sábado, 31 de janeiro de 2015

Só você é assim...

  
 
 

Pioneiros do Navegantes - Ouro - SC

Pioneiros do Navegantes
          O Bairro Nossa Senhora dos Navegantes, em Ouro, surgiu em decorrência de o ex-Prefeito de Capinzal, Sr. Sílvio Santos, através de sua Urbanizadora Nossa Senhora dos Navegantes, tê-lo idealizado. O loteamento, em si, já existia na década de 1960, com as ruas longitudinais abertas, porém com um mínimo de habitantes.

           Uma descrição simplificada nos remete a dizer que, onde hoje se situa a Rua Formosa, que faz sua ligação com a Felip Schmidt, havia basicamente duas famílias residindo:  a primeira, Família Scapini, ocupava uma casa de madeira no lado direito no sentido sentido de ida do Centro para o Bairro, defronte à propriedade da família do Sr. Biaggio Spada, ali onde há atualmente o casarão azul, com janelas brancas, que foi construído lá atrás, como casa do Cartorário David Cruz. A segunda, após o entroncamento com a Rua Brasil, também do lado direito, onde funcionava um misto de residência e clube de bailes do Sr. João Fontoura. Pejorativamente, os populares o denominavam de "Sete Facadas", embora o nome oficial fosse Salão do Fontoura. Mais adiante a família do Sivo Molitetti veio para ali e está até hoje.

          Ali próximo da Capela de Nossa Senhora Aparecida, logo abaixo, onde reside a família Ribeiro e outros  descendentes, havia a residência do Sr. José Ferreira, que tornou-se conhecido como o "Zé de Amargá". O Vovô Zé  obteve esse apelido porque, para tudo o que as pessoas lhe falavam, dizia: ´"É de amargá" (amargar)!  Era um moreno escuro bem alto, magro,  simpático, forte, e muito trabalhador. Foi trabalhador da Prefeitura Municipal de Ouro, emprego pelo qual se aposentou. Antes, trabalhou para os padres na construção do Seminário Nossa Senhora dos Navegantes.  Foi um dos primeiros funcionários da Prefeitura. Ajudava na confecção de calçamentos e conservação de estradas, tinha muita energia e habilidade para com a pá, a marreta  e a picareta. Após aposentado, continuou a realizar serviços de escavações e remoção de terras, sendo excelente cavador. Com cerca de 80 anos ainda trabalhava como um gigante. Dizia-me: "Preciso trabalhar para comprar carne. Comer feijão, arroz, carne, polente e radici, que isso me dá forças para continuar trabalhando". Morreu com idade avançada e sempre foi um digno pai de família, religioso e  muito respeitado.

          Bem ao centro do morro, próximo de onde se situa a Escola Professor Guerino Riquetti e o Centro de Educação Infantil Raio de Sol, residia o Sr. Sebastião Félix da Rosa, conhecido como "Véio Borges" e também por "Champanhe". Tinha muitos filhos, que eram exímios roçadores de matos e capoeiras. Tinham grande habilidade no manejo das foices e  enxadas. Faziam empreitadas em todas as bandas, tinham resistência para o trabalho. De descendente direto dele ainda temos a Dona Lurdes, casada com o Francisco da Silva, que está ali, rodeada de sobrinhos e netos, até hoje. É uma senhora muito simpática, trabalhou muito em sua Juventude. Quando ofendida, por causa de sua cor, partia pra cima do mal educado e o fazia correr. Não levava desaforo pra casa. Numa casa ao lado, residia o Alípio, conhecido como "Rancheira", um pedreiro entroncado, que cultivava um bigidão. Sua irmã, Dona Jandira Pedroso, é que ficou morando ali na casa da família.

          E, ao final da Rua Agenor Jacob Dalla Costa, morava o Sr. Abílio de Oliveira, com dois filhos, o Nereu e o Irineu, que foram embora para Porto União. Uma filha, antes ainda de ele ir  morar ali, fora dada em adoção, no Engenho Novo, Capinzal. O Nereu era um bom jogador de futebol, tanto na linha como no gol.  Hilário da Rosa, o Chuchu, filho do Sebastião da Rosa, também era um verdadeiro craque de futebol. Era muito habilidoso mas gostava de jogar sem chuteiras. Com estas  nos pés, tinha dificuldades, pois acostumara-se a driblar nos campinhos, sempre de pé no chão. No início da década de 1960,  veio a família do Sr. Olino Lucietti, fixando residência na mesma propriedade, onde até hoje está sua esposa e descendentes.

          Nos primeiros anos da década de 1980 já havia outras famílias morando no Bairro: Os Freitas, lá próximo da casa do Zé Ferreira, os Esganzela, vizinhos do Lucietti, a Dona Aurora Tonini, o Caetano Rech, a Família dos Anjos. O Agnaldo de Souza, que trabalhava como Agente da Estação Ferroviária, tinha uma casa ali, mas estava alugada para um terceiro.

