sábado, 30 de junho de 2018

Vou, vejo e volto...


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Vou à praia e vejo o mar revolto...
Vou para me inspirar no dia afável
Na manhã quente e adorável.

Na manhã de encantos a me encantar
Vou, vejo e volto
Para te buscar.

Com isso ou aquilo, pouco me importo...
Vou para ver as espumas que campeiam
E se quebram nas areias que se incendeiam
Com o sol levante
Dourado, causticante
Mas vou, vejo e volto.

É o mesmo sol que queima minha pele
E que me entusiasma, me anima
Me impele...

Me impele a pensar
Viajar no tempo
Voltar ao presente
De repente!

Me impele a sonhar
Navegar no pensamento
Para te reencontrar...

Porque eu te quero!

Euclides Riquetti

Na manhã chuvosa de outono


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Na manhã chuvosa de outono me chega a canção
Que me vem trazida pelo vento
Pousa, suavemente, em meu pensamento
E se aloja em meu frágil  coração.

Vem, num carrossel de anjos que vêm
Com sua melodia indescritível
Canção de sabor aprazível
Vem me deliciar também.

Na manhã chuvosa de outono vem a canção que me afaga
A canção da noite, que você repete
E que me acalenta, me confunde e me embriaga.

Na manhã chuvosa de outono meu coração silencia
Enquanto se acalma, pensa, reflete:
Quer esperar você, cheio de uma doce  nostalgia.

Euclides Riquetti

As indefinições da politica no Brasil


Minha coluna no Jornal Cidadela, de 29-06-2018:
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Quem vai subir a rampa do Palácio do Planalto em
2019?

       Com a redução do período para campanha eleitoral nestas eleições, em nível estadual e federal, as datas das convenções foram postergadas em relação às dos pleitos anteriores. E isso contribuiu para um quadro maior de incertezas para o eleitor e para os próprios candidatos.

        O cenário se pinta com pelo menos duas dezenas de candidatos, bem ao modo da confusa e conveniente Legislação Eleitoral Brasileira, que tentam aperfeiçoar mas não conseguem. O número exagerado de partidos, as negociações e as negociatas, as candidaturas oportunistas e pouco consistentes em nada ajudam o eleitor a se definir. Pior que isso, nem os próprios candidatos conseguem ter um planejamento de campanha razoável.

       Em meio a tudo isso, meia dúzia de pessoas aparecem com condições de ocuparem espaços nos noticiários. Alguns alvos de aplausos, mas todos com muito telhado de vidro. E dificuldade para justificar-se perante o eleitor, que mais do que nunca está atento sobre o que é noticiado de cada um deles. Há, ainda, a discussão das fake news, um instituto terrível que pode levar o eleitor a decidir sobre a quem dirigir seu voto e, em consequência, eleger este ou aquele.  Os nomes que poderão estar na pauta, ao meu ver, são poucos:

