sábado, 30 de agosto de 2025

Um ensaio sobre o nada ou "An essay about nothing"

 

 


 


Um ensaio sobre o nada ou "An essay about nothing"


Eu pretendia, eu buscava escrever 

Um ensaio sobre o nada:

Contestar as vãs filosofias

Atacar o convencional que anestesia

Vagar, ignoto, pela longa estrada. 


Eu queria, eu teimava em escrever

Palavras bonitas e selecionadas

Que te impressionassem...

Então, minha mente muito agitada

Brigava consigo mesma

Por não encontrar os termos certos

Nesses tempos tão incertos. 


Mas a minha mente escrevia

Nada mais que a poesia

De que tanto gostavas...


É que meu instinto romântico

Que vai do Pacífico ao Atlântico

Não me deixava pensar em nada senão

Escrever-te sobre minha paixão

Exacerbada!


E assim continuo a construir meu destino

A palmilhar meu único caminho

Que é chegar, mesmo que lentamente

Ou, quem sabe, de repente

Até as curvas perigosas de teu corpo

Onde se perde meu coração!


Então, minha obra tão prima

Não passou de uma tentativa frustrada:

Um arremedo, sem a luz que me anima

Um escrito que não combina

Um breve ensaio sobre o nada!

Ou, se tu ainda não viste assim:

An essay about nothing!


Euclides Riquetti

O vento sutil que afaga o rosto

 


 





O vento sutil que afaga o rosto
 
Afaga-me o rosto o vento sutil
Acaricia-me com a maciez de suas mãos delicadas
Beija-me com os aromas das flores encantadas
A suavidade da manhã primaveril
E vem nutrir de amor minha alma esperançada.

Inunda-me de desejo o pensamento que devaneia
E que me leva até a fonte que me inspira
Sob os acordes da sedutora lira
Que a harmonia pelos ares  e espaços semeia
Atiça o fervor de um coração que  delira.

Doce musa que provoca o acanhado poeta
Que lhe desperta os sentimentos  já esquecidos
Que remete aos momentos eternecidos
E agiganta os instintos na hora mais incerta
Vem, vem  animar os meus instintos adormecidos
Vem!!!


Euclides Riquetti

Aniversário de Joaçaba e turismo em Urussanga com a GAPEN

 



       Congratulo-me com as três cidades que formam uma fantástica urbe. Três municípios, uma só cidade. Pelos caprichos da história, andaram juntas e acabaram separadas. Agora, cada uma com suas características, suas gestões individuais, mas uma cultura muito aproximada. Joaçaba é polo microrregional, por que não regional, uma vez que alguns órgãos aqui situados têm abrangência além de seu território: Tem Delegacia da Receita Federal, tem Justiça Federal, Hemocentro, Teatro, Universidade forte e abrangente, Hospital Universitário para onde converge movimento de todas as bandas, comércio forte. Luzerna tem suas indústrias, seus educandários de tecnologia que são grande referência catarinense.  Herval é sede da UPA, tem comércio forte, ainda tem os trilhos e dormentes da estrada de ferro jazendo ali.  As três cidades têm entidades que dinamizam as sociedades, e a agricultura desenvolvida e importante como fator de economia. Sobretudo, nossa urbe concentra grande capital intelectual, geração de tecnologias. Escolhemos morar aqui por muitas e boas razões.

       A presença do Governador Jorginho Melo em Joaçaba, onde realizou um evento de mostra das suas ações no Meio-Oeste, no início da semana anterior, nos mostrou como é importante termos um governador egresso de nosso meio: Nascido em Ibicaré, criado em Herval d ´Oeste, projetado em Joaçaba. É político habilidoso, conhece o metier, está investindo bem por aqui. Santa Catarina é um estado fantástico, capaz de emergir das crises muito rapidamente.

