sábado, 18 de outubro de 2025

Meus medos e meus segredos

 





Meus medos e meus segredos

Tenho medo de meus muitos medos
Não de meus segredos...
Tenho lá minhas preocupações
Vivo, intensamente, todas as emoções
Pois pra viver nunca é cedo!

Há uma fragilidade emocional
Algo que até  parece banal...
Não sei se é por zelo desnecessário
Se é cuidado extraordinário
Mas só quero nosso bem, não o mal!

Conflitos, que fiquem longe de mim
Que toda a confusão tenha fim...
Prefiro o sol que doura ao céu cinza
E que nenhum raio me atinja
Que cresçam as flores no jardim!

Sou apenas um ser comum
No contexto complexo, apenas mais um
Que quer viver normalmente
Nem sei quão intensamente
Aqui, ali, e ou em lugar algum

Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

No Sábado Santo, pensei em ti!

 


 


 



No Sábado Santo, aleluia!

Dia de renasccimento, de alegria

De chocolate que causa euforia

De erva-mate na cuia!


No sábado outonal, ensolarado

Os sorriso nos rostos das crianças

As mais venturosas lembranças

Do tempo já passado!


Na véspera do Domingo Pascal

Carinho dado e amor recebido

Versos publicados e correspondidos

No mundo imaginário e no real!


Fim de tarde do Sábado Santo

Amanhã um novo dia natural

Otimismo e esperança colossal

Dos anjos os clarinetes, de ti o canto!


No Sábado Santo, pensei em ti!


Euclides Riquetti

Me perder em ti

 





Quero te beijar...

Me deliciar...
Quero te dar
Um beijo com gosto de chima...

Pode ser aquele roubado
Ou aquele duramente conquistado
Deliciosamente degustado
Com sabor de chima...

Um beijo depois de uma cuia de mate
Acompanhado de chocolate
Junto com o desejo que bate
No sorver de nosso chima...

Pode ser um beijo curtinho
Mas dado com todo o carinho
Levemente, de mansinho
Mas delicioso como o chima...

Quero mais do que um beijo de amigo
Quero um beijo caliente
Quero um corpo efervescente
Quero me perder contigo!

E dar-lhe um beijinho
Gostoso:
Com sabor de chima
E de Diamante Negro!

Euclides Riquetti

Um abraço eterno

 




Um abraço eterno


Um poema romântico extraordinário
Algo assim, com palavras escolhidas
Escrevê-lo e guardá-lo num sacrário
Palavras singelas por você ouvidas...

Versos perfeitos, muito bem rimados
Estrofes harmonicamente organizadas
Pensamentos nossos tanto combinados
Almas gêmeas há muito encontradas...

Tão valiosos versos quanto um afago
Um passar de mão num rosto moreno
Por você eu me perco e me embriago...

Um poema de amor, algo até fraterno
O seu olhar sutil e meu amor sereno
Um beijo ardente, um abraço eterno.

Euclides Riquetti

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Geração Jovem Guarda




Boas lembranças...reprisando!

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  Roberto Carlos, Vanderléa, Erasmo Carlos

  No início da década  de  60, o então jovem município de Capinzal, no Baixo Vale do Rio do Peixe, era composto também pelos territórios de seus distritos de Ouro, Dois Irmãos e Barra Fria. Em 1963, no dia 23 de janeiro, Ouro emancipou-se de Capinzal, abrangendo em seu território os outros dois distritos.  No mesmo ano, no dia 11 de novembro, concedeu emancipação aos mesmos, que se tornaram, respectivamente, Dois Irmãos e Lacerdópolis, sendo que o primeiro, adiante, passou a chamar-se Presidente Castelo Branco.

          Naquela metade da década, logo após esses acontecimentos políticos, surgia no Brasil  a Jovem Guarda, começando a aparecer  no cenário musical Roberto Carlos (o "Brasamora"),  Erasmo Carlos ( o "Tremendão") , Vanderléa ( a "Ternurinha"), Vanderley Cardoso (o "Bom Rapaz"),  Jerry Adriani (o "Coração de Cristal"), e Martinha, como principais expressões. Havia o Agnaldo  Rayol (o "Rei da Voz"), o Agnaldo Timóteo, que fazia sucesso com "Meu Grito", o Caetano Veloso, que adiante saiu-se bem com "Alegria, Alegria",  o Chico Buarque, com "A Banda", e o Ronie Von (o "Pequeno Príncipe"), com "A Praça". O Sérgio Reis, também da mesma geração, projetava-se com "Coração de Papel". Depois, virou cantor sertanejo. Havia outros, os preferidos pelos adultos, que nós, teenagers, chamávamos de "Velha Guarda".


