sábado, 19 de agosto de 2023

Pele com cheiro de avelã

 


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Pele com cheiro de avelã

Paira algo  muito doce e  gostoso  no ar
É algo tão terno, difícil de se descrever
Talvez um verso novo para me encantar
Talvez uma estrofe que você possa ler.

Um poema de luz no céu é derramado
Com que eu  a proclamo e abençoo
No vasto universo de estrelas decorado
O céu abre lugar para seu cândido voo.

Venha, espalhe  pelos ares seu perfume
Traga-me suas palavras e sua candura
Seja no dia meu norte, na noite meu lume.

Traga seus lábios com gosto de hortelã
E a sua voz com aromas e com doçura
Quero beijar sua pele com cheiro de avelã.

Euclides Riquetti

Neve de 20 de agosto de 1965 - Uma paisagem europeia em Capinzal e Ouro


Há  58 anos, uma nevasca atingiu os estados do Sul do Brasil.  Reedito, aqui, a crônica que está publicada em meu livro "Crônicas do Vale do Rio do Peixe e outros Lugares - abril 2020:



Ouro - SC - Neve 1965 - foto arquivos RC -
Vista da Ponte Pênsil - antes do Rio, alojamentos
da Empresa Castello Branco S/A - que estava
restaurando a RFFSA


Capinzal SC - Neve 1965 - foto arquivo RC
Rua XV de Novembro - aos fundos OURO SC
antes do povoamento do Morro de Navegantes


          Quando se fala em épocas em que as pessoas viveram, ou mesmo para estimar quantos anos viveram, muitos têm o hábito de dizer:  "A fulana (ou o fulano), viveu mais de 100 anos, porque sempre me dizia que tinha presenciado x florações das taquaras".  Bem, uma pessoa que deve ter vivido muitas florações das taquaras foi o "Caboclo Estevão", que morou em Pinheiro Baixo, Ouro, e era homem de confiança de um de nossos pioneiros, o Veríssimo Américo Ribeiro, carroceiro. O Estêvão teria vindo com o colonizador da região de Vacaria-RS, trabalhou com os Ribeiro e depois foi para Bonsuecesso, e os que o conheceram dizem que ele era uma  pessoal leal e bondosa. Guardo comigo uma foto dele, cedida pelo amigo João Américo Ribeiro, que cuida da propriedade da família em Pinheiro Baixo. Ele deve ter vivido mais de 100 anos...  O caboclo tinha uma mão enorme. (O Benito Campioni, irmão da Márcia, minha colega de trabalho, também tem uma mão daquelas de segurar e derrubar boi no chão). Quando o encontro, brinco muito com ele sobre isso,  meu ex-vizinho, gente boa.

          Esse intróito todo, fi-lo para chegar ao assunto do título: as neves que tive o prazer de presenciar, e que marcaram, de alguma forma, a minha vida. Mas, diferentemente das florações das taquaras, ela não tem um ciclo definodo para vir.

          O inverno de 1965 foi muito forte no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Eu tinha doze anos, estudava no Ginásio Padre Anchieta, e começou a fazer muito frio naquela estação. Tínhamos uma casa nova, de madeira, bem desenhada, ali na Felip Schmidt, ao lado da Indústria de Bebidas Prima, onde produziam refrigerantes e engarrafavam vinhos e outras bebidas. Quando fizeram o "engarrafamento", escavaram o terreno e deixaram um barranco, que com as chuvas que precederam o inverno foi desmorronando, pondo nossa casa em risco de desabamento. Na noite do dia 19 para 20 de agosto, fazia muito frio. De manhã, meu pai, Guerino, acordou-nos cedo para vermos e espetáculo que se desenhava à nossa frente: Ali onde hoje há o Posto da Combustíveis da Família Dambrós, havia uns gramados e umas plantinhas sobre as terras que eram jogadas para formar um aterro, e tudo estava coberto de neve. A Ponte Nova estava recoberta por um manto alvo, e o mesmo era contemplado nos telhados das casas, a maioria de madeira. Até os cabos de aço de sustentação da ponte pênsil acumulavam camadas de neve. As ruas de Ouro e Capinzal pareciam aqueles caminhos que se veem em filmes,  numa autêntica paisagem europeia. Os poucos carros que havia, e as carroças e charretes, estavam todos recobertos pelo branco brilhante. Os telhados do Hospital São José, do Hotel Imperial, do Hotel do Túlio, do Cine Glória, do Cine Farroupilha, da Distribuidora de Peças e Acessórios, da Casa do Ernesto Zortéa, do Marcos Fortunato Penso, do Pedro Surdi, da Dona Dileta da Silva, do Adelino Casara, do Adelino Beviláqua, e de muitas outras edificações, era possível vê-los por nós, que observávamos a paisagem com nossos olhos originários do Ouro.