       No setor da Saúde, tem contemplado os hospitais das cidades da Ammoc. Fiz parte do grupo Amigos do Hospital Nossa Senhora das Dores, de Capinzal. Do tempo em que rifamos uma Kombi usada, doada pelo pai de uma paciente, para pagar o décimo-terceiro salário dos  funcionários . Ajuda dos municípios de Capinzal, Ouro e Zortéa. Mais algumas pequenas emendas de deputados por duas décadas. Agora, recebe investimentos de 5 milhões. Dinheiro bem investido em cada hospital, a população tem a saúde em primeiro lugar em suas necessidades. Na hora do desespero, o que conta para o cidadão é ter atendimento.

      A projeção do Contorno Viário para as três cidades não seria possível se não tivéssemos um governador daqui saído. O Programa de realização de cirurgias eletivas em todo o Estado nunca fora visto igual antes. O Estrada Boa Rural está contemplando os municípios pequenos, onde a agropecuária tem a maior participação em seu movimento econômico. Estrada boa para se deslocarem na ida às escolas e ao comércio dos núcleos urbanos é essencial.  Para os municípios  menores, estrondosa importância. A estrada de Capinzal a Piratuba, a conservação das estaduais, a elevação do leito da Rodovia entre Luzera e Ibicaré, todas obras de grande importância.

Turismo – Só faz quem conhece, quem pratica, quem sabe o valor das pessoas e sua cultura, quem viaja!  – Estivemos na região de Criciúma, Urussanga, Laguna, Cocal do Sul, Morro da Fumaça e adjacências. Em tour organizado pela Classe Viagens, de Joaçaba, em consonância com a Gapen Turismo, de Capinzal. Conhecemos o  Castelo Belvedere, o Castelo Britânico, a Vinícola Trevisol. Urussanga é a famosa terra do vinho Goethe. Das parreiras mais raras do mundo, que produzem o vinho que abastecia o Palácio do Catete, que era o preferido de Getúlio Vargas. Apenas em Urussanga e, pasmem, em Linha Sagrado, Ouro, esse vinho é produzido.  Lá, diversas vinícolas e, em Ouro, a tradicional família Reck o produz, estando com 1.200 parreiras em franca produção. Foram preservadas cepas trazidas da Itália no Século XIX via a Serra Gaúcha. A Cantina Bell Fiore, capitaneada por Vanderlei Reck e seu filho Vanderlan, Engenheiro Agrônomo, e suas esposas (como dedo incentivador de Túlio Dassi), é local de degustações e de comida colonial italiana. Lida bem com turismo quem viaja e busca conhecer. Nisso, a prática é infinitamente superior à teoria.

       Passeio de trem pela Tereza Cristina – Depois de 51 anos voltei a andar em trem, junto com a esposa e amigos aqui do Meio-Oeste e do Planalto. De Criciúma a Urussanga, uma viagem divertida em Maria Fumaça, vagões de madeira, os mesmos que pelo sul do Brasil circulavam em minha infância. Animação a bordo, ferro-moças, gaiteiros, carrinho com lanches e bebidas, como se em avião de primeira classe. Enquanto alguns projetam e não conseguem executar o que desejam, outros estão muito à frente.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogpot.com

Publicado no Jornal Cidadela, Joaçaba SC

Em 28-08-2025

 

 

Adorável Pecadora - dos tempos do bom cinema!

 


 

          Pessoas são providas de virtudes e defeitos. Não há o "ser perfeito", praticamente não há unanimidade sobre coisas e pessoas, tanto que existe um dito muIto popular: "toda a unanimidade é burra". Então, há convergências de opinião maiores ou menores. Num julgamento, quando tribunais de juízes decidem por unanimidade, embora seja a decisão que eles têm como a justa, há pessoas que não concordam com eles. Também nas câmaras legislativas, votações por unanimidade, contra ou a favor de algo, são condenáveis por uma maioria ou minoria dos cidadãos contextuados como "opinião pública".

