sábado, 5 de janeiro de 2019

Aniversário do Ângelo: um aninho!





  O netinho Ângelo (Fagundes dos Passos Riquetti), nasceu há um ano em Curitiba. Mora em São José dos Pinhais com os pais Luana e Fabrício. Completa um aninho hoje! Além de neto, é meu amiguinho...

       Passou as festas aqui na região, na casa do Vô João e da Vó Maria, em Ibicaré, e do Euclides e da Miriam, em Joaçaba. Foram dias adoráveis com a presença deles aqui. Engatinhou, velozmente, por todos os cômodos da casa, espalhou brinquedos por todos os cantos, riu, sorriu, brincou com a priminha Júlia, andou nos colos das tias Michele e Caroline, mesmo do Tio Daniel.

       Além de reconhecer todas as pessoas, já balbucia alguns nomes: papai... mamãe... bola..  E,  quando quer algo, aponta o braço para o que que e diz balbucia: ééééééhhhh... Quando a gente pega o telefone e diz alô, ele pega o primeiro objeto que encontra perto de si, coloca no ouvido esquerdo e fala: alôôô! Ele é muito parecido com o papai Fabrício, inquieto com ele era em sua infância.

       A mãe, Luana, Psicóloga, tem muito jeito para lidar com ele. Mãe e pai o conduziram, neste primeiro ano de vida,  com muita disciplina: tem as horas certas para dormir, para acordar, para a mamadeira, para a comida no prato. Enquanto come, gosta de segurar uma colher também, como que o está servindo. Pouquíssimas vezes ele chora. Tem todas as características de uma criança feliz, que sente que é muito querida e amada por todos. Eu acho que a pessoa que mais se entende com ele, fora os pais, é o Tio Cuco. Mas ele se entende  muito bem com as vovós Miriam e Maria.

       Quando o pego no colo, vai apontando o dedo para a porta e começa a querer sair pra  rua ou para o quintal de nossa casa. Para os lados da rua, vai já olhando para a fiação elétrica e acompanha o voo dos passarinhos. Um canto de um pássaro maior, em outro lado, chama a sua atenção e ele vira a cabeça para descobrir onde está a ave. Gosta muito de cães.

       Aqui na frente de casa, ele gosta muito que eu o leve para as casas onde há cachorrinhos. Diz:
auau...auau!  Na casa da frente, há um cachorro padrão "terneiro", grande. Quando ele acoa, o Ângelo não se importa, pois já está acostumado. Aos fundos de casa, no quintal, ele observa os pássaros e as árvores. Vou mostrando-lhe as frutíferas, as hortaliças e os coelhinhos de um vizinho. Ele fica encantado com os animaizinhos.

       Dou uma volta com ele na quadra inteira, ele é simpático com a vizinhança e com as poucas  crianças. Nós nos entendemos muito bem.

       Quando eles vêm para  cá, vão também a Tangará, onde moram seus padrinhos Vander e Juliana. Lá ele tem o amor e o carinho deles e da priminha Luíza. Em Ibicaré tem o priminho Artur, da idade dele, filho da Gabriela e do Tiago. Também tem um primo bem maior, o Murilo, filho da Laura e do Maurício.

       O Ângelo completa seu primeiro aninho com muita inteligência, saúde e energia. Que Deus o proteja e que possa continuar a crescer assim.

Felicidades, anjinho Ângelo, pela passagem de seu primeiro aninho!

Euclides Riquetti
05-01-2019

   

O Filho do Almiro e da Gessi - um reencontro emocionante!


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          Há coisas que acontecem na vida das pessoas que só podem ser sinais da presença de Deus. Coisas que não têm uma explicação lógica: acho que acontecem porque têm que acontecer.
         
          Pois,  no último sábado, 24, de manhãzinha,  esperamos a vinda de um técnico que viria para instalar um aparelho de ar-condicionado em nossa casa. Tudo preparado, antes das nove horas chegou uma caminhonete com dois rapazes. Cumprimentamo-nos. Um deles, o Rafael,  já havia vindo para realizar um trabalho semelhante. Minha esposa lhes ofereceu café, que foi aceito por ambos. Já haviam tomado água, Nós os tratamos como gente da família. E, nessas ocasiões, falantes que somos, (mais eu do que a esposa...), fomos trocando ideias.

            Detalhista, costumo pedir sobre  o trabalho, a família, se esudam, o que fazem, o que gostam de fazer. Incentivo para que todos estudem, leiam, escrevam, progridam. Gosto de falar sobre música, política, letras, futebol, enfim, de tudo um pouco...

            Mas o sábado se conduzia para tornar-se um dia muito especial. Perguntei ao mais velho dos dois se era natural daqui mesmo, disse que morava em Herval d ´Oeste, que era irmão do Jaime Ditzel,  que é conhecido como o "Jaime do Mercado". Falei-lhe que já tinha ouvido falar do Jaime, que sabia que ele tinha um automóvel "Tigra" vermelho, muito bonito, que já fora meu sonho de consumo. Imaginava, há uns dez anos, que compraríamos um para o filho quando terminasse a Faculdade. Em poucos minutos, parecíamos velhos amigos..
          Não sei  como, mas ele acabou me dizendo que era da região de Capinzal, que nascera por lá...

ABRINDO PARÊNTESIS:
          Bem, muitos fatos que marcaram minha vida estão bem claros em minha mente. Durante muitos anos me perguntei onde estaria o Jakson, um menino que nascera no verão de 1979, quando morávamos no Distito de Zortéa, então pertencente a Campos Novos. Uns três meses antes de minhas filhas, gêmeas Michele e Caroline nascerem. Algumas vezes que encontrei parentes dele perguntei onde estava o menino. Diziam-me que estaria em Joaçaba...
         
         Naquele janeiro eu estava organizando o almoxarifado da Zortea Brancher, aproveitando minhas férias escolares. Num  determinado dia, um alvoroço ali perto de onde eu estava e a notícia: a Gessi Hack, esposa do Almiro Meloto, havia morrido no parto, num hospital em Capinzal. A Gessi era irmã do Omar Hack, cunhada da Dona Fanny, tia do Adalberto, Aimar e da Ledi. Morara com eles e, nesse tempo, casou-se com o Almiro Meloto. Toda a comunidade ficou chocada. Ela tinha vinte e poucos anos, uma loira de olhos claros, muito bonita, cheia de saúde...

