sábado, 20 de agosto de 2016

Sonhos desfeitos





Sonhos desfeitos
Olhares intimidados
Pensamentos acanhados
Seres imperfeitos...

Caminhos tortuosos
Ilusões impedidas
Dores sentidas
Corações saudosos...

Sabores suaves
Flores incolores
Sentimentos desertores
Não são vulgares...

Caminhos sem fim
Sol fugiu do amanhecer
Só esperar o entardecer
Bem assim..

Euclides Riquetti
20-08-2016







Chuva de melancolia







Chove muito em seu telhado
São as gotas da melancolia
Talvez meu  pensamento frustrado
Talvez o prenúncio de uma noite fria...

E toda a chuva que cai por aqui
Busca as valetas de nossas ruas
Corre as ribanceiras até ti
Vai pra acalmar as dores tuas!

Choveu na noite e chove agora
E isso aprofunda a tristeza
Pois sei que o mundo ali fora
É uma rota de incertezas...

Mas deixe que a chuva role solta
Esse é seu papel na natureza
Porque, depois dela, tudo rebrota
E se colore com rara beleza!

E que a chuva de melancolia
Se torne algo promissor
Que logo nos volte a alegria
Que tudo se revista de paz e amor!

Bem assim!

Euclides Riquetti
20-08-2016





Neve de 1965 - Uma paisagem europeia - 51 anos!


                     Ponte Pênsil Padre Mathias Michelizza - liga Capinzal e Ouro,
                                     sobre o Rio do Peixe, em 20 de agosto de 1965. 
          Quando se fala em épocas em que as pessoas viveram, ou mesmo para estimar quantos anos viveram, muitos têm o hábito de dizer:  "A fulana (ou o fulano), viveu mais de 100 anos, porque sempre me dizia que tinha presenciado x florações das taquaras".  Bem, uma pessoa que deve ter vivido muitas florações das taquaras foi o "Caboclo Estevão", que morou em Pinheiro Baixo, Ouro, e era homem de confiança de um de nossos pioneiros, o Veríssimo Américo Ribeiro, carroceiro. O Estêvão teria vindo com o colonizador da região de Vacaria-RS, trabalhou com os Ribeiro e depois foi para Bonsuecesso, e os que o conheceram dizem que ele era uma  pessoal leal e bondosa. Guardo comigo uma foto dele, cedida pelo amigo João Américo Ribeiro, que cuida da propriedade da família em Pinheiro Baixo. Ele deve ter vivido mais de 100 anos...  O caboclo tinha uma mão enorme. (O Benito Campioni, irmão da Márcia, minha colega de trabalho, também tem uma mão daquelas de segurar e derrubar boi no chão). Quando o encontro, brinco muito com ele sobre isso,  meu ex-vizinho, gente boa.

          Esse intróito todo, fi-lo para chegar ao assunto do título: as neves que tive o prazer de presenciar, e que marcaram, de alguma forma, a minha vida. Mas, diferentemente das florações das taquaras, ela não tem um ciclo definodo para vir.

          O inverno de 1965 foi muito forte no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Eu tinha doze anos, estudava no Ginásio Padre Anchieta, e começou a fazer muito frio naquela estação. Tínhamos uma casa nova, de madeira, bem desenhada, ali na Felip Schmidt, ao lado da Indústria de Bebidas Prima, onde produziam refrigerantes e engarrafavam vinhos e outras bebidas. Quando fizeram o "engarrafamento", escavaram o terreno e deixaram um barranco, que com as chuvas que precederam o inverno foi desmorronando, pondo nossa casa em risco de desabamento. Na noite do dia 19 para 20 de agosto, fazia muito frio. De manhã, meu pai, Guerino, acordou-nos cedo para vermos e espetáculo que se desenhava à nossa frente: Ali onde hoje há o Posto da Combustíveis da Família Dambrós, havia uns gramados e umas plantinhas sobre as terras que eram jogadas para formar um aterro, e tudo estava coberto de neve. A Ponte Nova estava recoberta por um manto alvo, e o mesmo era contemplado nos telhados das casas, a maioria de madeira. Até os cabos de aço de sustentação da ponte pênsil acumulavam camadas de neve. As ruas de Ouro e Capinzal pareciam aqueles caminhos que se veem em filmes,  numa autêntica paisagem europeia. Os poucos carros que havia, e as carroças e charretes, estavam todos recobertos pelo branco brilhante. Os telhados do Hospital São José, do Hotel Imperial, do Hotel do Túlio, do Cine Glória, do Cine Farroupilha, da Distribuidora de Peças e Acessórios, da Casa do Ernesto Zortéa, do Marcos Fortunato Penso, do Pedro Surdi, da Dona Dileta da Silva, do Adelino Casara, do Adelino Beviláqua, e de muitas outras edificações, era possível vê-los por nós, que observávamos a paisagem com nossos olhos originários do Ouro.

