sábado, 29 de novembro de 2025

Jeito de pecado






 

Jeito de pecado

Foi de madrugada
Que pensei em você:
Senti algo no peito
Foi assim, do meu jeito
De gostar, de beijar, de querer.

Desejei o seu corpo
Elegante, maroto.
Beijei os seus lábios quentes
Acariciei seu cabelo envolvente
Amei você, perdidamente!

Fui atrevido, incontido bastante
Encantei-me com seu jeito elegante
E, entre pensamentos profanos
Meu coração cigano
Ficou transportado
Para o mundo desejado!

Desejei, ousei...
Pequei. Quis.
Quis ser feliz!...
E foi muito, muito bom!
Bom, mas com jeito de pecado!...

Euclides Riquetti

Aquela canção de que você gostava tanto

 


 



Aquela canção de que você gostava tanto

E a outra que você cantarolava no chuveiro

Tem aquela do cantor perdido em prantos

E todas as outras de todos os cancioneiros,


Têm as que lembram um antigo carnaval

E as que você ouviu naquele verão distante

Todas as  de primavera e outras de natal

De "Casa de Bamba" até a "Amada Amante!


As canções marcaram todas as nossas épocas 

Deixaram marcas nos corações e na memória

As badaladíssimas  do rádio e as mais discretas

Todas elas fazem parte de nossa história...


Histórias de amor se constroem com cinema

Filmes românticos e canções para dançar

Mas a nossa eu construo com mil poemas

Com vagões de rimas, com o amar e o sonhar!

Euclides Riquetti

É noite

 



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É noite, dos pensamentos sem dono
É noite de novo...
É noite das estrelas prateadas
Das almas condenadas (perdoadas??).
Mas é noite!

É a noite dos namorados
É a noite dos sonhos encantados...
É a noite das orações
Das dores nos corações...
É, sim, é a noite!

A noite é  dos amantes
Dos beijos provocantes
A noite é dos aflitos
Dos versos escritos e ditos
A noite é apenas a noite...

E, atrás daquela  janela
Alguém se esconde.
Atrás da cortina singela
Uma voz responde:
Estou aqui...
Pensando em ti!
Somente em ti.
Em ti...
(Aqui...)

Voar pra longe

 







Quero voar pra longe
Ir embora da cidade
Sobrevoar os montes...
Quero voar agora
Eu preciso partir
Eu preciso ir embora...
Quero voar sozinho
Buscar a claridade
Ser como o passarinho...
Quero voar calmamente
Porque preciso sorrir
Reviver novamente...
E, quando tiver voado
Tiver girado o  mundo
Quando tiver encontrado
Algo muito profundo
Voltarei...
Pois terei as respostas
Direitas ou tortas
Que sempre busquei!

Euclides Riquetti

Nas brancas areias das dunas

 

 


Nas brancas areias das dunas

Vêm as ondas verde-esmeralda banhar meus pés
Enquanto o vento atiça as brancas areias das dunas
Lá nas águas jazem as negras galés
Quando as vagas se requebram em alvas espumas.

Nas cinzentas manhãs do pré-verão
As verdades rebatem à minha porta
E uma dor leve açoita meu coração
Que já não tem certeza de que você se importa.

E em cada grãozinho de areia trazido
O despertar de um sentimento já adormecido
Reanimado pelas águas que balançam.

E em cada corpo que baila, bronzeado
Está você em seu presente e seu passado
Enquanto os anos avançam...

Euclides Riquetti

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Feliz aniversário, querido filho Fabrício


    



O querido filho Fabricio Guilherme está de aniversário. Trinta e oito anos!

Uma vida intensa, agitada, muito trabalho, e uma família abençoada

A alegria de viver, empreender, um lar bacana, muita coisa boa a oferecer!

Parece que foi ontem, sensacional, o dia em que você chegou, lá em Capinzal

Foi um tempo  de muita alegria, emoção, surpresa, e uma forte comemoração!


Os anos se passaram e muta coisa mudou, mas seu jeito de ser, sempre ficou

Veio o casamento, os filhos e algum sofrimento, mas você superou o momento

Um lar foi construído muito abençoado, e você vai construindo o seu legado

Com o amor da Luana, a afabilidade do Ângelo, a altivez da Beatriz, gente feliz!

Um mundo de alegria, entendimento, euforia, vida cristã com envolvimento.


