sexta-feira, 23 de junho de 2017

MSC Magnifica, uma Broadway Flutuante


Camila Jatobá — Mãos ao alto

Camila Jatobá - puro talento e romantismo

Conheci-a no MSC Magnífica...há 4 anos.

          Em meados de janeiro tivemos nossa segunda experiência com cruzeiros. Saímos do Porto de Santos no dia 13 e retornamos ali no dia 20. Destinos: Punta Del Este, Buenos Aires e Montevidéo. Vivemos muitos momentos Broadway na viagem e nos deliciamos com isso. No MSC Magnifica fazem  grandes espetáculos musicais, há uma Broadway flutuante, um teatro, o Royal Theatre, com fina decoração em base de um verde envelhecido. A  de todos os ambientes é fantástica. Destaco o Tiger Bar e o Ametista Lounge como os mais acolhedores e sofisticados.

          Numa das esperas para o jantar ficamos no exuberante Topazio Bar, onde a cantora bahiana Camila Jatobá, vestindo um elegante longo,  branco,  interpretava:

 "Como Vai Você?
 Eu preciso saber da sua vida
 Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber
Como vai...você?"

         Era a música do Roberto Carlos que embalava nossos sonhos  dos tempos de juventude, lá do Clube 25 e no Apollo, em Porto União, bons tempos em que eu tínha longos e encaracolados cabelos e  muita energia jovem.  Vibrei com isso!

          Tirei fotos da Camila, conversei com ela, disse-lhe que tinha muito talento. E tem mesmo! É uma cantora fadada ao sucesso, sei que tem muitos fãs no Nordeste, onde é mais conhecida.  Ela mesma me deu o nome da outra cantora que a sucedeu, Marinês Fugueiredo, uma brasileira de Santos que canta um pop internacional com muita boa voz, postura, dicção e afinação. Disse-me a Camila que as demais cantoras consideram a Marinês a "professora" delas, que lhes dá muita força e até as orienta. Percebi que ela realmente é uma madrinha para as demais, tanto que, num dado momento de sua apresentação, convidou uma bela waiter, a Paola Suarez Heighes, peruana, para estar com ela no palco. As duas entoaram um maravilhoso dueto. Fiquei encantado com aquela singela improvisação!

          Nos dias seguintes conersamos algumas vezes com a Paola, ela tem formação acadêmica em seu país na área de serviços para cassinos. Muito cordial e competente em seu trabalho. Domina muito bem a língua portuguesa. Aliás, esse pessoal que trabalha nos navios tem sempre bom nível de formação escolar e falam no mínimo umas três línguas. Os mais antigos dominam diversos idiomas.

          Na terceira noite, no Royal Theatre, assistimos ao espetáculo "Sonhando Broadway", que fazia referência à ascensão de uma cantora negra ao estrelato, saída de uma daquelas igrejas em que os afroamericanos entoam aqueles belos hinos Evangélicos e muito soul-music para o estrelato. Eu observava a estrela morena que cantava  num elegante vestido longo, púrpura brilhante,  músicas de sucesso nos Estados Unidos,  e imaginava que seria  dublagem. Não acreditava que estivesse cantando, parecia mais uma dubladora fazendo movimentos magistrais com o corpo. Parecia impossível que pudesse cantar e movimentar-se com tanta elegância. Depois, entra um rapaz claro, engalanado,  e formam um espetacular dueto. Passo a perceber que os dois têm atrelados pequenos mas resolutivos microfones, e o público aplaude, freneticamente, cada apresentação de ambos.

          Adiante, o apresentador, Netinho,  anuncia que a cantora  irá interpretar uma canção homenageando sau pátria de origem e ela sai cantando um sucesso de Roberto Carlos. O público se levanta e, endoidecido, delirante, aplaude-a em pé. Merecedora consagração à intérprete, nossa talentosa brasileira que nos brindou sendo protagonista daquele espetáculo. Aquele efeito Brasil reinou em todos os nossos corações...

