sábado, 13 de maio de 2017

Dia das Mães ... dia de saudades...

O que sua mãe lhe deixou, amiga?!



          "Que legado uma mãe pode deixar para uma filha? Que tipo de lembranças, de lições, ensinamentos?"

          Imagino que a amiga leitora deve estar  remetendo seu pensamento de volta ao seu tempo de criança. Às   saudosas lembranças daquele ser que a pôs  no mundo, deu-lhe educação, orientou-a, ajudou-a  de alguma fora. Até a amparou na hora em que teve  filhos. Muitas, felizmente, ainda as têm por perto, muitas vezes dividindo  com elas o mesmo teto. Mas mesmo meninos e  rapazes seguem os ensinamentos de suas mães, pois são elas que estão presentes na maioria do nosso "tempo de criança".

          Perguntei a uma jovem senhora que lembranças ela tinha de sua mãe, que hoje já está velhinha:

         "Minha mãe teve uma presença muito forte e marcante em minha vida, embora eu tenha saído de casa muito jovem, antes de meus dezoito anos. Ela me deixou alguns príncípios e valores que sempre procuro seguir. Respeitar as pessoas e dar-lhes o devido valor. Não ter nada do que não é legitimamente nosso. E, se alguém nos der algo, fazer um serviço para retribuir. Oferecer-se para fazer-lhe alguma coisa. Todos podem pagar por aquilo que recebem".

          Certamente que, seguindo essas orientações, ela se deu bem, constituiu sua familia, estudou, trabalhou e pode-se considerar uma pessoa realizada e feliz.  Claro que também aprendeu os afazeres do lar, os cuidados com a casa, com a comida, com as roupas. E, aquilo que se aprende com a mãe se internaliza, fixa, preserva-se.

          Ora, como é bonito ver uma pessoa dizer:  "Esta cuca me faz lembrar das cucas que minha nona fazia. E que, depois, minha mãe também fazia!"  E, agora, certamente que esta mãe, que pode já estar também sendo avó, ensinará suas filhas ou netas a fazer. Mas também poderia dizer em relação à macarronada  com seu delicioso e incomparável molho, o bolo de anivesário carinhosamente preparado ou enfeitado, a bolacha pintada com açúcar cristal colorido ou  com aqueles chumbinhos de confeitos. Ou a toalha bordada, o jogo de cama bordado e crocheteado, a blusa tricoteada, a toalha franjeada.

           Por falar em toalha, quando fui para a Faculdade e mudei-me para Porto União, minha mãe me fez uma toalha de algodão com uma belas franjas bem  trabalhadas. Era macia, gostosa, linda! Mas, naquele tempo, eu não entendia muito desse valor que as coisas têm, que trazem na sua elaboração o carinho das mãos dadivosas ou mesmo as lágrimas de uma saudade que ainda virá... E, para mim, veio, muitas, muitas vezes, fazendo brotarem-me lágrimas de saudades!

          Ah, cara leitora, que bom ter tido uma mãe presente, mesmo que morando longe dela!  Ou podido partilhar com ela todas as emoções de ter gerado os filhos, ver chegarem  os netos!

          Pois convido você a meditar. A voltar ao passado. A lembrar, relembrar. A analisar, com profundidade, quantas e quantas belas lições ela lhe deixou. Quantas vezes foi ombro para você chorar e, com sabedoria, ensinou-lhe a dar tempo ao tempo, aguardar a chegada de soluções para os problemas, respostas para suas angústias?  E, se ela não está mais aqui, faça-lhe uma bela e silenciosa oração. Deixe seu coração rezar por você. Se ainda vive, ligue pra ela, agradeça por aquilo que ela lhe deixou e lhe ensinou. Ou, se ela está perto de você, dê-lhe um abraço, enregue-lhe uma flor, deixe que ela perceba que você é aquela filha que ela quis ter.

          Hoje, em especial, da forma que for possível, dê-lhe seu mais profundo carinho!