          O peso da neve mexeu com a estutura de nossa casa. Tivemos que abandoná-la. Fomos distribuídos nas casas dos parentes, dos tios Arlindo Baretta,  Adelino Casara e Victório Riquetti. Eu, fui para a casa da Tia Maria, do meu primo Moacir. Lembro-me bem, que à tarde, precisei ir à Comercial Baretta fazer umas compras para a tia, e meu único par de sapatos estava molhado, gelado. Fui com as chuteiras do Moacir, que tinha as traves altas , e que minha ingenuidade fazia-me pensar que a sola ficaria mais alta que a neve. Só ilusão: congelei os pés. Aulas suspensas. O Frei Gilberto (Giovani Tolu), suspendeu nossas aulas, estava muito feliz, porque via, aqui na América do Sul, a mesma nostálgica paisagem que sua mente trazia de sua infância na Itália.

          O Joe e a Bunny,  eram  norte-americanos que atuavam junto aos Clubes 4-S no interior do Ouro, havendo um clube pioneiro em Linha Sul ( o primeiro de Santa Catarina),  moravam de pensão na casa do Sr. Guilherme e da Dona Mirian Doin.  Eles eram dos 4-H, clubes dos Estados Unidos da América que tinham as mesmas funções e objetivos que os 4-S do Brasil:  Head,  Hands, Heart, and Health, que em português entndíamos como: Saber, Servir, Sentir e Saúde.  Acostumados com a nove do Norte, fotografavam, faziam bonecos e esculturas. O Joe, que jogava basquetebol na quadra do Padre Anchieta com o Dr. Leônidas Ribeiro, o Rogério Toaldo e outros, era alto e usava óculos ( até para jogar). Ficou maravilhado com a neve. E, nós, tivemos que demolir nossa casa, da qual tenho muitas saudades...

         Como resultado do frio, houve perdas e animais nos sítios e fazendas. Lembro que houve muita mortandade de abelhas. Até mesmo o mel que vinha de Abdon Baptista, não veio mais. Não vinha mais o caminhãozinho carregado, com as latas de 20 Kg, com que estávamos acostumados. E o produto encareceu. Alías, ficou sumido pelos anos seguintes, até que os enxames e as colmeias foram-se recompondo.

          Além dos eventos climáticos que resultaram na enchente de 1983, penso que a neve de 1965 seja o outro fenômeno que mais nos marcou.

          Ah, acho muito bonitas a neve e a geada. Mas, agora, com ar quente no carro, é muito mais fácil de encarar o frio. Viva a bela lembrança do passado!  E viva a moderna tecnologia!

Euclides Riquetti
15-07-2012

Quando as pétalas se despreendem das rosas





Quando as pétalas se desprendem das rosas
E vão enfeitar de cor os gramados
Quando as folhas se desprendem dos plátanos
E vão me fazer volver-me ao passado
Quando os gerânios envermelham as floreiras
E vão alimentar teus olhos amendoados
Quando o passaredo canta na manhã de sábado
Para dizer que um novo fim de semana é chegado
Eu me lembro de ti!

Quando a manhã promete sol escaldante
E eu te imagino correndo para o mar
Quando o suor corre no teu corpo esguio
E vai teus pés finos reidratar
Quando,  docemente,  me chamas de  "meu amor"
E eu fico assim a te admirar
Quando nos vejo felizes,  flutuando
Planando, livremente, no ar...
Em me transporto até ti!

E, quando o fim de tarde me chega de mansinho
Com teu rosto já estampado na mente
Quando a expectativa de estrelas cintilando
Me deixa feliz e muito contente
Quando tudo de bom já me aconteceu
E volto pra perto de ti novamente
Quando o dia valeu a pena por tua causa
E em nós germinou mais uma semente...
Percebo o quanto eu gosto de ti!

Porque as pétalas se desprendem das rosas
Mas sabem que outra vez vão voltar...

Euclides Riquetti

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Chove forte lá fora




Chove forte lá fora
E a chuva lava corpos e almas
Molha rosas e palmas
E você foi-se embora
Enquanto que a água
Rolou mansa e calma
No meu coração.

Choveu e eu dormi
Enquanto senti
O beijo seu
Que fugiu de mim...
Bem assim!

E nem quer há esperança
De um dia ensolarado
Para este sábado!


Chove forte lá fora
E a chuva lava corpos e almas
Molha rosas e palmas
E você foi-se embora
Enquanto que a água
Rolou mansa e calma
No meu coração.