          Foram muitos espetáculos musicais nas sete noites da viagem. Coreografias que nos embasbacavam compunham os cenários. Tudo muito encantador. Até mesmo o piano solitário localizado no "Le Gocce", em que a elegante Gisela executava seus clássicos, parecia flutuar sobre as águas. Um cenário muito bem composto, com um piso de vidro bem transparente, mostrava-nos a água que mole e harmonicamente,  bailava sob o mesmo...  E bailavam, também, meus sonhos e meu coração!

Euclides Riquetti

Nuvem cinzenta

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Não quero ser uma nuvem cinzenta
A confundir teu pensamento
Quero apenas diluir-me no firmamento
Vagar na atmosfera turbulenta.

Não quero ser apenas um relâmpago
A rabiscar a infinita escuridão
Apenas ser a relva a cobrir  o chão
Aparando a chuva que vem em cântaros.

E, mesmo no pisoteio dos passantes
Restar amassada para ressurgir
E, feita uma fênix emergir
Liberta do peso dos pisantes.

E, sorvendo a energia do sol que haverá de vir
Dizer-te: Vem e pisa em meu coração
Só não mates minha grande paixão
O grande amor que guardo dentro em mim...

Por ti, pra ti, para ti!

Euclides Riquetti

Tragédia: As lembranças de Dona Noeli!

'O grupo de Operação de Resgate da Força Aérea Brasileira (FAB) encontrou, na manhã do último domingo de 2009 (27 de dezembro), por volta das 10h, os destroços do helicóptero Robinson R-44, matrícula PR-VVC, que estava desaparecido desde quarta-feira, 23, no balneário de Pedra Caída, a 23 quilômetros da sede do município de Carolina.
Os destroços foram localizados pela equipe que estava em um helicóptero H-1H da Aeronáutica. A equipe de militares desceu no local do acidente e confirmou que os destroços eram do helicóptero desaparecido desde o dia 23. Os corpos do piloto Endel Gabriel e do copiloto Aloysio Teixeira Barbosa foram encontrados carbonizados. Aloysio Teixeira Barbosa era casado com Raissa Rodrigues Murad, filha de Roosevelt Murad, dono do Colégio Dom Bosco" (Manoel Santos)


          Conheci a Dona Noeli Lorenzetti Gabriel num jogo de "voleibol câmbio", na Colônia de Férias do Hotel SESC do Cacupé, em Florianópolis, na tarde do dia 07 de novembro deste ano. Estava ali, ao lado da quadra, vendo o jogo. Convidei-a a entrar no jogo, pelo nosso time. Justificou-se, disse que não estava acostumada a jogar. Era educada, demonstrava ser uma pessoa muito respeitosa e sensível. Acabou aceitando o convite e participou das brincadeiras que nos eram oferecidas pelos recreadores do SESC. No seu crachá, o nome: Noeli. As amigas a chamavam de Noila!

          No dia 9, sábado,  nos encontramos na fila do Restaurante, na hora do almoço. Já havíamos retirado as bagagens dos alojamentos, deveríamos voltar a Joaçaba logo depois.  E, nessas ocasiões, costumamos fazer amizades com pessoas que trazem si  seus segredos, suas histórias, seus dramas.  E, assim, nem me lembro como, começamos a conversar, eu e a Noila,  como se fôssemos amigos de longa data. Foi imediata empatia. Falamos de família, de filhos. Ela é de Concórdia, eu disse que morava em Joaçaba, então  passou a me relatar sobre um filho que morara em Joaçaba quando ele tinha 22 anos, era piloto de aviões e instrutor de voo. Viera para Joaçaba para dar aulas de voo no Aeroclube.

          Dona Noila falava-me com alegria do filho, com muito orgulho. Disse-me que aqui ele viera jovem e surpreendeu os Srs. Beló e Avelino Dorini Primo, pois estes não imaginavam que alguém tão jovem pudesse vir ensiná-los a pilotar aviões.