          Uma dessas unanimidades, por seu talento e beleza, foi Norma Jeane Mortenson, americana, que fez par com Ivo Livi, ítalo-francês, em "Let´s make love", que literalmente pode ser traduzido como "Vamos fazer amor" ou "Façamos amor". O filme, entretanto, teve seu título lançado ao Brasil, em 1960, como "Adorável Pecadora".  Ah, leitor (a), começas a buscar uma faísca de entendimento?  É um dos 30 filmes estrelado por "La Monroe". Melhor, agora, né? Ah, o né? (não é?), seria o "isn´t it?" dos americanos, da turma lá de Los Angeles, onde a celebridade nasceu como Norma Jeane e,  aos 18 anos, adotou o nome Marilyn porque era bastante popular entre os americanos e, Monroe, porque era o sobrenome de sua avó materna. E o italiano da Toscana, Ivo Livi, virou o franco "Yves Montand", que também fez mais de 30 filmes e, dizem, até namorou a atriz. Ambos atuavam como atores e cantores.

          Contrariando a opinião de muitos de que pessoas muito bonitas arrumam emprego nos meios artísticos pela sua beleza, Marilyn Monroe tinha muito talento. Nasceu em 1926, viveu até em orfanato, casou-se, pela primeira vez, aos 16, trabalhou em fábrica,  divourciou-se aos 20, quando fez seu primeiro contrato com a 24th Century Fox, ganhando US 125.00 por semana, o que era bastante para a época. Fora descoberta pelo fotógrafo Davis Conover, e dali para o estrelato foi uma questão de tempo, curto tempo.

          No filme que assisti, e recomendo para você, produzido em 1960,  ela é uma atiz de teatro que sensibiliza um rico empresário, bilionário, interpretado por Montand. Sensual, encantadora, jovial e sedutora. Passam-se, no filme, aquelas cenas de comédia romântica, que assistíamos no Cine Glória, em nossa adolescência. Na época, achávamos aqueles "filmes de amor" muito chatos. Preferíamos o "Tarzan", o "Mazzarópi", o "Ringo" (Guiliano Gemma), e outros westerns, com uma mega troupe de atores holliudianos. Agora, comparo-o aos modernos filmes românticos a que assisto no Telecine Touch.

Ah, La Monroe disse, um dia: "Eu também tenho sentimentos. Ainda sou humana. Tudo o que eu quero é ser amada pela pessoa que sou e pelo meu talento". É, amigo (a), talento e beleza inquestionáveis, na atriz que nos deixou com apenas 36 anos, muito sucesso, e cuja a morte até hoje não foi bem explicada. Sou seu fã, Marilyn Monroe.

Euclides Riquetti
03-06-2012

Final de noite

 

 








Final de noite, prenúncio de um belo dia
O silêncio toma conta de meu parco universo
Procuro entender as palavras do antigo verso
Procuro afastar de mim a tediosa  letargia.

Final de noite, a espera de uma nova manhã
Quando estrelas cintilam  nos espaços do infinito
Brandos  passos  trilham  um caminho  restrito
E minha alma se ancora  na esperança vã.

Final de noite, de apenas mais uma noite que veio
Quando escritos antigos, perdidos,  recomponho e releio
Poemas com versos diversos,  livres e brancos.

Final de noite, de renovadas e animadoras esperanças
De canções que se ouvem e que embalam saudosas lembranças
De melodias que atiçam meus pensamentos francos.


Euclides Riquetti

O ciclo da vida: o vento moveu a folha...


 





O vento
Moveu a folha
Que passou dos galhos
E caiu na relva
E depois secou.

O frio
Branqueou a neve
Que cobriu as plantas
Se estendeu no vale
E depois se foi.

Setembro
Coloriu a flor
Pôs de verde a planta
Pôs azul no rio
E encantou a vida.

O sol
Fez o céu tão claro
Que estrelou a noite
E morenou a pele
E fez você bonita.

O verde
Abandonou a folha
Que virou amarela
Que virou marrom
E de novo secou.

Euclides Riquetti

Luciana (Viganó) de Lima - Não há como não sentir saudades

 



Parece que foi ontem. Mas são quase que sete anos, já...

       Perdemos, no  dia 19 de outubro de 2018, Luciana (Viganó) de Lima, filha dos amigos Selvino Viganó e Anita (Andrioni) Viganó, moradores em Ouro - SC. Luciana era casada com Gilberto de Lima e tinham um filho, Leonardo. A menina que foi nossa aluna, que vimos crescer, com aquele cabelo comprido, meiguice e simpatia no rosto, vai nos deixar com saudades eternamente. Não podia ser assim!


