sábado, 6 de setembro de 2025

De girassóis, canelas e cinamomos

Eu amo as plantas de meu verde vale Os girassóis, canelas e cinamomos O alaranjado aroma das pitangas O vento calmo em seu lufar. Eu amo as águas de meus rios e de minhas sangas Que vagam entre as pedras rumo ao mar... Nos galhos enramados os pássaros cantam E borboletas misturam-se às flores coloridas As crianças sorriem seus sorrisos brandos E as mães as abraçam ternamente. E elas, com seus rostos inocentes, como anjos Entregam-se aos afagos docemente. Aqui há uma natureza imensa que nos olha e chama E nos oferece a vida plena e natural E, mesmo que tu chores e reclames Dá-te um mundo de beleza sem igual... Acredito que é o normal da condição humana O bem vencer a luta contra o mal. Euclides Riquetti

Escute minha canção

Escute, calmamente, esta minha nova canção Abrace-a, com carinho, retenha-a sutilmente Saiba que eu a fiz com a alma e meu coração Buscando chegar até você, calar em sua mente. Entenda meus propósitos de dar-lhe felicidade Animando-a em seus momentos de desolação Plantando em você a semente fértil da lealdade Sensualidade a acender as fogueiras da paixão Elegância que a torna desejavelmente atraente. Sedução da pele clara que me encanta e atrai Preocupação com o futuro, medo de surpresas Seiva que me abastece com a energia renovada Retidão diante das inconstâncias e dos sinais Amor pra dar, pra receber, índole abençoada Desejo do corpo que provoca e das sutilezas! Escute cada nota, cada palavra escrita e cantada Procure entender a mensagem que quero passar Há um mundo desafiador, há uma nova estrada Há o caminho que a conduz para um despertar... Escute, preste toda atenção em tudo o que digo E encontre a luz para resolver seus problemas Siga adiante, busque apoio, venha a meu abrigo Inspire-me a continuar escrevendo meus poemas. Volva seus olhos brilhantes para o céu tão bonito Cuide da imensidão cingida por nuvens brancas Procure encontrar nas estrelas a sua significação. Veja, há a beleza do azul na vastidão do infinito Onde encontro seu olhar que encaro com emoção E, no céu, astros que se escondem na distância. Euclides Riquetti

FICA PROIBIDO AMAR... sem reciprocidade!

Fica proibido amar Sem reciprocidade Fica proibido sonhar Sem a cumplicidade! Faço isso por decreto Tudo em nome do amor Seja exposto ou secreto Amar-te-ei com fervor. Amarmos por amar Isso já está decretado Editei só por editar E já está publicado. Um decreto adoidado Folha colada em mural Devidamente elaborado Com redação magistral! Fica por mim decretado: No território nacional O amor está aprovado É um remédio universal! Euclides Riquetti

TODOS OS MARES DO MUNDO

Todos os mares do mundo Todos os mares do mundo são seus Desde os calmos aos mais bravios Os que nascem nas geleiras e são frios Todos os seus mares buscam os meus! O mais perto de você, o mar Atlântico Um oceano de águas e das paixões De areias claras, de nítidas sensações Que animam o poeta no tom romântico. Os mares que povoam as madrugadas Que ocupam seu pensamento jovial São todos seus no seu espaço natural. Então, sempre que estiver acordada Fortaleça-se em mim, leia as estrelas Que na noite escura você pode vê-las! Euclides Riquetti

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Cadê o sol?

Cadê o sol? Será que ele se escondeu atrás daquelas nuvens espessas Cinzentas e travessas? Cadê o sol Que me quis abandonar Aqui nas areias do mar? Cadê o sol? Pra onde será que ele fugiu Quando contigo me viu Sorridente a andar Pela orla do mar? Será que ele saiu em protesto Com medo dos reclamantes Que fizeram seu manifesto Por causa das águas vazantes Que trouxeram desconforto Pra que ia para o aeroporto? Cadê o sol Que sumiu bem na hora Em que a maré mareou Que, de fato, te assustou E te fez ir embora? Euclides Riquetti

Cumplicidade

Cumplicidade Há uma cumplicidade entre nós dois Uma palavra que rima com felicidade Há uma pequena distância que não conta Porque depois, depois da saudade Vem sempre o reencontro, o amor de verdade Euclides Riquetti

Uma oração para você

Uma oração para você Quando o céu parecer mais azul, atrás dos montes, E as tímidas árvores receberem os primeiros raios de sol, E as flores fizerem a vida mais colorida, E até mais azuis ficarem as águas das fontes... Então estarei pensando em você, menina! Quando quente o tempo estiver em dezembro, E eu estiver um pouco mais velho do que agora, E minhas noites ficarem tristes sem seu calor, Mesmo que eu não saiba onde você esteja vivendo, Eu estarei pensando em você, querida! Mas o tempo não para e chegará o outono! As folhas, já pálidas como eu, cairão sobre a terra, Virá o vento e nuvens escuras cobrirão o céu, A chuva fria molhará o meu rosto sofrido... Mas estarei pensando em você, meu bem! E quando o inverno chegar novamente, E eu andar pelas ruas ao encontro do nada, E como hoje o vento soprar fortemente, Pensarei em você sem rancor, com saudades... Pois quem errou fui eu, meu amor! Euclides Riquetti Composto no inverno de 1973 e publicado no livros "Prismas - volume IV, da Coleção Vale do Iguaçu", em União da Vitória - PR - em 1976, (com ilustração).