Euclides Riquetti

Obrigado mãe, obrigado a todas as mães!


 

           Mãe:

          Não escreverei uma bela mensagem de amor, nem direi que a minha foi a melhor mãe do mundo. Apenas direi que a perdi há treze anos, tão logo entramos no novo milênio. E que ela me deu boa educação e ajudou-me nos momentos mais difíceis. Vibrou quando nasceram minhas filhas e meu filho. Chorou quando perdemos meu pai e meu irmão. Comemorou comigo as minhas vitórias e chorou comigo os meus reveses. Foi minha mãe, foi o que um filho pode esperar dela. E sei que sempre morei em seu coração!

          Mas, nesta data tão especial, fico a lembrar daquelas mães que perderam seus filhos, contrariando a lógica de que são os filhos que devem enterrar os pais. Rezo por elas porque sei o quanto sofreram com as perdas que não podem ser compensadas por serem definitivas. Rezo por elas e sempre que posso lhes manifesto meu afeto, carinho e  meu sentimento humano.  Mas sei que, apesar de tudo, elas não esquecem jamais dos filhos que geraram, amaram e perderam.

          Rezo para aquelas que foram mãe e pai, pois perderam o companheiro  e tiveram que dar conta de prover seus filhos de educação, instrução e sustento. E por aquelas cujos filhos foram para longe dizendo que voltariam e que se esqueceram de voltar...

          Rezo também para que meus filhos e os dos outros pais possam ter-nos por muito tempo. E nós também possamos tê-los da mesma forma. E me sinto como um menino frágil que sente as coisas com o coração,  mas impossibilitado de evitar que a dor esteja presente no coração das mães.

          Rezo pelas mães jovens para que,  no mundo difícil, intolerante e constantemente mutável,  possam ter energia para cuidarem dos filhos que geraram. Rezo pelas mães que são  minhas amigas  pessoais e  virtuais que, no Dia das Mães, postam nas redes sociais  as fotos de seus amados filhos sorridentes que as deixam felizes e orgulhosas. Rezo pelas mães já avós, pois  são mães duplamente.

           Rezo! Rezo porque acredito que um Ser Supremo pode ajudar a  amenizar os sofrimentos, pode dar esperanças de que um dia todos se encontrarão novamente  e para que haja a vida eterna, quando as mães e os filhos possam estar todos juntos, um dia, no céu!

Obrigado, mãe, obrigado a todas as mães!

Euclides Riquetti

Mãe...



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Mãe - das dadivosas mãos, mãe
Mãe - das caridosas bênçãos, mãe.

Mãe dos filhos gerados e amados
Mãe dos filhos cuidados e guiados.

Mãe - da vida dedicada, mãe
Mãe - da lida abnegada, mãe.

Mãe das manhãs azuis, esperançosas
Mãe das noites negras e chorosas.

Mãe - do filho perfeito e bem nascido
Mãe - do sagrado leito ali estendido.

Mãe do olhar bondoso mas austero
Mãe do falar que assusta mas sincero.

Mãe - do amor em plena difusão
Mãe - da flor, da alma e coração.

Mães são apenas mães:
Não dependem de elogios
Não dependem de flores
Não esperam por presentes.

Apenas rezam por seus filhos.
E eu rezo por elas.

Felicidades a todas as mães:
À minha, à tua, às mães das outras mães.

Euclides Riquetti

Dir-te-ei te amo, dir-te-ei te quero


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Dir-te-ei te amo, dir-te-ei te quero, minha querida
Falar-te-ei palavras doces, frases encantadas
Mandar-te-ei todos os meus poemas...

Todas as manhãs pensarei em ti, por toda a vida
Todas as tardes escreverei palavras encantadas
Pensarei nas flores amarelas e nos dilemas...

E, se em meus sonhos, tu não estiveres presente
Pedir-te-ei desculpas quantas vezes for preciso
Mas insistirei em meus devaneios e delírios...

Mas, se de teu pensamento eu não estiver ausente
Estarei arrancando de ti o teu belo sorriso
E te darei rosas vermelhas e brancos lírios!

