presentear com o ânimo e a motivação.

E, se tivermos deixado espaços para receber a flor
Se estivermos com nosso coração aberto e pronto
Poderemos, com renovada alegria, celebrar o amor!

Euclides Riquetti

O levante do luar dourado

 



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Levanta-se, no fim da tarde,  no eldorado
O luar dourado que resplandece
E, ao levitar sobre o mar,  extensamente ondulado
De um  prateado fulguroso se reveste
Para abençoar o horizonte santificado. 

Levanta-se, com a cor do ouro casto e polido
O luar fogoso a redesenhar o agreste
E, ao escalar as nuvens, no acorde sustenido
Energiza  os coqueirais perfilados do Nordeste
No quadro fantástico pela  natureza esculpido.

E os sonhos  dos amantes e dos enamorados 
Juntam-se no vagar das ondas da imaginação
Enquanto os ideais já  quistos e projetados
Juntam-se no eternizar do  poema e da canção
No concerto dos ventos gentis ali soprados. 


Euclides Riquetti

Um doce lembrar


 





Soltam-se a flutuar as folhas de plátanos exuberantes
Que, em tons multicores outonais cingem a paisagem
Se os verdes cedem o lugar aos alaranjados vicejantes
Os avermelhados se sobrepõem e lhe dão passagem...

Se, no verão, nos oxigenam com os refrescantes ares
Depois do rebrotar nos meses da cândida primavera
Elas sombrearão todos os gramados de jardins e lares
Que enfeitam e presenteiam com inefável quimera...

E, sobretudo, atiçam nossas lembranças infindáveis
Remetem-nos a render-nos aos seus encantos mil
Fascinam-nos com os cenários mais inimagináveis.

Oh, singelo redesenhar dos mais bucólicos sonhares
Singelo acalentar do sentimento mais puro e sutil
Plátanos multicores plantados  em celestiais altares!

Euclides Riquetti

www.blogdoriquetti.blogspot.com 

O portal dos sonhos

 








Quadro de Euclides Riquetti - acrílico sobre tela

O portal dos sonhos

Passarei pelo portal dos sonhos para te buscar
Andarei por estradas bucólicas e por asfaltos
E no mar infinito do tempo irei te encontrar
Em caminhos de calmaria, sem sobressaltos...

Retratarei em tela as emoções e sentimentos
Transformarei meus devaneios em realidade
Buscarei teus olhos meigos e sempre atentos
E nos horizontes largos animarei saudades.

E escreverei meus sonetos de amor e de paixão
Espalharei meus versos pelas estradas e os ares
Irei, navegando na manhã pela imensidão...

E chegarei a ti, chegarei animado e contente
Esperarei o grácil momento de me abraçares
E ganharei teus beijos, ganharei certamente!

Euclides Riquetti

No dia em que você partiu


 


 



No dia em que você partiu

No dia em que você partiu, o sol se escondeu
Foi dourar outras paisagens distantes
Bronzear outras peles como já o fizera antes
Alegrar outros olhos azuis, verdes, castanhos...

O sino, que deveria anunciar alegria, entristeceu
E a tarde se fez tímida e triste e de pranto
Quando os anjos sobrevoaram Lírios do Campo
E lhe deram flores de tons vermelhos, de todo o tamanhos.

O passaredo sentiu a sua falta neste sábado de inverno!
Emudeceram-se,  repentinamente e encolheram suas asas
E lembraram-se de seu semblante triste e de sua alma branca
E da bondade que era exalada de seu coração.

E, ao chegar a noite, também chegou a chuva leve e franca
Para me lembrar  que você trilhou o caminho eterno
Onde todos têm belos jardins em suas casas
No longo caminho da imensidão...

Boa viagem!
Fique na paz de Deus também
Fique bem!

Euclides Riquetti

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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Feridas abertas

 


 




Feridas abertas


Respostas incertas
Perguntas obscuras
Feridas abertas
Noites mais escuras...