Loba mulher

Loba mulher dos sonhos cor-de-rosa Loba mulher dos pensamentos que anuem Dos lábios que me retribuem Dos pecados que os meus diluem. Loba mulher dos cabelos molhados Desalinhados Perfumados... Loba mulher de cabelos e olhos encastanhados Delicados Encantados... Loba mulher Dos sonhos e encantos Que provocam meus prantos (Prantos nada santos...) Loba mulher fervilhosa Deliciosa Dos sonhos azuis, dos sonhos cor-de-rosa: Loba mulher! Euclides Riquetti

Pisei nas areias

Pisei, de novo, nas areias De Canasvieiras Andei por meio de argentinos Uruguaios, chilenos andinos Brasileiros Todos muito faceiros Esbanjando a alegria Do nosso pós-pandemia! Águas calmas que me acalmam Lembranças envernizadas Lembranças já eternizadas Outras fracas, opacas Gente bonita, elegante Já vi isso muitas vezes antes! Mar é sempre mar... Mar da imensidão das mágoas Da largueza de suas águas... E, nas areias que eu pisei As marcas de meus pés Enquanto as negras galés Ali flutuam E meus versos pra ti Se perpetuam! Euclides Riquetti

Uma palavra que nos definisse

Eu queria encontrar... Uma palavra que nos definisse Toda essa nossa criancice Esse nosso jeito adolescente De estar, já na maturidade Mas com jeito de puberdade Vivendo o amor intensamente! Ah, apenas o jeito do ser humano Pouco sacro, muito profano Coisa de dar susto em Deus Ah, nem eu mesmo acredito Assim como o céu é infinito Que tenho o carinho teu! Então, com meu jeito acanhado Vou, com todo o cuidado Escolhendo a forma adequada De te compor este poema Superando o conflito e o dilema De minha alma bagunçada. Euclides Riquetti

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Dona da noite prateada

Dona da noite prateada Enluarada Dona da noite imaginada Acalentada Dona das noites e dos dias Dona das noites e de minhas poesias Dos dias encalorados e das noites frias Dona de todas as noites Minhas e tuas Nuas... Dona das manhãs claras Das nuvens raras E das lembranças caras... Dona das notas das canções Dos abandonados e dos encontrados Dos sussurros amordaçados Dos perdidos ... e de nossas perdições... Dona... Apenas dona| Dona, assim Dona de mim Dona do meu livre verso Dona do universo Sem fim... Dona de mim! Euclides Riquetti

O Levante do Luar Dourado

O levante do Luar Dourado Levanta-se, no fim da tarde, no eldorado O luar dourado que resplandece E, ao levitar sobre o mar, extensamente ondulado De um prateado fulguroso se reveste Para abençoar o horizonte santificado. Levanta-se, com a cor do ouro casto e polido O luar fogoso a redesenhar o agreste E, ao escalar as nuvens, no acorde sustenido Energiza os coqueirais perfilados do Nordeste No quadro fantástico pela natureza esculpido. E os sonhos dos amantes e dos enamorados Juntam-se no vagar das ondas da imaginação Enquanto os ideais já quistos e projetados Juntam-se no eternizar do poema e da canção No concerto dos ventos gentis ali soprados. Euclides Riquetti

Anda

Anda, na chuva Anda, na chuva Caminha, na curva Anda, no dia desensolarado Cinzento, nublado Mas anda na chuva! Deixa que a água fresca encantarada Molhe tua alma esbranquiçada. Deixa que teu pensamento navegue, solto Sobre um mar confuso e revolto Mas anda na chuva! Anda, na chuva da tarde, da noite, da madrugada Caminha na manhã, esperançada. Abre tua alma (alva) jazida em incertezas Pensa em mim, pensa com leveza. Pensa em mim, na curva, na chuva. Mas pensa em mim! Euclides Riquetti

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Como palavras sem verso

 


 


 



Sou como palavras sem verso, canção sem melodia

Sou verso sem estrofe, sou estrofe sem um poema

Este é meu dilema, meu infortúnio, meu problema

Sou ser perdido no tempo, sou refém da nostalgia...


Sou caminheiro sem rumo, minha estrada eu procuro

Sou andarilho da estrada, tenho uma luz a me guiar

Por isso eu não me perco, vou seguindo rumo ao mar

Sou apenas o poeta que acende tuas luzes no escuro!


Receba meu carinho, guarde o meu abraço afetuoso

Registre em seu caderno estes meus versos escritos

Guarde-o bem em sua estante, deixe em lugar vistoso

Leia-os ao sentir saudades com seus olhos bonitos!


Euclides Riquetti

História de dois principezinhos e uma princesinha para gente grande





          A princesinha pegou um caderno e um lapisinho, rabiscou algo e passou para o principezinho. O príncipe Luís César estava a catar raízes. Uma raiz de uma planta boa para fazer chás. O Xá do Reino deles era um chato de galochas.  Depois foi tomar um cafezinho no bar do chinesinho, que era seu vizinho. A mulher do chinês fazia limpeza no bar da empresa do marido. A altivez da mulher do chinês era de dar inveja.


          Luís César tinha um primo, Luiz Adriano,  que lhe dava atenção máxima, extrema. A compreensão deste  para com as defecções daquele eram de verdade. O maior defeito dele era não gostar muito de estudar, pois havia muitas matérias chatas. Ambos haveriam de encontrar um meio de gostar delas.  Até que uma xícara de café cairia bem. Daria um pouco de ânimo a eles.


          Os primos planejavam fazer uma viagem. Estavam enrolando-se, então alguém disse: "Viajem logo, pois é  inverno e haverá neve na montanha. Haverá problemas para escalarem as árvores. E, ainda, vocês sabem, terão dificuldade em encontrarem um guia montês por lá se estiver frio".


          Ajeitaram suas mochilas e partiram. Antes, despediram-se da princesa. Sua Alteza era uma bela de uma moça. Uma moça bem moçoila. Cochichavam: "os guardas do palácio tinham cara de chuchu"! As mulheres iam tomar banho de cachoeira e deixavam partes do corpo à mostra", e outros cochichos. Luiz deu a Luís uma amostra do que iriam ver na montanha: tinha uma foto de um urso marrom perseguindo uma hiena. Será que seria perigoso o lugar, além de terem que enfrentar um frio rigoroso?


