sábado, 25 de outubro de 2025

Quando a lua prateada voltar


 



Quando a lua cheia de novo chegar
Para por romance nos corações dos namorados
E voltar-nos o seu  brilho lunar prateado
Estarei esperando por seus olhos encantados
Que me fazem viver, sentir, respirar...

Quando, solitário,  eu ouço a suave sinfonia
Da natureza que repousa abençoada
Que me cobre com seu manto sagrado
E eu olho para a imensidão estrelada
Sou arrebatado por tênue nostalgia.

Ah, doce sensibilidade de poeta
Vem me confortar com sua inspiração
Vem me animar a alma e o coração
Vem trazer-me a palavra certa
Que me faz rimar amor com paixão.

Vem ensinar-me a esperar
A lua prateada  voltar!
 
Euclides Riquetti

O que seria das rosas, se todos gostassem de girassóis? - croniconto

 

 




 


 
         O Sr. Girassol estava resplandecente no mês de maio. Olhava, alegre, para todos os passantes, de todas as idades, credos...  Reinava, garboso e absoluto em seu reduto, um verdadeiro "dono do pedaço". O veranico o deixara forte, saudável, belo e formoso. Energia trazida pelas raízes que sugavam a água e os fertilizantes da terra. Energia oferecida pelos intensos raios solares em tempos de outono quente. Ninguém ousaria desafiar sua Majestade. Majestoso, sim, orgulhoso por demais, respeitado pelas flores e pelos fiores.

          Dona Rosa, tímida, acanhada, tivera abalos constantes desde abril. Ora o calor da atmosfera abafada, ora o frio ameaçador, as turbulências outonais. A inconstância climática, ameaçadora. O maio prazenteiro, festivo, dócil, não fora suficiente para atribuir-se a sensação de ânimo de que tanto precisava. Dona Rosa,  que já se travestiu de amarela, branca, lilás, azul, champanhe, rosa, pink, bordô, decidiu que seria vermelha. Vermelha escarlate, vermelha como lábios de morango, como faces de cereja. Vermelha!

          Girassol, sempre soberbo e acostumado a ser o centro das atenções, estava preocupado. Junho lhe seria perverso, certamente. Sem espinhos para defendê-lo,  não adaptado ao frio sulino, corria sérios riscos. E seu ciclo, curto, não lhe garantia sobrevida. Foi aconselhar-se com algumas florinhas pouco significantes que se avizinhavam. Havia beijos, dentre elas. Bonitas, mas frágeis. Sua insignificância contava pelo pouco poder de resistência, não por lhes faltarem charme e beleza. Tentavam consolá-lo com palavras animadoras e otimistas: "Olha, amigo, você  esteve ali, majestoso e poderoso ( e mais todos os outros "osos" que existem), enquanto que a Comadre Rosa aguentava, mesmo frágil, todas as ações das intempéries". Você não tem nada a fazer. Deixe que o colham e que as sementes que caírem por aí se transformem numa nova planta...

          E veio o junho dos namorados, de Santo Antônio, de São João, de São Pedro, dos folguedos juninos, das muitas calorias e dos  poucos exercícios. Ficou para trás o maio das noivas e das mães. Dona Rosa, reenergizada, veio com  tudo. Encantou, deslumbrou, sorriu, Viu-se, novamente, princesa. Uma princesa que também nos deixará energizados, encantados,  felizes e sorridentes, enquanto o amigo feneceu e boa parte de suas sementes misturaram-se à terra. Ficarão em dormência, esperando por uma boa temporada para que se transformem, novamente, em belíssimos girassóis. Muitos deles...

E penso: O que seria das rosas se todos gostassem dos girassóis?


Euclides Riquetti

Sábado, bem no fim da tarde!




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A chuva  da tarde de sábado
Veio fresca, em meio ao  vento
Veio para expiar meus pecados
(Os que ainda não estavam  confessados).
Veio trazer-me de volta os alentos
A chuva que escondeu o firmamento.

