sábado, 10 de fevereiro de 2018

Onde está a perfeição? - Poema ilustrado...


Estaria a perfeição na forma da obra do escultor
Ou na premonição dramática do velho profeta?
Estaria ela na arte sacra ou no desenho do pintor
Ou no soneto alexandrino de um pobre poeta?
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Estaria a perfeição na grácil destreza da ginasta
Ou nos movimentos harmoniosos da bailarina?
Estaria ela no cometa que vem e logo se afasta
Ou no luar prateado que os namorados ilumina?

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Estaria a perfeição nas águas límpidas da fonte
Os nos raios de sol que douram a sua pele macia?
Estaria ela na neve que decora os topos do montes
Ou na nuvem branca que nos encanta e contagia?

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Direi apenas que ela está na mulher idealizada
E no rosto ingênuo da criança que eu vejo em ti
Está na musa sedutora, no rosto da bela amada
Está naquela por quem meu coração sorri!

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Euclides Riquetti

Começou o Carnaval de Joaçaba

       Milhares de pessoas participaram do Carnafolia 2018, na A rena Bierbaun, Praça da Catedral, aqui em Joaçaba. A cidade está transformada, com significativas alterações no trânsito de sua área central.

       Mas o momento mais esperado de nosso Carnaval é o desfile das escolas de samba na Avenida XV de Novembro, na Passarela do Samba. Os desfiles tomarão duas noites da programação, sendo que neste sábado, teremos, a partir de 21,30 h, o desfile da poderosa Aliança, super estruturada, pentacampeã de nosso Carnaval. Em seguida, desfile do Trio Elétrico, com toda a participação popular. É a oportunidade de todos os que gostam de desfilar se mostrarem na Avenida.

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Escola de samba Aliança - Joaçaba - SC

       Neste ano, a Aliança nos traz com grande atrativo o dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus. Artista de renome nacional, é ais um dos famosos que a escola traz. Mas o forte da escola é sua disciplina. Todos os quesitos são previamente avaliados, de modo a não perderem pontos. Por isso mesmo é que tem levado os troféus de campeã nos últimos anos. O tema da Aliança para este ano é "Elo de Amor",

       No domingo, 11, duas escolas desfilarão pela Avenida: Unidos do Herval, da vizinha cidade de Herval d ´Oeste, e Acadêmicos do Grande Vale, de Joaçaba, ambas muito fortes também. A Unidos escolheu como tema para seu samba-enredo, "Índio quer apito, se não der, pau vai comer!". A Acadêmicos escolheu "Acadêmicos, o Exército da Paz".

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Unidos do Herval, a cada ano melhor no Carnaval

       Quem não tem ingresso, pode ver o desfile em ambas as noites nas áreas livres reservadas ao público. Já experimentei todos os lugares das passarela, desde os camarotes até as populares. E, como diz a Miriam, o melhor é ficar perto das cabines dos jurados, que é sempre o lugar onde os sambistas dão tudo de si para agradá-los.
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Acadêmicos do Grande Vale, a mais jovem escola,
costuma desfilar com muita garra e qualidade no
samba.

       Então, é aguardar para ver o belíssimo carnaval de Joaçaba e Herval d ´Oeste. São duas noites de desfiles e cinco de Carnafolia. A cidade está invadida por gente de todos os lugares, o esquema de segurança policial é muito forte e bem organizado, quem vem aqui pode divertir-se a valer.

Euclides Riquetti
10-02-2018

     
      

Visitando Evita Perón na Recoleta

Reeditando, para lembrar...

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          Na quarta-feira, 16, estivemos em Buenos Aires. Desejava conhecer aquela cidade por razões históricas, culturais e artísticas. E eu tinha um foco principal: visitar o jazigo da eterna Mãe dos Descamisados, Maria Eva Duarte Perón, a Evita, nossa Santa Evita. E conhecer a arquitetura da Recoleta. Enfim, estar na terra da arte, do (meu) sonho e do tango!.

          Após umas andanças por Palermo, chegamos à Recoleta. Uma guia, Sílvia, passava-nos, habilmente e num espanhol claro, todas as informações sobre a cidade. Sabia muito sobre Buenos Aires e toda a História Argentina. Não parecia uma simples guia, mas sim uma professora que conhecia, com profundidade, todos os fatos daquele país desde a sua fundação. Passamos pela  "9 de Julio", um avenidão para fazer-nos inveja. A mais larga do mundo.