       A Luciana sempre foi um doce de menina, minha aluna na Escola Sílvio Santos, em Ouro. Aliás, toda a família sempre foi um encanto. Gente simples, bonita, que sabia respeitar e por isso mesmo é muito respeitada. Luciana cresceu na cidade de Ouro, tinha muitos amigos e era sempre muito afável com todos, em especial com os seus familiares e colegas de escola. os familiares são todos cidadãos muito bem relacionados em Capinzal e Ouro.

       Luciana faleceu em Lages, para onde foi levada após intervenção cirúrgica em Joaçaba. Estava com 47 anos de idade. Os últimos dias foram de muita apreensão não apenas para a família, mas por toda a comunidade. Todos "gente do bem", os Viganó, os Andrioni e os Lima têm uma vasto leque de amizades nas duas cidades. Tive a oportunidade de ser colega de trabalho da Anita na Escola Sílvio Santos, e do Viga na Prefeitura Municipal de Ouro, há 6 anos atrás.

       Perdemos uma jovem mãe, pessoa muito dedicada à família, querida por toda a população das cidades em que morou. Precisamos orar por ela, para que tenha o descanso eterno num lugar aprazível, em meio aos anjos do céu. E para que os que ficam tenham amenizado o seu sofrimento. Luciana jamais será esquecida. A menina magrelinha, bonita, simpática e amável para com todos nos deixou ontem, mas ficará entre todos nós a imagem da menina que foi uma filha exemplar e seguiu a mesma linha e concepção de vida como esposa e mãe.

       A todos os familiares, um abraço afetuoso da família Riquetti, com o carinho especial da Miriam e do Euclides, de nossos filhos e netos.

Euclides Riquetti
20-10-2018

Todas as poesias que te fiz

 


 


Todas as poesias que te fiz



Abre bem teus ternos olhos e procura
Tentando encontrar os meus poemas
Em todas as poesias  que eu te fiz.
Ali,  tu me encontrarás talvez  feliz
Escrevendo-te com muita ternura
E com muita paixão os meus dilemas.

Nas poesias que eu te fiz há o amor
O carinho que vem expresso e visível
Que eu procuro te exaltar com paixão.
Nelas quero exaltar-te com devoção
Pois tu és a rosa, o cravo, minha flor
A inspiração clara, doce, verossímil!

Absorve a energia do que te escrevo
A mensagem mais verdadeira e sutil
Inserida em meus sonetos envolventes.
Sente o mesmo que meu coração sente
Onde eu confesso o amor e meu desejo
Paixão avassaladora, forte, até febril!

Euclides Riquetti

Chovia forte lá fora

 


 







Chove forte lá fora
E a chuva lava corpos e almas
Molha rosas e palmas
E você foi-se embora
Enquanto que a água
Rolou mansa e calma
No meu coração.

Choveu e eu dormi
Enquanto senti
O beijo seu
Que fugiu de mim...
Bem assim!

E nem sequer há esperança
De um dia ensolarado
Para este sábado!


Chove forte lá fora
E a chuva lava corpos e almas
Molha rosas e palmas
E você foi-se embora
Enquanto que a água
Rolou mansa e calma
No meu coração.

Choveu e eu dormi
Enquanto senti
O beijo seu
Que fugiu de mim...
Bem assim!

E nem quer há esperança
De um dia ensolarado
Para este sábado!

Euclides Riquetti

Ecoam cânticos angelicais

 








Ecoam cantos angelicais
Ecoam nos céus os cânticos angelicais
Secundados pelas clarinetas dos serafins
Ecoam nos céus os cantos universais
E perdem-se nas imensidões e nos confins.

Festejam os anjos as glórias triunfais
As vitórias do bem sobre o vil e o mal
Festejam os anjos com perfumes e florais
A vida eterna no paraíso celestial.

E, quando as carruagens flutuam ao vento
Levadas pelo trotear dos cavalos brancos
As gaivotas brancas  plainam no firmamento.