Tempos de incertezas
Em tardes ensolaradas
Manhãs cinzentas
Frias madrugadas...

Corações muito aflitos
Com danos morais
O seres em conflito
Em corpos mortais!

Dias dessas lembranças
Precisam ser esquecidos
Que volte a esperança
Aos corações sofridos...

Que se veja o horizonte
Azul claro como o mar
E que a água das fontes
Se possa de novo tomar!

Euclides Riquetti

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Lute, sempre, para ter seu grande amor

 







Lute, sempre, para poder ter seu grande amor
Não deixe que joguem pedras em seu caminho
De meus abraços e beijos sinta sempre o sabor
Sorva-os como se fossem um gostoso vinho...

Lute com toda a força que brota de sua alma
Defenda tudo o que deve ser seu serenamente
Não tropece em pequenas desculpas e ressalvas
Deixe que o amor aconteça verdadeiramente.

Libere-se de todo o tabu e de todo o preconceito
Encare o futuro real, sepulte o que deu errado
Use a  energia animadora que há em seu peito
Viva a vida com amor, viva o paraíso sonhado.

Liberte-se das convenções, libere seus instintos
Veja que nosso mundo, essa tenda a nos abrigar
Nos cobre como um manto em lugares distintos
Viver é querer, é o sonho  inimaginável sonhar!

Euclides Riquetti

Nas areias claras dos desertos

 



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Porei as letras de teu nome em meu diário
Quem sabe bordadas em pano de algodão
Que eu  guardarei com zelo extraordinário
Para utilizar na letra de uma nova canção.

Um nome dissílabo, talvez até paroxítono
E quem sabe uma silhueta em frente ao mar
Um nome que eu pronunciarei em uníssono
Uma tela que eu pintei apenas pra te retratar...

E, se as letras não formarem a combinação
As palavras para que eu componha os versos
Procurarei nas areias claras a inspiração:

Com uma varinha mágica  eu configurarei
Teu rosto nas areias claras dos desertos
E, se o vento o apagar, de novo eu o farei.

Euclides Riquetti

Histórias com bilboquês e petecas

 


 








          Revirando minhas bagunças aqui em casa encontrei um bilboquê. Belo brinquedo que comprei há uns 4 anos em Porto Alegre, numa feirinha lá do Parque Farroupilha. O Parque Farroupilha é uma enorme área verde daquela cidade. Os portoalegrenses podem orgulhar-se de terem um parque assim, como os curitibanos têm o seu Bariguí, também acolhedor. São extensas áreas onde as pessoas buscam o lazer junto  à natureza, fazendo suas caminhadas diárias. Lugares aprazíveis.

          Os bilboquês e as petecas eram os brinquedos mais disponíveis que tínhamos em nossa adolescência. Também tínhamos bolicas, as de vidro. São as bolas de gude. Também  jogávamos muita bola. No Colégio nos oportunizavam  o "jogo de caçador" nas aulas de Educação Física, que eram raras. No primário, a própria professora regente nos dava a bola para jogar e arbitrava. No ginásio, o Frei Gilberto, Diretor, fazia-nos exercitar e depois nos deixava jogar bola. Isso nos sábados pela manhã. Dava-nos exercícios militares que aprendera na Itália. Fora soldado na  Segunda Guerra Mundial. E era muito severo. Depois jogávamos futsal. Uma vez o Edovilio Andreis, o Vino, descascou o dedão do pé no piso áspero. É que poucos tinham tênis para jogar. E as congas eram muito frágeis. Se jogasse com uma, estragava-se.

          Como não tínhamos muitas opções, então precisávamos encontrar nossa maneira de brincar, criando nossos brinquedos ou comprando-os. Poucas opções havia.