          Eu lembrava das ruelas de Florianópolis e ficava imaginando como aquelas pessoas tiveram a visão, lá, de projetar e construir uma avenida com mais de 140 metros de largura. Muitos monumentos para seus heróis e, sobretudo, para sua heroína, a mãe de todos os argentinos, Evita. No edifício do Ministério de Obras Públicas, em 2011,  a Presidente Cristina Krchner inaugurou dois retratos moldados em ferro pelo artista argentino Daniel Santoro, com 31 metros de altura e 20 de largura, sendo que o assentado ao lado Sul mostra a Primeira Dama sorrindo para seus protegidos. Para o lado Norte, há um retrato dela discursando ao microfone,  com uma expressão bem firme, severa. Dizem que sorri para os pobres que habitavam o lado sul do Bairro Montserrat e que fala austeramente para os burgueses do lado norte.

          Era muita informação para processar. E atrativos para fotografar.

          Finalmente chegamos ao Cemitério da Recoleta. Uma inscrição,   em Latim, na fachada da entrada, dizia:  "Requiescant in pace" (Descansem em paz).   É um portal imenso, com cerca de 10 metros de altura, branco, e a inscrição e outros símbolos estão em dourado.   O que você imaginar de belezas arquitetônicas influenciadas pelo mundo Eurpoeu, especialmente por Paris, ali estão nos mausoléus. Somente os ricos podiam comprar terrenos ali. E estão isentos de pagar impostos anuais pela ocupação do solo do cemitério com seus jazigos. São proprietários vitalícios. Alguns deles estão abandonados, mas, de uma forma geral, a conservação é boa. Os bens são passados aos seus sucessores, que têm o direito de enterrarem seus entes queridos neles.

          Eu já havia pesquisado sobre a localização do túmulo da Evita e do Presidente Raúl Alfonsin,  ainda antes de sair de casa. Tão logo adentramos o local, fui andando pela ruela central e, logo depois, virei à esquerda, dirigi-me para onde havia um grupo de pessoas. Certamente que ali seria onde estaria Evita e minhas suspeitas foram confirmadas pela guia. Foi muito emocionante para mim, estar ali, mesmo sabendo que seu corpo está quatro metros abaixo do nível do piso, protegido por concreto. Querem que seu corpo não seja, jamais, dali retirado, uma vez que somente duas décadas  após sua morte foi ali sepultado.
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          Tirei fotos de todas as placas de bronze que estão afixadas na fachada o jazigo, edificado em granito negro. E dele em si. Passei a comentar com as pessoas sobre a vida dela e, mesmo meus 30 parceiros de viagem terem se afastado para cumprir o roteiro da visita, permaneci uns minutos ali, falando sobre a Evita para turistas de todos os lugares. Uma jovem brasileira, que estava com a mãe, mostrou-se muito interessada, disse-me que pouco ouvira falar, até então, daquela personalidade. Disse-me que iria, tão logo chegassem em casa, no Brasil, passar a estudar sobre aquele mito, que moreu aos 33 anos. Acho que arrumei mais uma fã brasileira para ela.

          Corri para localizar meus colegas de viagem e rapidamente os encontrei. Convenci a guia a mostrar-me qual era o jazigo do Presidente Alfonsín e somente eu, de minha turma, o visitei. Não poderia deixar de visitar um dos grandes lutadores pela redemocratização da Argentina. Fotografei rápido e voltei para o grupo. Lembrei-me o Juca Santos, que, num jantar na casa do Ademir Romani e da professora Vanilda, disse-me que, com a posse de Raúl  Alfonsín, eleito pelo voto direto, tudo ficaria resolvido na Argentina. E que, depois, com as eleições diretas que viriam também no Brasil, o resistente deputado Ulisses Guimarães iria ser nosso Presidente, e aqui também tudo se resolveria pela democracia...  (José Leonardo Santos era um jovem sonhador ...)

          Hoje, em todos os lugares de Buenos Aires, observa-se uma grande veneração por sua Santa. Os pobres, principalmente aqueles que habitam as favelas localizadas nas imediações e embaixo de um grande viaduto, porque ela é sua verdadeira heroína. Os burguses que habitam as mansões e prédios com características européias, renderam-se à  força da alma e ao carisma de Evita, e a respeitam. A mulher que conquistou o direito do voto para os argentinos, 60 anos após a sua morte, cada vez mais ocupa o coração deles e angarfia legiões de fãs na América do Sul e mesmo na Europa. Conhecendo sua história, não há como não se render aos seus encantos...

Euclides Riquetti
26-01-2013

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Evita Perón - Segunda Parte

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          A sedutora e carismática aspirante a atriz, Eva Duarte, que em sete anos saiu do anonimato para tornar-se Evita Perón, Primeira Dama da Argentina,  ídolo dos descamisados argentinos, conquistou o Poder através de sua liderança e da coerência de seus discursos. Casada com Juan Domingo  Perón, que alçou à condição de Presidente democraticamente e constitucionalmente eleito pelas classes trabalhadoras argentinas, Eva tornou-se um ícone da política de um país que ansiava por mudanças. Sua determinação e coragem, a firmeza de seus discursos e a simpatia angariada entre os pobres canalizou votos e mais votos para o marido, que se elegeu Presidente.