Euclides Riquetti
13-05-2017


sexta-feira, 12 de maio de 2017

O Zico Show: Minha homenagem ao saudoso Selézio Guido Lopes!

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          Nos primeiros anos da década de 1980, apareceu lá em Ouro um jovem muito dinâmico oriundo da cidade de Tubarão-SC. O Prefeito da época, Ivo Luiz Bazzo e eu, seu Secretário, o recebemos em seu Gabinete. Moço simpático, aquele rapaz de tez morena, cabelos escuros e olhos um tanto claros mostrava bons modos ao falar e na postura das mãos. Viera à cidade para exercer a função de Exator da Fazenda Pública Estadual, concursado que fora. Seu nome: Selézio Guido Lopes.

          Pois que o Selézio enturmou-se nas cidades gêmeas em pouco tempo. Além de sua competência profissional, tinha algumas  habilidades que o destacavam: Tocava muito bem o seu violão, cantava e jogava futebol, de campo e de salão. Praticava tênis. Nós o convidamos para jogar em inaugurações de quadras de futsal e campos de futebol e ele ia, entusiasmado. Depois, passou a disputar os campeonatos no Ginásio Municial de Esportes e a atuar no Penharol Esporte Clube, um time amador local,  mas que costumava ir às finais do estadual. E, a outra paixão, o violão e a voz, o tornavam conhecido em toda a região. Construiu sua casa ali na Rua Senador Pinheiro Machado. Branca, com janelas de madeira,  venezianas de arco, estilo colonial, pintadas de verde. As portas,  idem. Casou-se com uma bela jovem de Tangará, mas diferentes estilos de vida não combinaram e veio o divórcio.

          Já na chegada,  fez grande amizade com os Riquetti da Alfaiataria e da Churrascaria, o Sérgio, o Ovídio e o Hélcio, conhecido como o "Fantasma". Meu primo Sérgio, costumava chamar todos os rapazes de "Zico". Era o vocativo que empregava para chamar qualquer pessoa de que não conhecesse o nome. Com o tempo generalizou e passou a usar esse nome como se quisesse significar: "Cara!, Moço!, Amigo! e equivalências. E o Selezio era o cara certo pra ser mais um "Zico", até porque isso poderia representar uma corruptela de seu nome. E o Selézio virou nosso "Zico".

          E o Zico animou-se com sua popularidade como bom cnator e aprendeu a cantar em italiano. Cantava todas, os boleros românticos, as marchas, as valsas,  e até os vanerões em dialeto vêneto.  E começou a fazer pequenos shows pelo Vale do rio do Peixe. Mandou até imprimir cartazes em "off set", coloridos, a melhor tecnologia da indústria gráfica na época.

         Frequentemente, no início dos anos de 1990, o cantor Valdir Anzolin, de Veranópolis - RS, que tinha um vozeirão e gravava LPs em italiano, autor e intérprete de "Filtron", era contratado para realizar bailes por aqui. Animou pelo menos duas Noites Italianas no Centro Educacional Celso Farina, em Capinzal. Com exceção de Capinzal, ele trazia uma equipe que preparava os jantares italianos nos bailes. Vinha com uma carreta enorme e um ônibus trazendo a banda e os cozinheiros. Fui a bailes em que ele tocou em Treze Tílias, Tangará e Campos Novos. Em Tangará, quando lá fomos, tivemos uma bela surpresa: O Show de Abertura de seu baile era protagonizado pelo amigo Selésio, nosso Zico. E o locutor, animadamente, anunciava: "E agooooora, Senhoras e Senhoooreeesss: Zico Show".  E ele fazia um show muito bonito, cantando as músicas em italiano.

          Nessa época, nosso Zico pediu transferência e veio morar em Herval D´oeste. Comprou um  terreno, fez nova casa e aquilo que mais gostava e queria ter: uma quadra de futsal, com iluminação. Angariou uma nova legião de amigos e ainda convidava os da nossa cidade para lá jogar.