          O peso da neve mexeu com a estutura de nossa casa. Tivemos que abandoná-la. Fomos distribuídos nas casas dos parentes, dos tios Arlindo Baretta,  Adelino Casara e Victório Riquetti. Eu, fui para a casa da Tia Maria, do meu primo Moacir. Lembro-me bem, que à tarde, precisei ir à Comercial Baretta fazer umas compras para a tia, e meu único par de sapatos estava molhado, gelado. Fui com as chuteiras do Moacir, que tinha as traves altas , e que minha ingenuidade fazia-me pensar que a sola ficaria mais alta que a neve. Só ilusão: congelei os pés. Aulas suspensas. O Frei Gilberto (Giovani Tolu), suspendeu nossas aulas, estava muito feliz, porque via, aqui na América do Sul, a mesma nostálgica paisagem que sua mente trazia de sua infância na Itália.

          O Joe e a Bunny,  eram  norteameriacanos que atuavam junto aos Clubes 4-S no interior do Ouro, havendo um clube pioneiro em Linha Sul ( o primeiro de Santa Catarina),  moravam de pensão na casa do Sr. Guilherme e da Dona Mirian Doin.  Eles eram dos 4-H, clubes dos Estados Unidos da América que tinham as mesmas funções e objetivos que os 4-S do Brasil:  Head,  Hands, Heart, and Health, que em português entndíamos como: Saber, Servir, Sentir e Saúde.  Acostumados com a nove do Norte, fotografavam, faziam bonecos e esculturas. O Joe, que jogava basquetebol na quadra do Padre Anchieta com o Dr. Leônidas Ribeiro, o Rogério Toaldo e outros, era alto e usava óculos ( até para jogar). Ficou maravilhado com a neve. E, nós, tivemos que demolir nossa casa, da qual tenho muitas saudades...

         Como resultado do frio, houve perdas e animais nos sítios e fazendas. Lembro que houve muita mortandade de abelhas. Até mesmo o mel que vinha de Abdon Baptista, não veio mais. Não vinha mais o caminhãozinho carregado, com as latas de 20 Kg, com que estávamos acostumados. E o produto encareceu. AlIas, ficou sumido pelos anos seguintes, até que os enxames e as colmeias foram-se recompondo.

          Além dos eventos climáticos que resultaram na enchente de 1983, penso que a neve de 1965 seja o outro fenômeno que mais nos marcou.

          Ah, acho muito bonitas a neve e a geada. Mas, agora, com ar quente no carro, é muito mais fácil de encarar o frio. Viva a bela lembrança do passado!  E viva a moderna tecnologia!

Euclides Riquetti
15-07-2012

Busque o equilíbrio necessário (... não se deixe abalar!)








Busque o equilíbrio  necessário para sua vida
Não deixe que perturbações irrelevantes lhe  incomodem
Imagine que há pessoas que têm problemas bem maiores do que os seus...

Pense nos que nada têm
Não têm ninguém a esperar por eles
Não têm sequer uma cama para dormir
Ou uma xícara de café pela manhã...

Faça uma reflexão sobre suas perdas e suas conquistas
Veja que sempre há um saldo favorável
Sempre há um pequeno êxito obtido que pode ser comemorado...

Amanhã é um novo dia!
E virá outro e outros ainda.
Não se deixe abater pelas circunstâncias
Você não pode esmorecer nunca...

Quem venceu uma vez na vida
Vencerá outras  mais.

Deus abençoe você!

Euclides Riquetti

Veja como céu está bonito, hoje

 


Por que o céu é azul? Como o cientista John Tyndall descobriu a ...

Veja como céu está bonito, hoje


Veja como nosso céu está bonito, hoje
Decorado pelos raios deste sol dourado
Mas é certo que mais tarde ele some
E vem o escuro do anoitecer esperado.

Veja que há frio, mas também alegria
Mesmo com os pássaros escondidos
Sinto as mesmas emoções que já sentia
Antes de seus olhos terem envelhecido.

Sim, porque o tempo passa vil e célere
Não perdoa os erros e nem os tropeços
Enquanto dos poemas já perco a verve
E o envelhecer não perde meu endereço.

E é por isso que preciso cantar a vida
Com as palavras simples que aprendi
Colocar em poemas as dores sentidas
Pelos anos e amores que eu já perdi!

Euclides Riquetti

Tarde de sol...







