sábado, 17 de janeiro de 2015

A Jujubinha e seu suco de gelo...

          A Júlia está crescendo. No início de dezembro foi conosco para Canasvieiras. Movimentou o mar. Começou pela areia, fez os castelinhos e os buracos para por água, brincou nas ondas espumantes e, sobretudo, fez muitas amizades. E, também, comeu muito milho em espigas. E dizia: "Milho é comida saudável"

         Nas amizades novas, destaco a  Andressa, uma menina  de três anos, muitíssimo bonita, adorável. Morena clara, cabelos escuros e  encaracolados, olhos verdes, a alegria em pessoa. Alegria e simpatia. Filha adotiva de um casal de gaúchos que veio viver a aposentadoria à beira do mar. Uma família que transbordava amor.

           Ainda um menino e uma menina argentinos,  Santiago, 6 anos, e Catalina, 3, filhos da Valéria Ferreyra e do Andres, um casal jovem  das cercanias de Córdoba, com quem fizemos amizade. A Jujubinha, então, deu-se muito bem com o menino. Dividiam, com a Andressa, os seus brinquedos. Foi uma semana de muita alegria.

          De volta a casa, foi para a casa de sua Dinda, a Michele em Ponta Grossa, com a mãe Caroline. E houve aquele episódio do ônibus que não passou pela Rodoviária e elas levaram mais de 20 horas para chegar em casa, numa distância de 360 Km. A Jujuba chegou e foi explicando: "Vovô, eu fiz três pontos aqui porque caí da bicicleta lá em Água Doce. Também o ônibus não pegou a gente, então fiquei dormindo no banco da Rodoviária de Ponta Grossa porque eu tinha tomado um remédio e estava com sono." Deu-me um carinhoso abraço e foi para a casa dela dormir, pois o dia fora conturbado.

          Nos dias seguintes, brincou muito. Andou no seu patinete e gritava: "Taca-le pau, Marco Véio! Saiam da frente do Marco Véio!" Na piscina do Dez de Maio,  deu-se muito bem no tobogã infantil. Numa tarde, desceu mais de 100 vezes pelo mesmo. Ali, fez uma nova amiga, a Sofia, uma menina que veio de Florianópolis e está morando em Luzerna. As duas esbanjaram energia e vitalidade na água.

          Dada a inventar receitas de comidas, dia desses veio com essa: "Vovô, vou fazer pra você um suco de gelo. Fica bem bom!"

         Pedi-lhe que fizesse um para mim e ela foi fazendo: "Água, açúcar, uma forminha de gelo e limão. O suco é de gelo, mas é bom por um pouco de limão e açúcar para que fique muito bom.!"

          Provei de seu suco: realmente, estava uma delícia! E lembrei-me da tal sopa de pedras que o Pedro Malasartes  fazia em suas histórias... Parece que a sopa dele e o suco da Júlia têm muito em comum.

         Vou ficar uns dias longe da Jujubinha. Vou sentir muitas saudades de nossa indiazinha.

Euclides Riquetti
17-01-2015

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Sentirei saudades, sim...


Sentirei saudades, sim, sentimento forte
Saudades de amor, de desejos, de vontades
Sentirei saudades, sim, de seus olhos encantadores
E até de suas roupas multicores
Ah, sim, sentirei muitas, muitas saudades!

Sentirei saudades, sim, de seu lábios saborosos
E até me encantarei com sua vaidade
E, embora sejamos dois sonhadores ( de sonhos tão gostosos...)
Há em nosso caminho uma realidade:
A realidade de sentir saudade!

Ah, saudades que nos punem e ao mesmo tempo nos animam
Ah, saudades que nos confundem e que nos dominam
Saudades que são apenas saudades, nada mais
Saudades que quem eu não me esquecerei jamais:

De ti!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Eu te amo..

 Abre a janela e olha pro céu
(Eu te amo)
Abre a janela e vê o sol
(Sim, eu te amo)
Fecha os olhos e vê as estrelas
(Ah, sim, como eu te amo)
Fecha os olhos e vê as  rosas amarelas
(Sinta que, realmente, eu te amo).

Abre o teu coração e sente que o amor existe
(Percebe que eu te amo)
Abre teus braços e me abraça com toda a paixão
(Claro que eu te amo!)
Traze  teus lábios para perto dos meus
(E veja que muito eu te amo)
Quero sentir o calor dos beijos teus
(Eu te amo, eu te amo, eu te amo!)