          O Almiro era meu amigo. Antes de ir estudar em União da Vitória, eu o conhecera. Viera do "Rio Grande", fora morar com o tio, Zulmiro Meloto, em Capinzal. Sua irmã, a jovem Irone, estudava no Mater Dolorum, era namorada do Jaime Baratto, o fotógrafo. Nos domingos, vinha com uma Kombi azul claro até o Ouro, onde tinha um amigo que morava de pensão na casa de minha tia, Maria Lucietti, esposa do tio Victório Richetti, o Elvides Roque Zulianello da Silva, gaiteiro, gaúcho de Vacaria. Éramos companheiros de bailes,  de festas  e de serestas. Cinco anos depois, ao voltar, depois de formado, fui morar em Zortea e reencntrei o Almiro: bigode e cabelão. Foi uma alegria reencontrá-lo!

           Dezenove de janeiro de 1979. Este é o dia do nascimento do menino Jakson. Não conheceu a mãe. No dia da fatalidade, o Almiro estava viajando com o caminhão do Omar pelo Rio Grande do Sul. O Hermes Susin, zorteense,  meu amigo que agora mora em Joaçaba, contou-me, domingo, que nesse dia escutara pela Rádio Gaúcha,  que apelavam a quem pudesse avisar o Almiro sobre o triste acontecimento. A Polícia Rodoviára estava tentando localizá-lo.

          No dia seguinte, à tarde, celebramos a Missa de Corpo presente da Gessi, na Capela de Santa Catarina, em Zortéa. Fizemos uma celebração à altura do merecimento daquela jovem mãe, cristã, que perdera a vida ao dar seu filho, tão esperado, tão desejado, à luz do sol.  Todos estavam inconformados e incrédulos com o que havia acontecido... O Almiro chegou a tempo de acompanhar a esposa até sua última morada...

RETORNANDO À REALIDADE PRESENTE:

          Tão logo me falou que era "daquelas bandas", perguntei de que família era. Disse-me o nome: Jakson Hack Gomes Meloto. Bastou isso. Olhei para ele e percebi logo: era a cara do Almiro, só podia ser o filho dele. Falei: "Sua mãe era muito bonita. Gostava de usar vestido azul, tinha olhos azuis. Fiz o comentário da missa no dia em que ela foi sepultada"! Emocionei-me e percebi que ele também ficara mexido. Falou que até ficara cuirioso em saber sobre a mãe dele, que não chegou a conhecer.

          Foi um dia muito marcante para mim e minha esposa. Grávidas à mesma época, Gessi morava, antes de casar-se, na casa da  Dona Fanny era costureira e sua  cunhada. Costumava passar seus dias ali enquanto o marido viajava pelas estradas.  Muitas vezes se encontraram na casa dela e nas missas e cultos. Falavam da gravidez e das expectativas. Não se utilizavam ultrassom nas pequenas cidades, ainda não havia. Imaginavam de seria memino ou menina. E, naquele dia, veio-nos a triste notícia. A Mirian, grávida de nossas filhas, foi retirada do velório, pois as colegas professoras e a comadre Vitória achavam que ela não deveria ficar lá, que seria um abalo muito grande. Mas participou da missa.

          O Almiro estava abaladíssimo e nos dias que se seguiram veio a decisão: o menino, que ainda estava no hospital, ficaria com os tios Darci e Ladi Ditzel. O Darci trabalhava conosco na Zortéa Brancher, era representante comercial. O Jaime, trabalhava conosco na Administração.

          Agora, 35 anos depois, o Jakson aparece na nossa casa. Quando aceitou o café, disse a minha esposa, Miriam, que já a conhecvia, que uma vez viera aqui fazer a entrega de um móvel que ela comprara. Eu olhava para aquele rapaz e um hiato de 35 anos nos dividiu. Eu sabia muito e também nada sabia sobre ele. Deus o mandou até nós. Senti a alegria dele em saber que a mãe dele era uma mulher bonita e que o esperava carinhosamente. Quanto ao Almiro, uns tempos depois, morreu vitimado por um acidente com seu caminhão. Rezo por ambos, Almiro e Gessi, ele meu amigo e ela amiga de minha esposa. Que Deus os tenha! E que possamos, muityas vezes, reencontrar o Jakson, moço dócil, educado. Herdou a maneira de ser dos pais...

Euclides Riquetti
29-05-2014

Jackson, personagem real da história, esteve em nossa casa há dois meses, instalando outro aparelho de ar-condicionado.
05-01-2019

Rezei por você


 

 
  
Rezei por você, adorável mulher
Pedi a Deus que realize seus sonhos
Escrevi as orações em folhas de papel
Para ler e reler nos momentos tristonhos.

Rezei orações singelas e poéticas
Orações para Deus e Nossa Senhora
Pronunciei as palavras ternas e diletas
E que possam ajudá-la em todas as horas.

Rezei, pedindo pela sua felicidade
Pela sua saúde, pelo seu bem-estar
Rezei porque sempre eu sinto saudades
Você que já  mora  no meu pensar

Rezei, rezei  muito,  infinitamente
Já perdi a conta de tantas orações
Quero que viva feliz e contente
E que possamos viver belas emoções.

Euclides Riquetti

Como uma abelhinha







Como uma abelhinha, pousas de flor em flor
Buscas sugar o néctar doce e labial
E, sobrevoando este mundo de luz e cor
Ajudas - me  a pintar um quadro real.

Como uma andorinha, sobrevoas os confins
E vais  fazer  teu ninho sob meu  telhado
Com raminhos colhidos em todos os jardins
Singeleza a brotar num pequeno ser alado.

E, como uma princesa, uma  fada madrinha
Vais semeando estelas em todos os lugares
Com o acenar suave  de tua mágica varinha.

Vais, até que volte ao fim da tarde a brisa
Bailando nas nuvens brancas de meus ares.
Reanimando minha alma que de ti precisa.

Euclides Riquetti

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

A teoria do desejo relativo









Pela teoria do desejo relativo
Ficar contigo
É de que eu preciso...

Preciso sempre que isso se confirme
Que haja reciprocidade
Porque, a busca da felicidade
É um propósito muito forte e firme!

Talvez que minha teoria
Não passe da influência da nostalgia
Ou de minha teimosia...

Mas, a pura e sacrossanta verdade
É a de que sou um ser imperfeito
Cheio de defeitos
Que fica a teorizar
Na procura da tranquilidade...