Agora, é ver os filhos crescerem, viver o hoje e planejar o amanhã, o futuro

Com as bem-aventuranças, o equilíbrio peculiar, as amizades, as lembranças

A construção de um futuro com solidez, a agilidade no decidir, tudo pra valer

A vida precisa ser vivida, as emoções sempre devem ser sentidas, a casa em festa

Parabéns, vida longa e saudável, dignidade, estima elevada e .... só felicidade!


Euclides Riquetti e Miriam

28-11-2025






O menino matreiro se fez homem. Parabéns, querido Fabrício! (ANIVERSÁRIO EM 28-11)

 


 




Nosso menino matreiro se tornou homem, buscou crescer na vida
Buscou andar com suas próprias pernas
Buscar ter sua opinião sobre as coisas...

O menino matreiro tornou-se pai
E hoje está de aniversário.
Não se importará se eu disser que já tem 31 anos
Todos bem vividos, trilhando o sucesso pessoal e profissional.

No dia de seu aniversário, tinha voado, de novo, para uma grande cidade
Foi trabalhar, fazer o seu metier diário
Foi exercitar o seu trabalho!

Nosso menino matreiro é habilidoso em seu diálogo
Persuasivo em sua fala
Rápido em seu raciocínio
Ágil em suas escritas digitais.

Neste dia importante de sua vida
Nosso abraço foi no áudio do telefone
Mas ele estava presente em nós, que muito o amamos.

E, em janeiro, tornou-se pai!
Chegou o menino Ângelo, que veio anjo
E que foi esperado com muita alegria
Pelo Fabrício e pela Luana
Uma mãe muito dedicada e habilidosa.

Então, nós os  estamos aplaudindo e dividindo com eles
A alegria de viver a vida.

Viver alegremente, lealmente, sempre!
Viver para amar e ser feliz
Quer lá, quer cá, ou aqui!

Parabéns, Fabrício, pelo seu aniversário!

Euclides Riquetti

A canção do amor verdadeiro

 







Sabe aquela canção nova, que de tanto que você a ouve, parece ser já bem antiga e você a canta no chuveiro?

Sabe aquela blusa que você considera manjada, mas que acaba sempre tirando do cabide, porque ela lhe deixa bem?

Sabe aquele caderno amarrotado, até gasto de tanto você pegar na mão, onde fez registros de sua vida?

Aquele onde um dia registrou seus sentimentos, transformou-os em poemas verdadeiros, mesmo sem a métrica convencional?

Sabe aquelas histórias que eu lhe conto, e que você finge que é a primeira vez que ouve, mas que já sabe de cor?

Sabe aquelas pedras das calçadas das ruas por onde você passa, e que já a conhecem muito bem, de tanto que você as pisou?

Sabe aquele sol que brilhou em muitas de suas manhãs e tardes, e que parece ser novo a cada dia?

Sabe aquele azul do céu, tão já conhecido seu, e que pode ser ainda mais bonito?

Sabe aquele vento que já roçou seu rosto tantas vezes, e que em cada uma delas parece ser mais doce e mais suave?

Sabe todos aqueles poemas que eu já lhe fiz, os milhares de versos, as rimas ricas e as rimas pobres, as estrofes boas e as bagunçadas?

Sabe aquela esperança, que mesmo nas horas mais difíceis, rebate na porta de seu quarto e a anima para dias melhores?

Sabe todos aqueles abraços e aqueles beijos entusiasmados que nós já tocamos?

         Pois tudo isso é muito perene, eterno, real, e precisa ir-se repetindo sempre, como uma grande manifestação de carinho e amor. Pois o verdadeiro amor é marcado por coisas simples, mas fundadas e verdadeiras, que se registram na nossa vida, no nosso dia a dia, nas calmarias e nas turbulências, nos defeitos e nas nossas virtudes, na nossa insistência de querermos ser felizes, pois bem que o merecemos.

Com muito carinho,

Euclides Riquetti

Ficarei te esperando

 


 



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Ficarei te esperando
Na beira do Mar
Pra te ver mergulhando
Pra te ver nadar...

Serei como a areia
A afagar os teus pés
Bela e  doce sereia
Doce e  bela mulher...

Nas águas do Arroio, sim
Quando vais te banhar
Vais te lembrar de mim
De mim vais te lembrar...