          As façanhas da líder que organizou e deu vida à Fundação Eva Perón, foram-se tornando notícia em todos os lugares do mundo. Uma jovem senhora, bonita, elegante, apaixonada, que sabia tocar fundo o coração de seus compatriotas, agia na Fundação, mantida com doações de empresários e até de trabalhadores que repassavam parte de seus aumentos salariais conquistados através das lutas de Evita. Lá, comandava voluntários e  organizava eventos esportivos e sociais, sempre com o intuito de contemplar os menos favorecidos. Fundou casas de saúde, de proteção ao idoso, à mãe solteira, e escolas.

          A partir de sua morte, vitimada que foi por câncer, em 26 de julho de 1952, aos 33 anos, Evita causou muita comoção dentre os argentinos. Seu corpo foi embalsamado e restou vestida em vestido de cetim branco e, com sua pele clara,  parecia apenas um anjo ou  uma princesa  adormecido dentro de um caixão. Após seus funerais, longos, seu corpo foi enterrado no Cemitério Monumental de Milão, na Itália, onde permaneceu por 16 anos, até 1971, quando o transferiram para a Espanha, onde se encontrava seu exilado marido.

          Apenas após a morte deste, em 1974, Isabelita Perón, viúva e terceira mulher do General Presidente providenciou para que o corpo de Evita  fosse trasladado para Buenos Aires, onde ficou exposto um tempo numa urna de vidro, perfeito, como se houvesse morrido há poucos dias. Depois, foi sepultado no Mausoléu da Família Duarte, no Cemitério da Recoleta, em Buenos Aires. A comovente e apaixonante história da jovem Primeira Dama, após sua morte, é tão envolvente como a de seu tempo em vida.

          A vida de Evita foi revivida num drama musical biográfico dirigido por Alan Parker em 1996, sendo que seu papel foi vivido pela cantora Madonna, contracenando com Jonathan Price, no papel de Peróm, e Antônio Banderas no de Che. Madonna, ao saber da intenção de Parker em produzir Evita, dirigiu-se uma carta praticamente implorando pelo papel. Cher, Meryl Streep, Maria Conchita Alonso e Michele Pfeiffer também estiveram cotadas para o papel, que coube a Madonna.

          A música de Andrew Lloyd Webber, Don´t cry for me Argentina, com letra de Tim Rice foi gravada inicialmente, em 1978, por Julie Covington, para a Peça "Evita".  Em Italiano, por Rita Pavone, e no Brasil por Cláudia, com o título de "Não chores por mim, Argentina". E em muitos outros idiomas. É um trabalho lírico tão envolvente que, em qualquer língua, desperta emoções indescritíveis. "Santa Evita", de quem já existem até intenções de canonização, merece o louvor dos argentinos e de nós que somos seus seguidores.

          Em 25 de julho de 2012, por ocasião do aniversário de 60 anos da morte de Evita, a cédula de 100 pesos argentinos passou a ter estampada a efígie de Evita Perón, substituindo a de um ex-Presidente. Ela mora no coração do sofrido povo argentino, sempre às voltas com seus problemas políticos e econômicos. Mas ainda inspira os romancistas, os cantadores e os poetas. Inclusive eu...

....

Euclides Riquetti
10-12-2012

Brilhou, de novo, o sol

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Brilhou, de novo, o sol que se ofuscara
Que se escondera ao final da Primavera
O sol fugidio  que  tanto me preocupara
Que me torturou pela angustiante espera.

Seu brilho pôs-me alegria no meu coração
Deu entusiasmo a este ser que se abalara
Reconduziu-o ao caminho da inspiração
Ao verso romântico que já se ausentara.

Brilhou o sol, brilharam a estrela e o luar
Fizeram com que voltasse toda a alegria
Depois que a busquei  para me confortar.

Então, os últimos dias do ano se salvaram
E vi dissipar-se a dúvida que me afligia 
E voltaram-me os sonhos que me faltaram.

Euclides Riquetti

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Evita Perón - A História de um Mito (primeira parte)


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          Quatro décadas após sua morte, Maria Eva Duarte de Perón, a Evita (07-05-1919 - 26-07-1952), ainda fascina poetas, escritores e diretores do cinema mundial. O fato de ela ter morrido de câncer, aos 33 anos, quando era a Primeira Dama da Argentina e estava no auge de sua popularidade,  muito contribuiu para a propagação de seu nome. Evita foi tema recorrente nos noticiários radiofônicos e televisivos do mundo pelo menos por duas décadas após a sua morte. E, até hoje, seus fãs, como eu, lembram dela com emoção.