         A Juventude e os teens curtiam muito as feras daquela hora, deixávamos os cabelos bem compridos, usávamos calças "boca-de-sino", uma camisas xadrez, de gola bem alta. As mulheres usavam "bomlon", arrumavam os cabelos à La Doris Day, e a charmosa Leila Diniz saiu para a praia grávida usando biquini, uma afronta aos costumes da época. Ah, leitor (a), tu deves ter sabido de todos esses acontecimentos, ou tomastes conhecimento deles algum dia. Foi uma época marcante de minha vida e da maioria de meus amigos.

          Pois bem, naquela época, o Colégio Mater Dolorum apresentava o seu novo e imponente prédio. Nós estudávamos lá, a sua quadra de esportes era um terrão com pedras, onde se jogava caçador e vôlei. Lembro bem que o colega Milvo Ceigol, irmão do Neivo, perdeu parte de seus dedos numa serra elétrica, na Marcenaria de seu tio Orestes Albino Fávero e, com os dedos cheios de mercúrio, gaze e esparadrapo, teimava em ser escalado para jogar vôlei. Depois, havia uma mesa de pingue-pongue, onde estrelavam a Vênus Siviero, a Marlene de Lima, a Ana Shiley Bragatto (agora Fávero, que quando perdia uma jogada esboçaba um sorrisinho delicado e afastava-se suavemente da mesa). Havia uma interna, a Rita, que era muito bonita, e que o pai a visitava de vez em quando, com um jipão. Os alunos de primário usavam calça de cor cáqui e camisa azul, as meninas saia e blusa dessas cores.  As alunas do Normal usavam saias bordô e camisas marfim. No Padre Anchieta, estudavam somente rapazes, camisa branca e calça azul. E a onda, na época, erta ouvier "iê, iê, iê". No ginasial, os rapazes no Anchieta e da garotas no Mater. É, não podia misturar menino com menina. E, no primário, quando alguém fazia bagunça, a primeira pena era ser colocado a sentar-se ao lado de uma menina.(Que humilhação, que vergonha...). E, os casos mais graves, eram levados para terem seu nome registrado no "Livro Negro" (Que medo!...). E diziam que os mais "fortes e disciplinados", iriam assinar o "Livro de Ouro". Nunca vi nem um nem outro, mas acho que existiam, não sei se sob as chaves da Irmã Marinela, da Irmã Fermina, da Irmã Terezinha. Esta, diziam que iriam dirigir a caçamba Ford, amarela, comprada para o transporte do material da construção do novo prédio. Mas o motorista acabou sendo, mesmo, o Lóide Viecelli.



          Enfim, nós, que vivemos e nos encantamos com nossos ídolos da época, também fizemos parte da história de nossas escolas, de nossas cidades. E, agora, espalhados pelo Brasil, vemos a geração que nos sucedeu buscando espaços também em outros países. Cada um vai fazer sua história onde acha que deve fazer. O mundo mudou mais do que podíamos imaginar. Mas as tecnologias permitem que nos aproximemos.

          É impossível esquecer de uma época tão boa de minha vida. E, certamente, também tua, leitor (a)!

Euclides Riquetti
15-06-2012

Ao cair da tarde

 


 




Ao cair da tarde, nuvens cinzentas vicejam

Ainda restam cantos de alguns passarinhos

Na capela, as pessoas rezam 

Pedem proteção para os seus anjinhos...


Ao cair da tarde, sintam

Que o tempo está passando para todos nós

Que os anos os movimentos limitam

E muitos viventes já restaram sós...


Ao cair da tarde, lembrem de tudo que o já vivemos

Quantas coisas bonitas nos aconteceram

Algumas frustrações que já tivemos

Mas os melhores momentos prevaleceram...


Ao cair da tarde, antes que a noite chegue escura

Façam uma oração em agradecimento

Beijem as mãos que as amparam e seguram

Tão forte como é vasto o nosso firmamento!


Ao cair da tarde...


Euclides Riquetti


www.blogdoriquetti.blogspot.com


Me perder em ti

 




Quero te beijar...

Me deliciar...
Quero te dar
Um beijo com gosto de chima...

Pode ser aquele roubado
Ou aquele duramente conquistado
Deliciosamente degustado
Com sabor de chima...

