Aílton, Aílto, Ito ou Paulista - mas sempre com seu sorriso marcante!
Aílton Martins Ferreira era o "Ito", ou o "Paulista" - assim era chamado. O primeiro apelido, um diminutivo familiar carinhoso. Assim era tratado pelos saudosos pais, Pedro e Santina, pelo saudoso irmão lá do litoral, Amarildo e Célia, Nilva e Antônio, Rita e Sandro. Também pelo primo Vastres, os sobrinhos Eliane e Adriano, Rodrigo e Sônia, e todos os demais da descendência dos Ferreira Martins, de sangue ou agregados. "Paulista" era o apelido que lhe era dado pelos amigos, colegas de trabalho, e de todos os ambientes de convivência. Uma filha, a Laurinha, com quem tenho laços de parentesco (Bisneta de Moisés Baretta), mora longe. Não conheço todos os familiares, apenas os quem convivemos aqui já por 18 anos. Eu o chamava de "Ito", como se eu da família fosse. Me adaptei às circunstâncias da vivência com seus parentes, respeitosos e afetuosos vizinhos.
É fácil falar (de bem), ressaltar as qualidades dele, no aspecto humano, familiar, cristão. Uma pessoa que só faz o bem, que sabe valorizar o ser humano, que devota respeito aos semelhantes, altruísta e desprovido de vaidades, um cidadão simples, trabalhador, que morou com os pais enquanto eles viveram, que continuou morando no seu ninho afetivo até seus últimos dias, quando foi internado no HUST e não conseguiu dar a volta de sua doença, embora assistido com a competência da equipe médica e de todos os servidores daquele estabelecimento de saúde.
Faleceu dia 05 de novembro de 2025 e nos despedimos dele na tarde do dia seguinte, indo morar junto aos pais e um irmão, no cemitério Frei Edgar, em Joaçaba. Cerimônia simples, despedida muito afetiva, os sentimentos aflorados nos nobres corações dos presentes.
Sempre terei sua imagem em minha mente: passava de carro em frente de minha casa, óculos de sol, me chamava pelo sobrenome, se perguntado sempre dizia que estava bem. Embora tivesse todo o apoio dos familiares e, em especial de Dona Nilva, que substituiu a mãe dele quando a perdeu, costumava buscar tratamento médico por si só, não era de "tirar o tempo ou causar preocupações" aos outros. Um herói a seu modo, um cidadão de muitas amizades, sempre muito responsável em seu trabalho, que executava com maestria, dedicação e responsabilidade.
O Ito nos deixou nesta primavera de temperaturas amenas, de sol discreto, céu azulado... Ficou em mim uma dorzinha, uma vontade de chorar. Lembrei que meu pai foi aos 55 e meu irmão aos 51... Pessoas que poderiam ter ficado mais tempo junto aos amados entes.
Euclides Riquetti e Família
09-11-2025