Tarde de sol 

Manhã de céu desanimado
De sol se resignando, enfraquecido
Do vento triste, frio, acabrunhado
Dos rostos sóbrios, dos semblantes abatidos...

Tarde de gente altiva e animada
Rostos contentes e radiantes ressurgindo
Tarde doce, linda, ensolarada
O mundo inteiro está sorrindo.

Os corações tristes da manhã bem fria
Se alegraram na tarde redentora
E bailaram com as almas em harmonia.

De volta toda a energia reconfortante
Na espera pela noite promissora
Dos ternos sonhos e do sono deleitante.

Euclides Riquetti


Manhã de céu desanimado
De sol se resignando, enfraquecido
Do vento triste, frio, acabrunhado
Dos rostos sóbrios, dos semblantes abatidos...

Tarde de gente altiva e animada
Rostos contentes e radiantes ressurgindo
Tarde doce, linda, ensolarada
O mundo inteiro está sorrindo.

Os corações tristes da manhã bem fria
Se alegraram na tarde redentora
E bailaram com as almas em harmonia.

De volta toda a energia reconfortante
Na espera pela noite promissora
Dos ternos sonhos e do sono deleitante.

Euclides Riquetti

Que Deus proteja a todos!


Mais ricos, mais pobres: desigualdade de renda no Brasil é a maior ...

 

Que Deus proteja a todos!


Que Deus proteja a todos os seres
As pessoas, as plantas, os animais
E que não venham a sofrer jamais
Que Deus proteja a todos os seres!

Que Deus proteja a todos os seres
Primeiro os mais fracos e sofridos
Depois aqueles que são oprimidos
Que Deus proteja a todos os seres!

Que Deus proteja a todos os seres
Especialmente crianças inocentes
Também as mulheres benevolentes
Que Deus proteja a todos os seres!

Que Deus proteja a todos os seres
A mim, a você, às pessoas amadas
À sua família decente e louvada
Que Deus proteja a todos os seres!

Euclides Riquetti


www.blogdoriquetti.blogspot.com 

As dores dos espinhos do limoeiro

 





 

 
 
Tempos de incertezas, certamente
Dúvidas que afligem e atormentam
O amanhã que pode simplesmente
Apagar as chamas que alimentam...

Tempos de angústias e de medos
Futuro incerto, quase sem clareza
As vidas com seus enganos ledos
Toda alegria perdendo pra tristeza...

Tempos idos que talvez não voltem
Lembranças boas agora  já se vão
Se os  vulcões  as chamas cospem
Sofre muito mais meu coração!

As dores dos espinhos da roseira
Também dos que saem do limoeiro
Até o que brota da verde laranjeira
Machucam e me ferem por inteiro!

Perceba que no meu triste dilema
Da dor do espinho e da dor da alma
Resulta-me mais um triste poema
Nada mais me ajuda nem me acalma!

Euclides Riquetti

A vida em campo minado e areia movediça

 



       A vida humana está banalizada, pouco tem valido ultimamente, em especial no presente milênio. A toda hora você vê e ouve as barbaridades que acontecem com o ser humano. Assassinatos por motivos fúteis, relacionamentos entre seres incompatíveis e que se tornam tragédias, gente que é capaz de se promover para aparecer e tentar a notoriedade.

       Afora isso, vemos as grandes diferenças entre as classes sociais, vemos a facilidade com que alguns “bem promovidos” ganham muito dinheiro (e desperdiçam), enquanto outros precisam matar um leão por dia para sustentarem suas famílias.

       Consideremos a facilidade com que a fama coloca dinheiro  no  bolso de alguns jogadores de futebol e uns pseudo artistas. Cabelos coloridos ou com cortes exageradamente “criativos”, roupas estravagantes, chuteiras ou tênis multicoloridos, joias penduradas no corpo, metais no nariz e nos beiços, uma imagem composta para iludir os incautos.

       Como “é bobo quem quer”, precisamos tentar mostrar aos nossos pequenos, sejam filhos, netos ou sobrinhos, quais são as futilidades e quais as coisas sérias, o que garante a continuidade da vida e o que é modismo ou encheção de saco, como cuidar-se diante das adversidades e das armadilhas provocadas pelo ser humano que pouco respeita a vida do outro. Há um mundo real e um mundo virtual. Ambos são perigosos e precisamos no situar em condição de espreita. E, quem acredita em Deus, rezar! Vivemos a vida em campo minado e areia movediça!