Vai, meu coração, pelas celestiais savanas
Vai para te encontrar, vai juntar-se a tantos
Parceirar-se  aos anjos em suas caravanas...

Euclides Riquetti

www.blogdoriquetti.blogspot.com

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sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Amar você na noite discreta

 



Amar você na noite discreta


Eu, de fato, amo muito você, demais

De dia sonho com um pix robusto

Mas de noite tenho medo de sustos

E preciso que me empreste seu wi-fi.


A gente, que já caçou pokemons

Que leu os livros de O Senhor dos Anéis

Ilustramos poemas com pinceis 

Ainda somos de amar com paixão!


Acender velas de cera, coloridas

Comer sushi com garfo e faca

Chima na cuia com bomba de alpaca

Ajudar a salvar almas arrependidas.


Escrever minhas bobagens prediletas

Reunir palavras loucas a românticas

Considerar o sensual e a física quântica

Amar você nesta noite discreta!


Euclides Riquetti

29-08-2025


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Eu sou o vento

 



Resultado de imagem para fotos vento soprando rosto

Eu sou o vento
Que acaricia seu rosto
Que alisa seus cabelos
E afaga seu pensamento.

Eu sou um  vento profeta
Que venta em todas as estações
Que sopra em toas as direções
Sou um  vento que se disfarça de poeta...

Eu sou o vento que sabe o que você pensa e  diz
Que se porta como um mago  adivinho
Que vem e vai de mansinho
E que, sendo profeta, prediz!

Sou vento, sim, apenas um vento assim
Assim,  com mãos para acariciar
Com lábios para te beijar
E coração pra te querer pra mim...

Euclides Riquetti

Antecanto

 


 





Eu queria te ver em meio a santas tantas
Eu queria te compor um tenro canto
Queria te ver em meio às tantas santas
Queria escrever-te este antecanto.

Eu pensei imaginar um poemeto
Eu pensei fazer do dia a poesia
Pensei em versos de soneto
Pensei saudade e  nostalgia.

Eu fiz poemas sem amarras
Eu fiz poemas livremente
Fiz-te   poemas com palavras claras...

Eu fiz de ti a musa encantadora
Eu fiz pra ti o canto, sutilmente
Fiz-te o soneto  na manhã inspiradora.


Euclides Riquetti

Um poema de amor e paz

 




Um poema de amor e paz

Estou te escrevendo este poema
Faço o que todo o poeta faz
És uma flor roubando a cena
Em meu soneto de amor e paz.

Um poema de muita alegria
Um sonho de cor e sedução
Pinto o cenário que um dia
Deu-me à luz muita paixão.

Descrevo flores e perfumes
Com seus mais finos odores
Teus olhos são os meus lumes
Desenho-os em multicores.

Nada há que mais  me envolva
Não  há nada que me apraz
Nada há mais  que me revolva
Do que um poema de amor e paz!

Euclides Riquetti

O perfume que vem de ti

 


 





O perfume que vem de ti
É mais envolvente que os demais.
Talvez venha de essências florais
Talvez do modo como sorris.

O perfume com que me atrais
Que teu corpo produz e exala
Nunca  aos outros se iguala
Nunca senti antes, jamais.

O perfume em ti impregnado
É o aroma que a ti me impele
Que atrai o corpo, que atrai a pele.
Que chama para estar a teu lado.


Teu perfume é terno e singular
É algo simplesmente angelical
Não há outro contagiante igual
Vem de teu corpo para perfumar.

Euclides Riquetti

Abençoai, Senhor, todas as mães!

 


 







Abençoai, Senhor, as mães que perderam seus filhos
As que os tiveram nascidos em berços com ouros
As que os tiveram em leitos pobres e  maltrapilhos
Dai a todas elas  uma coroa com louros.

Abençoai, Senhor, todas as mães que choraram
As que os viram partir para ganhar o mundo
As que os viram  partir e que não mais voltaram
Mas levaram a certeza de  seu  amor profundo.

Abençoai-as , Senhor, com suas sagradas dádivas
Todas as mães que velaram em vigília
Abençoai as que derramaram rios de  lágrimas
E que em todos os momentos honraram a  família.