          Em minha infância e juventude, muito ouvia falar de "Evita", a "Santa Evita", protetora dos descamisados e das mulheres da Argentina. Evita, que fora esposa do Presidente Juan Domingo Perón, tornou-se um mito, mais pelo seu carisma e talento político do que por seus dotes artísticos. Mas, até hoje, o povo argentino chora sua morte... Meu primeiro contato efetivo com sua história ocorreu em 1979, quando recebi a incumbência de um amigo e patrão, Lourenço Brancher,  de traduzir a ópera-rock que foi produzida em sua homenagem. Era um álbum com disco de vinil e a letra impressa de "Evita". Encantei-me com sua história, comecei a pesquisar sobre sua vida e fui lendo tudo o que pude encontrar sobre ela. Mais adiante, com o sucesso de uma música em sua homenagem, passei a emocionar-me em todos os momentos que a ouvi. Evita era bonita, mas muito mais bonita era sua história...

          Eva Duarte era filha de Juana Ibarguren, a bela amante de um fazendeiro do povoado de Los Toldos, localizado ao sul de Junin, Província de Buenos Aires. Juana fora adquirida pelo estancieiro, a troco de uma carroça e um jumento...Ela e mais quatro irmãos, um menino e três meninas,  foram criados na fazenda, ao mesmo tempo que seu pai, Juan Duarte, vivia com sua família e seus outros seis filhos legítimos, em Junin. O pai dava assistência aos filhos que teve com Juana, até que ele morreu. E os filhos de Juana eram constantemente humilhados por serem bastardos. Depois, a família, desprotegida, quando Eva tinha 11 anos, foi morar em Junin.

          Evita era obstinada em tornar-se atriz famosa e,  aos 15, com seu irmão Juancito, a  sonhadora foi trabalhar em Buenos Aires, levada pelo cantor de tangos Agustín Magaldi, onde pretendia fazer carreira como atriz de teatro e cinema.
          Desde criança, Eva sonhava em ser atriz, inspirando-se em Norma Shearer, americana. Queria ser igual a ela, ter as mesmas coisas belas que ela tinha, morar em casas como ela morava. Evita era uma sonhadora, tando que, ainda menina, dizia: "Só me casarei com um príncipe ou um presidente!"

          Conseguiu um papel no filme "Segundos Afuera", em 1937, e passou a integrar elencos de radionovelas, fazendo com que, aos poucos, fosse tornando-se conhecida em Buenos Aires.

          Seu conto de fadas, no entanto, começou a ganhar corpo em 1944, quando o então Coronel Juan Domingo Perón, Vice-presidente da República da Argentina, e Ministro do Trabalho e da Guerra, promoveu um evento artístico no Ginásio Luna Park, em, Buenos Aires,  para angariar fundos para as vítimas de um terremoto. Eva aproveitou-se da situação em que uma atriz que acompanhava o Coronel levantou-se e sentou-se em seu lugar, ao seu lado. Encantada que era com seu ídolo, disse-lhe, francamente, e do fundo de seu coração: "Coronel, obrigada por existir!"

          Dali para seu casamento com ele, no ano seguinte, foi apenas uma questão de tempo. Apaixonaram-se e, aos 25 anos, tornara-se esposa do político de grande influência em seu país, por defender as classes operárias. Ela, igualmente, defendia os pobres e as mulheres. Sofrera humilhações na infância e não queria o mesmo para seus compatriotas. Perón, em razão de suas posições fortes em favor dos operários, foi preso pelos militares conservadores. No entanto, a luz de Evita começa a brilhar mais fortemente, liderando comícios e manifestações em favor do amado, e ele é libertado.  E, em 1946, é eleito Presidente da Argentina, com o incondicional apoio de sua Evita.

          Evita consegue o direito de voto às mulheres e luta pelos seus "descamisados". Torna-se um mito. É idoltrada e venerada pelos argentinos,  e suas aparições na sacada da Casa Rosada atraem uma grande massa de seguidores. O sonho de mocinha que queria ser atriz é substituído pelo carisma e habilidade política. Suas palavras alentam e dão esperança de dias melhores para todos os que a admiram e ouvem. E, em apenas sete anos, a menina de Los Toldos transforma-se numa poderosa líder, a Líder Espiritual dos Argentinos, tornando-se parte integrante de sua vida e de sua história...



Euclides Riquetti
17-11-2012

Ganhar teu beijo...


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Quero dar-te um abraço terno
Um abraço simples, mas que seja eterno
Não mais descolar-me de ti:
Um eterno e terno abraço,  (em ti...)
Eterno, eterno abraço terno!

Quero levar-te o abraço do encantamento
O abraço que se perde no firmamento
E que se encontra, depois, ali depois do raio de sol
O abraço que se esconde... sob o branco lençol!
E que te percas em mim por um mágico momento...

Quero que aceites meu abraço dado
Quero que me apertes  no abraço apertado
O abraço na manhã que te surpreende
O abraço no teu corpo que me acende
E que busca o teu beijo sagrado...