Choveu e eu dormi
Enquanto senti
O beijo seu
Que fugiu de mim...
Bem assim!

E nem quer há esperança
De um dia ensolarado
Para este sábado!

Euclides Riquetti
20-08-2016

O perfume que vem de ti



O perfume que vem de ti
É mais envolvente que os demais.
Talvez venha de essências florais
Talvez do modo como sorris.

O perfume com que me atrais
Que teu corpo produz e exala
Nunca  aos outros se iguala
Nunca senti antes, jamais.

O perfume em ti impregnado
É o aroma que a ti me impele
Que atrai o corpo, que atrai a pele.
Que chama para estar a teu lado.


Teu perfume é terno e singular
É algo simplesmente angelical
Não há outro contagiante igual
Vem de teu corpo para perfumar.

Euclides Riquetti
07-08-2015

Abençoai, Senhor todas as mães!




Abençoai, Senhor, as mães que perderam seus filhos
As que os tiveram nascidos em berços com ouros
As que os tiveram em leitos pobres e  maltrapilhos
Dai a todas elas  uma coroa com louros.

Abençoai, Senhor, todas as mães que choraram
As que os viram partir para ganhar o mundo
As que os viram  partir e que não mais voltaram
Mas levaram a certeza de  seu  amor profundo.

Abençoai-as , Senhor, com suas sagradas dádivas
Todas as mães que velaram em vigília
Abençoai as que derramaram rios de  lágrimas
E que em todos os momentos honraram a  família.

Abnçoai, Senhor, aquelas que tiveram filhos adotados
E que os amaram como seus, incondicionalmente
Que foram gerados em outros ventres abençoados
Mas que os amaram, sempre, verdadeiramente.

Abençoai, Senhor
Todas as mães do mundo!

Euclides Riquetti
13-11-2013

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Caçar Pokémon





Turíbio saiu por aí
Saiu pra caçar pokémon
Deixou o cérebro em casa
Mas levou celular na mão.


Turíbio foi caçar pokémon
Ali defronte à catedral
Subiu as escadas da Ammoc
Aquela besta animal.

Turíbio saiu por aí
Saiu pra caçar pokémon
Deixou o cérebro em casa
Mas levou celular na mão.


Turíbio costumava assistir
O tal Big Brother Brasil
Embestado que me faz rir
Porque tem cara de imbecil.

Turíbio saiu por aí
Saiu pra caçar pokémon
Deixou o cérebro em casa
Mas levou celular na mão.


Turíbio é uma alma perdida
Um seachão que se acha sarado
Vai caçar  pokémon  na avenida
Sujeito a ser atropelado.

Turíbio saiu por aí
Saiu pra caçar pokémon
Deixou o cérebro em casa
Mas levou celular na mão.

Euclides Riquetti
18-08-2016



Final de noite






Final de noite, prenúncio de um belo dia
O silêncio toma conta de meu parco universo
Procuro entender as palavras do antigo verso
Procuro afastar de mim a tediosa  letargia.

Final de noite, a espera de uma nova manhã
Quando estrelas cintilam  nos espaços do infinito
Brandos  passos  trilham  um caminho  restrito
E minha alma se ancora  na esperança vã.

Final de noite, de apenas mais uma noite que veio
Quando escritos antigos, perdidos,  recomponho e releio
Poemas com versos diversos,  livres e brancos.

Final de noite, de renovadas e animadoras esperanças
De canções que se ouvem e que embalam saudosas lembranças
De melodias que atiçam meus pensamentos francos.


Euclides Riquetti

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Mimosa



(Um poema diferente: homenagem às gaúchas macanudas)
Mimosa potranca buenaça
Baita chinoca, macanuda, conservada
Tu me levas a afundar-me na cachaça
Mimosa potranca buenaça.

Tu que jogas no meu corpo o vil cansaço
Tu que espantas a tristeza do galpão
Espreitas o manejo de meu laço
Mas recusas entregar-me o coração.

Tu bem sabes que és a dona do pedaço
Sabes ser de qualquer taura a perdição
Teu olhar reprovador é um talagaço
Fere mais do que o tapa de tua mão.

Gauchona pra ti olho e te tenteio
Gauchona olha pra mim, deixa de estória
Vem me abraçar, vem pra mim sem mais rodeio
Vem me querer, ou te pego qua gibóia.

Sou um cabra atucanado e provocado
Pelos olhos da gaúcha mui viçosa
Essa potranca vai levar todo o meu gado
Vai me deixar coçando a pança essa mimosa.