Nas tardes mais quentes
Nas manhãs mais frias
Pensarás como sempre
Na nossa alegria...

Pois estarei te esperando
Na beira do Mar
Num Arroio  nadando
Pra poder te abraçar...

Euclides Riquetti

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Sou apenas o verso...

 


 


 

 




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Imagino ser, na madrugada, a estrela da vastidão infinita
Ser apenas o verso tímido que teimas em não escrever
Ser uma folha de papel branco que espera pela tua escrita
Ser  a resposta à pergunta que fiz e não queres responder.

Imagino ser uma das árvores tristes da imensa floresta
Que apenas contempla o alegre passaredo em revoada
Que vai de galho em galho comemorar, em grande festa
Que se harmoniza em orquestra na manhã abençoada.

Imagino que bem que poderias me dar um breve aceno
Dizer-me: estou aqui, estou esperando-te com saudade
Dizer-me: espero sempre por ti e por tua doce amizade...

Imagino poder pegar em tuas mãos e dizer bem sereno:
Segura meu coração que eu também quero segurar o teu
Dá-me todo o teu amor, pois quero que seja somente meu!

Euclides Riquetti

Eu escolhi ser feliz! (E você?)

 


 



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Eu escolhi ser feliz, muito, faz tempo!
Fiz as escolhas certas, sim, e vivo bem
As coisas boas se colhe em cada momento
As coisas ruins se superam também.

Escolhi ser poeta por minha pura opção
Escrevo poemas em qualquer hora
Nem sequer dependo de ter inspiração
Pois isso é algo que vem e vai embora!

Escolhi viver todos os dias ensolarados
Deliciar-me com a as horas de calmaria
Procurar a felicidade mesmo nos nublados
Nos dias chuvosos, viver a harmonia!

Escolhi ser feliz e viver com paixão
Deixar os lamentos para quem aprouver
Viver a realidade, amar com o coração
Viver o hoje e o amanhã, o tempo que vier!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Esperando dezembro chegar

 




Esperando dezembro chegar

Logo, logo, as cantorias natalinas

Cantadas por almas pequeninas

Secundadas por outras femininas

E corações cheios de Fé

Porque agora assim ter que ser e é

Tempo de alegria e de comemorar.


O Natal já está por chegar

E isso se percebe no rosto infantil

No sorriso terno, faceiro e pueril

Na esperança jovial do juvenil

Porque se espera pelo Papai Noel

Santa Klaus que vem no carrossel

A alegria vem surfando pelo ar!


E um Novo Ano também chegará

Tempos de esperanças renovadas

Felicidade incontida, desenfreada

Tardes de sol, noites estreladas

Eu guiado por suas velas coloridas

Inspiração aguçada, paixão sentida

A que veio forte e assim ficará!


Euclides Riquetti

Madrugada de 27-11-2025

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Na primeira noite...

 



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Na primeira noite de inverno, sonhei
Sonhei que o dia era sol
Que a noite era luar
E que eu caminhava na beira do mar!

Na primeira noite de inverno, sonhei
E no meu sonho aparecia
Uma alma idealizada
Que num belíssimo corpo se alojava!

No primeiro dia de inverno veio o sol
E ele me aquecia...

Então a tarde se iluminou
E a noite me esperou
Como esperei por ti...
Mas não vieste!

E eu fiquei a me lamentar...
Só a me lembrar...
E a chorar
Por causa de ti!

Euclides Riquetti

Corações de areia

 


 


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Corações de areia se despedaçam
Com um simples sopro de vento
Mesmo quando destinos se traçam
E teimam em lutar contra o tempo...

Corações aflitos são fragilizados
Perdem toda a sua força e energia
Sofrem os tormentos desalmados
Perdem de ver o sol e sua alegria.

Os  seres que buscam na utopia
E no imaginário toda a solução
Afogam-se no mar da melancolia.

Pois há uma lógica a pautar a vida:
Seres precisam de amor com razão
E a vida só existe para ser vivida!

Euclides Riquetti

Os trovões que te acordam

 


 




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Trovões e relâmpagos povoam o céu
Que se prateia na madrugada noviça
E fazem cair pingos de chuva ao léu
Que molham as plantas e as hortaliças.

Espero que venhas para tomar o café
Aquele que aromatiza toda a casa
Que me dê afagos e me faça cafunés
Enquanto me seduzes e me embriagas!