Abnçoai, Senhor, aquelas que tiveram filhos adotados
E que os amaram como seus, incondicionalmente
Que foram gerados em outros ventres abençoados
Mas que os amaram, sempre, verdadeiramente.

Abençoai, Senhor
Todas as mães do mundo!

Euclides Riquetti

Caçar Pokémon

 


 








Turíbio saiu por aí
Saiu pra caçar pokémon
Deixou o cérebro em casa
Mas levou celular na mão.


Turíbio foi caçar pokémon
Ali defronte à catedral
Subiu as escadas da Ammoc
Aquela besta animal.

Turíbio saiu por aí
Saiu pra caçar pokémon
Deixou o cérebro em casa
Mas levou celular na mão.


Turíbio costumava assistir
O tal Big Brother Brasil
Embestado que me faz rir
Porque tem cara de imbecil.

Turíbio saiu por aí
Saiu pra caçar pokémon
Deixou o cérebro em casa
Mas levou celular na mão.


Turíbio é uma alma perdida
Um seachão que se acha sarado
Vai caçar  pokémon  na avenida
Sujeito a ser atropelado.

Turíbio saiu por aí
Saiu pra caçar pokémon
Deixou o cérebro em casa
Mas levou celular na mão.

Euclides Riquetti

Atemporal

 


 


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A lógica do poeta é atemporal
O pensamento foge da cronologia
O sentimento de sobrepõe ao material
A essência de seu lembrar é a nostalgia!

A alma do poeta é colossal
O corpo se desenha na naturalidade
Seus olhos enxergam o bem e não o mal
O complexo dá lugar à simplicidade!

O poeta descreve o torto na linha torta
E escreve direito em linhas estreitas
Se vê luxo ou maltrapilho não lhe importa
Mais lhe valem os versos com rimas perfeitas.

A vida do poeta é impessoal
Os seus sonhos são imprecisos elementos
Sua realidade é a do mais simples mortal
Seu ser viaja, viaja nas naus do pensamento!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Sorrindo na chuva

 


 






Fico olhando pra você, que se vai feliz
Pela rua cinzenta, com cheiro de luar
Anda, livremente, buscando o seu mar
Sonha acordada com os versos que fiz.

Fico imaginando o que a anima tanto
O que a faz andar sorrindo na chuva
Tão protegida como a mão numa luva
Adeus às tristezas, adeus aos prantos.
 
Vai, esbaldando-se em sua felicidade
Na busca da recomposição de seu eu
Envolta no frescor da pura liberdade.

Vai, flutuando nas nuvens das certezas
Colhendo os frutos do pomar que é seu
Majestade coroada com sutis realezas.

Vai, feliz, sorrindo na chuva!

Euclides Riquetti

Hoje o sol brilhou mais forte

 


 









Hoje o sol brilhou mais forte, intensamente
Trouxe-nos alegria e alto astral
Prometendo-no um dia colossal
De volta o contentamento presente.

O brilho do sol atiçou as folhas
Deu novo ânimo a todas as flores
E é possível que nossas escolhas
Recebam tintas de todas as cores.

O sol escaldante atropela o frio e nos traz luz
A luz que ilumina minha alma e o meu coração
E me impele a buscar seu sorriso que seduz
Que encanta meu ser, me devolve a razão.

Ah, sol, sol da saudade
Sol da minha vida, da emoção
Sol das turbulências e das amenidades
Seja bem vindo pra iluminar meu chão!

Euclides Riquetti

Açougueiros de Rio Capinzal

 







Reeditando... mais uma de minhas crônicas que foi publicada no livro "Capinzal - Cidade do meu coração"...

   

          Em minha infância, costumávamos brincar numa rua de Rio Capinzal. Chamavam-na de Rua do Beco. Hoje tem nome: Rua Giavarino Andrioni. Jogávamos "taco" e bola. Brincávamos de esconde-esconde, fazíamos fogueiras no inverno, no meio da rua. Era tudo muito divertido.