Enfim, não te surpreendas, não
Com as reações de teu coração!
E não te assustes com minha ousadia
Nem  te incomodes com tanta rebeldia
Pois quero apenas tua atenção.

Quero dar-te um abraço terno
Quero ganhar teu beijo, quero muito, quero!

Euclides Riquetti

Lição de Amor - O Filme

Escrito e publicado há 5 anos...


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           Quando, em 03 de dezembro,  Michela Quattrochioche completar duas dúzias  de anos, poderá comemorar com muita alegria seu sucesso profissional. Nascida em Roma, ela participou de pelo menos cinco filmes de excelente qualidade e já encantou milhões de espectadores do mundo todo, que a viram na telona ou na telinha. Tem,  também , dois videoclips para a televisão em ser currículo.

         Em 1988, quando nasceu, Raoul Bova já ensaiava seus primeiros passos para a carreira arística, que começou a consolidar-se em 1992 e hoje, aos 42 nos,  contabiliza 46 hits no Cinema e 5 na Televisão. Quattrochioche e Bova têm em comum serem nascidos em Roma, e ainda dois talentosos atores do cinema internacional.

          Para seres românticos e sensíveis, nada melhor que um filme bem "romance" para alegrar a tarde de sábado. Vasculhando com o controle remoto meus canais assinados de TV, mais precisamente no "Telecine Touch", encontrei o filme que  parecia a meu melhor gosto, e fui buscar o ânimo e a inspiração que me faltavam para falar de coisas de que eu muito gosto.  Deparei-me com "Lição de Amor", (2008), cujo título original, em italiano, é "Schusa ma ti chiamo amore", ou numa tradução simples, "Desculpa-me, mas te chamo de amor", onde Michela interpreta Nikki, uma estudante do Ensino Médio, prestes a completar 18 anos, e Raoul, Alessando Belli (ou Alex), publicitário Diretor de Criação em uma Agência do ramo. A belíssima Michela Quattrochioche nos remete à beleza idealizada, um misto de Sophia  Loren e Cláudia Cardinalle. Atuação exuberante, beleza singular.

          O Diretor Frederico  Moccia realmente caprichou na produção, com magnífica interpretação dos protagonistas e do elenco, belíssimas locações e trilha sonora. Faz com que o espectador se embrenhe no clima romântico do filme, d trama simples, até previsível, mas de excelência para que gosta desse gênero.

        Em Lição de Amor, o publicitário bem sucedido atropela a estudante que conduz uma motoneta Vespa. Alex, 20 anos mais velho que Nikki,  vem de um noivado desfeito, envolve-se com a garota e, daí para a frente..., não lhe vou tirar o prazer de ver e sentir tudo no filme, você mesmo.

         Dois anos depois do primeiro  "Scusa...", a dose se repete com "Scusa ma ti voglio sposare", ou "Desculpa, quero casar contigo", com os mesmos atores.

Este, ainda não vi, mas o outro, recomendo veementemente para quem gosta de amor, romance, lirismo.

Assistir e curtir um "dolce fare niente"!

Euclides Riquetti
03-11-2012

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Pés descalços


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Pés descalços
Acariciam as calçadas
Abandonadas.
Corações em percalços
Com batidas descompassadas
Retumbam em almas maltratadas
Rejeitadas, mutiladas.


Pés nus buscam caminhos de luz
E pisam na relva umedecida
Adormecida
Sustentando o corpo que seduz.

O corpo que atrai
E que distrai
Furta meus pensamentos pecaminosos
Libidinosos...
E me mergulha nas águas
Me afoga nas mágoas.

Algo me atira às incertezas do momento
Que vaga lento, lento
Como a nau que vai
E se perde no infinito
Bonito...
Bonito, mas cheio de ruelas obtusas
Confusas
Como eu!

Euclides Riquetti

Abaixo do céu, em algum lugar


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Por debaixo do céu, em algum lugar
É possível que você esteja
Andando na beira do mar
Ou talvez rezando numa igreja
Mas, certamente que abaixo do céu
Você deve estar!

Não sei exatamente onde
Mas eu  posso imaginar
Não sei se você se esconde
Para eu não a encontrar.
Talvez eu tenha que a procurar
Na beira do mar!

Procurarei, sim, eternamente
Procurarei de modo diferente:
Escreverei um poema na areia
E, quem sabe você, vestida de sereia
Possa ler o meu recado
E, se for se seu agrado
Venha me encontrar!

Euclides Riquetti
23-12-2015


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Busque, constantemente, a felicidade



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Busque, constantemente, a sua felicidade
Busque encontrá-la perto ou na imensidão
Procure, na harmonia e na tranquilidade
Dar respostas ao que pede o seu coração.