Bem assim!

Euclides Riquetti

Quando, de novo, a primavera chegar







Quando, de novo, a primavera chegar
E bem mais cedo o sol fizer o seu levante
Abra sua janela e olhe, mesmo que por um instante
Veja que nossa natureza é algo sem par...

Quando, de novo, as flores tomarem conta dos terrenos
E enfeitarem os gramados com suas cores vivas
Volte-se às lembranças recentes e às antigas
E veja o quão belo é o mundo em que vivemos...

Mas, bem antes, ainda em inverno intenso
Quando o frio abala sua alma e a fere impiedoso
Cure todas as feridas de seu coração dengoso
Rejeite a dor, os infortúnios, o sofrimento...

Porque o êxito e a felicidade dependem, certamente
De nosso ânimo renovado, nosso vigor e disposição
Da vontade de querer o melhor para nosso coração
E de quem nos estende a mão, nos sorri somente...

Apenas disso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

Uma canção de acalanto





Cantam os anjos do céu uma canção de acalanto
Os versos que eu te escrevo no embalo da inspiração
Os versos que compus para te pedir teu perdão
Para amainar minhas mágoas, acalmar meu pranto.

Rezam os anjos  para o Menino Jesus e Maria
Pedem proteção a todas as crianças indefesas
Pedem também a Deus, nossa maior das Realezas
Para que possam viver com amor, saúde e alegria.

Louvam os anjos, com seus hinos sacros e louvores
Olham,  com atenção,  pelos seres desprotegidos
Dedicam-se, com devoção, à cura de nossas dores...

Que cantem, os anjos, as  canções que nos acalentam
E que sejam, nossos pecados, perdoados e remidos
E que  cessem as lágrimas que abalam e atormentam.

Euclides Riquetti

Viciei-me em você...





 
 
 
Viciei-me em você
Deliciosamente
Freneticamente
Viciadamente!

Viciei-me em você
Com toda a energia
Com a sua alegria
Com sua maestria!

Viciei-me em você
Não devia ser assim
Deveria gostar de mim
Gostar, amar,  enfim!

Viciei-me em você
Viciei-me errado
O vicio do pecado
Desalmado!

Deliciosamente
Freneticamente
Viciadamente!

Euclides Riquetti

Venha, entre na pista, e dance!



 

 
 
 
 No fim de tarde, no domingo livre
Vai ter balada, ter agito e dança
Vai ter embalo e vai ter festança
No fim de tarde, no domingo livre!

Entre no ritmo com toda a harmonia
Venha comigo,  é nossa grande chance!


Venha pra pista, venha logo e dance
Venha pra pista viver o romance!
Venha pra pista no domingo  livre
Venha pra pista, venha logo e dance!


Entre no ritmo com toda a harmonia
Venha comigo,  é nossa grande chance!

Seja no clube ou na danceteria
Venha encontrar-me e me dê uma chance
Venha pra pista no domingo livre
Venha pra pista, venha logo e dance!


Entre no ritmo com toda a harmonia
Venha comigo,  é nossa grande chance!

Nos fins de tarde de todos os domingos
Nos dias de embalo com muito romance
Te esperarei quero bailar contigo
Venha comigo, venha logo e dance!


Entre no ritmo com toda a harmonia
Venha comigo,  é nossa grande chance!

Euclides Riquetti

Raul Seixas - Amigo Pedro era de Joaçaba?



 

 
         Raul Seixas, bahiano que virou uma referência do rock brasileiro no início da década de 1970, começou cantando em Salvador, Bahia, com grupos de cantores locais de  pouquíssima expressão. Bem jovem, o filho de família de  classe média que não gostava de estudar foi para o Rio de Janeiro, onde gravou seu primeiro disco, "Raulzito e Os Panteras". Seu maior sucesso como Raulzito foi com a música "Roda Gigante", que na minha adolescência eu ouvia tocar nas rádios Clube de Capinzal, onde o Joe Bertola, o Vilmar Matté,  o Pimba, a Alda Meyer e o Válter Bazzo, meus contemporâneos, a colocavam para rodar, e nas rádios Catarinense, de Joaçaba; Rural, de Concórdia; e Fátima de Vacaria.

          Embora o Raulzito não tenha emplacado como sucesso nacional, as pessoas de minha geração, em nossa região, cantavam muito e curtiam a "Roda Gigante". Mas, verdadeiramente, a música que mais "abalou as estruturas" em Ouro e Capinzal  foi "Amigo Pedro", ao final da década de 1970. As pessoas gravavam-na em fitas cassette e repetiam-na nos toca-fitas dos carros. Lembro que meu irmãos, o Piro e o Ironi, muito a ouviam no somzinho do fusca OK 0445, azul, muito conhecido em nossa cidade na segunda metade daque década. E nos rádios dos pedreiros, carpinteiros, eletricistas e encanadores, nas casas em construção, quando alguém passava era difícil não ouvir essa música. Quando era tocada, aumentavam o volume do rádio...

          Pouco antes,  quando Raul Seixas esteve em Joaçaba, fez um memorável show e ficou uma semana por aqui. Há muitas histórias e muitas versões sobre a composição de "Amigo Pedro", que fora escrita em um guardanapo de papel. A que mais me convenceu foi a que me contou o amigo Ademir Pedro Belotto, nosso radialista e premiado comunicador: Após o show de Joaçaba, Raul Seixas foi para a fazenda em Água Doce,  de um amigo que fez por aqui. Não vou dizer onde este trabalhava porque acabaria dando de bandeja a identidade do cara, mas se chamava Pedro e até trabalhou numa repartição pública da cidade. Pedro o levou para descansar e "viajar" por lá. O cantor ficou muito amigo do Pedro e, algum tempo depois de ter ido embora, comunicou-lhe que compusera "Amigo Pedro" em sua homenagem.

          Independente de qual das muitas versões que existem sobre isso, tem-se como certo de que a inspiração para a música veio daqui, onde eu moro hoje. Nosso Maluco Beleza, que fez muito sucesso com Gita e outras canções, morreu aos 45 anos de idade, após 4 casamentos, muito álcool e outras substâncias ingeridas ou inaladas. E o grande contestador, uma das principais expressões do rock brasileiro de todos os tempos, que também foi chamado de "Pai do Rock", merece nossa reverência por nos ter deixado um considerável, belo e de altíssima qualidade musical. Seu acervo é muito valioso.  Fui fã dele também.