  1. Jair Bolsonaro já é o mais discutido. Há os que o defendem, ferrenhamente, e os que o criticam ferozmente. Tem uma linha bem definida, dos candidatos conhecidos é o que tem maior capital eleitoral pessoal, embora em partido com pouca consistência;
  2. Ciro Gomes, com boa experiência política, é oportunista, namora, ao mesmo tempo, com a esquerda e com a direita, na qual tem origem. Está de olho no voto dos petistas e aproveitando que o PT insiste em ter Lula como candidato, o que é improvável acontecer porque, mesmo que venha a sair da cadeia, terá as implicações da ficha suja, das quais não se livrará. A demora na indefinição petista, favorecerá Ciro e Marina Silva.
  3. Marina Silva, vai continuar aparecendo bem nas pesquisas eleitorais, tem muitos fãs, mas é frágil, seus discursos não conseguem se sustentar, e pode ser facilmente desmontada pelos adversários, como Dilma fez com ela nas últimas eleições.  Vive a utopia, enquanto outros viverão o pragmatismo eleitoral.
  4. Geraldo Alckmin, seria o candidato mais experiente, pois governar São Paulo não é muito diferente do que governar o Brasil. Certamente que terá o apoio do Palácio do Planalto, pois o PMDB não conseguiu colocar para o eleitor alguém palatável. A população quer ver Temer e Meireles pelas costas. Aliás, a vida de Temer será um inferno, depois que deixar o comando do País, por causa de seus processos tenebrosos dos quais terá que se defender. Será o sucessor dos incômodos de Lula, com uma acentuada tendência de sofrer as mesmas consequências que o petista sofreu até agora. A candidatura de Alckmin tenderá a crescer, pois o centrão se agarrará nele.  O PMDB é o partido com maior capilaridade, mas só consegue chegar à Presidência quando um vice, filiado seu, chega ao poder circunstancialmente, como foi com José Sarney, Itamar Franco e Michel Temer.
  5. Álvaro Dias, candidato com poucas chances, pois não conseguirá reunir, em torno dele, uma coligação consistente. Conhece administração e parlamento, mas a única chance de se fortalecer seria de tivesse o apoio do centrão, mas não consegue ter liderança suficiente para angariar adeptos;
  6. Fernando Hadad, herdaria, facilmente, os votos de Lula, o único político com alta capacidade de transferência de votos no momento. Tem contra si o desgaste do PT por causa das denúncias de corrupção que envolve seus dirigentes.
  7. Os demais, são apenas bagrinhos, que não vão conseguir nadar e morrerão afogados em seu próprio habitat político.
    Julho está chegando, terminará a Copa do Mundo de Futebol e, aí sim, as nuvens da política começarão a se dissipar.

    Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC

Quando a solidão bater à sua porta


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Quando a tristeza bater à sua porta
Mande-a campear em outro lugar
Quando a melancolia bater à sua porta
Mande-a embora para não mais voltar...

Quando a dor bater à sua porta
Mande-a buscar outro ser pra torturar
Quando o sofrimento bater à sua porta
Mande-o navegar em outro e longe mar...

Quando a saudade bater à sua porta
Mande-a vagar na prata do luar
Quando a solidão  bater à sua porta
Diga-lhe não e não a deixe mais entrar...

Mas quando eu bater em sua porta
Por favor, me convide pra ficar..
Porque se o amor bate em nossa porta
É tempo de se viver e se sonhar...

Apenas isso...
Nada mais que isso!

Euclides Riquetti
20-03-2016

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Acordar feliz


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Acordar feliz, ser feliz, viver feliz...
Assim quero que seja
Como o poema que diz:
Tudo vale a pena
Se a gente tiver como lema
Acordar feliz, ser feliz, viver feliz!

Acordar sabendo que se ama e é amada
Que se desperta desejos
E que se é desejada...

Acordar com a alma lavada
Dar e receber muitos beijos
Da pessoa amada...

Acordar com o sorriso nos olhos
No rosto
Nos lábios...

Acordar irradiando luz nos olhos
No rosto
Nos lábios!

Acordar feliz, ser feliz, viver feliz
Amando e sendo amada...
Amando e sendo amado
Sendo feliz
Muito feliz!

Euclides Riquetti

O sol reclamou da lua


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O sol reclamou da lua
Por ter-lhe tomado o espaço
E o dourado se escondeu
Perdeu o lugar que era seu
Pois se tornou opaco
E ela  continuou nua!

O sol nem chegou a se zangar
Pois havia muitos lugares
Onde pudesse acampar...

O sol nem chegou a lamentar
Pois encontraria outros lares
Onde pudesse brilhar...

Então o sol ameno
Pediu à lua o seu perdão
E os dois se deram um beijo
Um beijo com muita paixão
Cheio de amor e desejo
E a lua foi banhar-se
Foi, sozinha, refrescar-se
Na noite de sereno!

Então o sol se refez astro
Fez-se estrela grandiosa
E continuou a iluminar o espaço!

E a lua dos namorados
Ficou ali, toda formosa
Para inspirar os apaixonados!


Euclides Riquetti
29-06-2018














quinta-feira, 28 de junho de 2018

Saí para encontrar os raios de sol

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Saí para encontrar os raios de sol
Numa das primeiras tardes outonais
Sentindo os aromas dos florais
Sonhando envolvê-la em meu lençol...