          O bilboquê é um brinquedo de origem francesa e dizem que tem 500 anos. Existem muitos tipos deles, a maioria de madeira: são umas pequenas torres de cujo topo sai um cordão, normalmente de algodão, que se liga num suporte, também de madeira, parecido com um picolé. Há os redondos que exigem muita habilidade da gente, é difícil pontuar com eles. Outros são parecidos com cones, ou então com sinos de igrejas. Eu não podia comprar um, então pegava uma latinha de fermento Royal ou Fleischmann, fazia um furo com um prego, passava um barbante, amarrava num pauzinho e tinha o meu.

          Na escola, na época do Padre Anchieta havia uns feras no jogo. Compravam os brinquedos na Casa Barraquinha, no centro da XV.  O Zé da Barraquinha nos vendia. Alguns compravam na Marcenaria São José o no D ´Agnoluzzo, que tinham torno para madeiras e os confeccionavam.

           Acho que os melhores bilboqueiros da época eram o Ézio Andrioni (o Bijujinha, já falecido); o Volmir Costenaro, o Gauchão, que está no Ceará; o Adelmir, irmaõ dele, que chamávamos de Gauchinho; o Antoninho Carleto, que era conhecido como Volpatinho e voltou recentemente para o Ouro; o Severino Mário Thomazoni, que foi para Araruna-PR, o Vilmar Matté, que está em Campos Novos. Esses davam-nos shows. Pontuavam, faziam piruetas e "passavam recibos"  como poucos. Mas havia muitos outros bons jogadores e jogadoras na época. Nunca me dei bem com o bilboquê. Acertava poucas piruetas.

          As petecas foram a "novidade esportiva" que os europeus encontraram no Brasil. Era um jogo dos índios, que só levaram para a Alemanha em 1936. Lá jogam muita peteca ainda, havendo diversas competições. Os índios as confeccionavam com madeiras envoltas em peles de animais ou palha e com penas de aves. Hoje não é muito diferente.

          Nossa geração jogou muita peteca. Meu último jogo foi numa competição escolar em que formei dupla com a colega professora Neusa Bonamigo, da Escola Sílvio Santos. Jogamos no Abobrão.  Ganhamos os mata-mata e ficamos campeões. Éramos os mais girafudos, tínhamos braços longos e isso ajudou muito. Acho qu fui um razoável jogador de peteca.

          Uma peteca qualquer pessoa podia ter. Era só pegar umas palhas e arrancar uma penas dos rabos dos galos e fazer. Os rabichos, os mais longos, davam uma bela aparência para a peteca. Ter um bilboquê, naquela época, era bem mais difícil do que ter um telefone celular com câmera, hoje. 

          Lembrar dessas pequenas coisas me dá prazer e gosto de dividir isso com as pessoas com que divido minhas amizades. Hoje, quando os brinquedos nas mãos das crianças são, em sua maioria  vindos da China, tenho saudades daqueles brinquedinhos simples com que nos divertíamos. Por isso gosto de meu bilboquê.  Foi o primeiro que consegui comprar e só fiz isso após aposentar-me como professor.  O único que eu tive. Tenho certeza de que muitos de meus leitores e leitoras também viveram isso. E sentem, como eu, muitas saudades. Mesmo que tenham celulares, tablets e Iphones....

Euclides Riquetti
04-02-2013


Sejam as estrelas no céu minha inspiração

 







Sejam as estrelas no céu minha inspiração
Aqui a nos desafiarem estejam as roseiras
Nas manhãs ensolaradas, uma doce ilusão
Das almas que se entregam bem faceiras
Quando o fogo aquece todo meu coração.
Tardes em que me perco em pensamentos
Tua face risonha alimenta meus sentimentos.

Sinceras palavras vêm do íntimo do poeta
Trôpegas, ousadas, mas muito encantadoras
Mares de paixão fervilham na face discreta
Suavemente me afagam, belas e sedutoras.