Busque, firmemente, a sua felicidade
Busque alento para sua alma e seu ser
Resultado de imagem para imagem mulher olhando a imensidãoProcure nas pessoas a alegria e a bondade
Para reconquistar seu direito de reviver.

Busque, com toda a força de sua mente
Busque nas cidades, vilarejos ou no mar
Vá buscar respostas ao que você sente.

E, quando encontrar o que você procura
Comemore a alegria por de novo sonhar
Dissipadas que foram suas nuvens escuras!

Euclides Riquetti
06-02-2018






Bom dia, amore!



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Bom dia, amore!
Aqui estou!
Faça de conta que sou um fiore
Que em seu jardim desabrochou!

Um fiore pequenino
Que veio bebê
Que se tornou um menino
Que gostou de você...

Mas que se manteve fiore
E que lhe deu
E que recebeu
Carinho e amore:
Um sutil e romântico fiore!

Sou apenas isso:
Um fiore que sabe amar
Que busca sempre encontrar
Uma forma poética de lhe dizer
Que é importante viver
Sorrir e não chorar!

E, sobretudo:
Amar, amar, amar...

Euclides Riquetti

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

O tempo passa, sutilmente...passa!

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Passa o tempo, sutilmente  passa
Passa pra mim e  pra você  também
Infelizmente, nosso tempo passa

 (E você não vem e não me abraça)
Rápido, mas quieto, ele vai além...

Passa pra mim e pra você o tempo
Manhã vem, tarde vai, noite vem mais uma vez
Passa o dia de sol, passa o cinzento

 (E eu caminhando só, eu no  relento...)
Caminhando e pensando em você!

Passa o tempo como passa a vida!
Passa e nos deixa seus sinais
Há a hora da chegada, a hora da partida!

 (A hora esperada, e a que quero esquecida...)
 E há aquelas que eu quero mais e mais!

Euclides Riquetti

domingo, 4 de fevereiro de 2018

História do Xixo ... coisas de Porto União da Vitória

Reprise... escrevi em 2012:


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          O xixo é um alimento produzido basicamente com carne e muito popular na região Sul do Brasil. Em muitas cidades chamam de espetinho, ou espetinho de carne. Tem origem em países como a China, o Japão e a Russia, com 800  anos de história. Em cada lugar é feito com um tipo de carne, dependendo da preferência do consumidor, inclusive há casos de que misturam legumes em meio aos pedaços .Pejorativamente, chamam de "espetinho de gato" aquele que é vendido em praças públicas ou nas entradas de estádios. Mas é comum tendo gente vendendo xixo ao lado dos portões de cemitérios, em dias de finados.

          A ideia de escrever sobre o xixo me veio ontem à noite, quando meu filho Fabrício, o Gustavo Andrade, (Filho da  Nice, neto do Ivo Luiz Bazzo; e o Thiago Fagundes dos Passos, de Ibicaré,  com suas respectivas noivas, estiveram preparando peixes recheados na nossa garagem/churrasqueira de mnha casa, em Joaçaba. Discutiam sobre como fazer um bom xixo.

          Em minha infância, quando acompanhava meu pai, Guerino Riquetti, e seu inseparável e confidente sobrinho Rozimbo Baretta, nas festas em Ouro e Capinzal, percebia que os fabriqueiros (fabriccieri), dirigentes das capelas da Igreja Católica, retiravam os "miúdos", como coração e rins, dos animais, cortavam em pequenos pedaços e os assavam nos espetos para comer enquanto espetavam o churrasco e o punham ao fogo. Chamavam isso de aperitivo, que era ingerido junto com uma cachaça artesanal ou caipirinha de limão.

          Em minha juventude, quando fui para a Faculdade, em Porto União da Vitória, conheci o vedadeiro XIXO.  Deliciei-me. Era bom demais

          Meus amigos Leoclides Fraron, Odacir Giaretta e Osvaldo Bet, meus companheiros na "República Esquadrão da Vida", convidaram-me para ir à  Festa de São Pedro, no Bairro do mesmo nome, onde, em 1972, iam acender uma fogueira com 39 metros de altura, com circuito acionado por controle remoto (um par de fios e um interruptor de luz). Lembro que o Grupo de Jovens do Bairro, liderados pelo Fernando Crestani, alguns anos, levantavam a grande fogueira. E o Sr.  Carlos Ewaldo Unterstell, comerciante e benemérito,  foi foi o que acendeu a fogueira, cujo fogo começaba lá no alto, e depois vinha descendo. Ao longo as pessoas viam aquele clarão que iluminava aquela parte de Porto União.