          Fatalmente, após um desses jogos, ao desligar a chave da iluminação da quadra, eletrocutou-se e morreu...E seu corpo foi levado para sua cidade natal, Tubarão.

          A lembrança desse rapaz,  que se tornou nosso amigo e companheiro em muitas de nossas jornadas esportivas e políticas, nunca mais me saiu da cabeça. E, há dez anos, uma vez em que eu passava por Tubarão, conversei com um senhor que me perguntou de onde e eu era e,  ao saber, falou-me que tinha perdido um amigo aqui na região, o Selésio. Era vizinho deles, amigo dele e de sua famíla. Levou-me para conhecê-los: estavam lá sua mãe, uma irmã e um sobrinho.

       Ficaram emocionados quando lhes falei que não poderia passar pela cidade e, sabendo que ali residiam os familiares de um amigo que se foi, deixar de visitá-los. Sua mãe abraçou-me carinhosamente, jamais esquecerei disso. Aquele senhora simpática, meiga e de olhar benevolente e marejados  mostrava-me,  nas paredes, orgulhosamente, fotos do filho, com as camisas dos times em que jogou, ali de Capinzal e Ouro, Penharol, Arabutã, CME. Lá estavam muitos rostos de amigos nossos que conosco jogaram uma bolinha. E, bem ao meio de uma parede da sala, um daquele cartazes em que aparecia  caracterizado para cantar em italiano e a sua marca grafada:  "Zico Show".

          Não sei por que hoje me veio à mente as lembranças do Selézio. Tive vontade de chorar. Não poderia deixar de homenageá-lo, amigo Zico.   Zico foi, realmente, muito show!

Lembrete do Roberto Bonato: Selézio trabalhou como locutor na Rádio Capinzal, narrando jogo de futebol.

Euclides Riquetti
09-05-2013

Nossas cidades mudaram!

DIA DAS MÃES - Comércio local atenderá até às 21h nesta sexta-feira

Rua XV de Novembro - Capinzal - SC
Foto de Rádio Capinzal

          Sou nascido na bucólica cidade de Capinzal, SC, no sul do Brasil. Naquele tempo, os territórios doa municípios de Ouro (Distrito de Ouro), Presidente Castello Branco (Distrito de Dois irmãos), e Lacerdópolis (Distrito de Barra Fria), pertenciam a Capinzal. Nasci na colônia de Leãozinho, hoje território de Ouro. Hoje, já não é tão bucólica como naquele tempo. Virou concreto e lata!

         Na minha infância, havia em Leãozinho um jipe Willys , do João Gusso, dentista. Depois o Danilo Pissoli também comprou um, verde claro, novo. E a família de João Andrioni outro, de 4 portas, amarelo. Adiante, este foi vendido ao ex-prefeito Domingos Boff, que o passou adiante.

         Na Linha Bonita, onde morava meu avô materno, Victório Baretta, havia um jipe cinza, do Alberto Rech. Depois a Marclino Zanini comprou um azul, o Angelin Baretta outro, da mesma cor. O Alcides Antonietto também comprou um, parece-me que cinza. E havia um dentista que vinha a Linha Bonita com um cinza. Eram esses os carros que eu conhecia até 1960.

          Em Capinzal e Ouro, no início da década de 1960, havia alguns jipes Willys e DKW, uns Areo Willys,  uns automóveis importados, uns caminhões. Apenas isso! Ah, e o Clarimundo Bazzi tinha um Pontiac que fora do Olímpio Viecelli, que depois pertenceu a alguém do interior de Capinzal, ao Clarimundo Bazzi e este o vendeu ao João Recalcatti Sobrinho, do Pinheiro Baixo. este tinha a placa "Capnzal - SC - 157072", amarela!