Um beijo depois de uma cuia de mate
Acompanhado de chocolate
Junto com o desejo que bate
No sorver de nosso chima...

Pode ser um beijo curtinho
Mas dado com todo o carinho
Levemente, de mansinho
Mas delicioso como o chima...

Quero mais do que um beijo de amigo
Quero um beijo caliente
Quero um corpo efervescente
Quero me perder contigo!

E dar-lhe um beijinho
Gostoso:
Com sabor de chima
E de Diamante Negro!

Euclides Riquetti

Nuvens cinzentas vicejam

 


 




Ao cair da tarde, nuvens cinzentas vicejam

Ainda restam cantos de alguns passarinhos

Na capela, as pessoas rezam 

Pedem proteção para os seus anjinhos...


Ao cair da tarde, sintam

Que o tempo está passando para todos nós

Que os anos os movimentos limitam

E muitos viventes já restaram sós...


Ao cair da tarde, lembrem de tudo que o já vivemos

Quantas coisas bonitas nos aconteceram

Algumas frustrações que já tivemos

Mas os melhores momentos prevaleceram...


Ao cair da tarde, antes que a noite chegue escura

Façam uma oração em agradecimento

Beijem as mãos que as amparam e seguram

Tão forte como é vasto o nosso firmamento!


Ao cair da tarde...


Euclides Riquetti

O céu recebeu quatro anjos

 




Nosso céu recebeu quatro anjos

São novas estrelinhas a cintilar

Saudados por cantores arcanjos

Crianças que ganharam novo lar...


Os anjos foram morar no céu

Para os pais muita dor e  tristeza

Aqui pequenos envoltos em véus

Para ali se tornarem realeza...


Anjinhos que perderam a vida

Que ceifada pela mão assassina

Nem sequer fora ainda vivida

Três meninos e uma anja menina.


Que Deus reconforte seus pais

E abençoe os avós e amiguinhos

Que o amor não pereça jamais

E Deus proteja todos os anjinhos.


Aos pequenos as minhas orações

Aos pais o meu amor e carinho

Saudados por coros de canções

Guarde Deus os anjos pequeninos.


Euclides Riquetti

07-04-2023

Deixe-me embalar seus sonhos

 






Deixe-me embalar seus sonhos e seu sono
Como se eu fosse uma canção de ninar
Da planta alvissareira quero ser o pomo
Que adoça seus lábios com o meu beijar...

Deixe-me cativar seu sorriso brilhante
Que tanto me seduz  e me faz contente
Maroto, ousado, muito lindo e cativante
Que adorna seu rosto de adolescente...

Deixe-me compor-lhe apenas um soneto
Simples como as canções que você canta
E no seu ninho ser ao menos um graveto...

E, depois, colha de mim o que lhe agrade
Pegue pra você o que mais lhe encanta
Me pegue, me tenha, me queira, me abrace!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Jogo de sedução

 





Não quero que me vejas como um fútil galanteador
Nem  quero despertar em ti uma faísca de paixão
Quero apenas que sinta em mim um poeta sonhador
Não como alguém vulgar que faz o jogo da sedução...

Não imagino que possamos dar luz a uma realidade
Apenas que possamos surfar nas ondas de uma ilusão
Em cada verso far-te-ei  uma jura de lealdade
Em cada um de meus poemas um recado ao teu coração...

Quero, sim, que penses em mim, como quero pensar em ti
Quero, sim, que tu me queiras, como eu quero te querer
Quero, sim,  que escrevas na noite, como quero escrever aqui...

Quero, sim, te seduzir, com palavras de amor e paixão
Quero, sim, que tu te percas, como quero me perder
Quero, sim, que guardes pra mim, a tua alma e teu coração...

Euclides Riquetti

Quando o vento soprar de leve...

 


 





Quando o vento frio soprar de leve
Balançando as cortinas suavemente
E a doce melodia chegar de repente
Para acariciar-te num sopro breve...

Quando o vento da manhã chegar
E acariciar teu rosto com a doçura
Acalmando tua alma branca e pura
Vais, certamente de mim lembrar.

Quando ouvires o triste lamento
Que o vento carrega de mim pra ti
Talvez perceba um ressentimento
Que não há como eliminar de mim...

Então nosso tempo já terá ido embora
E saberemos o que a vida nos toma
Ela que nos dá a subtração e a soma
Ele que se vai e nos deixa por hora.

Bem assim...

Euclides Riquetti

Gabriela Weber - Uma História de Amor! - crônica de saudades

 


 





                                      Relembrando...