Saí para encontrar o seu sorriso
Beijar os seus lábios de cor rosada
Encontrá-la  na tarde ensolarada
E isso é tudo de que eu preciso...

Saí pra sentir o seu corpo elegante
Afagar o seu rosto de pele macia
E dizer-lhe que você me é importante.

Olhar no espelho da verdade
Matar os desejos que eu tanto sentia
Entregar-me a você por saudade.

Euclides Riquetti

Me tome nos seus braços

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Me tome nos seus braços
Me envolva com você
Busque-me no espaço
Me envolva com você
Me tome nos seus braços
Me deixe amar você...

Me abrace com carinho
Me envolva com você
Busque-me de mansinho
Me envolva com você
Me abrace com carinho
Me deixe amar você...

E cante a nossa canção
De mim e de você
Lembre com emoção
De mim e de você
E cante nossa canção
Que eu fiz para você...

Quando estiver sozinha
Lembre com todo o carinho
Do encontro na tardinha
Andando pelo caminho
E na saudade minha
Quando  me sinto sozinho...

Porque longe de você
Sou como peixe fora d´água
Sou poeta sem poema
Sou como o vento que apaga
O versos que você lê
Nas areias da praia!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Coreia do Sul Elimina Alemanha na Copa do Mundo de Futebol na Rússia

      
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Seleção da Coreia do Sul conseguiu o maior feito
futebolístico de sua história

       A seleção de futebol da Coreia do Sul, venceu a equipe da Alemanha por 2 a 0, com os dois tentos conseguidos no fim do jogo, o segundo nos acrescimentos ao tempo regulamentar, e eliminou o escrete germânico ainda na primeira fase do torneio mundial, na Rússia.

       A Suécia, por sua vez,  venceu por 3 a 0 o  México, e este ficou em primeiro no seu grupo.. A Coreia do Sul  ficou em terceiro lugar e a Alemanha em quarto, não sendo classificada para as oitavas de final, mas saiu de campo cheia de glórias.

       Isso mostra, mais uma vez, que houve muita evolução do futebol em todos os continentes do mundo. A tradição já não conta mais, o que vale é o empenho dos jogadores e o seu entrosamento em campo.

Parabéns, coreanos, pelo grandioso feito!

Euclides Riquetti
27-06-2018

Navegam seus olhos fundos...


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Navegam seus olhos fundos,  entristecidos
Buscando no horizonte algumas respostas
Talvez buscando entender alguns desatinos
Escrevendo o poema certo nas linhas  tortas.

Navegam seus olhos bonitos nas incertezas
Buscando entender os difíceis mistérios da vida
No rio que leva distante,  em suas correntezas
Histórias de traumas, de lutas,  confrontos e brigas.

Navegam seus olhos com medo de ver as verdades
Estradas que levam no tempo, na busca da cura
E trazem consigo lembranças e muitas saudades
Dos tempos de amor, de ilusão e aventura.

Navegam seus olhos e,  ao longe, encontram os meus
Despertos na espera do encontro que tanto desejam
Que aguardam  respostas que venham de dentro dos seus
Respostam que acalmem meu ser e também me protejam.

Eu olho seus olhos, seguro suas mãos e você nem me vê
Em pensamentos, desejos, pecados, pecados, desejos
Só quero sentir o perfume sutil que vem de você
E, se possível, roubar de seus lábios apenas um beijo.

Um beijo do amor sentido e não correspondido
Um beijo para não mais ser esquecido!
Um beijo meu
Um beijo seu
Nada mais!

Euclides Riquetti


terça-feira, 26 de junho de 2018

Política e Copa em estado desinteressante


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       Dois assuntos que, normalmente, ocupam as manchetes nos meios de comunicação são o futebol e a política. Neste ano, ambos não têm motivado os brasileiros ao interesse. De fato, são assuntos em “estado desinteressante”.