Pois que os trovões que te acordam
Que te assustam porque explodem
Sejam apenas uns riscos que bordam
Estes panos celestiais que te cobrem.



Euclides Riquetti

terça-feira, 25 de novembro de 2025

Meu soneto saiu para encontrar o teu

 




Meu soneto saiu para encontrar o teu

Soltou-se de mim sem o teu endereço

E eu, que te devoto meu maior apreço

Nem sei se teu coração já o recebeu...


Mandei-o que fosse, com mil cuidados

E todas as recomendações necessárias

Não se iludir em tentações perdulárias

Cuidar bem de todos os teus predicados. 


Foram-se meus quatorze versos rimados

As quatro estrofes ricamente delineadas

As ideias, todas, muito bem articuladas.


Foi a paixão oculta e teu nome soletrado

Foi-se, meu soneto sem vocativo e aposto

Agora só quero que o receba com gosto!


Euclides Riquetti


Doce pecado de amar

 


 



Doce pecado
Da maçã vermelha
Da lingerie preta
Do beijo roubado

Doce pecado
Do sangue  quente
Dos lábios ardentes
Do desejo malvado

Doce pecado do corpo  molhado...
Da gula que teima
Do fogo que queima
Da incontrolável  paixão.

Doce pecado
Da mente mundana
Na alma insana
Do prazer desregrado, indecente, impensado...


Doce pecado que não tem dor
Doce pecado de sexo, com ou  sem  amor
Na noite sem cor...

Doce pecado que não quer perdão
Doce pecado da doida  ilusão
Que arde no peito...

Apenas um suave e delicioso pecado
Sem apego
Sem medo
Sem punição
Assim, desse jeito
Escrachado, largado
Mas apenas  pecado....

Doce e eterno pecado de sonhar
Pecado de gostar
Pecado de amar!

Pecado...

Euclides Riquetti

A primeira chuvinha daquele outono


 


 



A primeira chuva daquele outono chegou de mansinho

Refrescou o entardecer, amenizou o calor a abençoada

E, enquanto o poeta numa singular imaginação poetava

Nos arvoredos se acautelavam os canoros passarinhos.


As plantinhas se sentiram confortavelmente reanimadas 

As florinhas amarelas sonhavam em enfeitar seu cabelo 

A bela moça imaginava-se em vestido branco e grinalda

Há seu sonho de casar-se, ser feliz, por que não sê-lo? 


E, enquanto a chuva cai em harmonia com a natureza

Meus olhos procuram sua alma triste qual noite escura

E meu coração balança e nas estrelas raras a procura.


E eu, que tanto a quero, que a busco em franca sutileza

Escuto a canção que o vento vindo do sul aqui me traz

E, na esperança de a rever, me sinto seguro e em paz!


Euclides Riquetti

Orlindo Rech - o taxista que deixou história em Capinzal e Ouro - reprise...

 


 


       Orlindo Rech, que viria a completar 85 anos agora em fevereiro, faleceu domingo em Capinzal, de causas naturais. Casado com Dona Clorinda Perotôni desde 20 de maio de 1967, o originário de Linha Sagrado, Ouro,  e sua espoa era de sua vizinha comunidade de Pinheiro do Meio, 

       Seu Orlindo nasceu em Linha Sagrado, município de Ouro, comunidade que visitava todos os finais de semana e onde seu corpo será sepultado. Ele casou-se em 20 de maio de 1967 com a senhora Clorinda Perotoni com quem teve três filhos: Adélcio,  Alessandra e André. A família possui uma loja com oficina de reparação de rádios, televisores, instalação e som automotivo em outros serviços do ramo, na Rua Narciso Barison, centro de Capinzal, a Eletrônica Rech. 

       O casal veio morar na cidade depois de casados, indo trabalhar na Churrascaria do Chascove, Ludovino Baretta, cunhado deles. Trabalhava como churrasqueiro e a esposa nos outros afazeres do empreendimento. Meu irmão, Hiroito Vital Riquetti, o tio Piro, era adolescente e ajudava na alfaiataria do Chascove e na churrascaria, onde tinha a incumbência de acender o fogo pela manhã e ajudar a servir os clientes.  Quando faziam almoço ou jantar para casamentos, trabalhavam todos juntos.  Paralelamente, Orlindo dirigia uma das Kombis e o Opala 4 portas, vermelho, que pertenciam ao meu primo Chascove. Adiante, foi dirigir seu próprio táxi, em Capinzal, onde trabalhou por mais de 40 anos. 