 

          A Gabriela Weber era uma jovem muito bonita. Estudiosa.  Inquieta. Trabalhadeira. Caprichosa. Preocupada com o futuro. Responsabilíssima. Carinhosa. Generosa. Adorada pela família, pelo namorado, pelos amigos. Sonhadora, tinha os mesmos sonhos da maioria dos jovens de sua idade:  Queria ser feliz!

          Na manhã de 13 de outubro de 2011,   saí de casa muito cedo para ir ao meu trabalho em Ouro. Passei, de carro, pela Escola do Bairro Nossa Senhora de Lourdes, fui em direção à BR 282. Também Passei diante de uma sequência de casas ao lado esquerdo da Avenida Santa Luzia, e de prédios ao lado direito. Eram poucos minutos antes das 6,30. De uma dessas casas, também, saiu com sua motocicleta a jovem Gabriela...

         Gabriela tinha 18 anos, era terceiranista do Colégio Certi, aqui de Joaçaba. Trabalhava numa gráfica aqui na parte alta da cidade, 1 Km distante da sua casa.  No dia anterior, Dia da Criança, Dia de Nossa Senhora Aparecida,  recebeu um telefonema: Era para ir mais cedo do que o horário de costume para o trabalho, na manhã seguinte,  pois com a proximidade do final do ano havia muito serviço a darem conta. Acordou muito cedo naquele dia pós-feriado, plena Primavera. Os dias já costumavam clarear mais cedo, as pessoas eram acordadas pelos cantos dos passarinhos. Próximo à casa de Gabriela, muitos deles  nas árvores. Flores nas floreiras e nos jardins das casas. O vento, no entanto, sacudindo os eucliptos, as plantas pequenas, as árvores altas. O céu, naquela manhã, teimava em não clarear. Nuvens escuras o  cobriam, havia perspectiva de tempestade, de turbulência.

          Dona Rosa da Silva, a mãe da Gabi, não queria que ela saísse de casa, pois  o tempo estava ameaçador, perigoso. Mas o senso  de responsabilidade da jovem era muito grande. Tinha os sonhos a realizar, precisava ser assídua no trabalho, na escola. Nunca deixara de cumprir seus compromissos e não seria naquele dia que iria falhar.

          Gabriela logo ia casar. Amava e era muito amada pelo namorado, o Jair da Silva. Queria estudar Pedagogia, ser professora, adorava crianças. Não gostava de ver criança chorando, aquilo lhe partia o coração. Tinha a vocação para o magistério, para a maternidade. Gostava de crianças, gostava de animais. Tinha seus gatos  de estimação, não admitia que fossem maltratados. Duas semanas antes,  o casalzinho havia sido  padrinho de um casamento. O sonho deles era o do casamento também.

          Gabriela gostava de jogar  futebol e vôlei, de ir à praia. Viajar a encantava, principalmente quando o destino era estar nas areias das praias, nas águas  do mar. Tinha planos, muitos planos. Trocar a motocicleta por um carro para se sentir mais segura era um deles.

          Fazia amizades com facilidade, tinha amigos jovens, crianças, pessoas de todas as idades. Adorava festas sertanejas, que frequentava sempre que possível. Mas também gostava de estar em casa, junto com a família, escutado música ou vendo filmes na TV. A menina que gostava da cor pink e que tinha sonhos rosados e gostava da música "Sem ar", de D´Black (uma belíssima canção),  também gostava do Grupo Roupa Nova, de Jorge e Matheus, Fernando e Sorocaba, e Paula Fernandes.

          Mas naquela manhã em que saiu antes do horário de  costume para o trabalho, a moça bonita,  de pele macia, olhos brilhosos e cabelos castanhos,  não imaginava o que estava a esperá-la: No trajeto para o trabalho, na Rua 12 de Outubro, paralela à BR 282, os fortes ventos partiram o tronco de uma árvore. Fatalmente, Gabriela Weber ia passando pelo local com sua moto. Atingida na cabeça, teve morte instantânea. Chamada, sua mãe, a Dona Rosa, foi a terceira pessoa a chegar ao local. Foi levada ao Hospital Universitário Santa Terezinha pelos Bombeiros Socorristas, mas lá já chegou sem vida.

          A voz silenciou, o sorriso se apagou, seu rosto serenou... Gabriela partiu deixando uma legião de amigos e os familiares: Rosa e Osmar, seus pais; Carla Cristina, Daiane, Viviane e Douglas, seus irmãos; Vany, a cunhada, e os sobrihos. E Jair, o namorado, com quem pretendia realizar o sonho maior: O de viver, para sempre, sua História de Amor.