          Meus amigos "de rua" foram indo embora: O Ademir e o Milton Mantovanello foram para Cascavel. O Ademir Bernardi para a Barra do Leão. O Paulinho Lucietti, cujo nome era Adelir, foi para Dois Vizinhos. O Mário e o Arlindo Thomazoni, para Araruna. O Moacir e o Cosme Richetti, irmãos, bem como os irmãos  Altevir e o Valdir Souza, para Joaçaba. O Celito Bandido Baretta, para a Linha Bonita. Os irmãos Adelto e Adélcio Miqueloto  são os que ainda restaram em Ouro.


          Um dos momentos mais divertidos ali era quando os tropeiros traziam bois para o abate. Vinham, normalmente, de Capinzal. Traziam os mais mansos conduzidos "soltos", em tropas,  e quando havia algum muito bravo levavam no laço. E,nós,  todos, subíamos no barranco para ver as façanhas dos boiadeiros. Algumas vezes, não raro, uma das reses fugia, eles corriam atrás dela pela cidade os cavaleiros, seus cavalos galopantes e os cães bem adestrados. E, quando a coisa apertava, os tropeiros gritavam e nós fugíamos, entrando no moinho do Bernardi, ou correndo para os barrancos mais altos. Até que os animais fossem recapturados e recolocados numa mangueira.


          A mangueira era  feita com madeira forte, de angico e bugre. Ao lado, uma pequena edificação onde eram abatidos, diariamente dois os três animais e alguns porcos.  Um cepo com uma cavidade, por onde era introduzida uma ponta do laço que os homens puxavam em dois, para trazer o animal até o local do abate. Depois, a sangragem e a elevação, com uma talha de correntes, a retirada do couro, das vísceras, a água existente num tanque jogada em baldes para lavar a carçaça pendurada. A serra partindo o boi em meio ao espinhaço. É dali que saem  o filé, a alcatra, a costela, a  fraldinha, o mignon. Um tacho com permanente braseiro, de ferro fundido, onde era aquecida a água para a pelagem dos porcos. Depois, esse mesmo tacho era utilizado para o cozimento da banha. Após a prensagem, os torresmos. E sempre sobrava um pouquinho para nós, de graça!


          Lembro bem dos homens que ali trabalhavam: O Guilherme, os tios Arlindo Baretta e e Anildo Mázera, o Ivo Campioni e o Vitorino Lucietti, que era sócio do empreendimento, que pertencia à Comercial Baretta. Além do abate, vendiam a carne, a banha, as morcelas, os salames e o queijo-de-porco. E as pessoas vinham cedo, antes de o dia clarear, para comprar a carne. Lá, do outro lado do rio, havia o "picador", na Rua XV, dos Miqueloto, que tinham o abatedouro na saída para a Siap. E o procedimento de trazer os animais era o mesmo. Mas esses tinham uma "gaiota", um carroção puxado por cavalos que levava a carne para o picador, em Capinzal.


         Pelos lados dos Miqueloto, os Srs. Benjamim e Luiz eram os capitães e colocavam todos os seus filhos na área de trabalho, desde pequenos. O sobrinho Romeu Neis  e o Pedro Lima eram os mais práticos. Sabiam conduzir o gado e abater.


          As carnes eram penduradas para resfriarem-se e, no verão, na Câmara Fria. Nos açougues, os cortes eram feitos com serras de fita, de acordo com o que era pedido pelos fregueses. Se a carne não for refriada, o corte sai horrível, fica com uma aparência ruim, nem dá vontade de comer depois. Mas os habilidosos açougueiros cortavam os pedaços com o peso desejado pelo freguês, com pouco erro. Tinham muito conhecimento do ofício. E os pedaços, embrulhados em folhas de papel "de embrulho", que estavam sobre o balcão. Nesses papéis era feito, a lápis, o cálculo da despesa, "de cabeça", pois não havia calculadoras disponíveis. E quase que sempre faltando uma das suas quatro pontas. É que aquela parte era usada para escrever o nome do freguês, o valor do gasto, e jogar na gaveta, quando ele não tinha caderneta. Para cobrar no fim do mês. E nem precisava de assinatura...A palavra valia! Muito!!!