       Acompanho a situação de muitos artistas do cinema e da tv que passaram dos setenta. O charme e a elegância continuam, há uma beleza na profundidade do olhar, a inteligência e o talento sempre presentes. Mas foram sendo substituídos por rostinhos bonitos, gente sem conteúdo... (E quem ainda se importa com conteúdo?). Algumas dessas pessoas estão entre as que me leem, que me seguem, que compreendem o que escrevo, que curtem meus poemas e se manifestam positivamente sobre meus escritos. Pesquise, leitor, sobre o retiro dos artistas, do Rio de Janeiro, veja quem está morando lá no fim da vida, olhe bem para as fotos atuais deles, lembre das alegrias que já lhe trouxeram e veja que, como a nossa, a vida deles também está passando.

       A vida é fugaz, efêmera, é o sopro, a vela que se apagará, a chama enfraquecida. E, diante desta realidade, o que podemos deixar para os que nos sucederem? Teremos quem dará continuidade aos nossos projetos, à possibilidade de realização de nossos sonhos? Deixaremos que legado? O que ficará de nós para que sirva, de alguma forma, para melhorar as gerações futuras?

       A perda de amigos – Recentemente, perdi quatro amigos em Ouro. Cada um com sua história, cada um me deixou alguma lição, um exemplo: Ozires D ´Agostini, 93 anos, empresário aposentado bem sucedido, político, vereador pelo Município de Capinzal na década de 1960, deixou uma família bonita, bom patrimônio imobiliário, mas, sobretudo, exemplos de dignidade. Nízio Dal Pivo, agricultor, craque do futebol na juventude, 88 anos, grande líder comunitário, ex vereador, uma pessoa do bem. Família bem estruturada, perdeu um filho e um neto prematuramente, mas manteve a postura sóbria e foi otimista com relação à vida. Nelson da Silva, o Nelsinho, paraplégico há três décadas, sustentou a si e à esposa com trabalho, mesmo que com sua limitação física, empresando grupos musicais, não dependendo de nenhuma espécie de bolsa de governo. Celso Masson, agricultor aposentado,  teve mal súbito no dia de seu aniversário e faleceu. Um ser que se orgulhava da família, que fez o melhor para a esposa e os filhos, um professor e outro empresário, agora vivia na área central da cidade.

       Falei de quatro pessoas que tinham algo em comum: mantiveram o respeito às suas famílias, trabalharam, construíram seu patrimônio, deixaram bem posicionados e orientados os que ficaram. Tinham sua religião, sua família, fizeram o bem e respeitaram o semelhante. Se o mundo fosse povoado por pessoas como eles, e outros que você, leitora, leitora, bem conheceu e admirou, certamente que não teríamos toda a bandidagem que ocasiona a violência. Nem seríamos os iludidos pelos “famosos”, que só ajudam a levar o que é nosso e nos devolvem apenas a ilusão.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

     

Novos ventos, novos alentos


 

Novos ventos, novos alentos

Trouxe-me o vento na morna noite novos alentos
A doce paz que meu coração há tanto procurava
Na verdade, eles amainaram meus sentimentos
Trouxeram conforto a uma alma que os buscava.

E os alentos que me revigoraram e me devolveram
Aquela energia que por dias havia desaparecido
Foram os bálsamos que de novo me fortaleceram
E me transportam a ti para novos sonhos revividos.

E, com eles, voltaram-me as esperanças ausentes
Que estavam navegando em estranhos universos
E me inspiraram a cantos românticos e repentes.

Ah, suaves alentos inebriantes que nesse novo dia
Me repõem toda a inspiração para meus versos
Obrigado por tanta  paz e pela renovada alegria!

Euclides Riquetti

Manhã de frio mesmo com sol

 


SC registra geada e temperaturas negativas ao amanhecer; FOTOS ...


Manhã de frio mesmo com sol
Do infinito no nosso céu azul
De manta escura e de cachecol
Uma geada ou neve aqui no Sul...

Uma manhã de dia de inverno
Com mais um mês terminando
Um sentimento doce e fraterno
No ar um  perfume exalando...

Manhã de paisagem singular
De pensamento muito ousado
Olores da relva úmida no ar...

Manhã bonita, mais uma delas
Em dia sublime e encantado
Depois do luar e das estrelas.

Euclides Riquetti

Flutuar nas nuvens, flutuar!





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Flutuar nas nuvens, flutuar


Fui andar nas nuvens, flutuar
Buscar não sei o quê
Fui nem sei por quê
Mas fui passear!

Seria o  passeio dos justos
Ou da desolação?
Seria preocupação
Ou vazão a instintos brutos?

Fui andar perto do céu azul
Fui encontrar a paz
Pois é assim que se faz
Aqui no meu amado Sul...

Seria a busca das verdades
Das respostas escondidas
Para as dores sentidas
Para as aflições e as vontades?