          No dia aprazado, foram. Deveriam executar o seu plano, sem exceções. Fazer com que seu projeto fosse exitoso de qualquer jeito. Encontraram um velho caçador que morava numa choupana e que fora assessor de um parlamentar cassado, daí ter requerido aposentadoria e se dedicado a guiar pessoas nas montanhas. Os animais que fossem caçados não deveriam ser abatidos. Na verdade, deveriam apenas serem capturados. Uma captura bem diferente das que costumamos ver nos filmes.


         Nas montanhas,  encontraram alguns montanheses trabalhando na lavoura: usavam enxadas para  carpir, foices para roçar,  e enxós para cavoucar nas madeiras e fazer canoas e utensílios caseiros, principalmente gamelas e pilões para a cozinha. Moravam em casinhas pequenas.


          Os simpáticos colonos, de origem japonesa, indicaram-lhes os lugares onde se encontram animais, principalmente raposas e aves raras. Luís César e Luiz Adriano localizaram algumas raposas de pele matizada. Eram matizes de marrom, cinza e branco. Elas são muito ariscas e não se deixam apanhar. E, como já dito, nada de tiros. Caçar, sim, abater, não! E as aves, com suas penugens coloridas, embelezavam grandemente o cenário.


          Pegaram suas câmeras digitais e  fotografaram tudo. Era a melhor maneira de caçar, sem fazer qualquer tipo de mal aos animais. E, ainda, cuidavam de não esbarrar em plantinhas para não prejudicar seu crescimento. Plantas e animais, água muito limpa, neve lá nos picos das montanhas. É assim que se compõe o mais ilustre cenário da natureza. Abater animais, jamais!


          Já em casa, a princesa os esperava com um pote de 2 litros de sorvete Sabrina, importado de Herval d ´Oeste, uma cidadezinha  que fica perto de Joaçaba, no Vale do Rio do Peixe, em Santa Catarina.  Tomaram todo o sorvete, que estava  muito delicioso. E, juntos, postaram as fotos no facebook, ganhando milhares de curtidas, centenas de comentários e  dezenas de compartilhamentos.


Foi uma bela de uma caçada, em que todos ganharam, ninguém perdeu. E, sobretudo, ganhou a natureza, que foi preservada.


Euclides Riquetti

Me leva embora

 


 


A chuva desta tarde cai leve, lentamente

E suas águas correm pelas valetas tristemente

E tal rolar, que vai suave, suavemente

Leva minhas dores a encontrar as tuas, certamente!


A chuva que cai me remete a um tempo saudoso

Às paixões juvenis, a um cenário silencioso

E, em meus adjetivos, que os escolho criterioso

Te qualifico como amor belo, lindo formoso!


A chuva cai como já caiu nas tardes de outrora

Como quando esconde nosso sol no raiar da aurora

Então eu rezo por ti, onde quer estejas agora

Vem, vem me buscar e me leva embora!


Euclides Riquetti

Os Jogos Estudantis de Capinzal e Ouro (JECOs) - crônica de minhas memórias





          No primeiro ano da década de 1980 voltei a morar em Ouro. Tinha passado os últimos 8 fora, 5 em Porto União da Vitória e 3 no interiorzão de Campos Novos, Distrito de Duas Pontes, que mais tarde veio a emancipar-se, tornando-se o Município de Zortea. Em Ouro adquiri um lote na área urbana, onde fiz minha casa.

          Uma das melhores lembranças  que tenho desta cidade, é uma competição esportiva escolar que era realizada anualmente, acontecendo no Ginásio Municipal de Esportes, que mais tarde veio a chamar-se "André Colombo". Ali o esporte acontecia. De segunda a sexta-feira, todos os horários disponíveis das 19 às 23 horas estavam outorgados. Durante o dia, a Escola Básica Prefeito Sílvio Santos o utilizava para as aulas de Educação Física. Nos sábados à tarde destinava-se  à EF dos alunos do CNEC e, após estas, aos professores de nossa APROC. Nos domingos pela manhã, escolinhas de futsal. Era movimentadíssimo nosso Ginásio.

         No segundo semestre do ano, quando as escolas já tinham trabalhado as modalidades esportivas mais praticadas pelos estudantes, voleibol, handebol e basquetebol, aconteciam os JECOs - Jogos Estudantis de Capinzal e Ouro, que envolviam as escolas Sílvio Santos, Mater Dolorum, Cenec e Belisário Pena. CNEC e Mater levavam vantagem na categoria Juvenil, pois seus alunos eram egressos do Sílvio Santros e de Belisário e, consequentemente, tinham uma idade média maior, mais anos de treinamento. O Sílvio Santos, por ter também ensino noturno, conseguia atletas de porte razoável. Mas estes não tinham o mesmo tempo de treinamento que os do diurno.

          No ano em que cheguei, lecionando o Sílvio Santos, deram-me a incumbência de ser Chefe da Torcida, juntamente com a saudosa professora e futura comadre, Ivonete Bazzo. A escola fora bicampeã em torcida e tínhamos a meta  de torná-la tri. Tarefa muito difícil, mas aceita como um desafio. Incentivamos os alunos a irem ao Ginásio com roupa verde, cor da escola, criamos gritos de guerra, frases de efeito, adereços,  e toda a sorte possível de acessórios. E sabíamos que era uma tarefa muito difícil conquistar o Tri, pois nosso maior rival, o Mater Dolorum estava com os alunos que haviam feito o Primeiro Grau no SS, jogavam muito bem e, na quadra, eram fortíssimos. Fora ali mesmo, naquele ginásio, que aprenderam a jogar, conheciam cada centímetro da mesma.