          Perguntei-lhe onde ele estava e seu rosto serenou, mas sem perder o brilho do semblante de uma mãe que fala com orgulho do filho: "Meu filho morreu, foi em 23 de dezembro de 2009, no Maranhão. Ele estava pilotando um helicóptero, que caiu numa mata. Ele e o co-piloto morreram  só foram achados quatro dias depois... "

          Fiquei enternecido. Aquela senhora bondosa, que deixava simpatia transbordar de seu coração, falava com alegria do filho que perdera. Contou-me sobre o drama de esperar, por quatro dias,  notícias sobre a localização do filho desaparecido nos céus de Carolina, uma cidade do Maranhão, para onde fora pilotar depois que foi embora de Joaçaba.  E, quando a notícia veio, apenas a confirmação de que ele, Enndel Gabriel, e seu co-piloto Aloysio, havia perdido a vida, seus corpos foram encontrados carbonizados.

          Imaginei o sofrimento daquela mãe, que tudo fez para que seu filho tivesse uma boa educação, apoiando-o na realização de seus sonhos. E ela me dizia que não estava triste, pois sabia que ele estava fazendo aquilo de que gostava. Disse que ele estava num grande momento da vida, muito feliz com o relacionamento que mantinha com a noiva, Daniele Leite, e com o seu trabalho. Pediu-me que quando encontrasse o Primo lhe falasse que a conhecera, perguntasse sobre a vida o  Enndel Gabriel aqui em Joaçaba.

          Pois tive contato com o Primo, meu amigo dos tempos de adolescência, lá de Capinzal. Encontrei-o nesta semana numa loja no centro de Joaçaba, ele mora e trabalha aqui.  Disse-me que o piloto era formidável, que foi o melhor instrutor que conhecera. Que o rapaz morou no centro de Joaçaba, tinha muitos amigos por aqui. Aprendera muito sobre aviões com ele. Fez seu serviço e depois foi embora..,

          Uma das coisas que muito me marcou foi o reconhecimento de Dona Noeli com relação ao pessoal aqui de Joaçaba. Disse que, mesmo depois de mais de uma década, foram lá confortar a família quando da tragédia. E reafirmava-me que, mesmo tendo perdido o filho, aos 36 anos, tinha saudades, mas estava feliz, pois sabia que ele fora um piloto feliz e realizado.

          Na viagem de volta, conversamos sobre outros assuntos, sobre "viver a vida", sobre ter família, sobre gostar das pessoas, admirá-las. Pois, que este Natal seja para ela e seus familiares um belo momento, o de celebrar as lembranças boas que lhe ficaram no coração.

Abraço bem afetuoso, Noila!

Euclides Riquetti
23-12-2013

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Revisitando o Deus Negro

          Não sei o porquê de hoje ter-me voltado à década de 1970, uma das mais produtivas de minha vida. Mas algo me impeliu a retornar a ela e, por conseguinte, relembrar de como era a vida dos jovens. Eu queria estudar, fazer uma carreira, construir uma vida digna, ter confortos que não tive antes, "ser alguém". E então  lembrei-me de pessoas que me apoiaram, me ajudaram... e também dos que me jogavam na vala da "ninguenzada".

           Quanta coisa contabilizei naquela década: Fiz 18 anos, terminei o curso de Técnico em Contabilidade, passei no vestibular, mudei de cidade, de estado, de trabalho, badalei muito, namorei,  terminei meu curso de Letras/Inglês, casei-me, tirei carteira de motorista, comprei meu primeiro carro, fiz concurso para professor, fiz minha casa, tive duas filhas, gêmeas. Ah, e escrevi algumas poesias que acabei jogando no lixo. Como gostaria de reavê-las! Apenas duas salvei, porque foram publicadas num livro, em União da Vitória e me restaram "Tu" e "Uma Oração para Você", esta muito significativa, que compus no verdor de meus 20 anos...