       Ao final de 2019, quando fui participar de uma feira cultural promovida pelo Departamento de Cultura de Capinzal, na Praça Pedro Lélis da Rocha, onde se situa a estação e o terminal  rodoviário de Capinzal, conversei com ele. O seu ponto de táxi fica entre o prédio da Rodoviária e o terminal dos ônibus urbanos. Ali há algumas árvores, onde se destaca uma mangueira plantada pelo Orlindo há muitos anos. Eu precisava descarregar meus equipamentos e livros e ele me indicou um lugar para estacionar em que eu não teria problemas.

       Há pelo menos uns 5 anos eu comecei a pesquisar sobre bicicletas antigas, uma Monark Marathon, daquelas de fabricação na Suécia. Ele tinha uma ano 11957, toda original. Falou-me sobre ela, contou-me que uns larápios a furtaram, mas que fora encontrada algumas horas depois. O Adélcio, a Alessandra e o André me atenderam e o primeiro me mostrou o lugar onde a guardam, numa varanda atrás do sobrado deles, pendurada numa estrutura. Disse-lhes que é um bem que precisa ser mantido, que é um patrimônio histórico deles, uma verdadeira relíquia. Minha ´paixão por esse tipo de bicicleta veio em razão de que, nos primeiros anos da década de 1960, meu pai possuía uma similar, e foi furtada do porão de nossa casa, ali na Felip Schmidt, em Ouro, onde ainda temos nosso sobrado. 

       Há poucos anos, o gringo foi solicitado a fazer uma corrida com seu táxi. I passageiro o sequestrou e ele conseguiu libertar-se em General Carneiro, pouco antes de União da Vitória, sendo atendido por um jovem médico que trabalhou conosco no serviço de Saúde, em Ouro. Ouvi os relatos dele numa entrevista em rádio e a narrativa me comoveu. Olindo, além de um esposo exemplar e ótimo pai de família, era filho do  saudoso  João Rech Sobrinho, conhecido como Joanin garganta. A família Rech, até hoje, produz vinhos naquela comunidade. Seus sobrinhos Alceu e Josenei produzem a marca Monte Sagrado, que eu ajudei a criar. 

       A atenção que o Orlindo costumava dar às pessoas, não apenas aos usuários de seu táxi, mas de todos os que o conheciam, era algo sem parâmetros, o que se estende também aos seus colegas de ponto. 

       Seu corpo foi sepultado nesta segunda, 04 de janeiro, em Linha sagrado, comunidade da qual jamais se afastou, mesmo morando em Capinzal.

       A todos os seus familiares, parentesco e amigos, um afetuoso abraço meu e de meus familiares. Que encontrem conforto nas boas lembranças das histórias que ele lhes contava e no carinho que sempre lhes dedicou. 

Euclides Riquetti

05-01-2020

Madrugada

 







Madrugada... amanhecer...
Pensamento que vai e volta
Pela mesma estrada.

Vai livre e volta
Sem nenhuma escolta
Vai pela estrada bucólica
Uma estrada imaginária
Estrada apenas simbólica
Que não leva a nada.

Madrugada do sono perdido
Do sonho não esquecido
Das saudosas lembranças.

Pensamento em turbulência
Busca respostas
Busca suas suficiências
Para suprir a ausência
Da pessoa amada
Que se foi pela estrada torta.

De uma noite mal dormida
Madrugada como tantas
Apenas mais uma
A ser esquecida!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Homenageando, carinhosamente, Sérgio (Van Johnson) Riquetti - reedição

 


 


   


Sérgio com os filhos Sander e Serginho, a nora Denize e as duas netas, Beatriz e Ana Luíza. Foto Rádio Capinzal. 

       Faleceu no domingo,14 de março de 2021,  pouco antes do meio-dia, meu primo Sérgio Riquetti, que o saudoso Remi Mattos chamava, no final da década de 1977, de "Van Johson", em razão da semelhança física entre o empresário e o ator, locutor  e dançarino norte-americano Charles Van Dell Johnson, que nasceu em 25 de agosto de 1916, em New Port, Rhode Island, nos Estados Unidos, e faleceu em 12 de dezembro de 2008, com 92 anos, em Nova York. Sérgio Compeltou 81 anos dia 12 de janeiro. 