          Soube que os idealizadores dos JECOs teriam sido os próprios alunos da CNEC e outros desportistas da cidade, os quais não eram professores com formação na área. Mas conseguiram implantar um evento que era o mais esperado pelos estudantes durante o ano. Era uma grande motivação a espera pelos JECOs.

          Naquele ano, lembro bem que os professores Jerônimo Santanaa/Eluiza Andrioni(Sílvio Santos), Neivo Ceigol (Mater Dolorum e CNEC) e Antônio Carlos Ruiz (Belisário Pena), dirigiam as equipes das escolas. A professora Denize Sartori, na época Bibliotecária era da base de apoio da competição.  Os JECOs nasceram pela ideia de professores e alunos da CNEC. Mário Fávero, Amarildo Boff e Renato Caldart foram também alguns dos idealizadores.  A rivalidade era grande, grande a disputa na quadra, mas, ao final, distribuída a premiação, com os troféus e medalhas, a comemoração era geral, havia o respeito, as pessoas se conheciam e os abraços selavam a amizade. Mais adiante, vieram também  a Escola Frei Crespin, O São Cristóvão, o Alto Alegre e até os alunos do Joaquim D ´Agostini, de Lacerdópolis.

          Gastamos a voz e a alma de tanto torcer. Por diversas vezes, eu puxava o nome do jurado, bem alto, como por exemplo: "Alô Ruites Andrioooooni!!!... e os alunos faziam coro, gritando: "Aquele abraaaaaço!!!", como aquela música de sucesso. Depois,  eu ia trocando o nome dos jurados e eles  secundando. Não deixávamos de torce um único momento, mesmo quando os resultados estavam adversos. Ao final da competição, o sonhado troféu de melhor torcida, nosso Tri. Objetivo da escola alcançado!

          Lembro com muita alegria daqueles tempos. À frente, com a mudança de professores e com a mudança de conceitos em relação à Educação Física, os JECOs foram extintos. Dizem que estava aumentando a rivalidade e por isso acabaram com a competição. Uma pena, pois reuniam  toda a classe estudantil das duas cidades. Depois disso, tímidos eventos isolados, uma separação que não leva a nada, e as arquibancadas quase vazias...Cidades pequenas fazendo competições isoladas. O próprio Sete de Setembro, comemorado em conjunto, feneceu.  Resta-nos lembrar também disso. Mais um elemento a compor nosso acervo saudosista. Que pena!

Euclides Riquetti
17-06-2013

Quando a chuva molhou as roseiras

 






Quando a chuva molhou as tuas roseiras
E as gotículas pousaram sobre a tenra folha
Os  cravos bailaram, serenos, nas fileiras
Ali dispostos, solitários, sem ter quem os colha.

Jazem, felizes e exalam seu perfume masculino
A excitar o mais erótico pensamento
A mesclar-se em meio ao frescor matutino
Com seu doce aroma de encantamento.

Cravos e rosas, uma comunhão singular
Na manhã que chegou um tanto acabrunhada
Rosas e cravos, lembranças sutis a me atiçar.

Sonhos, lembranças, paixão e beleza
Na tarde que te deixa deslumbrada
Lembranças, sonhos, majestosa realeza.

Euclides Riquetti

Amada andorinha

 





Amada andorinha


 Lembranças claras me retornam à mente

Trazendo-me de volta cenários de outrora

Tardes e manhãs que já se foram embora

Pelos caminhos onde andei calmamente

Alimentar uma alma desnuda, sutilmente...


Cada pensamento meu que se movimenta 

Prende minha atenção à sua doce presença

Sempre discreto, o seu olhar me acalenta

Alegria que encantou a minha existência.

Poderosa e sedutora, a soberana inconteste

Amada andorinha de meu voo celeste...


Procure nas páginas dos livros e nas telas

Veja bem como que o seu nome foi escrito

Voe batendo as suas asas até a minha janela

Pouse na soleira com o seu corpo bonito

E deixe-me compor-lhe a poesia singela!


Euclides Riquetti

10-09-2022

Palavras mágicas de amor

 


 


 

Três palavras mágicas:

Querer
Beijar
Amar

Uma frase mágica:

Eu te amo!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Sedução

 


 



  Sedução

 

Você me seduz
Com o seu jeito imponente e importante  de ser
Você me reduz
A um ninguém maltratado, largado outra vez.

Você é assim
A mais bela mulher que eu já vi  por aí
Você é pra mim
A mais formidável senhora que já conheci.

Procuro compor
Um poema com lindas palavras e rimas para lhe agradar
E sinto uma dor
Quando percebo que busco e não tenho o que encontrar.

Procuro pensar
Que você já sentiu quanto amo seus olhos castanhos
E me conformar
Pois não há como ser de você, que me vê como estranho.

Você  me seduz
E maltrata o meu coração perdido e incontido em desejo
Você me reduz
A um frangalho, um  rejeito sem coragem de olhar-se no espelho.

Você é assim
Eu não sei se é maldade, se é medo, ou pura vaidade
Você é pra mim
A deusa distante que finge e me esnoba assim sem piedade.

Procuro compor
As canções mais sensíveis com com letra romântica e melhor  melodia
E sinto uma dor
Que faz com que eu sofra por não receber nem um simples "bom dia"!

Um bom dia
Um aceno
Um olhar...

Apenas um olhar
Disfarçado que seja.
Como a noite sem luz
Você me seduz!


Euclides Riquetti

No silêncio do amor e da paz

 


 



No silêncio do amor e da paz
A vida se refaz
Em passos gigantes caminha
A vida tua, a vida minha
A vida que me seduz e apraz!

No silêncio da noite, a paz do dia que passou
A alegria de momento que marcou
A oração rezada com devoção
Extremada meditação
Sobre quem eu, de fato, sou!

Na agitação de cada uma das nossas horas
A vontade de não ir embora
De ficar te amando
Ou apenas te cortejando
Como te teria cortejado outrora!