Euclides Riquetti

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Nunca digas nunca, jamais!...


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Nunca digas nunca, jamais
Que desta água tu não beberás
Pois nos conflitos pessoais
Muitas voltas o mundo dá!

Nunca digas nunca, certo?
Pois o futuro a Deus pertence
O amanhã é sempre tão  incerto
E tudo pode mudar de repente!

Nunca  digas nunca, amor
Pois os caminhos são diversos
Se num verão há muito calor
No inverno te escrevo versos!

Não, não digas nunca, então
E procura nadar na calmaria
Reserva-me o lugar no coração
Para onde voltarei um dia!

Euclides Riquetti

Pegue de volta seu sorriso franco





Pegue de volta seu sorriso franco
Aquele bonito com que você sorria
Aquele que era um sorriso e tanto
Que melhorava todo o nosso dia.

Pegue de volta porque você precisa
O seu sorriso lindo que me contagia
E dance comigo uma valsa antiga
Vamos viver toda nossa alegria.

Pegue de volta e vem sorrir pra vida
Dar cambalhotas, pular de contente
Sem mais tristeza e sem despedidas
Viver cantando e a sorrir somente.

Pegue de volta o seu sorriso leve
Nada de choro,  nada de tristeza
Não perca tempo nesta vida breve
Volte a sorrir com toda a realeza!

Euclides Riquetti

Histórias com bilboquês e petecas







          Revirando minhas bagunças aqui em casa encontrei um bilboquê. Belo brinquedo que comprei há uns 4 anos em Porto Alegre, numa feirinha lá do Parque Farroupilha. O Parque Farroupilha é uma enorme área verde daquela cidade. Os portoalegrenses podem orgulhar-se de terem um parque assim, como os curitibanos têm o seu Bariguí, também acolhedor. São extensas áreas onde as pessoas buscam o lazer junto  à natureza, fazendo suas caminhadas diárias. Lugares aprazíveis.

          Os bilboquês e as petecas eram os brinquedos mais disponíveis que tínhamos em nossa adolescência. Também tínhamos bolicas, as de vidro. São as bolas de gude. Também  jogávamos muita bola. No Colégio nos oportunizavam  o "jogo de caçador" nas aulas de Educação Física, que eram raras. No primário, a própria professora regente nos dava a bola para jogar e arbitrava. No ginásio, o Frei Gilberto, Diretor, fazia-nos execitar e depois nos deixava jogar bola. Isso nos sábados pela manhã. Dava-nos exercícios militares que aprendera na Itália. Fora soldado na  Segunda Guerra Mundial. E era muito severo. Depois jogávamos futsal. Uma vez o Edovilho Andreis, o Vino, descascou o dedão do pé no piso áspero. É que poucos tinham tênis para jogar. E as congas eram muito frágeis. Se jogasse com uma, estragava-se.

          Como não tínhamos muitas opções, então precisávamos encontrar nossa maneira de brincar, criando nossos brinquedos ou comprando-os. Poucas opções havia.

          O bilboquê é um brinquedo de origem francesa e dizem que tem 500 anos. Existem muitos tipos deles, a maioria de madeira: são umas pequenas torres de cujo topo sai um cordão, normalmente de algodão, que se liga num suporte, também de madeira, parecido com um picolé. Há os redondos que exigem muita habilidade da gente, é ficícil pontuar com eles. Outros são parecidos com cones, ou então com sinos de igrejas. Eu não podia comprar um, então pegava uma latinha de fermento Royal ou Fleischmann, fazia um furo com um prego, passava um barbante, amarrava num pauzinho e tinha o meu.

          Na escola, na época do Padre Anchieta havia uns feras no jogo. Compravam os brinquedos na Casa Barraquinha, no centro da XV.  O Zé da Barraquinha nos vendia. Alguns compravam na Marcenaria São José o no D ´Agnoluzzo, que tinham torno para madeiras e os confeccionavam.

           Acho que os melhores bilboqueiros da época eram o Ézio Andrioni (o Bijujinha, já falecido); o Volmir Costenaro, o Gauchão, que está no Ceará; o Adelmir, irmaõ dele, que chamávamos de Gauchinho; o Antoninho Carleto, que era conhecido como Volpatinho e voltou recentemente para o Ouro; o Severino Mário Thomazoni, que foi para Araruna-PR, o Vilmar Matté, que está em Campos Novos. Esses davam-nos shows. Pontuavam, faziam piruetas e "passavam recibos"  como poucos. Mas havia muitos outros bons jogadores e jogadoras na época. Nunca me dei bem com o bilboquê. Acertava poucas piruetas.

          As petecas foram a "novidade esportiva" que os europeus encontraram no Brasil. Era um jogo dos índios, que só levaram para a Alemanha em 1936. Lá jogam muita peteca ainda, havendo diversas competições. Os índios as confeccionavam com madeiras envoltas em peles de animais ou palha e com penas de aves. Hoje não é muito diferente.

          Nossa geração jogou muita peteca. Meu último jogo foi numa competição escolar em que formei dupla com a colega professora Neusa Bonamigo, da Escola Sílvio Santos. Jogamos no Abobrão.  Ganhamos os mata-mata e ficamos campeões. Éramos os mais girafudos, tínhamos braços longos e isso ajudou muito. Acho qu fui um razoável jogador de peteca.

          Uma peteca qualquer pessoa podia ter. Era só pegar umas palhas e arrancar uma penas dos rabos dos galos e fazer. Os rabichos, os mais longos, davam uma bela aparência para a peteca. Ter um bilboquê, naquela época, era bem mais difícil do que ter um telefone celular com câmera, hoje. 

          Lembrar dessas pequenas coisas me dá prazer e gosto de dividir isso com as pessoas com que divido minhas amizades. Hoje, quando os brinquedos nas mãos das crianças são, em sua maioria  vindos da China, tenho saudades daqueles brinquedinhos simples com que nos divertíamos. Por isso gosto de meu bilboquê.  Foi o primeiro que consegui comprar e só fiz isso após aposentar-me como professor.  O único que eu tive. Tenho certeza de que muitos de meus leitores e leitoras também viveram isso. E sentem, como eu, muitas saudades. Mesmo que tenham celulares, tablets e Iphones....

Euclides Riquetti
04-02-2013


Um Príncipe Poeta



Eu quisera ser
Um príncipe encantado
Aquele por ti esperado:
Alto, ágil, sedutor!
E, de ti, apenas poder  receber
E também te dar meu  amor!