          Como algumas dessas famílias estavam desmembradas, no recenseamento de 1980 contei ali 16 domicílios, pois em algumas unidades havia uma família no pavimento principal e outra no porão das casas. Em 1981 não havia ainda  rede de fornecimento de água nas residências. Nos períodos de estiagem, um caminhão da Prefeitura levava água para as famílias. Esta era despejada nos poços, caixas, tonéis  ou fontes. Na época, o Sr. Vilson Surdi organizou um documento manuscrito, com a assinatura de um representante de cada uma das famílias que ali moravam, menos de 20, solicitando a consrução de rede de águas, sendo que foi atendido pelo Prefeito Ivo Luiz Bazzo. O Sr. Sílvio Santos cedeu um terreno para que o SIMAE instalasse ali o primeiro reservatório de águas. Também doou o terreno para a construção da Capela e de uma cancha de bochas, o que foi possível com o apoio do Prefeito Domingos Antônio Boff. Boff também iniciou a construção da creche local, que foi concluída pelo Prefeito Euclides Riquetti. Este construiu a escola Professor Guerino Riquetti.

          Hoje o Bairro é muito bem estruturado, tendo um bom comércio instalado, bom nível de ensino na Escola, um ginásio de Esportes construído na gestão do Prefeito Sérgio Durigon. A pavimentação de suas ruas foi realizada, gradativamente, por todos os prefeitos que atuaram a partir de 1983. Também comporta, em sua parte mais elevada, as torres repetidoras para retransmissão local das imagens dos principais canais de TV brasileiros. Uma emissora de rádio Comunitária, a Rádio Cidade FM, perrtencente à Associação de Difusão Comunitária Prefeito Luiz Gonzaga Bonissoni ali se situa.

          Do alto do Bairro Nossa Senhora dos Navegantes é possível avistar-se toda a cidade de Capinzal. Uma paisagem encantadora, com o Rio do Peixe dividindo os dois pequenos Municípios. Vale a pena fazer-lhe uma visita.

Euclides Riquetti
23-04-2013

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Apenas uma palavra...

Diga-me apenas uma palavra bonita
Mas que brote de seus lábios rosados
Que se perca em meio aos raios dourados
Na imensidão infinita.

Do céu, este  teto  belo e azulado
Que abençoa essas praias  benditas:
Sempre ternas e hospitaleiras
Santas e belas, prazenteiras.

Diga-me apenas uma  palavra sedutora
Que venha lá do fundo de sua alma pura
(Algo assim, sensual, provocadora...)
Que me traga a  suavidade e candura.

Mas se a palavra, porém,  lhe faltar
Faça com que me chegue um  recado
Mande-me pelo  murmúrio do mar
O  seu coração acalentado.

Que esperarei, esperarei...
Como sempre tenho esperado!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O cheiro do vento...


Feche os olhos e sinta
O cheiro do vento que barulha as folhas
E da água que se gaseifica em bolhas
Perceba que   a  natureza  se retinta.
Feche seus belos olhos... e sinta!

Feche os olhos e abra seu coração!
Fique segura,  dê-me  sua mão
Frágil, mas terna, elegante e  macia,
Que me passa uma deliciosa energia
A energia doce, que brota  do seu coração!

Feche os olhos e escute a orquestra
Que embala uma suave canção:
É a canção do vento, que traz a harmonia do universo
Que vem no momento mais sublime e certo
Vem trazer-me a paz da longa imensidão.
Vem...

Euclides Riquetti

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

É noite...

É noite...
Uma noite qualquer
Como tantas outras:
Com sofá
Com janela
Com luar...
É a noite mais bela
Com um homem pensando...
Numa linda mulher: você!

É noite...
Noite da saída discreta
Secreta!
Noite dos pecados perdoáveis
Imagináveis
Confessáveis
Mas pecados
Pelos corpos desejados
Pelos beijos roubados
Pecados!
Apenas pecados... perdoáveis... perdoados!

E, balançam no céu as estrelas prateadas
Com fios transparentes
Estrelamente estreladas
No teto do céu... penduradas.

Esperando que termine esta noite
Que voltem as manhãs azuis
E as tardes douradas
E, de novo, a noite
Prateada...

Euclides Riquetti

Apenas um recado...


Um recado

Recebi um recado
Do brilho prateado
Do luar:
Vem comigo
Vem meu amigo
Vamos passear!

Vamos andar pela via láctea
Conhecer a imensidão intacta
Do espaço sideral
Andar pelo  Universo
Em frente e verso
Pelo mundo colossal!

Recebi um recado alvissareiro:
Vou andar pelo universo inteiro
Com a sua companhia.
Vou com seus olhos claros
Pelos recantos mais raros
Vou com toda a alegria

Vou, sim. Vou com você, querida!

Euclides Riquetti

domingo, 25 de janeiro de 2015

Não permitas que não te deixem sonhar...


Não permitas que não te deixem sonhar
Nem que te impeçam de viver a tua infância
Vive este tempo que jamais voltará
Vive, intensamente, a alegria de ser criança.

Sempre que puderes abrir o teu sorriso franco
Faze-o com toda a tua amável sutileza
Distribui-nos teu carinho e teu encanto
Que de tua alma brotam com nobreza.

Ama teu pai, tua mãe e  quem te protege
Respeita teus professores e teus colegas
Reza por Deus que te ilumina e rege...

Tem em ti a proteção do anjo que não falha
E que retribui pela oração com que te entregas
O anjo que te ama e que te guarda!

Euclides Riquetti