Na agitação do meu coração e da minha cabeça
O medo de que desanoiteça
Sem que tenha te amado o suficiente
Por causa do risco iminente
De que meu corpo desfaleça!

Mas, no silêncio ou no turbilhão ruidoso
Navego num rio caudaloso
Para buscar-te em algum lugar
Seja por aqui, seja no mar
Eu, com meu instinto desejoso!

No silêncio do amor
No silêncio da paz!

Euclides Riquetti

Minha lua prateada

 





Minha doce lua prateada

Onde é que você se escondeu?

O que será que lhe aconteceu

Será que você teria sido raptada?


Lua prateada do outono leve

Você que encanta os namorados

É a dona dos sonhos mais sonhados

Dos sonhos longos e dos breves.


Lua prateada de minhas noites 

Dos meus instintos e encantamentos

Você que rouba meus sentimentos

Vou procurá-la onde você se esconde.


Lua prateada que tanto me desafiou

Foi embora sem me deixar recado

Quro que volte aqui para meu lado

Para reanimar a alma que aqui ficou!


Euclides Riquetti

Blog do Riquetti

De todos os versos, o primeiro

 


 




Gastei muito papel, talvez o caderno inteiro
Para escrever o poema ideal
Algo fenomenal
De todos os versos, o primeiro
O bonito, terno, sensacional.

Eu queria, certamente, encantar
Chamar toda a tua atenção
Fazer teu coração balançar
Tua cabeça repensar
Despertar amor e paixão...

Gastei todo o meu papel
Risquei e rabisquei ternamente
Até embaralhei minha mente
Busquei retratar com  pincel
Algo belo e  surpreendente!

Eu queria, certamente, chamar
Toda a sua  atenção
Dos seus olhos cor de mar
Os seus sonhos, seu sonhar
Sua alma e seu coração...

Sinceramente
Verdadeiramente
Apaixonadamente...
Apenas isso!

Euclides Riquetti

A perfeita harmonia universal

 


 





A natureza é uma perfeita e belíssima orquestra,  onde um infinito número de integrantes agem, harmonicamente, dispondo, convenientemente, seus elementos, proporcionando-nos um sentido lógico, como que embalado em musicalidade.

Assim também precisa ser a gestão natural de cada empreendimento, onde os elementos se recriam, se coadunam, se integram, interagem, se realizam e produzem riquezas materiais, intelectuais, culturais, filosóficas e mesmo virtuais, gerando a satisfação dos entes envolvidos, proporcionando renda e possibilitando ocupação e exercício profissional. "O novo é algo que vem de duas coisas velhas" - (Ivan Ramos - 1969)

Pessoas, para serem marca na História, não podem apenas situar-se como uma folha de papel em branco: precisam ler, ler, rabiscar, rabiscar, escrever, escrever, desenhar, desenhar, contar, ousar, calcular. Então propor, apagar, recompor e, por fim, reescrever. Reescrever inovando,  surpreendendo, regozijado e deleitado. Dar, na configuração do que escreve, as denotações e conotações que o interlocutor precisa assimilar, digerir e  compreender. Empreender. Empreender gerando ganhos culturais e intelectuais,  universais. Empreender para realizar o que o dinheiro não consegue.


E a reescrita, a recriação, precisa, sempre, ultrapassar o nível da manifestação original, pois as horas, os dias, os meses e os anos, permitem que aquilo que fazemos hoje, possa sempre, ser refeito melhor no amanhã. É o novo, a partir do já existente.



Esse é meu conceito pessoal de empreender, sem, necessariamente, preocupar-me com quem vai ou não me entender. E, se o não prevalecer, se eu não me fizer compreender em meu contexto, é preciso que eu e você reavaliemos nossos métodos, redefinamos nossas posições, reflitamos firmemente, concluamos assertivamente, e detectemos como está a situação de nosso autoempreendimento. Eu, querendo dizer, e você, tentando me entender.

Euclides Riquetti - 29/09/2011

O toque gentil de tuas mãos

 


 





O toque gentil  de tuas mãos em meu rosto
O toque sutil de minhas mãos em teus ombros
O toque melódico de tuas palavras em meus ouvidos
O toque romântico de meu ser em teus sentidos...

O toque delicado de teus braços em meu corpo
O toque suave de minha pele em tua pele alva
O toque perfumado de teu peito em meu peito
O toque dadivoso de meu olhar em teu olhar.
O toque de teus beijos ardorosos em meus lábios
O toque de meus beijos em teus lábios rosados.

O toque sensível do tudo de mim em ti
O toque inimaginável do tudo de ti em mim
A perdição do momento desejado
A perdição no pecado
O amor consumado
Sem fim...

Tu estás em mim e eu estou em ti
Sem nenhum medo:
Apenas paixão, amor segredo!

Desejo de mim por ti, por ti, por ti
Desejo de ti por mim, por mim
Desejo imedível, ousado
Pecado, imersão, pecado!

Euclides Riquetti

O dia em que o homem pisou na lua pela primeira vez.

 

O Homem na Lua 

O astronauta Edgar D. Mitchell foi o piloto do módulo lunar para a missão Apollo 14 (Foto: Nasa)











         No dia 24 de julho de 1969 eu tinha 16 anos e alguns meses.  Pois,  naquele dia,  as atenções do mundo se voltavam para as notícias que vinham pelo rádio: O homem iria pousar na Lua, no denominado "Mar da Tranquilidade". E, os poucos privilegiados que tinham TV, puderam ver as imagens que nunca alguém houvera presenciado até então. Parece até que foi ontem...