 Fui com propósitos e propostas
Fui flutuar nas nuvens brancas
Procurar almas tão santas
Que me dessem as respostas!

E, agora, já sei o porquê
De ter ido buscar ali
Remédio pra dor que senti:
Encontrar você!

Euclides Riquetti

Os pais do ano

 


Flores Brancas Botões De - Foto gratuita no Pixabay



       Vou eleger meus dois "Pais do Ano": o primeiro, meu pai, Guerino, que perdi quando ele tinha 55 anos, em 18 de junho de 1977. Educou-me, deu-me exemplos, encaminhou-me para meus estudos, esteve presente em minha vida e até hoje está firmemente conectado comigo em meu pensamento. Senti muito a perda dele, mas continuei presente na vida de meus irmãos. Minha amada mãe, pedi quando ela tinha 66 anos, em 11 de janeiro do ano 2000. A ambos, minha gratidão, meu respeito e meu carinho eterno.

       Hoje, quero viver a alegria de ser pai da Michele, da Caroline, do Fabrício e avô da Júlia, de 13 anos, filha da Carol; e do Ângelo, 5 anos , e da Beatriz, com três.  O Ângelo e a Beatriz me fazem  eleger o Fabrício como o "Pai do Ano". Do ano, sim, porque ele viveu dramas que só ele, a Luana (sua esposa), e os familiares, sabem da intensidade como tudo aconteceu quando a pequena Bia chegou, em 2020.  E ele foi mestre em conduzir sua família, diante de tanta angústia, felizmente superada, graças às mãos mágicas da equipe do Doutor Garner, do Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba, e de toda a sua equipe, incluindo outros médicos e enfermeiras. Beatriz viveu seus primeiros 70 dias de vida na UTI daquele hospital, superando diversos procedimentos. E, somente aos 73 dias seu irmãozinho Ângelo pode conhecê-la, quando ela teve alta e foi para  casa. Assim, o Fabrício foi eleito por mim como o "Pai do Ano". E a nora Luana a "Mãe do Ano".

       Tudo superado, tenho a alegria de ter uma geração forte a me suceder. Quero que eles sintam que tenho muito carinho por eles, que eles são a razão de meu viver. Pais existem para querer a saúde e o êxito pessoal e profissional dos filhos. Parabéns a todos eles, que tenham longa vida e sejam felizes no modo como escolheram viver.

Feliz fim de semana a todos!

Euclides Riquetti - Pai em todos os anos...

18-08-2023

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Você é a luz de Deus

 


 


 


Você é a luz de Deus
Que clareia, que brilha, que aquece
Que à tardinha nos dá adeus
Que chega quando o dia amanhece.

Você é a luz que alimenta
Que anima e que energiza
Que conforta a alma sedenta
E a todos nós ilumina.

Você é quem conforta a planta
Com seus raios que reluzem
Anima-a, com sua força santa
Com seus raios que a seduzem.

Luz protetora  e divinal
Que nos orienta e que nos guia
Com sua energia natural
Nos abençoa todo o dia!

Obrigado, Rei Sol!

Euclides Riquetti

Vista seu corpo

 



Vista este seu corpo

Ele abriga sua a alma desnuda

E ancore em em meu porto

Nesta noite escura.


Olhe-me com seu sorriso

Abra-me seu coração

É de ambos que eu preciso

Mais amor, mais paixão!


Beije-me com volúpia

E eu a beijarei com ardor

Domine-me com astúcia

Me aqueça com seu calor...


Queira-me por me querer

Me queira, simplesmente

Espero sempre por você

Com meu desejo ardente!


Euclides Riquetti

18-08-2023














Desnude sua alma

 







Desnude sua alma, dispa-se de seus conflitos existenciais
Fale com o coração aquilo que seu pensamento lhe dita
Faça com as mãos graciosas  o que sua mente premedita
Como se cada momento que vive não lhe volte jamais.

Desnude sua alma, seu corpo,  e abra seu afável coração
Deixe que eu mergulhe neles com a força de meu ser
Mostre ao mundo as cores da vida vivida com paixão
E que nada pode apagar esse  imenso desejo de viver.

Ou, cubra-se com o manto que esconde todas as inquietudes
No anular-se da vida, na composição de seu grande cenário
No entregar-se aos infortúnios que dissipam as belas virtudes.

Ou,  entre numa redoma do vidro mais espesso e inviolável
No proteger-se contra todo o inimigo de seu imaginário
Mas nunca deixe de ser a senhora do ânimo inabalável.

Euclides Riquetti

Amar você, amar.. amar!