          Dos muitos recados que lhe passaram pelas  redes sociais, escolhi o postado por sua colega  Bonnie, que sintetiza o que seus amigos pensavam dela:

"Gabi, eu gostaria de dizer que você era uma pessoa maravilhosa e que nunca irei te esquecer. Foi um imenso prazer ter te conhecido, nunca me esquecerei de nosso tempo juntas na escola, de como você era simpática e bonita. Nunca achei que isso iria acabar um dia, sempre achei que você teria um grande futuro... Adeus, Gabi, em sinto muito... sem palavras... ( de sua amiga Bonnie)".

          Por dois anos eu  passava diante daquela casa e via a figura solitária de uma senhora que olhava para a rua, para o céu, imóvel sentada numa cadeira da varanda. Ficava imaginando o que aquela família deveria estar passando. E, quando lia notícias de  mães que perderam seus filhos, me comovia. Há uns meses subi a escada e fui conversar com aquela mulher simples e  de aspecto tão triste. Apresentei-me, ouvi sua história, a  da  filha Carla Cristina, e pedi-lhes licença para escrever esta crônica sobre a Gabi. A Gabi, como tantos outros jovens que perderam a vida, não foi  uma simples folha em branco. Teve seus sonhos, sua História. Amou e foi amada.  Não partiu por vontade própria, mas a fatalidade a afastou de seus entes queridos.

          Tenho em mim a lógica de que os filhos é que devem enterrar os pais. Infelizmente, como a Dona Rosa, muitas outras mães tiveram que passar por isso.

          Que Deus tenha para a Gabriela um belíssimo lugar no paraíso. Que possa, com sua bondade e sorriso, ser luz para os que aqui ficaram e que sentem muita dor pela sua perda.

           Esteja bem, tenha a certeza de que seus familiares e amigos muito a amaram também, Gabi!

Euclides Riquetti

Quando o vento soprar de leve...

 

 





Quando o vento frio soprar de leve
Balançando as cortinas suavemente
E a doce melodia chegar de repente
Para acariciar-te num sopro breve...

Quando o vento da manhã chegar
E acariciar teu rosto com a doçura
Acalmando tua alma branca e pura
Vais, certamente de mim lembrar.

Quando ouvires o triste lamento
Que o vento carrega de mim pra ti
Talvez perceba um ressentimento
Que não há como eliminar de mim...

Então nosso tempo já terá ido embora
E saberemos o que a vida nos toma
Ela que nos dá a subtração e a soma
Ele que se vai e nos deixa por hora.

Bem assim...

Euclides Riquetti

Ouro do sol e dos trigais ...

 

 


 

     



          Ouro do sol e dos trigais/Ouro dos nossos laranjais... Os dois versos que iniciam o Hino do Município de Ouro bem refletem o que ele sempre representou em termos de cultura,  força de trabalho e grande celeiro agropecuário do Vale do Rio do Peixe, onde se localiza,  em território catarinense.
          Já no início do Século XX, começou a receber corajosas famílias de descendentes de italianos que vinham  da Serra Gaúcha, grande parte deles de Caxias do Sul e Farroupilha, e foi-se constituindo num lugar próspero que muito os atraía, em razão das características topográficas  semelhantes  às de seus lugares de origem, tanto na Itália como no Rio Grande do Sul.  Era uma paisagem que lhes trazia sempre as mais  saudosas lembranças.
          A vila que originou a cidade foi fundada em 20 de outubro de 1906, mas a ocupação das terras deu-se ainda antes, existindo aqui muitas famílias de caboclos, que eram chamados de “brasileiros”, sendo que alguns deles chegaram a possuir grandes áreas de cultivo. Depois  vieram os colonos, que desbravaram seu território montanhoso.
          Hoje, a cidade com pouco mais de sete mil habitantes e que está comemorando seus 62  anos,  tem sua economia assentada na produção de frangos, suínos,  bovinos, milho, leite e erva-mate. Pequenas manufaturas e agroindústrias, em sistemas associativos, tornaram Ouro a Capital Catarinense do Associativismo. O Turismo é uma atividade  com crescente importância no contexto local. Um balneário com águas termais e a belíssima e verdejante paisagem rural são fortes atrativos.
          Com bons índices em Educação e Saúde, sua população é alegre e acolhedora, uma  gente que trabalha com afinco e que busca sempre o melhor. A religiosidade, com predominância católica, é representada pela  Padroeira, Nossa Senhora dos Navegantes..