          A Nave Espacial Apollo 11, que saíra 4 dias  antes do Cabo Canaveral, a Base de Lançamentos de Foguetes do hoje Centro Espacial Kennedy, nos Estados Unidos da América, comandada pelo astronauta Neil Armostrong e ainda os dois tripulantes, Edwin Aldrin e Michael Collins, cumpria a missão proposta pelo Presidente John Fitzgerald Kennedy em 25 de maio de 1961, quando declarou:
Cquote1.svg"Eu acredito que esta nação deve comprometer-se em alcançar a meta, antes do final desta década, de pousar um homem na Lua e trazê-lo de volta à Terra  em segurança"

E assim foi feito! A Nave Apollo 11, composta por três módulos e impulsionada pelo foguete Saturno V foi e voltou, trazendo os três astronautas de volta sãos e salvos, na quinta missão organizada para esse fim. Armstrong e Aldrin caminharam por duas horas e quarente e cinco minutos em solo lunar.

          Lembro-me bem daquele dia: Eu saíra para cobrar uma conta, era funcionário do Armazém de Secos e Molhados de meu tio, Arlindo Baretta, ali em nosso sobrado, na Avenida Fellip Schmidt, centro do ouro, em frente ao Posto Dambrós. Saí em direção à ponte pênsil e, ao passar na loja do Saul Parisotto, ali onde hoje funciona a RZ Parisotto, depois do Clube Esportivo Floresta, ao lado da Boutique das Lãs da saudosa Dona Serafina Andrioni, alguém me chmou: "Venha ver, os americanos estão chegando à Lua!" Vi! Comemorei, memorizei e hoje conto a vocês! Foi, realmente, um privilégio ver o maior fato da humanidade até então. O Saul, além de máquinas de costura e rádios, agora vendia televisores. Vi a transmissão, ao vivo, via satélite, pela TV Piratini, de Porto Alegre, transmissora da programação da TV Tupi. Globo e Record também transmitiram o feito, mas em Capinzal e Ouro apenas se pegava a Tupi, graças a um trabalho de algumas pessoas, lideradas pelo saudoso  Sr. Leonardo Goelzer.

          Depois de tanto tempo, ainda há que duvide disso. Uma vez, um conterrâneo meu, depois de 30 anos do fato, ainda duvidada disso. E hoje, com o grande avanço tecnológico, é possível, através de sondas espaciais, se chegar a lugares inimagináveis no mundo. Recentemente, descobriram que Plutão não é tão pequeno quanto se imaginava, e que lá há muito gelo na superfície, possivelmente bactérias. A capacidade inventiva e descobridora do homem é realmente espetacular! E, nesse campo, louvem-se os Estados Unidos e a Rússia que, rivais, competiram muito entre si e ocasionaram essa evolução.

Euclides Riquetti
20-07-2019

domingo, 31 de agosto de 2025

Frases marcantes - reedição e adaptação

 








"Tem gente que é tão pobre, mas tão pobre, que só tem dinheiro." (José Granado, leitor do site G1, comentando uma notícia de que uma casal armou um barraco muito grande num voo que saiu de São Paulo para Nova York às 3 horas de hoje, 28 de dezembro de 2016, causando tanta confusão, que o  avião teve que pousar no aeroporto de Brasília, de onde só partirá às 19 horas para NY).

 Então reeditei uma de minhas crônicas... porque vale a pena ler e refletir, sempre!


            Belas frases não precisam se constituir de pensamentos de filósofos ou pensadores. Podem vir de pessoas muito simples. Também de peças publicitárias. Ou de um comercial de rádio ou TV. Veja isso:

         
          Lembro-me, seguidamente, das propagandas que eu escutava na minha adolescência nas rádios "Catarinense" e Herval D ´Oeste, ambas de Joaçaba, ou na Rádio Clube, de Capinzal, mas que funcionava no Ouro.  Aquelas propagandas das Casas Pernambunacas, cantadas, por exemplo: "Não adianta bater/Que eu não deixo você entrar. As Casas pernambucanas/É que vão... aquecer o meu lar" E seguia-se: "Vou comprar flanelas, lãs e cobertores, eu vou comprar? E não vou sentir/O inverno passar". Certamente que você, leitor madurão, deve ter ouvido isso...

           Ivo Luiz Bazzo, duas vezes Prefeito em Ouro, SC, me introduziu à política. E me dizia: "Fazer o que se pode com o que se tem"! À época, isso parecia denotar certo acanhamento em ter arrojo. O tempo, depois, mostrou-me que esta é uma verdade insofismável. Se as pessoas, em sua família, em sua empresa, ou mesmo na Gestão Pública, assim agissem, talvez não tivéssemos, num primeiro momento, um desenvolvimento acelerado. Mas, com o tempo, observar-se-ia que "dar o passo conforme o tamanho das pernas", pode resultar num crescimento mais firme, seguro e sustentável. Não aconteceria o que acontece hoje, com tanta quebradeira de empresas, pessoas físicas e instituições públicas.

         O próprio prefeito Bazzo me contava de uma frase que o Sebastião Félix da Rosa, o "Véio Borges", pioneiro do Bairro Navegantes,  costumava dizer: "Não cai uma folha de uma laranjeira sem que seja vontade de Deus". Fiquei com as frases de ambos em minha cabeça. Assim como já havia ficado quando o professor Francisco Filipak, na FAFI, em União da Vitória, nos  falava de uma pequena paródia que fizera da famosa "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias: "Meu amigo passageiro/Quando a viagem lhe convenha/Pelo solo brasileiro/Vá e venha pela Penha"! E a usava para nos explicar as "redondilhas maiores" para nós, seus estudantes da disciplina de Teoria Literária.