       Sérgio era filho dos saudosos Vitalle Richetti e Joana Dambrós, moradores da comunidade de Linha Bonita. Viúvo de Ofélia Ceigol, tiveram os filhos Sérgio (Serginho) e Sander. O primeiro, Serginho, é casado com Denize Costenaro e têm duas filhas. Sander mora em Curitiba. 

       O Sérgio perdeu o pai quando este tinha 42 anos. A Tia Joanina, como a chamávamos, ficou na propriedade da Linha Bonita, com o Ségio praticamente se respónsabilizando pelos cuidados aos irmãos: Ivone, Nilson, Helcio, Ovídio, Adiles, Vilson, Maria Enir (hoje freira), Élis e Nair. Ficaram nove crianças e a vida dura, no tentanto, foi encarada com coragem, sendo que todos eles acabaram bem sucedidos familiar ou profissionalmente. 

       Ainda jovem foi morar na cidade, onde aliou-se ao primo Ludovino Baretta, o Chascove, e mais tarde aos irmãos Hélcio, Ovídio e Adiles, tocando sua alfaiataria primeiro no Ouro e depois no centro de Capinzal. Adiante, iniciaram-se nos negócios de churrascaria, primeiro com a "Avenida", em Ouro, e depois com a famosa e tradicional Churrascaria Riquetti, primeiramente anexa ao Hotel Imperial e depois na XV de Novembro, onde está situada ainda hoje. 

       Palmeirense e vascaíno, já na década de 1960, saía de nossa cidade para São Paulo, de trem ou ônibus, para comprar tecidos em peças para a alfaiataria. Marcava suas viagens em datas que coincidissem com grandes jogos do Palmeiras, no estádio Palestra Itália e no Pacembu. Quando voltava, nos relatava sobre jogadores que conhecera, principalmente Djalma Santos, Dudu e Ademir da Guia, astros do clube à época. 

       Em 1977, quando voltei de União da Vitória para nossa região, morando em Zortéa, meu pai estava muito doente, com doença gravíssima no estômago e duodeno. Tratava-se em Florianópolis, ia e voltava de ônibus. O Sérgio ia na casa de meus pais. Lembro-me de que, uma vez, trouxe seu próprio pijama de cor bege para que o pai usasse. 

       Dias depois, eu estava conversando com meu "Velho Guerino!, e parecia que ele queria me dizer que a gente precisaria passar os bens para um terceiro, para evitar que, no futuro, se "acontecesse alguma coisa", nada precisasse passar pelo inventário. Perguntei-lhe quem seria a pessoa em que ele mais confiava e elee me disse: "O Tio Anildo Mázera ou o Sérgio Riquetti". Meu pai faleceu em 18 de junho do mesmo ano, 1977, e não fizemos nenhuma transferência de bens, pois queríamos poupá-lo do sofrimento...

       Quando voltei a morar em Ouro, no início de 1980, ele me indicou para lecionar Inglês no Cnec. Depois, sendo ele vice-Prefeito da cidade, que tinha Ivo Luiz Bazzo como Prefeito, em 1982, quando eu era Secretário Municipal e secretariei num mês em que assumiu interinamente o comando do Município. 

       Tivemos estreita parceria na Diretoria do Conselho Admininistrativo da Paróquia de São Paulo Apóstolo, durante a segunda metade da década de 1980 e na seguinte, quando fui primeiro Vice e depois Presidente do Conselho. Nas festas de nosso padroeiro, São Paulo Apóstolo, no mês de janeiro, era ele que comandava toda a equipe de vendas de bebidas num evento que começava na noite de sexta-feira e terminava ao anoitecer de domingo. 

       Nos eventos das Noites do Queijo e do Vinho, no Clube Esportivo Floresta, sempre ia com sua esposa Ofélia e os irmãos. Na última edição, já tendo perdido a esposa, esteve lá com uma neta.

       Há um ano, quando perdemos nosso tio Vitório Richetti, por ocasião da cerimônia de despedida, estando eu a auxiliar nos atos de despedida, olhando para todos os presentes declarei que, sendo o Sérgio o mais velho dos nossos primos, e não tendo mais nenhum tio, da nossa geração anterior, ele passaria a ser nosso ponto de referência. Ele consentiu calando-se, naquele momento de luto.