 










Abra sua alma e seu coração
E me deixe entrar...
Quero segurar em sua mão
E levá-la para passear...

Abra, nem que seja só um pouquinho
O tempo suficiente para que em entre
Dar-lhe-ei amor, darei carinho
E você vai ficar contente...

Eu também já abri o meu
Deixei aberto, escancarado
À espera de um convite seu
Porque quero estar sempre ao seu lado...

Estenda-me sua mão suave e cheirosa
Para que eu possa me deliciar
Tocar sua pele olorosa
Amar você, amar..amar!

Euclides Riquetti

Dia da Gratidão -para relembrar, saudosamente. (Cenários dos Rios do Peixe e Iguaçu)

 



          Hoje, Dia de Reis, Dia da Gratidão. Sinto-me como um Rei. Tenho saúde, minha  família tem saúde. Quero ser grato ao Deus Rei, Nosso Senhor, Dono do Universo, Timoneiro de nossos destinos.

          A algumas pessoas devo muita gratidão: Ao meu pai e minha mãe, que me geraram. E me protegeram. Meu pai esforçou-se para dar-nos a melhor educação. Minha mãe lavou roupa para fora para que não nos faltassem as coisas. E, nós, filhos, cada um escolheu o destino que julgou ideal e conveniente. Ao padrinho João Frank e à madrinha Raquel, que cuidaram de mim até os oito anos, quando fui para a escola e voltei a morar com os pais. Ao Nono Victório Baretta e à Nona Severina Coltro , que além de tudo eram amigos. Ao Tio Vitório Richetti, a quem quero muito bem.
          Meu irmão Ironi, pagava-me as roupas quando fui para a Faculdade, em União da Vitória, em 1972. O Hiroito (Tio Piro) dava-me seus rapatos novos e ficava com os meus velhos. A Iradi, o Vilmar e o Edimar davam-me forças, cada um da maneira que podia, torcendo por mim. E me apoiaram sempre..

          No tempo de Faculdade, a colega Maria de Fátima Caus Morgan me dava apoio moral, e até o seu noivo e marido, o Paulo Sérgio. Não esqueço deles. O Leoclides Fraron levou-me morar na República "Esquadrão da Vida". Lá, meus colegas de República me deram muita força.

          Os professores Nelson Sicuro, Geraldo Feltrin, Franciso Boni, Fahena Porto Horbatiuk, Abílio Heiss, a Abigail, a Rosa da Maia, O Francisco Filipak, o Nivaldo, Padre Leo Horst e Leopoldo Melz  e os outros,  também me  deram força. O Sidnei, que vinha à Faculade com os sapatos esbranquiçados de cal, o Mineo Yokomizo, que me  deu um sapato nº 39 e eu calçava 42; o Osvaldo Bet e os outros republicanos;  o Silvestre Schepanski, o Altamiro Beckert , o Vilsom Vila Nova, o Mauro Iwanko,, e o Solon Carlos Dondeo, o patrão  Jorge Mallon, que me deram força lá na Mercedes-Benz, em União da Vitória. O Roque Manfredini, conterrâneo que me dava moral e que era o goleiro titular no Iguaçu, que enfrentava as feras do Coritiba e do Atlético, e que nos orgulhava muito. Todos foram grandes amigos e incentivadores.

          Depois, a Mirian, sempre presente, cuidando de nossos filhos,  a mãe dela, que me dava um prato de sopa quando eu não tinha dinheiro para comprar,  Dona Anna; os seus irmãos, os cunhados, todos. O Tio Celso Kaminski, que bancava a tropa e a  Tia Sirlei, conselheira de todos;  o Tio Jorge Carmignan, que se preocupa com todos e a Tia Rosane;  o Milo (Emílio Ângelo  Carmignan),  que apoia o Kiko (que era uma velinha bem comportada), a Tia Bea, Beatriz, (esposa do Nei Carlos Bohn), que faz macarronada, o Tio Cláudio (Claudionor Farina)  que cuida bem da Mirtes, que pinta quadros bonitos, o Tio Sírio, que foi morar no céu, ...

          Depois, no Zortéa, a Dona Vitória  Brancher, e o Compadre Aníbal Bess Formighieri,  a Marlene de Lima, a Alias Xavier e o Ticão, a Dona Holga Brancher e o Sadi Breancher, a Oliva Andrade, a Alda e o Messias Terra, a Isolda Surdi Mileski, a Teresinha Andrade, o Isaías Bonatto, o Alcides Mantovani, a mãe dele, o Célio Tavares e a esposa, o Olivo Susin e a Rose, o Xexéu, o Preto e o Baixo, o Lourenço Brancher, o Seu Guilherme, e quantos outros. E aos colegas do Sílvio Santos.