         Nós, os brasileiros, tivemos uma forte decepção em 2014, quando a Copa do Mundo de Futebol foi realizada aqui no Brasil. Além de uma vexatória derrota por 7 a 1 diante da Alemanha, vimos as notícias que foram se sucedendo, mencionando os casos de superfaturamento nos valores das construções dos estádios e a corrupção  reinante na administração pública. Costuma-se dizer que as derrotas são pedagógicas mais do que as vitórias. Sou obrigado a concordar com quem afirma isso.

       Se dermos uma observada nas vitrines das lojas de nossas cidades, ou mesmo nas fachadas das casas, pouco ou nada vemos em termos de motivos alusivos à Copa. E não é apenas pelos 7 a 1 de há 4 anos, mas é que há uma maturidade crescente nas pessoas que gostam de futebol. Sabem que os jogadores de futebol ganham fortunas e não devolvem aos torcedores a contrapartida esperada em termos de rendimento.

       O futebol está nivelado, não existe mais clube bobinho, nem seleção bobinha. As facilidades de comunicação possibilitam que todos vejam muitos jogos, em todas as partes do mundo. Joguei bola até meus 55 anos, fui de presidente a treinador no âmbito amador. Embora muito se fale, não houve evolução tática, mas apenas algumas invencionices. Os treinadores têm muitas teorias em mente, os jogadores são mais preparados para dar entrevistas, mas os erros cometidos são os mesmos de sempre.

       Observei bem as seleções nos jogos da primeira rodada. As equipes ficam tocando a bola atrás, esperando uma oportunidade para atacar. Vão para um lado, voltam para o outro, falta-lhes arrojo e acabam perdendo a bola sem sequer terem tentado o chute a gol. Na bola parada, não temos um batedor que nos dê grandes esperanças. Pra quem já teve Didi, Rivelino, Nelinho, Éder Aleixo, Zico, Roberto Dinamite, Branco, Roberto Carlos e outros, é decepcionante ver a capacidade de chute dos atuais jogadores. E tem mais: sempre tive treinadores que diziam:  “a bola dentro da área pequena é sempre do goleiro”, que normalmente tem considerável estatura e ainda conta com os braços para alcançar a bola. Outra: “Quando a bola está em nossa área, dá-se um bico e manda-se pra longe, evitando perdê-la e tomar gol”. No jogo do empate da nossa seleção diante da Suíça, primeiro a zaga deu toquinhos dentro da área, em vez de afastar a bola, gerando um escanteio. Depois, na cobrança,  o goleiro não deu o grito: “É minhaaaaa”!, costumeiro em arqueiros que mandam em sua área e saem para pegar os soquear a bola. Ainda, falta ousadia aos atacantes, joga-se com um meio-campo inflacionado de jogadores e deixa-se um atacante escondido em meio a grandalhões adversários. E ainda temos alguns torcedores fiasquentos fazendo asneiras por lá. Criados num país em que impera a indisciplina, pensam que em todos os lugres do mundo há bagunça e desrespeito como há aqui. Na segunda rodada, o Brasil venceu a Costa Rica por 2 a 0. Mas os gols de Philippe Coutinho e Neymar Jr foram anotados nos acréscimos do jogo.

       Na política não é muito diferente: escala-se para os cargos pessoas que a população quer ver de costas, mas vota neles. E se compõem equipes de assessoria muito desqualificadas, que pouco ajudam a quem as emprega. A decepção é tão grande quanto é com o futebol. Então, aguardar que tudo passe logo e que o ano não seja perdido... E ficar de olho nos projetos em votação nas esferas da administração pública, para não sermos enganados, como já o fomos outras vezes.

Euclides Riquetti – escritor – membro da ALB/SC
26-06-2018


Obrigado por me deixares dizer "te amo"!

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Obrigado por me deixares dizer "te amo"!
E isso a mim é muito puro e verdadeiro
Não é apenas um falar doido e insano
Mas sim algo muito doce e prazenteiro!

Dizer "te amo" pode não ser um belo feito
Mas é um modo de mostrar sentimentos
Dizer "te quiero mucho"! dizer com jeito
De dia, de noite, em todos os momentos!

Dizer "I love you"! seria até meio banal
Seria dizer apenas um surrado chavão
Dizer "Je t´aime"! um charmoso francesal
Mas dizer "te amo"! sai do meu coração!