Fugiram os pássaros assustados  
E foram juntar-se às  borboletas
Migraram por todos os lados
Ficaram tristes  e acanhados
Enquanto que a água enchia  as valetas
Das ruas estreitas!

Mas, bem no final da tarde
O céu se recompôs
Sem nennhum alarde!

Então, o coral do passaredo voltou
O céu reazulou
E o sol se redourou
Sábado, bem no fim da tarde!

Euclides Riquetti

O levante do luar dourado

 



 







O levante do luar dourado
Levanta-se, no fim da tarde,  no eldorado
O luar dourado que resplandece
E, ao levitar sobre o mar,  extensamente ondulado
De um  prateado fulguroso se reveste
Para abençoar o horizonte santificado. 

Levanta-se, com a cor do ouro casto e polido
O luar fogoso a redesenhar o agreste
E, ao escalar as nuvens, no acorde sustenido
Energiza  os coqueirais perfilados do Nordeste
No quadro fantástico pela  natureza esculpido.

E os sonhos  dos amantes e dos enamorados 
Juntam-se no vagar das ondas da imaginação
Enquanto os ideais já  quistos e projetados
Juntam-se no eternizar do  poema e da canção
No concerto dos ventos gentis ali soprados. 


Euclides Riquetti

www.blogdoriquetti.blogspot.com 

Meus sonhos são teus e os teus são meus...

 


 


 




Meus sonhos são teus e os teus são meus
Descobri isso agora, não faz muito tempo
Teus sonhos são meus e os meus são teus
Não deixe que sejam levados pelo vento.

Quando meus sonhos aos teus se misturam
E, juntos, caminham na mesma estrada
Perceba que eles se fortalecem e maturam
Na busca da paz e da felicidade desejada.

Nossos sonhos se somam e se completam
São uma combinação harmônica e perfeita
Entre eles se degustam e se  locupletam.

Sonhar com você, simplesmente adoro
É o momento em que minha alma é refeita
Quando também me refaço e me enamoro!

Euclides Riquetti

Bom dia, amore!

 


 




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Bom dia, amore!
Aqui estou!
Faça de conta que sou um fiore
Que em seu jardim desabrochou!

Um fiore pequenino
Que veio bebê
Que se tornou um menino
Que gostou de você...

Mas que se manteve fiore
E que lhe deu
E que recebeu
Carinho e amore:
Um sutil e romântico fiore!

Sou apenas isso:
Um fiore que sabe amar
Que busca sempre encontrar
Uma forma poética de lhe dizer
Que é importante viver
Sorrir e não chorar!

E, sobretudo:
Amar, amar, amar...

Euclides Riquetti

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Nas incertezas de nosso tempo

 



 



Nas incertezas de nosso tempo

Tu também te perdes, mulher...

Tudo foge à lógica no momento

As coisas não são como se quer.


Visão de tristeza, de melancolia

Muito desânimo e até depressão

E esperar que nos volte a alegria

O sentir da vida, o amor, a paixão.


Que nos venha, logo, a esperança

O raiar da bela e colorida aurora

Energia pueril no rosto da criança.


Que a ciência nos dê os remédios

Que fiquemos aqui, sem ir embora

E a imaginação nos livre do tédio!


Euclides Riquetti

Brilhou, de novo, o sol...

 


 



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Brilhou, de novo, o sol que se ofuscara
Que se escondera ao final da Primavera
O sol fugidio  que  tanto me preocupara
Que me torturou pela angustiante espera.

Seu brilho pôs-me alegria no meu coração
Deu entusiasmo a este ser que se abalara
Reconduziu-o ao caminho da inspiração
Ao verso romântico que já se ausentara.

Brilhou o sol, brilharam a estrela e o luar
Fizeram com que voltasse toda a alegria
Depois que a busquei  para me confortar.

Então, os últimos dias do ano se salvaram
E vi dissipar-se a dúvida que me afligia 
E voltaram-me os sonhos que me faltaram.