          Apenas em 1976, quando eu terminei minha faculdade em União da Vitória, nossa família conseguiu ter seu primeiro carro, um Fusca 1300L azul, placas OK 0440. Agora, está em Capinzal, com a placa LXL 1115. Ao final da década de 1960 já havia muitos fuscas na cidade, uns poucos  Gordini (Família Rosalém, Barra do Leão, um bordô e Olímpio (Vitório) Viecelli um marronzinho, que depois passou às mãos do Waldemar Matté, acho). Começaram a chegar os "Corcel" e os 'Opala". A  Volkswagen lançou um fusca Sedã. O Helmuth Hachmann tinha um, maronzinho. Pois de lá para cá, quase 50 anos depois, falta lugar para por tanto carro!



         Hoje, para passar de uma cidade para outra, de Ouro para Capinzal e vice-versa, de carro, entre 7,30 e 8,00 horas, entre 12,20 e 13,20, e entre 17,30 e 19,00 horas, é um transtorno. A ponte Irineu Borhnausen não dá mais conta. Ainda bem que está sendo construido o contorno viário que ligará a Rodovia Ouro/Jaborá, em Ouro, na comunidade de Caravággio, à mesma, em Capinzal, perto da BRF.

          Faço o presente registro porque julgo importante relatar fatos para a História. E para reiterar que andar a pé, caminhar, além de nos proporcionar atividade física, pode nos ajudar a economizar e a poluir menos o ar. Enquanto isso, governos e mais governos sempre pensando em incentivar o consumo de carros novos, para povoarem nossas ruas estreitas. Enquanto isso, vou exercitando meu saudosismo. Como era bom o tempo em que...

Euclides Riquetti
12-05-2017



Bom dia, sol, bom dia, lua!


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Bom dia, sol, bom dia, lua!
Prazer em conviver com vocês
Prazer em louvar vocês
E abraçar crianças na rua!

Bom dia para ambos, bom dia!
Muito contente em saber
Que vocês, eternamente
Estarão ali no céu, firmemente
Para nos dar alegrias!

Bom dia, astros siderais!
Prazer em absorver a energia
Que me emanam com maestria
Para aliviar os meus ais!

Bom dia, senhores celestiais!
Mais um belo dia pra viver:
Cuidem bem das estrelas dali
Que eu cuidarei bem das daqui
E nas as abandonarei jamais!

Euclides Riquetti
12-10-2017









quinta-feira, 11 de maio de 2017

As dores dos espinhos


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Tempos de incertezas, certamente
Dúvidas que afligem e atormentam
O amanhã que pode simplesmente
Apagar as chamas que alimentam...

Tempos de angústias e de medos
Futuro incerto, quase sem clareza
As vidas com seus enganos ledos
Toda alegria perdendo pra tristeza...

Tempos idos que talvez não voltem
Lembranças boas agora  já se vão
Se os  vulcões  as chamas cospem
Sofre muito mais meu coração!

As dores dos espinhos da roseira
Também dos que saem do limoeiro
Até o que brota da verde laranjeira
Machucam e me ferem por inteiro!

Perceba que no meu triste dilema
Da dor do espinho e da dor da alma
Resulta-me mais um triste poema
Nada mais me ajuda nem me acalma!

Euclides Riquetti
04-01-2015

Godofredo Thaler e seu Legado

Texto que publiquei em 14-11-2012



          Soubemos, agora há pouco, da perda de Godofredo Thaler, escultor de Treze Tílias, terra da escultura catarinense. Conheci o Godofredo quando estive na casa dele, em 1978, juntamente com o Anibal Formighieri, marido da Vitória Brancher, (meus compadres), para realizar a encomenda de uma escultura em cedro, de Jesus Cristo Crucificado. O Cristo destinava-se à Capela de Santa Catarina, do então Distrito de Zortéa, que mais tarde passou a ser Município.  Estava em sua nova casa, localizada à entrada da cidade, lado esquerdo da Rodovia, construída nos padrões de arquitetura austríacos, características daquela cidade, cujos moradores, em sua maioria, são originários do Tirol.