Euclides Riquetti

Ler com o coração


Ver com os olhos, mas ler com o coração
Saber entender, compreender
Mais do que simplesmente ler
Mergulhar na leitura com paixão!

Sentir as frases inteiras, as palavras isoladas
E achegar-se, sutilmente, nos significados
Mergulhar em todos os monossílabos articulados
Perceber todas as sílabas pronunciadas!

Ler, sim, com a leitura da paixão ardente
Navegar os pensamentos nas ondas do ar
No mundo dos encantos, dos poemas, mergulhar
Lavar com a chuva fria a alma da gente!

Ler com o coração o que está no âmago do outro ser
Tentar sentir do sangue das veias a  quentura
Banir a presença de qualquer amargura
E contemplar com os olhos a beleza que se pode ver.

Ler com emoção
Ler com paixão
Ler com o coração!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Como as andorinhas da noite


Voam, silenciosas, na noite, as andorinhas
Como a que não querer que as vejamos
Abanam suas asas pequeninhas
Que as sustentam em seus voos calmos e planos.

Voam, silenciosas, sobre os telhados
Sobre os quartos onde dormem as crianças
Vagam  diante das janelas de vidros espelhados
Timidas em seus voares e em suas andanças.

Voam, silenciosas,  as andorinhas singelas
Voam com a delicadeza e a sua sutilidade
Sobre as casas verdes, brancas e amarelas.

E seu voo é como o dos anjos protetetores
Que cuidam dos lares, das praças, e da cidade
Vigiando tudo, nos céus dos esplendores.

Euclides Riquetti

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Além de ti há o mar...

Além de ti há o mar
Uma imensidão azul que te desafia
Um sol que te agride com ousadia
E que tu não o podes enfrentar.

Além de ti há o mar
Majestoso, atrevido e valente
Misterioso, voraz e imponente
E  que tu não o podes dobrar.

Além de ti há o mar
Cujas águas voláteis te cortejam
Como meus olhos que te devoram e desejam
E que te quer para te embalar.

O mar, apenas o mar...
O mar de milhões de anos
Que lava teus medos e teus enganos
E que alimenta teu sonhar.

O mar, simplesmente um mar
A te fazer pensar
A sentir saudades
De eu querer te amar...

Apenas te amar!

Euclides Riquetti
12-01-2015


 

Cabelos de tranças

Mulher dos cabelos de tranças
Que já foi menina, que já foi criança
Que já encantou meninos
E deixou lembranças...
Mulher da pele da cor do pinhão
Dos olhos da cor da noite
Que já teve todos sonhos
Do coração...

Mulher dos talentos incontáveis
Das palavras amáveis
Dos gestos irretocáveis...

Mulher das tardes nubladas e das manhãs ensolaradas
Mulher das noites estreladas
Que sonhou nas madrugadas...

Mulher que já foi menina, que já foi criança
Que já encantou meninos
E deixou lembranças...

Mulher: menina, moça, senhora
Hoje avó, criança outrora
Mas sempre mulher!

Mulher de sentimentos profundos
Da voz maviosa
Declamadora talentosa
Que nos sensibiliza:
Amiga, humilde, despreendida:
Amiga Amiga!

Euclides Riquetti

domingo, 11 de janeiro de 2015

A canção do vento que sopra


Eu quero que o vento que sopra na tarde faceira
Me traga as lembranças sutis de seu rosto rosado
Espero sentir o prazer de abraçar essa bela campeira
De quem guardo um retrato bonito, porém desbotado.

Eu quero, sonhando, enconstar os meus lábios nos seus lábios vermehos
E acariciar os seus ombros enquanto se mira, se olha no espelho... (Bis)

Eu quero que as folhas  nas plantas ressurjam agora
Setembro está aí, vêm as flores enfeitar a paisagem
E deixar nosso mundo tão belo como foi outrora
Isso podemos, eu posso, sim, posso, não me falta coragem.

Eu quero, sonhando,  encostar os meus lábios nos seus lábios vermelhos
E acariciar os seus ombros enquanto se mira, se olha no espelho...(Bis)

Eu quero poder lhe dizer com palavras sinceras
Que valeu ter voltado a meus braços, trazer seu calor
Pois valeram os anos de aguardo, os anos de espera
Compensados com muito carinho, apego e amor.

Eu quero poder encostar os meus lábios nos seus lábios vermelhos
E acariciar os seus ombros enquanto se mira, se olha no espelho... (Bis)

Euclides Riquetti