          Depois, em Ouro, o Sr. Ivo Luiz Bazzo, que me encaminhou para a política, todos os seus familiares, pelo bom exemplo que sempre foram e o incentivo que nos deram. E aos 57% dos eleitores ourenses que me elegeram Prefeito em 1988 em Ouro. Aos meus colaboradores da época, o Caio Zortéa, a Celita Colombo, O Ademar Zózzoli,  o Neri  Miqueloto, o Amantino Garcia dos Anjos, o Válter Rech, o Doutor Pedro Morosini, a Rita Gonçalves Contessoto, bem como os outros.

          Ao Clarimundo Bazzi e à Eloídes, ao Tio Arlindo Baretta  e à Tia Elza (Dambrós)  que me deram emprego em minha adolescência.

          Ao Shirlon Pizzamiglio, marido da Noemia Bonamigo, que escolho para que represente TODOS os outros meus amigos. Ao Severino Dambrós para que represente TODOS os que jogavam conosco no time de  Veteranos do Arabutã.

          À Dona Ezide Miqueloto e à Zanete e o Neri, na casa de quem deixávamos as crianças quando íamos trabalhar.

          Seria infindável minha lista de pessoas a quem devo gratidão.

          Aos meus filhos Michele, Caroline e Fabrício, à neta Júlia, aos genros Daniel e Buja, à nora Luana. Aos meus novos vizinhos, que nos acolheram.

          A todos, minha GRATIDÃO ETERNA.

Euclides Riquetti
06-01-2012 - Dia da Gratidão

Moça mulher




Ombros elegantes

Pés nus acariciando a calçada

Molhada...

Ou maltratando-se nos pedriscos da rua

Que é nossa, que minha, que é tua

Pés nus roçando a água...


Idealizo-te:

Olhos cativantes

Brilhantes

Provocantes:

Cintilantes!


Ternos  braços

Esperando meu abraço.


Lábios rosados

Almados

Desejados

Gostosos

Pecaminosos!


Morenice brejeira:

Short jeans franjado

Do algodão malhado

Estonado e...

Desbotado!

Sorriso de moça faceira.


Provocante e provocadora:

Blusinha branca casual

Brincos acrílicos

Pendurados

Grandes e  argolados

Cabelos inspirando meus  versos líricos

Dengosa  e sensual...


Moça mulher:

Vai, enegrecendo as  almas dos passantes

Embasbacados e confusos

Confusos como eu!


Apenas confuso...


Euclides Riquetti

Os primeiros ventos de agosto


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Os primeiros ventos de agosto


Os primeiros ventos de agosto sopraram
E vieram alocados na barca do saudosismo
De sul a norte, eles sempre me marcaram
E eles me voltam agora de mansinho...

São ventos revestidos do poder do alento
São afagos para o coração e a memória
Alívio para os mais indóceis pensamentos
Ânimo para feitura de minha história.

Com eles, me voltam também lembranças
Mergulhos no passado, bons momentos
De glórias, êxitos e de bem-aventuranças.

Espero a primavera nos ares da calmaria
Sem medos, frustrações ou sofrimentos
Apenas viver tempos de amor e de alegria.

Euclides Riquetti

No dia em que você partiu

 


 




No dia em que você partiu, o sol se escondeu
Foi dourar outras paisagens distantes
Bronzear outras peles como já o fizera antes
Alegrar outros olhos azuis, verdes, castanhos...

O sino, que deveria anunciar alegria, entristeceu
E a tarde se fez tímida e triste e de pranto
Quando os anjos sobrevoaram Lírios do Campo
E lhe deram flores de tons vermelhos, de todo o tamanhos.

O passaredo sentiu a sua falta neste sábado de inverno!
Emudeceram-se,  repentinamente e encolheram suas asas
E lembraram-se de seu semblante triste e de sua alma branca
E da bondade que era exalada de seu coração.

E, ao chegar a noite, também chegou a chuva leve e franca
Para me lembrar  que você trilhou o caminho eterno
Onde todos têm belos jardins em suas casas
No longo caminho da imensidão...

Boa viagem!
Fique na paz de Deus também
Fique bem!

Euclides Riquetti

Gostar de poesias...

 


 



          O gosto pela poesia depende muito da motivação e do clima que é proporcionado para que ocorra a criação. (Não esqueçamos que poesia não é apenas o poema. Poesia pode estar naquela roseira que plantei no último sábado, no sorriso e no abraço que ganhei da adorável Júlia, naquela senhora idosa que ainda conserva o ânimo e o entusiasmo,  apesar dos pesares...). Autores consagrados podem servir de exemplo para jovens seguidores, embora isso ofereça o risco de que pessoas com um determinado perfil de sensibilidade e de vida possam enveredar-se por caminhos desassociados aos que costumam trilhar.