          Thaler nos recebeu com sua maneira simples, um verdadeiro gentleman, modos e personalidade moldados à arte. Conversamos muito antes de irmos ao assunto que nos levara até ele. Contou-nos que no início da década de 1970 fizera uma escultura do mesmo Cristo para a Capela Dom Bosco, do Congresso Nacional,  em Brasília. Ganhara um bom dinheiro, suficiente para comprar um Chevrolet Opala, zero quilômetro,  o sonho de consumo da época, carro de mais de 40 mil dólares. E ainda grana que lhe possibilitou ficar um ano na Europa, passeando, centrado no Tirol, mas com incursões para os países europeus. Também nos relatou que esculpira o Cristo da Catedral Santa Terezinha, de Joaçaba, igualmente  majestoso. E muitos outros.

          Falamos de orçamento e ele aceitou que lhe enviássemos um cedro de bom tamanho, para que fizesse nosso Cristo Esculpido, reduzindo o valor, cobrando apenas seu trabalho. O Cristo ficou maravilhosamente colocado atrás do altar da Capela de Zortéa. Numa época, pintaram a escultura, mas o vigário da Paróquia fez com que o lixassem e restabelecessem sua cor de madeira natural.

          Lamentamos, profundamente, a partida de Godofredo Thaler, o principal representante da escultura catarinense. E, através do Andrezinho Thaler, nosso amigo, queremos expressar nossas sentidas condolências à família. Que Deus o receba em sua Glória Eterna e que ele possa continuar, lá, esculpindo anjos no céu.
        

Euclides Riquetti
14-11-2012

Planeje seu futuro com alegria




Planeje seu futuro com toda harmonia
Pinte-o com as cores da determinação
Crie-o para ter altas doses de alegria
Busque encontrar o ideal da perfeição.

Procure estabelecer todo o equilíbrio
Atingir aquele ponto de tranquilidade
Então tudo contribuirá para seu alívio
E com isso toda a sonhada felicidade.

Inclua-me nos seus projetos de vida
Reserve-me um lugar em seu coração
Abrace a amizade que lhe é oferecida.

E, em todas as orações que você rezar
Coloque em seu pensamento a intenção
De ter-me, de querer-me, de me amar!

Euclides Riquetti
11-05-2017


Conflitos da alma

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Conflitos da alma nos geram dores
Marcas indeléveis, vãs, duradouras
Sofrimentos que vêm de desamores
Nos deixam cicatrizes imorredouras.

Conflitos da alma nos enfraquecem
Aniquilam, mutilam e deprimem
Muitas vezes até nos enlouquecem
Geram danos que não se redimem.

Conflitos, mesmo que com cuidados
Podem deixar feridas muito fundas
Mágoas que formarão o mau legado
Deixarão as marcas mais profundas.

Fazei, ó Deus, com que a harmonia
Se instale em cada um de nós dois
E que nuvens do amor e de alegria
Jamais nos permitam viver sós!

Euclides Riquetti
05-01-2015

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Passa o tempo...


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Passa o tempo, sutilmente  passa
Passa pra mim e  pra você  também
Infelizmente, nosso tempo passa

 (E você não vem e não me abraça)
Rápido, mas quieto, ele vai além...

Passa pra mim e pra você o tempo
Manhã vem, tarde vai, noite vem mais uma vez
Passa o dia de sol, passa o cinzento

 (E eu caminhando só, eu no  relento...)
Caminhando e pensando em você!

Passa o tempo como passa a vida!
Passa e nos deixa seus sinais
Há a hora da chegada, a hora da partida!

 (A hora esperada, e a que quero esquecida...)
 E há aquelas que eu quero mais e mais!

Euclides Riquetti

Mulher, mulher...

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Mulher carinhosa, mãe gentil
Inteligente, bonita e elegante
Rendo-lhe a homenagem sutil
Imaginando-a feliz, fascinante
Alma tão serena, olhar pueril
Maravilhosamente cativante!