Euclides Riquetti

A mais inspiradora tarde de sol

 


 


 



A mais inspiradora tarde de sol - ensolarada

O céu mais azul de uma bela tarde inspiradora

A poesia nascendo, como a árvore plantada

A esperança de dias melhores, confortadora!


O sol brilhou e enfeitou a tarde do meu verão

Até nossas plantas ficaram mais enverdecidas

Foi como se despertasse aquela antiga paixão

E as melhores horas nunca fossem esquecidas!


Dias de sol dourado nos estimulam e animam

Movem-nos para a busca das mais férteis fontes

Até parecendo que novos sinos em nós repicam!


Então, que a noite nos seja auspiciosa e tentadora

Que sonhos nos acalantem nos longes horizontes

Que o despertar nos devolva a manhã encantadora!


Euclides Riquetti

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Mulheres de fibra

 



Mulheres de fibra

Criaram  os seus filhos

Levantaram nas madrugadas

Tiveram mãos calejadas

Legaram uma família.


Mulheres fizeram sua historia

Seus tempos de glória

Infortúnios , decepções

Mas alegria nos corações

São registros na memória.


Mulheres que sofridas

Foram guerreiras destemidas

Em verões e nos invernos

Com seu amor materno

Merecem palmas e vivas!


Cada uma soube ou sabe de si

A chuva cai e corre por ali

Busca o rumo da água do mar

Tiveram muito que comemorar

Sorrisos de afeto deixados aqui.


Euclides Riquetti

23-10-2025


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As dores dos espinhos


 


 



As dores dos espinhos
Tempos de incertezas, certamente
Dúvidas que afligem e atormentam
O amanhã que pode simplesmente
Apagar as chamas que alimentam...

Tempos de angústias e de medos
Futuro incerto, quase sem clareza
As vidas com seus enganos ledos
Toda alegria perdendo pra tristeza...

Tempos idos que talvez não voltem
Lembranças boas agora  já se vão
Se os  vulcões  as chamas cospem
Sofre muito mais meu coração!

As dores dos espinhos da roseira
Também dos que saem do limoeiro
Até o que brota da verde laranjeira
Machucam e me ferem por inteiro!

Perceba que no meu triste dilema
Da dor do espinho e da dor da alma
Resulta-me mais um triste poema
Nada mais me ajuda nem me acalma!

Euclides Riquetti

Chima com carinho de poeta

 


 





Chima com carinho de poeta


Tome meu chima com carinho de poeta
Segure a cuia com seus dedos delicados
Enfeite-a com as unhas da cor predileta
Sorva-o com seus lábios caramelados.

Tome meu chimarrão com erva  nativa
Água quente, límpida, ali mergulhada...
Na cuia por suas mãos já tanto curtida
Desce pela garganta morna e embalada.

Tome nosso chimarrão quente e amargo
Na bomba de mate com liga de alpaca
Nativa bebida nos campos de meu pago.

Tome nosso chima pensando em mim
Num poeta postado às luzes da ribalta
O amor que vale tem começo e não fim.

Euclides Riquetti
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quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Um beijo com embalo de tango

 


 



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Não quero  beijo sabor chuchu
Quero apenas um bem vermelho...
Mas que venha de ti, venha de tu
Um beijo desenhado no espelho.

Pode ser um beijo bem curtinho
Um beijinho doce, apenas beijo
Com o sabor do beijo,  beijinho
Bejinho cheio de amor e desejo...

Vai, me dá um, ou me dá dois
Três... quatro...  infinitamente
Daqueles pra relembrar depois
Pra relembrar ... eternamente!

Tão bom como aquele de chima
Ou como aquele de morango
Um de cereja também combina
Um beijo com embalo de tango!


Euclides Riquetti

A barca do tempo a nos levar... (para um novo ano!)

 

 



A barca do tempo está a nos levar

Para um novo ano...