Eu quisera merecer
Um pouco de tua atenção
Que me quisesses de paixão:
Ter teu olhar envolvente
Poder fazer-me perceber
Sentir-me desejável  e atraente!

Um príncipe galante e sorridente
Vestindo roupas brancas adornadas
Que,  com sua espada  afiada
Desafiasse os teus infortúnios e medos.
E que, no manejar  da lâmina reluzente
Cavalgasse por entre florestas e vinhedos...

Um príncipe encantado, sim!
Envolto em vestes de cetim
Um príncipe cavalheiro, na certa:
Um príncipe poeta!

Euclides Riquetti

O dia em que minha vida virou ao avesso - Minha história real


 
Doeu demais...sofri... chorei... mas sobrevivi.
 

 
Local do campo em que sofri a grave contusão: Trave e área lado Leste (foto RC)
 
Arabutã FC - Início da década de 1970... época em que eu morava em União da Vitória - PR (Foto RC)

          O dia 22 de julho de 1984 me é inesquecível. Tinha tudo planejado: jogar bola, ir a uma festa, descansar para na segunda trabalhar. Levantei-me cedo, peguei a sacola com minhas chuteiras, despedi-me da família e fui para o Estádio do Arabutã. Era o dia mais frio do ano,  um domingo.  Tivéramos duas semanas de férias escolares e, no dia seguinte,  haveria o reinício das aulas. Queria aproveitar bem meu domingo. Depois do jogo, me encontraria com a família e amigos numa festa de batizado.

          Ali, ao lado do Estádio, havia uma sede recreativa onde seria realizada a festa do batizado da Aquidauana, uma bebezinha,  filha do compadre Neri Miqueloto e da Zenete. Fui o primeiro a chegar ao campo. Havia neblina e frio, muito frio. A promogênita deles, que atualmente cursa um doutorado nos Estados Unidos.

          Nove horas e já estávamos em campo. O treinador Valdomiro Correa deu-me a camisa branca com  mangas vermelhas, número 4,  jogaria como quarto zagueiro, fazendo dupla com o Fank.  Normalmente eu jogava com a 2, na lateral direita. Nsta atuou  o Mantovani, que era apelidado de "25". Era o mais maduro da turma. Na esquerda, o Mingo Barbina. Eu tinha 31 anos e estava em plena forma física. E me achava velho... Tinha ossos fortes, minha mãe sempre dizia que me deu muito cálcio quando criança. E eu achava que jamais pudesse machucar-me, era muito corajoso nas jogadas, não tinha medo de que algo me pudesse acontecer...

          Placar ainda em branco e nossos adversários fazendo pressão. Formávamos linha de impedimento, já tínhamos um ótimo entrosamento e sempre que jogávamos, nos  adiantávamos quando o adversário iria lançar a bola. Deixávamos os desavisados sempre impedidos. Nossa média de idade era bem acima da deles e tínhamos que dispor de nossa esperteza para enfrentá-los. E, num desses lances, quando saímos, um de nossos jogadores deu condição legal de jogo para os adversários. O Tita, de 16 anos, muito habilidoso e veloz, recebeu a bola e saí atrás dele. Quando ele entrou na grande área e ia fazer o gol, alcancei-o e dei toda a força possível para cortar a bola. Nesse instante, veio o goleiro, meu companheiro, num carrinho e me atingiu. Foi um estouro. Disseram-me o Mafra, o Marcon e o Nito Miqueloto, meus companheiros, que pareceu um tiro de revólver 38. Senti que algo de muito ruim me havia acontecido. Eu não queria acreditar: O que iriam dizer meus familiares? Cmo iria dar aulas no dia seguinte?

         Meu colegas vieram acudir-me. Estavam apavorados. Olhei para minha perna direita e o pé estava desgovernado. A perna dobrou-se, apenas a pele mantinha o pé preso ao meu corpo. Uma fratura na Tíbia, duas no Perônio, e os ossos esfacelados. Uma senhora contusão! Tiraram minhas chuteiras, minhas meias. Uniformizados,  não conseguiam achar as chaves dos carros para levar-me ao hospital. Ficaram todos atrapalhados. Vi o Irineu Miqueloto (saudoso...), que viera de Ponta Grossa para o batizado de sua sobrinha, pedi para que me socorresse,  e ele, apavorado, no alambrado, procurava nos bolsos as chaves de seu carro, e nada! Até se esquecera de que não estava de carro lá.  Havia deixado o carro com a esposa e nem se lembrava disso.  Estavam todos desorientados...

          Enfim, os amigos Vilson Farias, atual Vice-prefeito de Capinzal, e o Alvanir Mafra, com o Fusca deste, resolveram que deveríamos ir de imediato para o hospital, no fusca. Colocaram-me no banco traseiro,  o Mafra dirigia e o Farias me dava apoio moral. Iríamos direto pra Joaçaba, onde haveria ortopedista no Hospital Santa Terezinha.

          Na estrada eu olhava para o espelhinho retrovisor e via que estava pálido, meus cabelos molhados, o rosto muito suado. Não sentia dor, ainda, porque estava om o corpo muito quente, havia  corrido muito e por mais de meia hora. Não me conformava por aquilo estar acontecendo comigo...

          Em menos de meia hora estávamos nas ruas centrais de Joaçaba, onde não havia asfalto ainda. Quando o carro trafegava sobre sobre os paralelepípedos do calçamento, os ossos pareciam espinhar os músculos e doía muito, muito. No Hospital Santa Teresinha, fui posto na numa maca, e o médico Dr. Marino, ortopedista, colocou uns saquinhos de areia nos lados da perna, imoilizando-a. Como que se  a mão de Deus tirasse a dor, senti-me aliviado. Veio o raio-x, o gesso, envolvendo toda a perna até a bacia. Não havia necessidade de cirurgia, graças a Deus. Apenas 90 dias no gesso. Levaram-me para casa. Eu estava chateado porque minha família não pudera participar da festa da Aquidauana. mas não sentida dores. Até que passou o efeito da anestesia  quando passei por dores insuportáveis. Ligaram para o hospital e indicaram-me injeções para alviar a dor que um rapaz, meu aluno, o Neodir Zanini, veio aplicar, junto com o pai dele, o Nadir.jovem, trabalhava na Farmácia São Pedro.  A dor  ia e voltava...