          Naquela década,  usávamos cabelos compridos, calças boca-de-sino e mais adiante pantalonas, camisa xadrez ou com estampas florais,  meias vermelhas, perfume Lancaster ou Pretty Peach. E, quem conseguia obter,  calça Lee ou Levi´s importada, indigo-blue. Era bacana ter jaquetas Lee ou então verde-oliva, a cor do Exército Brasileiro. Comprávamos distintivos "US Army" ou "Marinner", que aplicávamos nos ombros das jaquetas,  e isso era marca de prestígio perante a galera. Alguns conseguiam umas camisetas de malha de algodão que tinham a inscrição: "University of Californy" ou "Columbus University". Isso significava sucesso garantido.

          E as mulheres? Bem, a maioria delas também usava roupas assim, unissex. E a minissaia dos anos 1960 e as saint tropez  acabaram  substiuídas  por shorts curtos, aquelas meias "cabaret" e botas de cano médio ou longo. E, a partir de 72,  aquela onda de, no inverno, usar blusa de tricô e meia da mesma lã e das mesmas cores.

          Nos cinemas Guiliano Gemma fazia o Ringo derreter os corações das mulheres e as múscas italianas e  francesas que vinham nos compactos simples ou duplos e nos long-pays imperavam nas rádios.  A onda "inglês" veio meio junto, com  "The Beatles" em seu rock.

          Mas a grande onda da década veio por conta de uma ofensiva da Igreja Católica no sentido de mobilizar as novas lideranças jovens e reanimar as já maduras para suas lides religiosas.  Começaram com o cursíhos, obra iniciada na Espanha bem antes do que no Brasil.  Nunca participei de um, mas muitos amigos meus fizeram parte de ações cursilhistas. Jovens que optaram por deixar o seminário passaram a atuar como professores ou engajando-se nas atividades da Igreja. Inteligentes e com boa formação,  eram bons exemplos a serem seguidos.

         Foi nessa época que o corumbaense que foi para São Paulo aos 16 anos, Neimar de Barros, deixou o trabalho de junto à TV do Sílvio Santos, onde dirigiu os programas "Cidade Contra Cidade" e "Boa Noite Cinderela" e converteu-se de ateu para Católico Apostólico Romano. Tornou-se escritor poeta e pensador,  e passou a ter forte liderança dento da Igraja Católica. Visitou mais de 4.000 comunidades religiosas e vendeu mais de 4 milhões de exemplares de seus mais de 10 livros que escreveu nas línguas portuguesa e espanhola.

          Em 77, quando eu me iniciava efetivamente no Magistério Catarinense, na Comunidade de Duas Pontes, hoje município de Zortéa, em Santa Catarina, a moda  era ler "Deus Negro", de Neimar de Barros. Logo depois surgiram outros livros dele e o que mais chamava  atenção era "O Diabo é Cor-de-rosa". Todos liam, recomendavam, iam passando adiante a idologia, o pensamento do convertido autor. E, em seu rastro,  também vinha o Artur Miranda, que conheci lá na Casa Paroquial de Capinzal.
          Em 1986 Barros concedeu uma entrevista à Revista Veja que fez grandes estrondos nos meios religiosos brasileiros. Declarou que estava infiltrado na Igreja a serviço da maçonaria ( o que nunca foi comprovado, acho que foi invencionismo dele), que estava descobrindo os podres da mesma e disposto a revelá-los para o mundo. E declinou diversas "vergonhas" que estariam acontecendo nos meios eclesiásticos. A repercussão foi das piores.

         Eu tinha lido justamente os dois livros que mencionei, entrei na onda da época, era imaturo, não tinha propriedade sobre minha opinião ainda. Fiquei muito revoltado com ele e mesmo os comentários que li sobre ele, oriundos de seus admiradores internautas, não me fizeram mudar em relação ao péssimo conceito que formei a seu respeito. Acho que ele foi ou oportunista, ganhando muito dinheiro e se promovendo em cima da de nossa Fé, ou  um baita enganado,  que usou de meios pouco legítimos para atingir  seus nebulosos objetivos.