       Naqueles dias, eu havia almoçado na Churrascaria Riquetti e entregue os convites para o lançamento de meu livro "Crônicas dos antigos Rio Capinzal e Abelardo Luz-Ouro". Confirmou-me que ia, junto com seus irmãos, como fizera um ano antes, no lançamento de meu outro livro. 

       Como empresário empreendedor, deixa sua marca em vários empreendimentos na cidade, administrados pelo filho Serginho, que é Engenheiro. participava de todos os encontros da Família Riquetti/Richetti, no Paraná, Santa Catarina ou Rio Grande do Sul. Era um grande incentivador dos encontros. Há dois anos, em seu aniversário, solicitou aos convidados que lhes dessem como presentes roupas de cama e banho para que pudessem ser doadas ao Hospital Nossa Senhora das Dores, de Capinzal. 

       Há poucos dias, fomos surpreendidos pela notícia de que ele não estaria passando bem, que tivera desconfortos em sua saúde, que sua vida estava em risco. Neste domingo, deixa os familiares e os amigos para viver em outro plano de Deus. 

        Reitero, aqui, nosso carinho e amizade pelo Sérgio e os seus familiares. Deixamos nossas condolências a todos e um fraterno abraço. Que Deus lhe dê o merecido lugar no Paraíso. 


Euclides Riquetti e Família

14-03-2021

Obrigado por me amar

 



 



Obrigado por me amar, por dizer que me quer
Obrigado por me deixar feliz, ser um sonhador
Obrigado por dizer que também quer meu amor
Que estará comigo quando nossa velhice vier!

Obrigado por me escrever palavras sedutoras
Obrigado por olhar o céu nas noites estreladas
Obrigado por tornar as manhãs encantadoras
E fazer com que as tardes sejam abençoadas!

Obrigado por me amar, me desejar, me querer
Obrigado por tudo o que você ainda me fizer
Obrigado por me inspirar a criar e a escrever.

Agradeço a Deus pelo amor que você me deu
Agradeço por seus beijos e afagos  de mulher
Agradeço por eu ter você e eu poder ser seu!

Euclides Riquetti

Amo amar o mar

 






 Amo amar o mar

Olhar para a sua imensidão

Apreciar as gaivotas

Que flutuam no ar

E as senhoras charmosas

De cabelos agrisalhados

Lisos ou encaracolados

Com amor na alma e no coração

Amo amar o mar!


Olhar as pessoas que passam

Com todos os seus paramentos

Os voos das garças

Que pousam nos pedrões

E gente de todas as raças

De todos os padrões

Com quem eu  divido 

Um portentoso sorriso

Em ternos e eternos momentos!


Sim, amo amar o mar

Como você ama!


Euclides Riquetti

Num castelo azul

 





Imaginei-te num castelo azul
Onde bailam valsas e tangos
Onde dançam musas e anjos
No meu castelo branco e azul...

Imaginei-te num castelo com janelas brancas
Escadarias de mármore e de granito
Que nos levavam para o infinito
Além das paredes azuis e das janelas brancas...

Imaginei-te num castelo de telhados risonhos
Arquitetados para nos cobrir na noite e proteger das chuvas
Ladeados de vinhas da mais cândida das uvas
Cobertos prateados e altos, em nosso castelo de sonhos...

Imaginei-te com teu sorriso belo e franco
Com teu olhar de menina amedrontada
Com teu corpo de mulher desejada
Com quem me perco no lençol macio e branco...

Encontrei-te e me perdi em ti e no teu corpo formoso
Encontrei-te no sonho e acordei esperançoso
De te ver de novo!

Euclides Riquetti

Tempo de amar

 




Tempo de amar

Tempo de primavera, tempo de amar
Tempo de sentir, tempo de paixão
Tempo de viver, tempo de sonhar
Tempo de sorrir, chorar de emoção!

Primavera dos meus sonhos e dos sabores
Dos rostos risonhos, olhos brilhantes
Primavera do sol dourado e das flores
Das tardes encantadas e dos amantes!

Vida de alegria, da natureza cantante
Vida de harmonia e das belas cores
Vida muito feliz, crianças saltitantes
Vida para viver paixões e amores!

Tempo de amar o amor verdadeiro
Tempo de sonhar os sonhos da gente
Tempo de beijar teus lábios faceiros
Tempo de me perder perdidamente!

Euclides Riquetti

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