         À noite, demorei para dormir. Depois sonhei. Sonhei que estava numa bela tarde de sol, lá no mesmo campo, jogando futebol, mas na lateral esquerda, com a camisa 6. Jogando contra o Clube 4 S de Linha Sul, marcando o Joãozinho Baretta, um primo. Ele estava de camisa verde e eu marcando-o.
Muitos dias com dores, passei os primeiros vendo na TV as Olimpíadas de Los Ângeles, torcendo pelo Brasil, em especial pelo goleiro Gilmar Rinaldi, que defendeu até pênaltis. E nos deu a Medalha de Prata. O Gilmar foi nosso compnheiro de bola no campinho, ali no Ouro, quando vinha passar as férias na casa de sua irmã, a Matilde. Jogava no Inter, depois jogou no São Paulo, na Udinese, num clube do Japão e no  Flamengo.

          Seis meses depois, estava eu de volta aos campos. Mudei meu jeito de jogar, mais cauteloso, usando menos a força e mais a inteligência. Percebi que nosso corpo tem limites, esta foi minha lição. E consegui correr atrás da bola por mais 25 anos, apenas com 3 meses de interrupção em 98, quando estourei menisco e ligamentos, pondo até parafuso de titânio no joelho esquerdo, que está ali até hoje. Estou até pensando em voltar a jogar,  agora na Primavera...

          Realmente,  aquele domingo, 22 de julho de 1984, meu mundo ficou de pernas pro ar. Mas sobrevivi!

Euclides Riquetti

Laços de Amizade


 

 

Laços de amizade
Constroem-se lentamente
Solidamente
Se houver reciprocidade...

Não se escolhe com quem
Mas tem que haver lealdade
Acontecerem com espotaneidade
Os laços de amizade.

Laços de amizade imorredoura
Que se consolidam no dia a dia
Que nos dão mais alegria
E uma amizade duradoura.

Eles acontecem pela confiança
Pela mútua solidariedade
No enfrentar das adversidades
Com a  mão amiga que se alcança.

Amizade verdadeira
Amizade sincera
Amizade verdadeira
A amizade que eu quero
Quero sempre
Sim...
Quero!

Euclides Riquetti
 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

No silêncio do amor e da paz



 
No silêncio do amor e da paz
A vida se refaz
Em passos gigantes caminha
A vida tua, a vida minha
A vida que me seduz e apraz!

No silêncio da noite, a paz do dia que passou
A alegria de momento que marcou
A oração rezada com devoção
Extremada meditação
Sobre quem eu, de fato, sou!

Na agitação de cada uma das nossas horas
A vontade de não ir embora
De ficar te amando
Ou apenas te cortejando
Como te teria cortejado outrora!

Na agitação do meu coração e da minha cabeça
O medo de que desanoiteça
Sem que tenha te amado o suficiente
Por causa do risco iminente
De que meu corpo desfaleça!

Mas, no silêncio ou no turbilhão ruidoso
Navego num rio caudaloso
Para buscar-te em algum lugar
Seja por aqui, seja no mar
Eu, com meu instinto desejoso!

No silêncio do amor
No silêncio da paz!

Euclides Riquetti

Beijar teus olhos




  
 

 
Quero beijar teus olhos sedutores
Apalpar as maçãs de teu rosto, avermelhadas
Quero  fitar teus lábios tentadores...
Acariciar as tuas madeixas onduladas.


Quero que cada beijo seja como o da primeira vez
E mergulhar no teu corpo que me alenta 
Mordiscar o perfume de tua tez
E cheirar tua pele doce  que me tenta.

Quero, sobretudo, ver teu belo sorriso
E sentir que sou amado, sou correspondido
Porque és tudo o que há de bom e de que eu  preciso!

Quero te querer, te desejar,  te quero
Quero te flechar e ser o  teu cupido
Quero te entregar todo o amor sincero!

Euclides Riquetti

Se as flores falassem







Se as flores falassem
Contar-te-iam minha história
Guardariam em tua memória
Para que ali restassem
Se elas falassem...

Se as flores pudessem falar
E dizer aos passantes sobre mim
Talvez fosse melhor assim
Porque você iria me procurar
Se as flores pudessem falar...

Se as flores me ouviram e me ouvem
No hoje, como me ouviram no ontem
E. de novo, me ouvirem amanhã
Sejam as amarelas ou as brancas das maçãs
Certamente que a ti também ouvem...

E elas poderiam levar nossos recados
Recados de carinho, de namorados
Para que misturassem nossos perfumes
Para que direcionassem nossos lumes
Para que misturassem os nossos pecados!

Euclides Riquetti

Leio, portanto escrevo!


 

 



 
Euclides Riquetti - Declamando para crianças no Centro de Educação Infantil Mundo Encantado - Joaçaba - SC

 Declamando num dos eventos de Canto, Arte e Poesia - Capinzal - Ouro - SC 
 
          De tanto me chamarem de  escritor, acabei até acreditando que o fosse. Ou que o seja ..  Não sou lá de dar muita importância a publicar livros, até tive poemas editados em coletâneas, mas nunca tirei o tempo para organizar um sequer, embora tenha material para pelo menos uma dúzia deles: uns oito de poemas, três de crônicas e um de História, esta relatando acontecimentos do Município de Ouro desde a sua colonização, época em que seu território era denominado Distrito de Abelardo Luz, pertencendo à Colônia de Palmas, Paraná.

           Minha predileção, em termos de poemas, é pelo soneto. Fui influenciado pelo meu saudoso e competentíssimo professor Nelson Sicuro, na FAFI, em União da Vitória, em que me formei em Letras/Inglês no ano de 1975.  Influenciado pelo também saudoso professor Francisco Boni, li dezenas de livros de Literatura Inglesa e Norte-americana. Tudo foi-me ajudando a formar meus conceitos e meu estilho. Escrevi, em 1974, um soneto "Uma Canção de Acalanto". Não guardei cópia, não memorizei. Tinha conseguido compor um "alexandrino" com rimas ricas, raras e métrica perfeita, isorrítmico. Que pena! Até compus um poema com o mesmo título, mas nunca próximo daquele.