          Acho que de bom alguma coisa restou nessa história:  muitos jovens, na época, foram surgindo como lideranças nas cidades, alguns que se conheceram nesses encontros até constituíram família, tornaram-se importantes gestores públicos e privados, emprendedores, educadores. Enfim, essa geração teenager que tornou-se adulta  naquela década, deixou filhos com elevado nível de formação pessoal e intelectual que estão espalhados pelo Brasil e pelo mundo,  fazendo sua parte no contexto de nossa história.

          No ano passado, dia 06 de maio, bastante debilitado em função do Alzaimer de que estava acometido, Neimar de Barros veio a falecer. Sua morte passou em branco. Não pela doença, mas por ter sido rejeitado pelos eus fãs em razão da falta de coerência entre o que pregou e o que deixou de concreto como exemplo. Caiu no ostracismo e os brasileiros o esqueceram. Só lembram de seu nome os pré-idosos que viveram em seu tempo. Os outros, só conhecem o Neymar que joga no Santos, baita craque de bola!

Euclides Riquetti
27-02-2013
         

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Uma janela entreaberta

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Uma janela entreaberta
Uma porta fechada...
Haverá uma  hora certa
De sair para a calçada?

Um coração aberto
Uma alma delicada!
Qual será o seu pecado
Morena da pele bronzeada?

Uma lágrima sentida
Um olhar muito distante.
Por que assim, desiludida
Se a vida é tão importante?

Um pensamento guardado
Uma voz suave e bonita.
O seio me incita ao pecado...
Haverá uma palavra não dita?

Uma atitude que falta
O temor a uma paixão...
Por que não tirar a alça
Que prende o seu coração?

Uma manhã de sol quente
Uma tarde de verão.
Por que não ficam noite sempre
Noite de amor e paixão?

Um jardim com poucas plantas
Poucas flores, poucas rosas...
Por que não cultivá-las, tantas
Iguais a você, tão formosa???


Euclides Riquetti

terça-feira, 20 de junho de 2017

No silêncio da madrugada...


Acordo na madrugada, num repente
Apenas a música do silêncio e da magia...
Não há mais barulhos, foi-se a gente
Na fresca madrugada, calma e silente
Apenas uma leve nostalgia!

Na madrugada do lençol macio, da cama quente
Um frágil pulsar de corações
Nos corpos que se encostam levemente
Quando  amantes  se perdem sutilmente
E brotam mil amores, mil paixões.

É no silêncio da madrugada que eu escuto seu coração
Não sei  de onde, mas manda-me sua música contagiante
De seu pulsar harmônico embebido de paixão.

É na madrugada que meu pensamento move-se no ar
E vai em busca  de seus olhos cativantes
Vai em busca de encontrar seu belo olhar...

Euclides Riquetti

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Fim de tarde...


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Fim de tarde:
O sol começa a se por
O coração a se opor...
E as almas ardem.
É fim de tarde!

Fim de tarde:
As sombras da noite se libertam
E flertam...
Flertam comigo
Contigo
Flertam...

Fim de tarde: a noite vem.
Vem, como as demais
Quando cessam os pardais
E há o encontro dos pensamentos casuais
Na noite que vem
Escura...

Fim de tarde:
Da noite emergente é o prenúncio
Da  manhã que vem é prévio anúncio
É mais um fim de tarde:
Como as demais
(Não voltará, não, nunca,  jamais)
O que vai, não volta mais...
Apenas volta, no firmamento
A lembramça de ti em meu pensamento.

Mas, como a tarde, tu também vais
E não voltas...(mais!)

Euclides Riquetti

Um dia você chorou...