Depois do êxtase, do meu mergulho em ti
Suave frescor toma conta de todo o meu ser
Cai do céu a tua beleza de que não esqueci
Tempos que nos motivam a amar e a viver!



Euclides Riquetti

www.blogdoriquetti.blogspot.com 

Reencontro de ginasianos do Padre Anchieta em Capinzal e Ouro - (relembrar e nunca esquecer)

 


 


 Volmir Costenaro, o Gaúcho, recebeu o livro "Crônicas dos Antigos Rio Capinzal e Abelardo Luz-Ouro e arredores, de Euclides Riquetti.

      Aconteceu na quinta, 05, na sede da AABB, em Ouro, um almoço de confraternização reunindo colegas estudantes ginasianos egressos do Ginásio Padre Anchieta, de Capinzal, na segunda metade da década de 1960, mais precisamente alunos que o frequentaram de 1965 a 1969 e que se espalharam pelo Brasil. Foi uma oportunidade ímpar, pois não nos reuníamos desde 1966, quando estávamos no segundo ano ginasial. Depois, meus colegas se espalharam pelo Brasil afora, sendo que parte deles foi para Ponta Grossa, onde cursaram o secundário em áreas ligadas a agropecuária e florestais. Em algumas vezes, acabava encontrando um ou outro, mas nunca mais em grupo. 

       Quando estudávamos no Anchieta, ali onde está a casa de Formação São  Francisco de Assis, em Capinzal, também conhecida como Escola da Fé, estávamos em idade entre 11 e 15 anos. Integramos uma juventude efervescente, muito ativa, todos com muita energia. A maioria saiu para estudar em outros estados. Perdemos alguns, como o Ézio Andrioni, que faleceu em 05-05-1979, no mesmo dia em que nasceram minhas filhas, e Vitalino Buselatto, falecido em 15 de junho de 2012. José Luiz Pelegrini foi embora, tragigamente, ainda na juventude. O Juventino Vergani, popular Bichacreta, meu vizinho aqui em Joaçaba, não compareceu porque estava a trabalho em Treze Tília. Luiz Alberto Dambrós (Goiânia - Goiás),  Paulo Roberto Calliari (Curitiba - PR), e Euclides Peccinatto (Manaus  - Amazonas) não puderam comparecer. 

      Na oportunidade, estiveram ali convidados de Volmir Costenaro, o Gaúcho, que mora em Fortaleza, no Ceará e que se formou no Colégio  Federal Augusto Ribas, em Ponta Grossa, PR, em 1971, uns como técnicos agrícolas, e outros florestais. Foi um momento para matarem saudades uns dos outros e relembrarem de causos que aconteceram em sua juventude, tanto nas cidades gêmeas, Capinzal e Ouro, quanto em Ponta Grossa.

      Estiveram presentes Volmir Costenaro (Gauchão) e a esposa Vera (Fortaleza – Ceará) ; Mário Morossini (Pina), Alegir Bortolli e Nadilce Dambrós,  de Capinzal; Edovílio Andreis (Vino, Pinóquio), de Concórdia, com sua esposa; Euclides Riquetti (Pisca) e Hermes Susin, de Joaçaba; Adelto Miqueloto (Micuim)e a esposa Diva, e Mário Fávero (Lebrão) , de Ouro; Vilmar Pedro Matté (Nêne) , de Campos Novos; Neivo Ceigol e a esposa Lucinda e Paulo Betinardi (Betina); e Jorge Luiz Soldi (Cajuru) , radialista.

       Também o convidado Polônio Tonini e seu genro Jean Varella, vascaíno radicado em Capinzal.

       Não houve discursos, apenas se falou amenidades e se reavivaram memórias. Sorrisos, gozações, muita alegria e descontração. Política e futebol pouca importância têm na cabeça de amigos que se reúnem nessas condições.

Grande abraço em todos os presentes e saudades sentidas dos ausentes.

Euclides Riquetti

07-01-2022

Não maltratem as rosas...