          Na verdade, o autor passa ao leitor muito do que é seu, pessoal, interior, mesmo que seja objetivista, pois tem seu modo particular de sentir a realidade.

          A fantasia também é um vasto mar  a ser navegado. O compositor viaja pelo imaginário e externa suas impressões e sentimentos no papel,  resultando numa criação original, traduzindo o belo pela disposição harmoniosa das palavras.

          O animador do processo de composição precisa ser o grande motivador e indutor para que o outro sinta o desejo de produzir algo que, mesmo em sua simplicidade, represente sentimentos e encante o leitor ou o ouvinte. Deve haver cumplicidade entre o animador e o autor para que se gere confiança e se perca a inibição de expressar-se.

          A poesia, além disso, pode situar-se como o contraponto entre a tecnologia e a necessidade de se humanizar o mundo. O homem moderno não pode ser apenas movido por máquinas e eletrônicos. Não pode perder sua condição natural de ser romântico, humano, sentimental.

          A poesia romãntica, nestes tempos tão concretos e ásperos,  sempre terá grande espaço no meio literário e deverá se sobrepor-se a outros gêneros. Romântica, mas leve e livre, capaz de encantar e embalar os sonhos do ser humano e levá-lo a viver as belezas mais simples da vida.

         Inspiremo-nos no belo slogan da Pedreira Joaçaba: "Nós movemos as pedras para constuir os seus sonhos". Ah, quem me dera ter sido o autor desta maravilhosa frase. Parabéns ao autor.Parabéns à empresa que a adotou.

Euclides Riquetti

O sabor de te amar em tempos de inverno

 






O sabor de te amar em tempos de inverno

Pego caneta,  inspiração e meu velho caderno
Navego pelos ares para encontrar teu rosto
Imagino de teus lábios sentir aquele gosto
O sabor de te amar em tempos de inverno...

Escrevo versos românticos porque eu prefiro
Sou poeta antigo,  componho-te os meus sonetos
Alexandrinos, redondilhas, mas não sou perfeito
Mas é em teu sorriso que eu sempre me inspiro...

Mas se me rejeitas  eu já não consigo mais
Me fogem as palavras, me fogem as expressões
E sei quanto se abalam os nossos corações
Porque eu não admito te perder jamais...

Então, que neste inverno de noites tanto frias
Preciso de carinho, afagos, e de teu perfume
Senão eu andarei a esmo como um vagalume
Procurando almas que me devolvam a alegria!

Euclides Riquetti

Eu sou o vento

 




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Eu sou o vento
Que acaricia seu rosto
Que alisa seus cabelos
E afaga seu pensamento.

Eu sou um  vento profeta
Que venta em todas as estações
Que sopra em toas as direções
Sou um  vento que se disfarça de poeta...

Eu sou o vento que sabe o que você pensa e  diz
Que se porta como um mago  adivinho
Que vem e vai de mansinho
E que, sendo profeta, prediz!

Sou vento, sim, apenas um vento assim
Assim,  com mãos para acariciar
Com lábios para te beijar
E coração pra te querer pra mim...

Euclides Riquetti

A cor rosa do poema

 



A cor rosa do poema


O poema tem cor?
E, se for cor de rosa?
Rosa de amor...
Flor belíssima...
Elegantíssima
Maravilhosa!

E, se a rosa for champagne?
(Não me estranhe...)
Ou,  se for amarela
Branca, bem singela?

No Dia dos Namorados
Eu te fiz um poema
E, sabe qual foi o tema?
Foi o amor cor de rosa....

Da rosa perfumosa
Cor de rosa!

Fiz pra ti este poema:
Um poema bem simples
Pensando no amor que vivi
E naquilo que senti
Ao cheirar uma rosa
Ou imaginar-te vestida
Com roupa cor de rosa!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Cantam os anjos no céu

 



Cantam os anjos no céu

As canções da noite estrelada

Quando te cobrem os véus

E as flores te são ofertadas.


Cantam hinos pra te receber

Em jardins de flores coloridas

Já não te resta um amanhecer

Já não tens a luz da vida...


Cantam tantas belas melodias

Tocam  harpas e clarinetes

Vais e me deixas a nostalgia

O som dos sinos e dos sinetes.


Todas as glórias são para ti

De teus súditos és a rainha

Se já não brilhas mais por aqui

No céu és estrela minha!


Euclides Riquetti

17-08-2023