Euclides Riquetti

11-04-2013

A dança harmônica do universo

 


 




 


Eu amo as plantas verdes de meu vale
Os belos girassóis, os cândidos cinamomos
Contemplo as águas dos riachos e das sangas
Que vagam entre as pedras rumo ao rio.

Encanto-me com os pássaros que cantam
E as borboletas entre as flores coloridas
Me perco em  ver crianças que sorriem
Com seus rostos inocentes  feitas anjos.

Admiro os jovens belos e sadios
Que buscam ideais de vida pura
A nobreza da alma das pessoas
Os rostos que irradiam muita alegria.

A  natureza  é a vida plena , é colossal.
É a dança harmônica do Universo
Que se move consoante a grande orquestra
Sem rimas, só com notas musicais.

Euclides Riquetti

Um dia você chorou...

 


Atraente, Bela, Chorando, Escuro, Feminino, Menina


Um dia você chorou, vibrou, vibrou, chorou
Seus belos olhos encheram-se de gotinhas de cristal
Você que calou, sofreu, sofreu, calou
Seu grito de alegria fez explodir, afinal.

Você esteve lá, elegante, glamourosa
De seu rosto moreno brotou um sorriso sensual
De seus lábios saíram as palavras mais carinhosas
Você vibrou com a conquista colossal!

Na madrugada silenciosa me veio seu doce sorriso
As palavras mágicas se embalaram no meu ser
E seu rosto comovido, bonito,  me encantou...

Então, meu coração bateu mais forte, mais preciso
E, no papel, pus este soneto pra dizer:
Você é o algo belo com que Deus nos presenteou!

Euclides Riquett

Te procurei nas areias

 


 



Te procurei nas areias e não estavas

E nas ruas cinzentas tu não te encontravas

Não te encontrei sob os pingos da chuva fira

E nem te amei na noite daquele dia...


O vento me trazia a música festiva

E balançava, levemente, a branca cortina

Enquanto em rimas novas eu recitava

Tentando dizer-te o quanto eu te amava.


O sol se escondeu atrás das nuvens densas

Tentei buscá-lo, mas não consegui

Perdi meu tempo, em meu intento, sofri...


A tarde me induz a esperar que apareças

Mas não quero mais nenhuma decepção

Preciso de mais sorte, acertos, atenção!


Euclides Riquetti

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Eu e meus pecados - o último poema

 

Homem Oracao | Vetores e Fotos | Baixar gratis

Aqui estou, meu Senhor
Eu e meus pecados
Não queremos muito, não
Apenas sermos perdoados.

Eu, por havê-los cometido
Por ter perdido,  às vezes,  a razão
Por não ter escutado meu coração.
Eles, por me terem seduzido.

Somos,  ambos,  duas almas descuidadas
Merecemos, assim, o incondicional  o perdão
Não somos da história o vilão
Queremos nossas culpas deletadas!

Preciso em minh' alma toda a alvura
Inicar 2013 novinho em folha
Então, peço perdão, não tenho escolha
Perdoa-me, Bom Senhor lá das Alturas!

Falo por mim e por meus pecados
E por isso mesmo já vou escrevendo
Não podemos terminar dezembro
Sem que sejamos perdoados
Eu... e meus pecados...

Perdão, Senhor, perdão!!!
Euclides Riquetti

No porto do sol

 


 




No porto do sol, pisando nas areias brancas
Olhando para o mar das ondas espumantes
Imaginando os prazeres mais eletrizantes
Componho poemas para as almas santas.

No porto dos desejos, dos sonhos projetados
Vejo,  nas sombras, a sua silhueta desenhada
Enquanto, nas estrelas,  na noite enluarada
Navega, pelo infinito, a paixão exacerbada.

Despem-se os pensamentos que se embalam
Na manhã azul, da inspiração derradeira
Em que as palavras brotam e se propagam.

E que,  em cada porto, em cada ancoradouro
Eu lá possa encontrar minha  musa verdadeira
Com seu sorriso bonito, divino, e duradouro.

Euclides Riquetti