Como flores que me aprazem
Antes de um escaldante verão
Raízes profundas que jazem
Muito bem fincadas no chão
Indescritível é sua imagem
Grande é seu doce coração.
Nome de santa e de coragem
Amores de amor e de paixão
Nas noites que se refazem!

Real, constante e verdadeira
Imagem em poemas diversos
Que escrevo à minha maneira.
Um nortear para meus versos
Espalhados pelas ladeiras
Todos pelo mundo dispersos
Trazidos à vida prazenteira
Indo embalar-se  no universo!

Euclides Riquetti
10-05-2017 















terça-feira, 9 de maio de 2017

Corações de areia

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Corações de areia se despedaçam
Com um simples sopro de vento
Mesmo quando destinos se traçam
E teimam em lutar contra o tempo...

Corações aflitos são fragilizados
Perdem toda a sua força e energia
Sofrem os tormentos desalmados
Perdem de ver o sol e sua alegria.

Os  seres que buscam na utopia
E no imaginário toda a solução
Afogam-se no mar da melancolia.

Pois há uma lógica a pautar a vida:
Seres precisam de amor com razão
E a vida só existe para ser vivida!

Euclides Riquetti
06-01-2016


segunda-feira, 8 de maio de 2017

O Pior Dia do Trabalhador do Milênio


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Minha coluna no Jornal Cidadela, de Joaçaba, SC, em 05-05-2017

       Dia do Trabalhador com comemorações tímidas, muita frustração e resignação...  Assim vi o Primeiro de Maio deste ano. E não é para menos!
       Os brasileiros amargam mais de 13 milhões de pessoas, trabalhadores em idade legal e repletos de energia para trabalhar, sem emprego e com pouquíssimas possibilidades de as nuvens negras dissiparem-se.  Pois bem nesse dia, o Instituto de Pesquisas Datafolha divulgou uma pesquisa sobre o que os brasileiros pensam da reforma previdenciária pretendida pelo governo.  71% dos entrevistados são contra a Reforma da Previdência. As mulheres rejeitam a reforma em 73%, sendo que são 74% entre os que ganham entre dois e cinco salários mínimos; 76% entre os jovens de 25 a 34 anos, e o mesmo percentual dentre as pessoas com curso superior.
      É possível que o Governo consiga o número suficiente de parlamentares para a aprovação da sua proposta, mas a tarefa não vai ser fácil. Fora os propagandistas, os economistas do capitalismo selvagem e os comentaristas vendidos, que fogem de seu compromisso profissional para defenderem posições à custa de dinheiro ou por algum interesse pessoal, poucos são os que defendem a dita reforma.
       Sou aposentado como professor estadual, trabalhei 31 anos em sala de aula, somei 41 anos de tempo de serviço quando consegui a aposentadoria, aos 55 anos de idade. Meu braço direito dói todos os dias de tanto que escrevi em quadro de giz. Nunca tirei atestado em razão disso. Hoje fico pensando em como será a vida profissional de pessoas que terão trabalhado tanto quanto eu, estiverem com limitações físicas, idosos, e mesmo com sua condição psicológica abalada por estresse. Continuo reafirmando que o financiamento da Previdência Social deva acontecer em função das riquezas que o trabalhador gera e não apenas encima do lombo do trabalhador e seu salário.
       Entendemos que o sistema previdenciário precisa ser reformulado, sim. Os brasileiros pagam imposto de renda, pagam muitos outros impostos e, parte deles, deveria ser canalizada diretamente para a conta do INSS. E todos aqueles compromissos assumidos pela Seguridade Social deveriam ser separados, de forma que o que não for aposentadoria conquistada por tempo de serviço prestado e contribuição, sejam pagos com dinheiro do Tesouro Nacional. Se houve irresponsabilidade dos governos em concessões facilitadas nos últimos 50 anos, não é o trabalhador que deve pagar a conta. A reforma não foi discutida amplamente com os setores de produção e do trabalho, apenas é negociada entre políticos corruptos e que estão sendo investigados por roubos de dinheiro público. Por isso nada houve para comemorar, mas muito para lamentar. O brasileiro vem sendo domesticado e condicionado a resignar-se pelo bombardeio dos meios de comunicação, infelizmente!
Euclides Riquetti – Escritor Membro da ALB/SC
www.blogdoriquetti.blogspot.com

Se o sol de hoje brilhar




Se o sol de hoje brilhar como ontem
Se o céu ficar assim tão azul
Se as nuvens brancas flutuarem
E eu acordar de meu sonho no sul...