Não maltratem as rosas

Nem maltratem as flores

Cuidem bem das cheirosas

E das de todas as cores...


Não maltratem as rosas

Nem as pessoas de bem

Nem as mães caridosas

As daqui e as de além...


Cuidem para que não sofram

Não deixem que as pisem

Cuidem para que não morram

Nem que elas desanimem...


Rosas são deusas vegetais

De quem restarei devoto

Por quem rezarei demais

Com poemas meus próprios...


Cuidem bem de todas elas

Como aqueles que as cultivam

Também eu cuido delas

Pois quero que sobrevivam.


Sei que tu as cuidas direitinho

Dá-lhes água e muito adubo

Muito mais lhes dás carinho

E muito amor, sobretudo!


Também as amo como te amo

Também as quero como as queres

Dou-te uma rosa com ramo

Uma flor que muito venero...


Para ti...

Apenas para ti...

Bem assim...

Só assim:


Uma rosa com muito amor!


Euclides Riquetti

A música do vento...

 


 




A música do vento... embala meus sonhos
E me leva pra longe... me faz navegar
A música do vento... afaga meu rosto
E me transporta pra perto... pra perto do mar!

A música do vento me vem como uma canção
Que você cantava
Pra me animar
A música do vento acalma meu coração
Me faz pensar em você
E de novo sonhar

Adoro o vento que vem brando
Que sopra suavemente
Que vem me acariciando
Como se fossem suas mãos...

Adoro o vento soprando
Deliciosamente
E que vem acalentando
As minhas doces ilusões...

A música do vento é assim,  prazenteira
A música do vento me traz esperanças
De reencontrar a verdadeira
E a mais saudosa das lembranças.

A música do vento... me faz sonhar!

Euclides Riquetti

www.blogdoriquetti.blogspot.com 

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Entenda-me

 




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Entenda-me... compreenda-me...
Procure me entender porque eu sou assim
Procure minha história de amor sem fim
E você vai finalmente me entender!

Pesquise então... busque mais informação...
Procure ler, procure ouvir e saber mais
E vai perceber eu sou do bem, que sou da paz...
Que a realidade determina o rumo de meu chão...

Verifique bem... constate muito bem...
Procure formas de viver a vida como eu faço
Não me entrego nem nas horas de cansaço
Busque viver bem...busque ser feliz também...

Mas me inclua no seu  contexto de cumplicidade...
Não me deixe fora de seus ternos planos
Deixe-me lembrar dos belos rumos que traçamos
De dividir os sonhos, a alegria, a felicidade!

(Bem assim...)

Euclides Riquetti

As mansas águas do lago inerte

 



 




 

As mansas águas do lago inerte

Escondem medos e segredos

São águas descidas dos veredos

Que o sol do meu outono aquece.


Lágrimas de mulheres que sofreram

De choros copiosos e incontidos

Que levaram seus gozos e gemidos

E, silenciosamente, ali jazeram. 


São as águas do tempo paradas

Que já não banham corpos desnudos

Já não atiçam meus olhares mudos

Mas que banharam vidas passadas.


E eu tento localizar-te nas margens

Deitada ao sol que te bronzeia

Que te torna a mais desejável sereia

Que eu cobiço em minhas tardes...


(Num sábado outonal, à meia tarde!)

Euclides Riquetti

quarta-feira, 25 de junho de 2025

O frio chegou





O frio chegou

Quando a tarde começou

Chuvosa.


O frio veio lentamente

Anunciando-se sutilmente

Porque estava com saudades!


Queria apenas reencontrar

O seu velho lugar

Na minha mente saudosa.


Ele veio e pra ficar

E no inverno respirar

Nossos perfumes e nossos ares.


Quer apenas acariciar

E seu rosto beijar

Na tarde chuvosa

De lembranças, de saudades

Das saudades mais saudosas...