          Em 1960 eu estava prestes a completar 8 anos e não ia à aula regular ainda. Eu voltara a morar com a família, já disse aqui no blog, depois de ter saído de casa (levado, né?...) com menos de 14 meses de vida, quando nasceu minha irmã,  Iradi. Meu pai me levava com ele,  uma ou duas vezes  por semana,  até a Escola de Linha Savóia, em Capinzal, onde ele lecionava. Era a maneira que a família tinha de me tirar de casa. E ele me ensinava a escrever minhas primeiras sílabas.  Eu gostava de ouvir os alunos lerem a cartilha em voz alta e achei que iria aprender a ler também. E isso de ler me aconteceu nos dois primeiros anos de aula no Mater Dolorum, em Capinzal também.

      Pois que, no dia 25 de julho daquele ano, houve a  realização do primeiro Festival do Escritor Brasileiro, acredito que em São Paulo, organizado pela  União Brasileira de Escritores. O escritor  João Peregrino Júnior era o seu presidente, e Jorge Amado o vice-presidente, e eles criaram, então,  o Dia do Escritor, numa homenagem a todos aqueles que têm habilidades ( e vocação...) para, através das palavras articuladas, escrever  relatos, histórias, fantasias, sentimentos e vivências. Sou sentimentalóide e saudosista. Imaginei, um dia, tornar-me escritor. Acho que estou conseguindo.  Li e  escrevo muito, Sou, portanto, escritor!

          Tenho meus ídolos. Não leio livros badalados, leio aqueles cujos autores considero que merecem ser lidos. Desde  a Condessa de Ségur, passando por  Machado de Assis, Jorge Amado, Cecília Meirelles, Charles Dickens, Edgar Alan Poe, Camões e Camilo Castello Branco,  Abílio Diniz, Ivonisch Furlani, José Cleto, Eloí E. Bochecho,  e Vítor Almeida, não importa se famosos ou não, leio-os. E por ler muito, escrevo muito.

         Então, neste Dia do Escritor Brasileiro, desejo homenagear a todos os que, de uma ou outra forma, expressam seus sentimentos e relatam os fatos que lhes são ditados pela vivência e o conhecimento. Ainda veremos o povo brasileiro transformado em leitor, mesmo morando num país onde até um ex-presidente disse, uma vez, que não gostava de ler...

Euclides Riquetti
25-07-2015

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Quero que a luz de seu sorriso volte






Quero que a luz de seu sorriso velho volte
Quero que a luz de seu sorriso novo brote
Quero que você sorria em todas as horas
Quero que comece a sorrir bem agora...

Apenas quero pra você o melhor
Apenas quero ajudar você
As palavras a dizer já sei de cor
Apenas quero ajudar você.

Quero que a luz de seu sorriso velho volte
Quero que a luz de seu sorriso novo brote
Quero que você sorria em todas as horas
Quero que comece a sorrir bem agora...


Apenas quero pra você o melhor
Apenas quero ajudar você
As palavras a dizer já sei de cor
Apenas quero ajudar você.

Euclides Riquetti
22-07-2016

Paixões desordenadas




Paixões desordenadas
Insensatez emocional
Reações desequilibradas
Desamor natural...

Paixões avassaladoras
Amor, amor de verdade
Perdições encantadoras
Doçura e sensualidade...

Paixões, todas as paixões
Afagos, muito carinho
Emoções, muitas emoções
Este é o caminho!

Paixões ordenadas
Ou desordenadas
Mas puras e bem
Vivenciadas...
Que nos incendeiam!

Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

Há um horizonte azul a nos esperar

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Há um horizonte azul a nos esperar
E corpos que  flutuam embalados em canções
Nas ruas da terra , através das gerações.
No azul da cor do céu, no  azul da cor do mar.

Há um horizonte azul  a nos amparar
Em todas planícies verdes deste mundo
Nos mares que cobrem do sol  rotundo
E ombros que me esperam pra chorar.

Havia um horizonte azul no teu olhar
Que me buscou entre os andantes do universo
E um doce abraço teu a me chamar:

Agora, em cada nova manhã de invernos e verões
O Poeta   te exalta  em prosa e verso
Ó  musa de meus encantos e paixões!

Euclides Riquetti

Vem afagar-me na noite de janeiro


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Vem tua alma encontrar-se com a minha
Alegremente
E teu corpo encostar-se ao meu
Vem sutilmente...
Acariciam-me as tuas mãos
Suavemente
Beijam-me teus lábios
Docemente!

Vêm teus olhos fitar os meus
Com toda a tua candura
E tuas palavras encontrar as minhas
Com brandura...
És a musa que Deus me concedeu
De alma pura
A flor que colho e beijo
Com ternura!

Vem, alma escondida em corpo escultural
Vem afagar-me na noite de janeiro
Vem me levar contigo, pra qualquer lugar
Vem pra tornar-me teu amado companheiro

Vem, afaga-me
Leva-me
Ama-me

Na noite de janeiro!

Euclides Riquetti

Meu primeiro poema (Só pra ti...)


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Depois da noite ruidosa
Muitíssimo ruidosa
Dos fogos, dos brilhos nos céus
Para continentais
Florestais
E ilhéus
Veio a noite silenciosa!
A noite calorenta também foi chuvosa
Para os solitários, morosa
E passou num átimo para os amantes
Também para os perdidos, errantes
Os sem destino, pobres andantes.
A noite calorenta podia ter sido estrelada
A noite passada.
Mas as estrelas, escassas
Não foram vistas pelas almas devassas
Regadas em champanhe.
E foram encontradas pela mente amorosa
Do poeta
Que as viu de olhos fechados
Na contemplação de seu imaginário.
E, quando a noite silenciosa voltou
Já era hora de os pássaros nos acordarem
Pois precisávamos, todos, festejar
Todos deveriam comemorar
Cada um à sua maneira
O ano novo que chegou!
Então, embalado no frescor da manhã que chega
Escrevo, pra ti, mulher solitária
Este meu primeiro poema!
Só pra ti!
Euclides Riquetti

A gente só chora por quem ama, amou, ou foi amado!

Relembrando:

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          Os cristãos católicos do mundo todo celebram, no dia 2 de novembro, o Dia de Finados, que também é conhecido como o Dia dos Mortos. Há, ainda, a denominação de "Dia dos Fiéis Defuntos". Isso ocorre desde o Século II, mas foi somente no Século XIII que a Igreja Católica impôs, através de Roma, que ele fosse dedicado, obrigatoriamente, para que os viventes visitassem os túmulos de seus entes queridos. Foi secundar o Dia de Todos os Santos, que acontecem no dia primeiro do mês de novembro. Dizem que a Igreja Católica baseou-se em em informações Bíblicas para fundamentar a data coomemorativa de finados.