Ouro comemorando seus 60  anos neste 07 de abril de 2023 - também Dia Mundial da Saúde. Que Nossa Senhora dos Navegantes nos proteja e derrame suas bênçãos sobre todos os seus filhos. 

          Vale a pena conhecer Ouro, uma cidade que tem grande importância no contexto histórico, social e econômico do Meio-Oeste Catarinense. 

Euclides Riquetti - Prefeito em Ouro de 1989 a 1992. 

Há uma loba voraz dentro de ti!

 


 


 


Há uma loba voraz dentro de ti

Capaz de atacar e de ferir...
Há uma alma oprimida e  assustada
Esperando a hora de ser libertada
Para buscar o teu "Ser Feliz":
Sim, há uma loba faminta dentro de ti!

Garras e  dentes afiados
Um coração que não quer ser domesticado
Mas que procura a desejada  liberdade:
O direito de ter o amor puro e verdadeiro
E de sentir a merecida felicidade
Em todos os dias ...  e no ano  inteiro.

Solta um uivo forte e assustador
E liberta-te do mundo opressor!
Exercita até mesmo a tua vaidade
Distribui sorrisos, abraços,  beldade!

Faze valer a tua capacidade infinita
De ser mulher poderosa e loba  bonita
De amar, de querer e de ser desejada!

Solta teu uivo, corajosa mulher
Há uma  loba voraz dentro de ti
Pois só  queres amar e também ser amada!

Euclides Riquetti

Desolação - o universo da alma...

 


 






Penam-se as almas, dilaceram-se corações aflitos
Corroem-se os sentimentos, mutilam-se paixões
Constroem-se seres inquietos, ensejam-se conflitos
Tropeça-se nas pedras bandidas das tensas desilusões.

Edificam-se muros frágeis com a  solidez das verdades
Encurtam-se os caminhos, alongam-se as trajetórias
Derrubam-se barreiras, despem-se as frívolas vaidades
Descobre-se que há lutas renhidas, perdidas e inglórias.

O universo é, por si mesmo,  algo não dimensionável
Sujeito a tempestades, intempéries e turbulências
O universo é uma imensidão desconhecida e formidável.

O universo da alma se constitui em algo dócil e  sensível
Sujeito a decepções, inconstâncias e incoerências
O universo  humano comporta a face do incompreensível.

Euclides Riquetti

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Homenagem ao Professor

 

 


 



Defende, com toda a honra,  a profissão que escolheste

Orgulha-te de pode ajudar a melhorar tantas vidas

E, mesmo que não te valorizem, lembra-te que venceste

Que superaste obstáculos, que virtudes foram colhidas.

Plantaste sementes boas, ajudaste a quebrar os espinhos

Permitiste colherem flores, a saborearem os frutos

E os ensinamentos deixados ao lado do longo caminho

Dar-te-ão toda a certeza de ter formado homens astutos.


O valor de teu digno trabalho, nem todos reconhecerão

Mas ajudaste a formar mestres, quantas senhoras e senhores

E se no mundo há progresso, é porque houve  tua mão

Houve a luz que tu acendeste, na mente de tantos doutores.


Relembra com muita alegria de quantas almas conduzistes

Anima-te pelo dever cumprido, por todos os bons exemplos

Que Deus te abençoe e guarde, nos momentos mais tristes

E que te abra todas as portas dos palácios e dos templos.


Aceita esta homenagem sincera deste que é um teu igual

Tenha saúde e colha o êxito em todos os teus  projetos

E que a nobreza de teu caráter torne-se ampla e  universal

Conta sempre com meu incentivo, meu carinho e meu afeto!



Euclides Riquetti

Nem eu mesmo sei!

 

 


 



Nem eu mesmo sei por que tanto fazer

E o que me leva a escrever-te tanto

A compor-te poemas meus de acalanto

Expor-te as intimidades de meu ser!


Há, sim, há algo que me impulsiona

Me impele a dedilhar o meu teclado

E digitar poemas pra o teu agrado

Que possam deleitar tantas personas!


Seduzo-me em inexplicáveis escritos

Mergulho em prateadas constelações

Crio as mais inusitadas situações 

Verbalizo as glórias e os conflitos!


Que se dissipem as nuvens escurecidas

Que se perpetue a luz deste lampião

Que afagues meu rosto com tuas mãos

Que se acalme minha alma enegrecida!


Euclides Riquetti