Das nossas saudosas saudades

Dos tempos eternos

Dos outros invernos.


Veio, como vieram outros tantos

De todos os nortes e de todos os cantos:


Ele veio de mansinho

Quietinho

Devagarinho

E quer apenas ficar!


Euclides Riquetti

Beije-me, no silêncio, na noite...

 

 


 



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Beije-me, em silêncio, na noite...
Beije-me,  em silêncio, na noite,  me beije
Ou então minta e diga-me que não me quer
Permita-me entender o seu jeito de mulher
Mas, por favor, jamais me deixe...

Beije-me, em silêncio, na manhã de luz
Ou então finja dizendo que não sou nada
Com beijo de musa, mulher ou namorada
Com aquele beijo delicioso que me seduz...

Beije-me, em silêncio, na tarde ensolarada
Ou então me cante uma daquelas canções
Aquela que violenta as minhas emoções
Mas que me atrai para a doce amada...

Beije-me, em silêncio, apenas faça assim
E lhe darei em troca todo o meu coração
Mas, se não me quiser, ainda peço perdão
Porque quero apenas que acredite em mim!

Euclides Riquetti

Uma canção para você

 



 



Uma canção para você

Sempre que o sol doura este céu azulado
Traz-me lembranças dos nossos tempos
Marcas de saudades nos vêm do passado
Noites sonhadas, desenhos no firmamento.
Solidão indo embora, fica o amor sonhado
Ilusão em que navego a todo o momento.

Rezo pelo seu bem, sua alegria, felicidade
Adorável mulher, docemente encantadora
Perdição de min´ alma, desejo, saciedade
Catedral do amor, da paixão avassaladora
Alento do coração que sente sua saudade
Acalantos sonhados com você, sedutora!

Radiante, deita na areia o corpo desnudo
Alimenta meus sonhos com a voz macia
Leveza num rosto que ao longe procuro
Seio de amor, de sensualidade, de magia
Candura que provoca meu coração puro
Plana com graça num céu de harmonia.

Campos floridos a esperam calmamente
Exuberante como a ave mais silenciosa
Folhas flutuam e a saúdam alegremente
Olhar contagiante em mulher poderosa
Poesia há nos lábios rosados, contentes
Ternura transborda de sua aura ditosa!

Euclides Riquetti

Um pedacinho de teu coração

 


 


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Quero que me dês
Um pedacinho de teu coração
Ou, quem sabe, talvez
Um amor com ilimitada paixão.

Quero que tu leias
Alguns dos poemas que te fiz
Os que escrevi nas areias
E os que viraram canção raiz.

Quero que tu me digas
Que tudo valeu muito a pena
E que tudo nesta vida
Não é ficção, nem cinema.

Quero que acredites
Em tudo o que quero dizer:
Viver para amar sem limites
Viver a vida com prazer!

Então, me dá um pedacinho
Um pouquinho de teu coração
Para eu guardar com carinho
Com carinho, amor e paixão!

Euclides Riquetti

Volte pelo mesmo caminho

 


 





Volte pelo mesmo caminho, mas volte
Ultrapasse os obstáculos e barreiras
Deixe que seu coração dengoso se solte
Que busque a sua realidade verdadeira...

Volte pelo caminho em meio às flores
Mesmo que no rude tapete de betume
Deixe-se invadir num mundo de cores
Feliz e  faceira como um vagalume...

Volte, e no seu caminho me reencontre
Onde quer que eu esteja me procure
Passe pelas estradas, passe pelas pontes
Que a trazem de volta vinda de alhures.

De Sul, de Norte, do ensolarado Leste
Venha mergulhar neste pequeno mundo
Ou, então,  me volte pelo lado do Leste
Venha para me dar o seu amor profundo.

De qualquer lugar, por qualquer estrada
Desde que volte porque quer voltar
Venha, sim, venha minha musa encantada
Para meus sonhos de novo embalar!

Euclides Riquetti