          Mas, hoje, mais do que a presença do ser humano que visita os seus entes queridos num cemitério, tem-se que o que vale é a intenção de se prestar o reconhecimento a pessoas que queremos bem, o que me vem como algo  muito certo. Mas, rememorar as pessoas que amamos e nos deixaram, é uma prática que cultivamos em quaisquer de nossos dias.

          A prática de se visitar os túmulos dos entes queridos no dia 2 de novembro, porém, traz um pouco de "protocolo social". Enquanto que alguns acendem uma vela com a intenção de "dar mais luz" a quem já a a tem, e o fazem com muito respeito e carinho, e lhes levam pelo menos um flor, a mais bonita que possam colher no jardim de sua casa, outros compram belíssimos buquês, que vão adornar os túmulos nos cemitérios. Ainda, observa-se que, durante o mês de outubro, há intensa atividade laboral nos "campos santos", uma vez que as pessoas costuman fazer reformas em jazigos, pintar ou lavar túmulos. Há, em cada lugar, desde os montinhos de terra com uma velha cruz indicando que ali há um corpo enterrado, bem como verdadeiros mausoléus revestidos com mármores ou granitos.

          Algo também que deve ser considerado, aqui no Brasil, é o fato de que os cemitérios, públicos ou privados, precisam adequar-se à Legislação Ambiental, devendo passar por rigoroso processo de licenciamento para funcionar. Isso para evitar que os corpos em decomposição venham a contaminar os lençóis de água subterrâneos e os rios e lagos. Um processo de licenciamento envolve profissionais gabaritados, inclusive é de suma importância a participação de um geólogo no procedimento de avaliação do solo em que se localiza. Participei do licenciamento de um, junto com o amigo geólogo Jorge Augusto da Silva. Todo o processo somou mais de 50 folhas de papel com memoriais descritivos e plantas.

          O aspecto histórico dos cemitérios tem muito valor cultural, também. Aqui na região, o de Campos Novos tem centenários jazigos, com toda a sorte de arquitetura. Em Capinzal, há o cemitério redondo, pouco utilizado mas de muito valor histórico, segundo o saudoso historiador  Dr. Vítor Almeida. No interior de Água Doce, ali próximo à Fazenda Nossa Senhora de Belém, há um cemitério com belos jazigos construídos com muita arte.

          O Cemitério da Recoleta, construído pelo Padres Recoletos, em Buenos Aires, é um dos mais importantes e imponentes do mundo, seguramente o mais visitado da América do Sul, como atrativo turístico da bela Capital Portenha. Visitei-o no início do ano, pois queria conhecer o lugar onde repousa o corpo de Eva Maria Duarte de Perón, a Santa Evita dos argentinos. Sou simplesmente fissurado em Evita. Já li tudo o que me apareceu à frente sobre a vida da Primeira Dama da Argentina, que faleceu no ano em que eu nasci, aos 33 anos. Uma arquitetura fantástica, baseada na melhor arte parisiense e londrina.  Lá também visitei o túmulo do Ex-presidente Raúl Alfonsín, que o amigo Juca Santos dizia-nos que seria o salvador, pela democracia, do povo argentino. (E também dizia que viriam as eleições diretas e que Ulisses Guimarães iria ser o maior presidente da história de nosso país.)

         Na semana, fui levar velas e flores para meu pai, Guerino Riquetti, minha mãe, Dorvalina Adélia Baretta Riquetti, e meu irmão Ironi Vítor Riquetti, cujos corpos descansam lá no cemitério municipl em Ouro. Todas as vezes que vou para aquela cidade costumo visitá-los. Estar próximo de seus corpos aviva minha memória, faz-me lembrar de muitas e saudosas passagens que vivi com eles. E, hoje, só no ato de escrever este último parágrafo, não consigo conter minhas lágrimas. Isso acontece sempre que escrevo algo sobre eles. A gente só chora por quem ama, amou, ou foi amado!

Euclides Riquetti
02-11-2013         

Sonhos errados?






Sonhos errados que se tornam pesadelos
Sempre que sejam por nós sonhados
E, depois, não haverá como desfazê-los
Não haverá como serem apagados...

Sonhos errados, caminhos e rumos errados
Trajetória incerta, viagem sem direção
Decepção nos corações já abandonados
Perda da lógica, do equilíbrio, da razão...

Sonhos errados,  geram o arrependimento
Como fincarem-se estacas em areia movediça
Confusão nas ideias e nos pensamentos.

Sonhos errados, que geram os lamentos
Prisão perpétua com janelas de treliça
Sonhos herdados que nos legam sofrimentos!
 
Será assim?

 Euclides Riquetti

Um novo tempo

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Espero  por um novo tempo, um terno  novo dia
Uma nova e bela manhã, uma nova esperança
Um tempo de muito  amor, um tempo de alegria
Um tempo de colher, um  tempo de bonança...

Um belo novo ano, com êxito e sucesso
Saúde, paz e flores, rosas perfumadas
Poemas sem dilemas, versos e mais versos
Pecados absolvidos, almas perdoadas.

Um novo ano feliz,  com abraços e muitos beijos
Uma rosa vermelha, champanhe ou amarela
Lábios de cereja, de doce e de desejo...

Manhãs ensolaradas, tardes de céu azulado
Pensamentos profanos passando pela janela
Indo juntar aos teus, todos os meus pecados...

Euclides Riquetti

Cabelos de tranças

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Mulher dos cabelos de tranças
Que já foi menina, que já foi criança
Que já encantou meninos
E deixou lembranças...
Mulher da pele da cor do pinhão
Dos olhos da cor da noite
Que já teve todos sonhos
Do coração...

Mulher dos talentos incontáveis
Das palavras amáveis
Dos gestos irretocáveis...

Mulher das tardes nubladas e das manhãs ensolaradas
Mulher das noites estreladas
Que sonhou nas madrugadas...

Mulher que já foi menina, que já foi criança
Que já encantou meninos
E deixou lembranças...

Mulher: menina, moça, senhora
Hoje avó, criança outrora
Mas sempre mulher!

Mulher de sentimentos profundos
Da voz maviosa
Declamadora talentosa
Que nos sensibiliza:
Amiga, humilde, despreendida:
Amiga Amiga!

Euclides Riquetti