Ou direi "ti voglio tanto bene, tanto, tanto"!
Pois isso sairá de meu apaixonado cuore
Pelo que há de mais sagrado, divino, santo
Dar-te-ei un bacio, o un bello d´un fiore!


Euclides Riquetti
26-06-2018




Preciso que me faças sorrir

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Preciso que tu me faças sorrir
Preciso que tu me faças cantar
Preciso que me faças ouvir
A doce canção de ninar. 

Preciso, sim, que me faças sonhar
Pois sonhar é algo que eu posso
Um sonho assim, singular
Que devolva os momentos só nossos.

Mas os  anos passam  ligeiro
Mudam destinos e trocam caminhos
O tempo fugaz é passageiro
Não me imagino ficar sozinho.

Preciso que tu me faças sorrir
Preciso que tu me faças viver
Quero dar  meu amor só pra ti
Quero que sejas meu bem-querer!

Te amo!
Euclides Riquetti

Os Mistérios do Hotel Paraná (Em União da Vitória)

Reeditando e relembrando:


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A área onde se localizava o Hotel Paraná, na Praça Coronel Amazonas, dá lugar a edificações de grande porte.


          As amizades que a gente faz têm um incomensurável valor. Às vezes fomos próximos de pessoas que nunca nos notaram e nem nós as notamos, não por orgulho, mas por que, ironicamente, podemos ter trilhado o caminho paralelo, mas não o mesmo. Podemos ter vivido no mesmo bairro, na mesma cidade, mas interesses distintos nos conduziram por distintos caminhos. Hoje, com a disponibilização das redes sociais, consegue-se  fazer novas amizades e redescobrir algumas que se guardaram, adormecidas, por longos anos.  Tenho buscado percorrer os caminhos por onde andei na minha juventude e, felizmente, tenho reencontrado muitas pessoas que também andaram por eles.  E, no mesmo trajeto, acabei formando outros novos amigos. A amizade é algo sensacional. Quando madura, bem construída, torna-se sólida e nos traz muita satisfação e alegria.

          Numa dessas incursões pelo facebook, conheci uma pessoa que me me suscitou ternas lembranças, devo ter passado milhares de vezes pelos caminhos em que ela passou. Agora, quatro décadas depois, descubro respostas para perguntas que nunca obtive.

          Já mencionei, nas crônicas anteriores, meu modo de vida de meus tempos de faculdade, quando eu morei em Porto União da Vitória. São duas cidades, separadas parte pelos trilhos da estrada de ferro, parte pelo Rio Iguaçu. Duas cidades e dois estados: Porto União, em Santa Catarina, a cidade onde se situava o 5º Batalhão de Engenharia de Combate. União da Vitória, no Paraná, onde se situava o Estádio Enéas Muniz de Queiroz, onde vibrei em muitas tardes de domingo, quando ia lá torcer pela A.A. Iguaçu, e na qual jogava meu conterrâneo e amigo Roque Manfredini, um dos melhores goleiros que Capinzal já produziu.

          Morei  quatro de meus cinco anos ali,  bem no centro de União da Vitória, na Rua Professora Amazília e, por último, na Avenida Manoel Ribas. Andava muito, a pé, na cidade plana, vivi ali o melhores anos de minha juventude.

          Dentre as lembranças que atraem meu pensamento, está o trajeto que fazia do "Esquadrão da Vida", a nossa república de estudantes, até a FAFI, onde eu estudava. Apenas quatro minutos a pé. Uma dobra de esquina, duas ruas,  e a Praça Coronel Amazonas, onde três prédios nos chamavam a atenção: a Catedral, a Fafi e o Hotel Paraná. A Catedral, uma edificação que dispensa comentários, uma obra de suntuosa arquitetura. A Fafi, uma edificação funcional e sem atrativos arquitetônicos. Mas tinha seu valor pela sua história e pelo nível de formação de seus acadêmicos. Na não menos histórica Praça Coronel Amazonas, a qual eu atravessava para chegar à aula. Ali, um lugar muito seguro à época, era o lugar em que as mães levavam as crianças para brincar num parquinho. Árvores centenárias marcavam aquela paisagem, eram o seu maior atrativo. E, dirigindo meu olhar de lá para a direita, o casarão do misterioso Hotel Paraná. Dezenas, quiçá centenas de  histórias rondavam aquele sobradão imponente, belo, aristocrático, mas ao mesmo tempo assustador...