Na manhã nova ela vai ancorar

Num paraíso sacro ou profano

Onde possamos nos encontrar...


A barca carrega nosso legado

Armazenado pelo longo tempo

Traz nela toda a carga do passado

Vai sobre a água, contra o vento

Vai ancorar no ano que é chegado!


A barca é que leva nossas dores

E também leva as folhas leves

Leva os vasos com nossas  flores

Pelos anos vai, pela vida  segue

Pelo caminho cinza, ou de cores.


 Nós é que lhe damos direção

Temos nossas mãos e nossa mente

Nós é que seguramos o timão

Que dirigimos o que o coração sente

Escolhendo a realidade ou a ilusão!


Euclides Riquetti

Eu te fiz tantos poemas...

 



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Eu te fiz tantos poemas que nem me lembro
Gastei muita tinta em muito papel
Tentando ser um romântico menestrel
Inspirado pela tua perda ou pelo medo.

Eu escrevi milhares de versos, todos pra ti
Que nem sequer sei se tu já os leste
Mas, que não os lendo, talvez pouco perdeste
Alguns rabiscados de cuja letra esqueci.

Eu sonhei, nas noites, os sonhos dourados
Andei por ares remotos nas turbulências
Busquei sóis, luas, estrelas nas adjacências
Encontrei teu universo lindo e encantado!

E, como que num trono celestial, iluminado
Tu estavas lá com toda a tua elegância
Desafiando-me com toda a tua exuberância
Olhando pro mar revolto, escuro, abençoado!

Euclides Riquetti

Como a mordida da maçã

 








Eu quero ser como a sua mordida na maçã
Sentir a caliência de seus lábios vermelhos
Seus dentes brancos refletidos num espelho
Ou a avermelhada grana da fresca romã...

Eu quero ser de suas frases as reticências
O pensamento interrompido, a sua dúvida
O gostoso néctar das ameixas e das uvas
Ou breves hiatos de sua vida em turbulência...

Eu quero ser a nota da canção que você canta
Naqueles momentos de saudade, nostalgia
Pra devolver a você toda aquela alegria
Ser seu esteio, o seu norte, a sua segurança...

Eu quero, mesmo, é fazer parte de sua vida
Ser como a água que sempre mata sua sede
A mão que a afaga quando deita na sua rede
A resposta a suas questões não respondidas!

Euclides Riquetti

Cuide de seus sentimentos

 




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Busque dar sentido aos seus sentimentos
Dê-lhes a solidez de que tanto precisam
Enseje para que eles não se tornem um tormento
Faça-os fluírem em direção à vida.

Busque fortalecê-los em plena abundância
Canalize-lhes energia que lhes dê alento
Faça com que se nutram de doce fragrância
Cuide por demais se seus sentimentos.

Libere-os das amarras que  tanto  a torturam
Mergulhe num mar de novas possibilidades
Dê o grito de liberdade que seu  coração precisa
Para que possa encontrar um amor de verdade.

E ser feliz!

Euclides Riquetti

Uma canção que aquece a alma

 

 





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Preciso daquela canção que aquece a alma
Como o vinho que me atiça os sentimentos
De seus olhos que me ajudam e me salvam
De suas mãos que curam meus ferimentos!

É a canção que nasce de sua terna poesia
Que você compôs com toda a singeleza
Versos que escreveu com toda a maestria
Rimas perfeitas, versos livres e sutileza.

Preciso ouvir a canção saída de seus lábios
E do afago que abranda os meus tormentos
O seu sussurro me deseja bons presságios
E eu retribuo com o carinho e meus alentos.

A canção que vem da poesia que você faz
É como bálsamo pra curar as minhas dores
Me traz de volta minha alegria e muita paz
E meu mundo se povoa de brancas flores!

Euclides Riquetti

Numa transcendência abismal


 


 



Numa transcendência abismal

Minha mente voa leve e flutua

Vai, na noite clara, cortejar a lua

E, na manhã fresca e natural

Pousa no teu universo colossal.