          Mas, como nosso escopo é falar do xixo, digo que foi nessa festa que  conheci. Faziam até 20.000 espetinhos, usando 2.000 Kg de canes. Era composto por coxão mole de bovinos, pernil de porco e coração de porco. Mas tinha um sabor inigualável. Os espetinhos eram de um arame de aço, assado em calhas de latao, e havia umas ripas na horizontal,defronte äs barracas, onde pregos sustentavam as argolas dos espetos, e íamos retirando os pedacinhos e devorando. Os espetos eram reutilizados. Você os podia comprar nos supermercados Passos e Unterstell, a bom preço.

          Dez anos depois, quando morava em Ouro, meu cunhado Nei me visitou e propôs-me a fazermos um xixo. Utilizou, junto, filé de carne de frango.Eu não sabia que isso era possível. Mas ficou muito bom.

          No início da década de 1980, o Fernado Crestani veio de Porto União para trabalhar no Bradesco, em Capinzal, e retomamos a amizade. E eu lecionava também na CNEC, que estava com problemas financeiros para pahar aluguel e salários de nós, professores. Sugerimos fazer uma fogueira e vender xixo. Antes, numa festa junina do Mater Dolorum, o Ruites Andrioni, da APP, mandou o Zó Boico com o gol azul da Jarp buscar100Kg de xixo em Porto Uniao, pois se entendia que só lá sabiam prepará-lo. E ele conhecera o xixo na casa do irmão dele, meu amigo Urtenilo Andrioni, o Nilo, que morava no Porto.

          Na metade da festa, não havia mas xixo.

          O Crestani ensinou-me a fórmula do xixo para vender nas promoções e ter lucro. Depois ensinei-a para o  Guiomedes Proner,  Neivo Ceigol  e o Albino Baretta. E ficava uma delícia, todos elogiavam o tempero. Hoje muitos continuam a fazer  xixo com uma única espécie de carne, de bovinos ou de suínos. Mas á outras fórmulas de composição.

          Então, vejamos nosso procedimento: para terem-se 100 Kg de xixo e produzir de 900 A 1.00O espetinhos, utilizam-se:

- 35 Kg de carne bovinha de coxão mole,  macia;
- 35 Kg de carne de pernil suíno,  pura;
- 45 Kg de carne de coração de porco (retiras nervuras e gorduras);
- 3 litros de óleo comestível;
- 3 litros de vinho branco, seco;
- 3 Kg  de sal fino;
- 3 pacotes de orégano;
- salsa, folhas de cebola, manjerona, hortelã -pimenta ou outros temperos verdes compatíveis.

Corte tudo e tempere. Com estas quantidades obterás um mínimo de 100 Kg de xixo, próprios para 1.000 espetinhos.

          Lembrar das festas juninas deOuro, Capinzel e Porto União me remetem aos tempos e isso às saudades. Era muito bom levar as crianças para se deliciarem com o xixo, o cachorro-quente, os pés-de-moleque, cocadinhas, doces de batata ou de  abóbora, e ver as danças das quadrilhas.

Euclides Riquetti
28-10-2012





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Caminhar ao sol

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Caminhar ao sol, sorver seus raios dourados
Deliciar-se ternamente, feliz, feliz contente
Raios brilhantes, luminosos e  brilhados
Bronzeando as peles, os ombros elegantes
Aquecendo a alma da pensativa caminhante.

Caminhar ao sol, a mente navegando bem distante
E perdida em pensamentos já morenos
Em pecados que guiam passos errantes
Deletando da alma todos os venenos
Que possam inpregnar-se nos espíritos serenos.

Caminhar ao sol, como se em frio  intenso
Amenizá-lo, numa agradável sensação de bem-estar
Caminhar ao sol, num prazer imenso

Caminhar ao sol, embeber-se de luz e de  paixão
Deixar o pensamento leve a navegar
Afagar a alma, acalentar o coração!

Euclides Riquetti

Abobreiros x Porungueiros - Rio Capinzal era assim...l

         

Falcão - craque do Sorocaba e da Seleção Brasileira de
Futsal, jogou no Diletão, em Capinzal, em março de 2016.


          No início da década de 1980,  o futsal e o futebol de campo estavam efervescentes em Capinzal e Ouro. Na anterior, havia sido inaugurado o Ginásio Municipal de Esportes na área central da cidade de Ouro. Foi construído pelo Prefeito Adauto Colombo. Mais adiante, no início dos anos 90, batizamos de Ginásio André Colombo, numa homenagem ao pai do Adauto, uma pessoa respeitada na sociedade ourense, pela sua biografia. Apelidaram o Ginásio de Abobrão, porque nós, moradores do Ouro, éramos os "abobreiros", enquanto os capinzalenses, que costumavam chamar-nos de argentinos, éramos os proungueiros. Até mesmo por isso, tinha a cor de uma amarelo abóbora. Éramos abobreiros assumidos e identificados.