Atraente, Bela, Chorando, Escuro, Feminino, Menina


Um dia você chorou, vibrou, vibrou, chorou
Seus belos olhos encheram-se de gotinhas de cristal
Você que calou, sofreu, sofreu, calou
Seu grito de alegria fez explodir, afinal.

Você esteve lá, elegante, glamourosa
De seu rosto moreno brotou um sorriso sensual
De seus lábios saíram as palavras mais carinhosas
Você vibrou com a conquista colossal!

Na madrugada silenciosa me veio seu doce sorriso
As palavras mágicas se embalaram no meu ser
E seu rosto comovido, bonito,  me encantou...

Então, meu coração bateu mais forte, mais preciso
E, no papel, pus este soneto pra dizer:
Você é o algo belo com que Deus nos presenteou!

Euclides Riquett

domingo, 18 de junho de 2017

Há exatos 40 anos perdi meu pai...

         

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          Há exatos 40 anos hoje, perdi meu pai... Ele tinha 55 anos e foi acometido de doença muito grave. Minha mãe estava com 53. Ficamos os seis filhos sem o querido pai. Quase perdemos o rumo!
       
          Agora, tanto tempo já passado, nossa vida mudou muito. Ele teria hoje, os nove netos e um que está por vir. Uma bisneta. Não conheceu nenhum deles. Perdemos um ótimo pai, pessoa de muita cultura e conhecimento. Líder, nos dava bons exemplos e ensinamentos. Colocou-nos no caminho do bem e isso foi o maior legado que nos deixou.

         Parece-me que tudo foi ontem. Lembro-me de cada detalhe dos últimos tempos de vida dele. Eu estava com 24 anos de idade e vivera metade deles longe da família. E isso me entristece, pois quando eu estava em condições de entender bem a vida, de buscar mais informações sobre a vida dele, eu o perdi. Por isso mesmo, quando tenho oportunidade de estar perto de meus filhos, faço-o com muita alegria. Nos últimos 5 dias, passamos perto do Fabrício e da Luana, em Curitiba, e da Michele e do Daniel, em Ponta Grossa. E ainda vamos rever a Caroline e a neta Júlia.

          Amar e valorizar os familiares é dignificante e prazeroso. Mesmo tendo muitas saudades, lembro com carinho de todos os momentos que vivi com o Guerino. Fomos até contemporâneos na Fafi, em União da Vitória. . Eu cursava Letras e ele Geociências. Em 1974 parou seus estudos porque adoecera e em 1975 faleceu.

          Agora, com a mesma saudade intensa e o mesmo carinho, procuro propagar sua memória. Mais do que ter virado nome de rua, de escola, de biblioteca e de museu, o professor Guerino Riquetti foi meu pai, a quem muito admirei, por quem nutri muito amor, e de quem tenho muito orgulho.

Um carinhoso beijo n testa, um abração a você, lá no céu, da mesma forma que meu filho me abraça hoje.

Carinhosamente,

Euclides
18-06-2017

Nossa Senhora dos Pedágios


 Em viagem pelo Paraná, rezando por Nossa Senhora. Que ela nos acuda!




Nossa Senhora dos Pedágios
Protege os caminhoneiros
Livra-os dos concessionários
Que lhes tomam seus dinheiros!

Nossa Senhora das Estradas
Protege os heróis da boleia
Trabalham e não sobram nada
Pórco cán, porca miséria!

Nossa Senhora dos Borracheiros
Que consertam os pneus furados
Tenha dó desses  brasileiros
Que vivem tão  explorados!

Nossa Senhora dos Bons Motores
Faze sempre o melhor possível
Deixa limpos os bicos injetores
E segura o preço do óleo diesel!

Nossa Senhora do Bom Frete
Pede ao Governo pra que tape os buracos
Pois é a ele que compete
Conservar bem todo o asfalto!

E sempre que na banda da estrada
Tiver uma pequena gandaia
Fecha os olhos, não é nada
É apenas  uma boa parada...

Porque a vida não é só trabaio, tchó!

Euclides Riquetti
01-07-2013