Navega com a força do desejo

Vai dar asas aos meus instintos

Pelos ares dos mares mais distintos

E, na oportunidade do ensejo

Chegar em teus lábios o meu beijo...


E, no andar simples e dileto

Universalizam-se os meus versos

Pelos céus deste planeta dispersos

Verte-se o abstrato no concreto

E te dou meus escritos poéticos. 


Euclides Celito Riquetti

terça-feira, 21 de outubro de 2025

A felicidades existe

 


 


Há felicidade existe


Há um ditado que diz

Que todo o filme pra ser bom

Tem que ter um final feliz.


Concordo com isso plenamente

Pois, se alguém disser o contrário

Certamente que ele mente!


Nunca ouvi tal ditado

Mas, como fui eu que inventei

Não pode estar errado...


Então, se você esperou

Aqui encontrar um poema triste

Errou: Não encontrou!


Por isso mesmo, acredite

Não espere por tristezas

Pois a  felicidade existe


E eu acredito nela!


Euclides Riquetti

Poetas precisam de paixão




Poetas precisam de paixão
Precisam de inspiração...
Precisam tanto do ar
Quanto precisam do mar...

Navegam entre a calmaria
E a turbulência...
Rezam a Ave Maria
Com eloquência...

Poetas endoidecem
E até padecem...
Padecem por falta de amor
E do perfume de uma flor...

Imergem nas incertezas
Dos mares bravios...
São capazes de proezas
Que nunca antes se viu...

Poetas anciãos ou meninos
Todos buscam um destino:
Declarar o amor e a paixão
A quem querem de coração...

E eu, que sou poeta louco
Mas não sou herói nem bandido
Dou-te meus poemas todos
Dou-te meu cuore ferido!

Euclides Riquetti

www.blogdoriquetti.blogspot.com 

Movem-se as estrelas


 


 

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Movem-se as estrelas no céu
Durante a noite
Movem-se no firmamento escuro
Durante a noite!

Movem-se as estrelas para abrir caminhos
Para teus passos
Movem-se as estrelas devagarinho
Bailando no espaço...

Movem-se as almas pecadoras
Nas noites e dias
Nos corpos das mulheres sedutoras
Noites e dias!

Movem-se as almas acanhadas
Buscando seus corpos
Movem-se nas ruas e calçadas
Nas praças e nos portos!

Movem-se as estrelas e as almas pecadoras
Movem-se pelo mundo
Movem-se nas manhãs encantadoras
E em noites de sonho profundo!

Também move-se a alma
Move-se a estrela
Que há em você!

Euclides Riquetti

Meu lado bem Paraná





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Eu tenho dentro de mim um lado bem Paraná
E sei bem quando angariei, sei bem como aconteceu
Foi algo que não morreu, de quando morei por lá
E ficou dentro de mim esse meu lado Paraná!

Ficou dentro de minha alma, gravou-se  na minha  memória
Misturou-se com meu sangue o vinho que fui tomar
Não me esqueço dos bons tempos ali em União da Vitória
E dos amigos que fiz, quando ali  fui estudar.

Pesquei no Rio Iguaçu, nadei em suas águas brandas
Li poemas do Furlani e os romances do Zé  Cleto
Tive aulas com Nelson Sicuro, professor naquelas bandas
E com o Geraldo Feltrin aprendi um  Inglês esperto.

Agora,  depois de décadas,  ali volto em meu pensamento
Pras dragas retirando areia e no fundo a verde paisagen
Lembranças da ponte do arco que resta  através do tempo
Do Cristo no alto do morro, protegendo a bela cidade.

Dos poetas herdei a veia que me tornou compositor
Com os colegas da Fafi eu aprendi a me portar
Nas danças dos domingos à tarde eu fui encontrar o amor
E tornei-me um verdadeiro Bicho do Paraná!

Euclides Riquetti

www.blogdoriquetti.blogspot.com