          Em 1982, após alguns anos de muito trabalho, conseguiram concluir do Ginásio de Esportes de Capinzal, maior, com mais metros e lances de arquibancadas. Foram muitos jogos, muita festa. Alguns apelidaram o mesmo de "Lesmão", porque houve demora na construção. Outros o chamam de Diletão, aumentativo de Dileto, o Prefeito que o idealizou e construiu. Devemos reconhecer e aplaudir o ato do amigo Dileto, pois tinha uma visão de futuro diferenciada, construindo uma obra compatível com o volume de praticantes de esportes em Capinzal e de adeptos dos jogos de quadra. Nós, do Ouro, demos um troco a eles: Apelidamos o seu ginásio de "Porungão", pois como eles nos chamavam de abobreiros, nós lhe devolvíamos de "porungueiros", então o ginásio deles era o Porungão.

          Nas festividades de inauguração, houve um jogo entre a CME de Ouro e  a de Capinzal, em que nós, do Ouro, aceitamos jogar com os de Capinzal mesmo sabendo que iríamos levar de goleada, pois eles treinavam há muito tempo. Ah, eu "jogava" na condição de Diretor Esportivo da CME, já que minha bola não tinha tamanho suficiente para estar no meio das feras. Acabamos vencendo o jogo com o Celito Andrioni de goleiro, o Matté, o Adônis, o Zanini, o Mídio, o Amantino Garcia, o Irenito Miqueloto de treinador. Time improvisado, ganhar foi motivo de grande comemoração.

          Mas, algum tempo depois, a Perdigão, de Videira, tinha um timaço de futsal. Era a base da Seleção Brasileira, e esta, diversas vezes campeã mundial de futsal. Somente alguns anos depois é que outros países, como a Espanha, conseguiram "encostar" no Brasil. Os astros maiores eram Jackson e  Douglas, que recebiam salários altíssimos e eram as verdadeiras feras, os "top" do futsal brasileiro e mundial. Equivaliam ao atual Falcão, ou ao já aposentado Manoel Tobias.   E, por uma gentileza do Altair Zanchet e dos Brandalise, Capinzal recebeu o time da Perdigão. Lembro-me que o Maurício Dambrós "fez chover" na quadra e o resultado acabou sendo 3 a 2, não sei pra quem.
          Mas, o acontecimento da noite, não foi o jogo memorável, com a presença daqueles astros de fama internacional no "Porungão". O grande espetáculo,  aconteceu no intervalo do jogo. As pessoas que compravam ingresso, guardavam-no e houve um sorteio em que algumas pessoas, sorteadas, iriam tentar fazer a "cesta de ouro", arremessando uma bola do círculo central da quadra, para atingir a cesta do basquetebol. Quem conseguisse o feito, ganharia uma Bicicleta. Ou seria uma TV? Ah, mas isso pouco importa, importa-me, sim, a sequência dos fatos, a vibração que um deles  provocou nas mais de duas mil pessoas que se encontravam naquela praça esportiva.

          Foi quando adentrou na quadra um menino de baixa estatura, óculos fundão de garrafa, boné de lã na cabeça,  sapato de couro   (ou seria botina), jaqueta, enfim, um sujeito todo enrolado na roupa, chamado Tuto. Sim, ele mesmo, o Fábio Carelli, irmão da Édila, filho do Tito Carelli e da Ires Gavazzoni. Pois não é que o Tuto, sob o olhar tenso  da galera, posicionou-se bem no centro da quadra, deus três quiques com a bola ao chão e "JUMP"!!!... , a bola passou o arinho circular, afundou-se na redinha lateral e  foi quicar novamente no piso da quadra, sem mesmo bater na tabela, sem mesmo raspar no aro de ferro. Ah, a galera foi à loucura. Os locutores da Rádio Capinzal, dentre eles o Álvaro de Oliveira, ficaram embasbacados. Não sabiam o que dizer... Os jogadores, que estavam voltando para a segunda etapa, imaginaram que os apupos eram para eles, sorriam... Que nada! Nosso herói era o Tuto, o Fábio Luiz Carelli, que jogava basquete e volei nos JECOs pelo Mater Dolorum, treinado pelo Professor Neivo Ceigol... Ah, que noite memorável foi aquela.  Foi o assunto do dia seguinte, da semana seguinte. Na rua, no mercado, nas rodas de amigos, só se falava no grande feito do Tuto!!!

          Já contei essa história para o Olir e o Diovan, lá da GIDUR, setor da Caixa em Chapecó, chefes do Tuto. Acho que isso até deveria render uma  promoçãozinha para o amigo, mas sei que as promoções ele conquista pela sua competência e que, na Caixa, não tem  isso de dar promoção porque o funcionário um dia foi um craque do basquete. Mas, que ele merece, ah, sim, merece. De qualquer forma, ele teve seus 15 minutos e seus 15 dias de fama. Pelo menos em Ouro e Capinzal!...


Euclides Riquetti
07-09-2012