           Como a beleza das frases não precisa ter época, podem ser atemporais, vou mencionar duas ainda, atualíssimas: a primeira, da Pedreira Joaçaba, que uma época constava numa faixa colocada defronte à casa do Zé Masson, ali no Ouro: "Nós movemos as pedras para construir seus sonhos"... Quando beleza numa frase para fazer propaganda de pedras britadas. Já parabenizei aos amigos a Pedreira Joaçaba por isso, pois acho a frase magnífica. Bem que eu gostaria de saber quem foi o seu criador. Atualmente, ainda é utilizada em suas propagandas no rádio. A segunda, vem de um locutor da Rádio Catarinense, aqui em Joaçaba, o locutor Marcos Valnei, que ao finalizar seu programa "Rádio Saudades", ao final da tarde, diz: "Escreva no seu presente a história de suas futuras saudades".

          Precisa dizer mais??

Euclides Riquetti
14/03/2015

Nascem as flores

 


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Nascem as flores  nos canteiros
Nos vasos, jardins e floreiros
Nascem nos campos as flores
De todos os matizes e cores.

Nascem as flores em setembro
Também nas margens dos ribeiros
Nascem em outubro e novembro
Enfeitam a vida em fevereiro....


Nascem flores muito belas
Rosas brancas, vermelhas, amarelas
Nascem nos montes  as flores
Vêm nos perfumar seus olores.

Nasceram em botões e se abriram
E meus olhos as contemplam (e admiram!).

E as flores em janeiro nascidas
Ali estão, formosas e coloridas
A conquistar os transeuntes embasbacados
A conquistar meus olhos abrilhantados.

Ah, flores frágeis e esplendorosas
Mas também  belas, singelas  e viçosas.

Mas apenas flores
A povoar os vasos
Os jardins:
A encantar você
A encantar a mim!

Euclides Riquetti

Passeando pelos caminhos de Criciúma e Urussanga com amigos das regiões de Capinzal e Joaçaba

 


        



      Sempre desejei conhecer a região de Criciúma e Urussanga. Eu passara por Criciúma há umas duas décadas, mas não parei na cidade. Nas carteiras escolares, me ensinaram sobre as minas de carvão daquele lugar. Vi muitas reportagens sobre as doenças contraídas pelos mineiros, cujos pulmões acabavam contaminados pelas fuligens e pó de carvão. Eu tinha um conceito errado sobre a cidade e a paisagem de lá. Imaginava que tudo fosse muito preto. Numa vez que por lá eu passei, mudei meu conceito. Os times de futebol sempre representaram bem a cidade. Ao final da década de 1960, o Metropol, clube local, representou bem nosso estado na Copa do Brasil. O Comerciário nos revelou o ponteiro direito Valdomiro, ídolo do Internacional de Porto Alegre e que chegou a vestir a camisa canarinho da Seleção Brasileira. 

      Saímos de Joaçaba às 22 horas do dia 15 de agosto, uma sexta-feira, com ônibus da Classe Turismo, aqui de Joaçaba, em viagem organizada pela agência de turismo GAPEN, de Capinzal. A responsável pelo passeio foi a Cristiane Gálio, minha ex-aluna da Escola Prefeito Sílvio Santos, do Ouro, cria da Nossa Senhora da Saúde, da tradicional e histórica família Gálio. Amanhecemos em Imbituba, na parada para o Café, o Paradouro Graal, cidade onde nasceu e mora meu amigo Antônio Nunes, o Lico, com quem joguei futebol nos veteranos do Arabutã FC, ali na Baixada Rubra, em Ouro. Ele também foi meu treinador, e sua esposa, Simone, me substituiu nas minhas aulas de Inglês, no Sílvio Santos, em 1998, quando fui submetido a cirurgia de menisco e ligamentos no joelho esquerdo, em razão de torções quando eu jogava no Arabutã. 

       Foi uma alegria muito grande em ter como colegas de viagem dois colegas e escola e ex-alunas. A Sandra Módena, filha do saudoso Américo, meu amigão e colaborador na época em que eu fui prefeito em Ouro. Osvaldo Federle, o conhecido Machadinho, empresário, que foi meu colega do curso de Técnico em Contabilidade, da antiga Escola Técnica de Comércio Capinzal, de 1969 a 1971, com a esposa professora Elzira Carleto (Federle), minha colega de magistério catarinense, e o neto Guilherme;  Mário Morosini, e a esposa Aracy Pessoa (Morosini),  assistente social aposentada do Fórum de Capinzal, ele meu colega no Primário do Colégio Mater Dolorum, e depois no Ginásio Padre Anchieta, em Capinzal.  Amarilene De Bortolli Dupont e Marinez Riguel Dupont, e Marlei Golin, nossas alunas do Sílvio Santos, também fizeram parte da comitiva. Daize Borsoi, o marido e o filho, já conhecíamos. Rosângela Borsoi e Elizeo, ela professora e minha conterrânea, com quem fui falando em italiano. 

       Foi uma alegria imensa passar três dias com essas queridas pessoas, a quem admiramos e devotamos verdadeira amizade. Conhecemos outras pessoas, afinal o grupo estava com 45 pessoas, incluindo os dois motoristas, Cleiton e Sidney, e o guia local João Paulo. Formamos novas amizades, conhecemos pessoas simpáticas, empáticas e agradáveis. 

       Na manhã de sábado conhecemos o Castelo Belvedere, construído por um sacerdote, e almoçamos num restaurante junto a um mirante, e à noite, nos hospedamos no Hotel Darolt, em Criciúma, e jantamos num shopping, onde saboreamos gostoso susshi. 

       Na tarde de sábado, também  fomos conhecer o Palácio Britânico, construído por um casal, ela brasileira, onde jazem relíquias em termos de porcelanas, cristais, móveis e roupas trazidas da Inglaterra, objetos antigos mas muito bem preservados, coisas muito bonitas. rumamos para Urussanga, passando por Morro da Fumaça e Cocal do Sul.