          O Hotel Paraná, já na década de 1940, abrigava a elite de viajores que passavam pelo Passo do Iguaçu. A cidade era ponto final de linhas de ônibus que vinham de Curitiba, Canoinhas, Mafra, Joaçaba, Palmas, Pato Branco, Concórdia, Chapecó. E dos trens que vinham de Curitiba/Ponta Grossa, São Francisco do Sul e Marcelino Ramos. Então, para seguir viagem no dia seguinte, pernoitavam em Porto União da Vitória. Cerca de uma dezena de hotéis na cidade, mas o mais categorizado, com o melhor serviço e as melhores acomodações, mais luxo em seu interior era, certamente, o Hotel Paraná.

          Depois de reinar absoluto por muitas décadas, com o falecimento do proprietário que sucedeu os fundadores,  o hotel foi arrendado, quando sucederam-se, em seu interior, fatos que marcaram muito a história da cidade,  e que ensejaram todas as especulações em torno do mesmo. Eu perguntava, em 1972, aos colegas,   por que um prédio tão bonito e bem arquitetado, numa paisagem urbana bastante singular, estava ali abandonado, fechado. E me diziam que era um lugar mal-assombrado, que ocorreram  dois assassinatos ali e que, depois disso, nunca mais fora o mesmo. E me explicavam as coisas que eu nunca entendi direito. Mas olhar para tudo aquilo, principalmente à saída da Faculdade, não me causava medo, mas sim admiração, sentimento de perda... Não entendia o porquê de o Poder Público, a Prefeitura, o Estado, não adquirirem aquele exuberante imóvel para ali instalar o Museu da Cidade, uma Casa da Cultura. E nunca obtive respostas.

          Nos cinco anos que  morei na cidade ele permaneceu ali, aumentando seu mistério e suas histórias. (O tempo faz com que se perca a verdade e os fatos se deturpem...) Mas, nos últimos dias, através de uma das herdeiras do imóvel, fiquei conhecendo um pouco da sua história. O avô desta o adquiriu  nos áureos tempos de União da Vitória, na época em que as serrarias eram abundantes e o beneficiamento das madeiras movimentava, fortemente, a economia da região. O Hotel Paraná era o principal destino de empresários e autoridades que chegavam à cidade. Fora construído, não se tem data precisa disso, possivelmente por autoridades de Governo, justamente para abrigar as muitas autoridades que se dirigiam para a região, a qual era integrante do território contestado. Quando o avô faleceu, a família alugou-o para terceiros, tendo acontecido o assassinato de suas pessoas em seu interior. Então, a  mãe da herdeira, com um filho e duas filhas, todos menores, tentou  levar o empreendimento adiante mas, com o falecimento muito prematuro desta, os filhos fecharam o estabelecimento e foram embora.  Havia o sonho de se transformar o prédio numa casa de cultura, mas isso não aconteceu. E, adiante, houve a um incêndio que comprometeu a estrutura de alvenaria, resultando na ocupação do terreno para construção de prédios de apartamentos.  Ao revisitar a cidade, deparei-me, posteriormente, com aqueles prédios que ali estão agora...

          Parte da história daquele sobradão que me encantou na juventude, pude ter resgatada pelas informações de uma amiga recente  que, na época, entre dezessete e dezoito anos,  tendo sido criada no interior daquele hotel, ali viveu os grandes momentos de sua infância e adolescência.   Aqueles tempos em que se faz a amizade na escola, na rua,  nas festinhas de aniversário. Fiquei imaginando como deve ter sido a vida daquele rapaz e de suas duas irmãs, todos menores, que pisaram, pouco antes de mim,  as mesmas calçadas que eu também pisei.  E que brincaram naquela praça, sentiram o frio nevoento do inverno e o sol causticante do verão. E que tinham seus sonhos, sua família, mas acabaram sós. E que foram construir seus sonhos em outra cidade, deixando ali todas as belas lembranças de sua infância... Mas a vida é assim mesmo. De repente, fatos que acontecem mudam tudo na vida das pessoas...