Se o sol dourar sua pele branca
Se o céu sorrir para nós dois
Se as nuvens brancas se dissiparem
E você me disser para esperar para depois...

Se o sol alegre animar o meu dia
Se o céu azul me devolver uma esperança
Se as nuvens brancas voltarem
E seu rosto voltar à minha lembrança...

Se tudo isso acontecer
E você tiver lembrado de mim
Meu dia terá valido a pena
Bem assim!

Euclides Riquetti
08-05-2017



Quando a esperança renascer...


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Quando a esperança renascer das cinzas
E então o  verde corar todos os gramados
Quando as florinhas amarelas voltarem
Nos campos do Sul de céu azulado...

Quando os seus cabelos forem sacudidos
Pelo vento fresco da manhã de solidão
Quando sua voz movimentar os sentidos
E eu poder ouvir a sua doce canção...

Quando no horizonte eu puder vislumbrar
A silhueta imaginária de seu corpo elegante
Quando na noite, de novo,  puder recordar
As linhas doces  e a beleza de seu semblante..

Eu saberei que valeu a pena!

Euclides Riquetti
06-01-2015

domingo, 7 de maio de 2017

Chapecoense, Bicampeã Estadual de Futebol

       
Chapecoense fatura bicampeonato do Catarinense mesmo com derrota para o Avaí na Arena Condá Márcio Cunha/Especial

          A Chape acaba de sagrar-se campeã de futebol em 2017, em jogo em que perdeu para o Avai Futebol Clube, no estádio Arena Condá, em Chapecó. O verdão do Oeste havia vencido em Florianópolis por 1 a 0 e, por ter melhor campanha durante o campeonato estadual, acabou sendo a campeã, aliás bicampeã, pois também o foi no ano passado.

         Para nós, do oeste e Meio-oeste catarinense, é um orgulho! É muita emoção, pois, depois da tragédia de 29 de novembro, quando perdemos 21 atletas naquele desastre aéreo da Colômbia, precisávamos de um título para nossa Chape!

          O jogo foi sofrido para o torcedor, pois a Chape dominou o jogo, mas o Avaí se apresentou muito perigoso em algumas oportunidades. Vibramos com o título. O A cidade de Chapecó, especialmente, precisava de algo assim positivo Os moradores daquela cidade e das demais, que muito sofreram com a perda de seus jogadores, dirigentes e profissionais da imprensa, precisavam de uma compensação. Pessoas muito sérias, como o presidente Maninho e sua equipe, souberam organizar u elenco sem estrelas, uma coissão técnica muito profissional, sem estrelismos. O gramado da Arena Condá, que recebeu os corpos das vítimas, em dezembro, agora é palco de uma conquista história.
          Salve, Chape! Salve, Campeões! vamos, vamos Chapêeee... Vamos vamos, Chapêeeeeee!

Euclides Riquetti
07-05-2017

Lembranças que entristecem






Há lembranças que me entristecem
Há outras que me alegram sempre...
Lugares por onde ando que fornecem
Cenários que me marcam docemente.

As boas, procuro reavivar com alegria
Deleitar-me, mergulhar em devaneios
Sorver aquela doce e suave nostalgia
Navegar nos sonhos, alimentar anseios.

Castelos azuis com as janelas brancas
Ruas que sobem, ladeiras que descem
Há lembranças boas, lembranças santas.

Lábios que beijei, corpo bem abraçado
Versos escritos, bocas que emudecem
Imagens presentes, volvidas no passado.

Euclides Riquetti
07-05-2017