       No domingo pela manhã rumamos a Urussanga, em itinerário de trem, com máquina Maria Fumaça. Tomamos o vagão de primeira classe, o número 08, onde Dona Selma, a ferro-moça, caracterizada com uniforme típico e de época, nos passava informações sobre a história, juntamente com o conhecedor e eficiente guia João Paulo Durante.  Dois gaiteiros passaram pelo vagão, executando e cantando músicas sertanejo-raiz, gauchescas e folclóricas. Muita alegria, emoção, lembranças saudosas. Afinal, eu e a Miriam não andávamos de trem desde 1974, quando saímos de Porto União para Capinzal, no dia 23 de dezembro, e voltamos dia 26, em nossa viagem de noivado, na casa de meus pais, em Ouro. 

       Almoçamos, no domingo,  na Cantina Trevisol, um almoço com comida colonial italiana e degustação de vinhos. A casa é bem caracterizada e muito interessante para ser conhecida.  O destaque fica por conta dos vinhos da variedade Goethe, muito rara. O Goethe é produzido em Urussanga e era o vinho consumido pelo Presidente Getúlio Vargas, que solicitava que fosse enviado ao palácio do Catete, no Rio de Janeiro. 

       Urussanga é a Capital do vinho Goethe é reivindicada como único lugar no mundo em que ainda aquela vinha é cultivada. Porém, em Ouro, na Vila Unida, que pertence à comunidade de Linha Sagrado, Vanderlei Rech e seu filho Vanderlan, Engenheiro Agrônomo, estão com 1.200 plantas produzindo. O nonno Alcides Rech conseguiu preservar a variedade que foi trazida pelos seus ancestrais ao Rio Grande do Sul, proveniente da Itália. Veja isso que estou copiando de outra publicação minha aqui no meu blog: 

"Segundo Vanderlei, seu bisavô Noé Rech, filho de João Rech, foi nascido em 1899, em  Sere del Grappa, Itália, e chegaram ao Brasil em 1918, residindo no Distrito de Mato Perso,  mas Noé morreu com 37 anos. Na época, Mato Perso pertencia a Caxias do Sul,  e hoje faz parte do município de Flores da Cunha.  Era casado com Francesca de Cesaro. Noé e seu filho Guido Rech trouxeram as mudas de parreiras, chamadas de carmelas,  da Itália, e a variedade era chamada de "La Rossarda". Foram trazidas em sacos confeccionados em couro, com areia úmida dentro para evitar que perecessem. Os sacos eram trazidos enrolados em roupas pois havia a ideia de que era proibido trazer as mudas para o Brasil. Hoje está presente em Urussanga e Ouro."

       A viagem foi muito bacana, nos divertimos muito, aprendemos também sobre a história de imigração italiana no litoral e sul de Santa Catarina, uma vez que da Serra Gaúcha já conhecemos e vivenciamos.

        Parabenizo a GAPEN, através da Cristiane, e à Classe Viagem, através do Cleiton e seu colega Sidney,  pela excelente organização de seus serviços, e ao dinâmico guia local João Paulo Durante. Viajei algumas vezes com eles e são merecedores de confiança e de meu aplauso!


Euclides Riquetti

31-08-2025


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Como se não existisse paz!

 


 

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Como se não existisse paz!

O mundo está virando... já virou
E ficou virado!
Parece-me que já não há tantas verdades
Há desamor, atrocidades
E que tudo mudou.
Mutilaram-se as cidades
Apedrejou-se o céu, assassinaram os rios
Indefiniu-se o comportamento
Do tempo.
Ora chuvas descontroladas
Ora assolador estio.

Quisera que houvesse menos tragédias
E que a realidade não seja travestida de comédias.

Quisera que imperasse o senso da honestidade
E que as pessoas agissem com mais seriedade.

Quisera que nascessem flores ao longo das estradas
Mas estas precisariam terem sido plantadas.

Quisera que os males tivessem a devida cura
E que as almas pudessem pintar-se de brancura.

Precisamos que a mão da Divina Providência
Nos abençoe com sua força e excelência
Pois:

É como se não existisse mais amor
É como se não existisse paz!

Euclides Riquetti

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Vem beber do cálice da paixão

 


 


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Vem beber no cálice da paixão
Vem beber do vinho que nos excita
Vem beber de minha alma e de meu coração
Vem beber-me  com tua boca bonita...

Vem, e traz com ela teu corpo sedutor
Os teus olhos amendoados
Delicados...
A tua pele macia
E tua  voz de poesia...

Traz também as tuas mãos carinhosas
As tuas pernas formosas
O teu rosto divinal
O teu corpo colossal.

Vem beber de meus sonhos
De meus lábios risonhos
Vem banhar-te em meu suor
Declamar-me versos de cor.

Vem. Te espero...
Vem beber no cálice da paixão!

Euclides Riquetti

Quando as pétalas se desprendem das rosas


 








Quando as pétalas se desprendem das rosas
E vão enfeitar de cor os gramados
Quando as folhas se desprendem dos plátanos
E vão me fazer volver-me ao passado
Quando os gerânios envermelham as floreiras
E vão alimentar teus olhos amendoados
Quando o passaredo canta na manhã de sábado
Para dizer que um novo fim de semana é chegado
Eu me lembro de ti!

Quando a manhã promete sol escaldante
E eu te imagino correndo para o mar
Quando o suor corre no teu corpo esguio
E vai teus pés finos reidratar
Quando,  docemente,  me chamas de  "meu amor"
E eu fico assim a te admirar
Quando nos vejo felizes,  flutuando
Planando, livremente, no ar...
Em me transporto até ti!

E, quando o fim de tarde me chega de mansinho
Com teu rosto já estampado na mente
Quando a expectativa de estrelas cintilando
Me deixa feliz e muito contente
Quando tudo de bom já me aconteceu
E volto pra perto de ti novamente
Quando o dia valeu a pena por tua causa
E em nós germinou mais uma semente...
Percebo o quanto eu gosto de ti!

Porque as pétalas se desprendem das rosas
Mas sabem que outra vez vão voltar...

Euclides Riquetti