          Obrigado, Consuelo, por me ajudar a conhecer, um pouco, a história dos mistérios do formoso Hotel Paraná, uma imagem que tenho gravada em minha memória saudosista!

Euclides Riquetti
23-06-2013

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Palavras mágicas de amor



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Três palavras mágicas:

Querer
Beijar
Amar

Uma frase mágica:

Eu te amo!

Euclides Riquetti

Deus me deu as palavras soltas

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Deus me permitiu ser poeta
Para viver contrariando a lógica
E, de uma maneira discreta
Talvez sem obrigação cronológica
Falar de amor, de flor, de rosas...

Deus me permitiu ter inspiração
Para escrever os versos clássicos
Para escrever com boa precisão
Meus textos românticos básicos
E falar das flores mais cheirosas...

Deus me deu as palavras soltas
As quais eu reúno e aglutino
Para descrever as águas revoltas
Dos mares e de meu destino
Que me levam pra te encontrar...

Ele me abençoou e protegeu
Guiou-me para a atitude certa
Para ir cruzar o caminho teu
No deserto ou na floresta
Reencontrar-te e te abraçar...

Sim, ele me permitiu ser assim
Descritor de rostos bem traçados
Cultivador de rosas de cetim
Pintor de corpos bem moldados
Que atiçam minha imaginação...

Então, saí por aí a te compor
Os meus poemas mais ousados
Milhares de versos de amor
Milhões de vezes declamados
Para que os guardes  no coração!

Euclides Riquetti
25-06-2018
















domingo, 24 de junho de 2018

Se eu me apaixonasse



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Se eu me apaixonasse pelo seu sorriso breve
Será que eu mergulharia na ótica da ilusão?
Ou, então, sentisse de perto seu perfume leve
Eu sentiria o pulsar do sangue em seu coração?

Se eu cuidasse das frases que você escreve
E captasse o que se esconde em cada uma?
Ou, então, eu bebesse da água que você bebe
E você não mais entendesse coisa alguma?

Se eu respirasse o mesmo ar que você respira
Será que eu me deixaria contaminar por ele?
Ou, então, quando o vento me afaga e inspira
Eu flutuaria nas ondas e remansos vindos dele?

Ora, se eu me apaixonasse agora, simplesmente
E mergulhasse num mundo docemente mágico
Eu a amaria com todo o amor, verdadeiramente
Eternizando, no presente, o passado nostálgico!

Euclides Riquetti
24-06-2018











Sonhar

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Sonhar...
Andar com pés descalços nas dunas
Buscar o aconchego das brumas
E encontrar o mar!

Poder sonhar, sim, o sonho infinito
Sonhar com um mundo agradável e bonito
Pisar por sobre as areias e as folhas
São nossas escolhas!

Sonhar, apenas sonhar e nada mais
Buscar horizontes azulados
Que cobrem os mares ondulados
Não desanimar jamais!

Imaginar canções
ler poemas
Ter emoções
Enfrentar os dilemas
E os problemas, enfim...

Bem assim!

Euclides Riquetti
24-06-2018


A chuva que cai

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A chuva que cai
Transparente
Levemente
Molha corações e almas
Peles morenas e peles alvas.

A chuva que cai
Na relva verde, sensível
Que lembra seus olhos brilhantes
Fascinantes...
Traz-me a lembrança indizível!

A chuva  cai
E você me inspira
Como os acordes na lira
E embala meu pensamento
Que se perde no vento
Que se vai no tempo...

A chuva que cai
E rola na calçada
Leva  embora o presente
E meu coração traz à mente
As ternas lembranças passadas.

A chuva que cai
Molha você, molha a terra
Molha o sonho da espera
Pois logo vem a primavera
Mas a chuva cai!

( E eu penso em você...)

Euclides Riquetti