O grave conflito
entre o Brasil e os Estados Unidos vai além das narrativas apresentadas
aos brasileiros tanto pela imprensa
patrocinada quanto pela engajada. Lembram da expressão “a torcida é livre”? –
Valia para o futebol, a politica, a zoação entre adolescentes e jovens ao longo
das décadas em que eu vivi, e que são muitas. Agora, porém, o torcer por uma
causa está indo muito além da responsabilidade. Os atores são poderosos e nós,
cidadãos comuns, somos as vítimas. Em quem acreditar?
As especulações,
as notícias plantadas e as verdadeiras andam confusas dentro de uma
enorme barca. E lá vai o real, natural, em meio ao analógico e o virtual.
Estamos numa enorme “Arca de Noé”, muito maior do que aquela que levou os
animais com o fito de preservarem-se as espécies diversas e a humana. E ficamos
confusos, perdidos, sem um rumo definito. E não temos em quem firmemente
acreditar.
Os interesses
norte-americanos são mais econômicos do que políticos. E os nossos se pautam
mais na política do que na economia, exceção feita ao empresariado que vive num
mar de incertezas, sem saberem se devem continuar produzindo ou parar. Sempre
digo que a capacidade de regeneração brasileira é fantástica. Do nada,
costumamos ressurgir com forças, a superação é formidável. Mas, no momento,
estamos num grande barco à deriva. E, quando isso vai acabar, quando voltaremos
à normalidade, só Deus sabe. Eu tenho minha posição pessoal; Tudo pode ser
consertado a partir de um novo Governo, em 2027. Até lá, vamos continuar entre
pequenas vitórias e grandes derrotas. Catastrofismo? – Não! Apenas a
constatação de uma triste e preocupante realidade.
Aos Estados
Unidos muito interessa o aço e o alumínio. E, provavelmente, as terras raras, críticas,
sejam o Brasil, da China, da Ucrânia ou de qualquer território que seja. A
política é apenas uma cortina de fumaça. O Brasil representa apenas 1,1 por
cento do que eles importam. Nossa choramingueira não vai comover o pessoal de
lá. Apenas carnes, sucos de laranja, alumínio e aço, café e aviões nossos têm
forte mercado por lá. Até a Indonésia e o Vietnã já fecharam acordo com os
norte-americanos. Mas o Governo Brasileiro, pela conveniência da candidatura de
Luiz Inácio à reeleição, pouco interessa dialogar. Os empresários e oito
senadores que para lá foram é que estão tentando arrumar uma saída para a crise
das tarifas.
E o rombo contra
os aposentados do INSS, como é que fica? Ninguém vai ser penalizado? As noticias
do tarifaço de Trump sufocaram o assunto. Parece que nada aconteceu...
Perdas humanas
irreparáveis – Todo o ser humano tem o seu valor, sua importância. Alguns com
maior e outros com menor influência, mas cada ser é único e especial, portanto
cada um tem algo a nos oferecer ou a pedir.
Doutor Miguel
Igor Russowsky, o perdemos muito jovem para os tempos atuais. Eu o conhecia há
três décadas, tivemos pequenas relações em termos de negócios da saúde. Há
dezessete anos moro em Joaçaba e, há pelos menos uns dez, costumávamos
conversar na Pista do Clube Comercial, onde eu corria e ele caminhava. Umas
paradinhas e umas conversas, a troca de informações, alguns causos, opinião
convergente na política, saúde, família, cultura, literatura. Entre eu, minha
esposa e ele, foi crescendo uma amizade sincera e desinteressada.
A notícia de sua
partida nos trouxe dor, embora que o que lhe aconteceu era esperado. Seguidamente
nos relatava sobre sua condição clínica, muito preocupante. Encarava tudo como
se estivesse lidando com os seus pacientes, não como ele mesmo. A literatura
nos aproximava, uma vez que era filho de um dos maiores sonetistas brasileiros.
E a mãe, Dona Vitória, era capinzalense, minha conterrânea. Doutor Miguel, seu
pai, iniciou a carreira de médico em Capinzal. Consolidou-a aqui em Joaçaba,
foi grande empreendedor na Saúde e na cultura. Doutor Miguel, Miguelzinho ou
Miguelito, não importa como o chamavam, era um ser humano muito sensível,
cordato, uma pessoa altamente confiável. Fique com Deus, amigo!
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC
em 31-07-2025
O Império do Caos mira o Brasil para atingir o BRICS,
ResponderExcluirHoje, os americanos, correm o risco de perder o Brasil e isso para eles seria uma tragédia. Para nós, não, seria a libertação que tanto queremos.
Apesar de todas as dificuldades o governo Lula e nossa diplomacia estão dando uma aula de como enfrentar o touro. Não podemos e não devemos em hipótese alguma negociar nossa soberania; Há que seguir a Constituição e negociar dentro dela.
Eu fico com aquilo que Miguel Paiva escreve hoje:
AQUI ESTÁ DIZENDO QUA A TIVIDADE INDUSTRIAL CRESCEU, A INFLAÇÃO ESTÁ CONTROLADA, O PAÍS SAIU DO MAPA DA FOME, O PIB AUMENTOU, O DESEMPREGO DIMINUIU E MUITO, A ZAMBELLI ES´TÁ PRESA, O TRUMP AJUDOU A POPULARIDADE DO LULA E O BRASIL NÃO VAI ABRIR MÃO DA SOBERANIA.
Em tempo: o assalto ao INSS, é bom que se diga, começou no governo do inelegível quando este desarmou todos os mecanismos de fiscalização e incentivou a bandalheira. Isso não aconteceu só com o INSS, em todas as áreas ele facilitou a anarquia e o assalto: na Amazónia, então, foi o caos, com a ajuda de parlamentares e senadores, que hoje inclusive são governadores, incentivou criminosamente a destruição da floresta e a exploração de minérios através do garimpo ilegal...
O Brasil é uma coisa fascinante e eu procuro ler muito sobre ele.
'Como disse Tom Jobim: "O Brasil não é para principiantes"
Quando assisto ou leio as loucuras de Trump me lembro o que escreveu José Martí:
"Vivi en el monstruo, y le conozco las entrñas";