Vai embora, vai mulher de tentação
Vai te  fartar com outro trouxa que não eu
Suma, te percas na cinzenta imensidão
Deixa que a paz venha seivar meu coração.


Euclides Riquetti

Antecanto




Eu queria te ver em meio a santas tantas
Eu queria te compor um tenro canto
Queria te ver em meio às tantas santas
Queria escrever-te este antecanto.

Eu pensei imaginar um poemeto
Eu pensei fazer do dia a poesia
Pensei em versos de soneto
Pensei saudade e  nostalgia.

Eu fiz poemas sem amarras
Eu fiz poemas livremente
Fiz-te   poemas com palavras claras...

Eu fiz de ti a musa encantadora
Eu fiz pra ti o canto, sutilmente
Fiz-te o soneto  na manhã inspiradora.


Euclides Riquetti

Quando o silêncio da madrugada nos acorda



Quando o silêncio da madrugada nos acorda
E nos mergulha numa insólita inquietude
Ficamos como a taça de vinho que transborda
Tristeza na alma, coração em plena solitude.

Quando o silêncio da madrugada nos invade
E nos incita ao desejo do abraço amoroso
Há uma força que me induz e me persuade
A buscar seu  beijo doce, quente e prazeroso.

Quando chega a manhã clara de céu límpido
E se tem a certeza de que o sol vai brilhar
Uma sensação de alegria me invade o íntimo.

Então, veremos que tudo na vida vale a pena
Enquanto  se tiver algo bom por que se lutar
Enquanto vier inspiração para meus poemas.

Euclides Riquetti
06-08-2015

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Apenas um raio de sol

Permita-me ser um raio de sol no seu caminho
Apenas um, mesmo que tímido e acanhado.
Um pequeno esplendor, bem pequenininho
Um raio luminoso em sua pele jogado.

Um raio de sol como outro raio qualquer
Singelo, dourado, simplesmente fenomenal
A brilhar sobre seu corpo perfeito de mulher
Algo terno, admirável, sublime e sensual.

E que seus olhos de esmeralda possam me encontrar
Em horizontes plácidos nas paisagens airosas
Enquanto beijo a brisa suave que vem do mar.

E, nesta primavera e verão sulinos
Que os ventos nos tragam os aromas das rosas
E as notas  emanadas das cordas de um violino.

Euclides Riquetti

A dança harmônica do universo

 


Eu amo as plantas verdes de meu vale
Os belos girassóis, os cândidos cinamomos
Contemplo as águas dos riachos e das sangas
Que vagam entre as pedras rumo ao rio.

Encanto-me com os pássaros que cantam
E as borboletas entre as flores coloridas
Me perco em  ver crianças que sorriem
Com seus rostos inocentes  feitas anjos.

Admiro os jovens belos e sadios
Que buscam ideais de vida pura
A nobreza da alma das pessoas
Os rostos que irradiam muita alegria.

A  natureza  é a vida plena , é colossal.
É a dança harmônica do Universo
Que se move consoante a grande orquestra
Sem rimas, só com notas musicais.

Euclides Riquetti

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

No porto do sol



No porto do sol, pisando nas areias brancas
Olhando para o mar das ondas espumantes
Imaginando os prazeres mais eletrizantes
Componho poemas para as almas santas.

No porto dos desejos, dos sonhos projetados
Vejo,  nas sombras, a sua silhueta desenhada
Enquanto, nas estrelas,  na noite enluarada
Navega, pelo infinito, a paixão exacerbada.

Despem-se os pensamentos que se embalam
Na manhã azul, da inspiração derradeira
Em que as palavras brotam e se propagam.

E que,  em cada porto, em cada ancoradouro
Eu lá possa encontrar minha  musa verdadeira
Com seu sorriso bonito, divino, e duradouro.

Euclides Riquetti
04-07-2015

Busque o equilíbrio






Busque o equilíbrio para seu coração
A leveza necessária a sua alma
Torne sua vida tranquila e calma
Mesmo que com todas  as turbulências
Tenha paz e enfrente-as com paciência
Dê a cada fato a devida atenção...

Se Deus não nos evita a tormenta
No dia seguinte nos dá a calmaria
O tempo certo para recuperar a alegria...

Procure encarar tudo com maestria
Filtre o que ouve, analise o que vê
Nem tudo o que parece pode não ser...
Não rejeite a mão que lhe é estendida
Respire o ar puro que lhe dá a vida
Aja com desenvoltura e sua sabedoria!

Se Deus não nos evita a tormenta
No dia seguinte nos dá a calmaria
O tempo certo para recuperar a alegria...

Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti
15-08-2016








Cuide, com carinho, de seu coração


Quando seu coração estiver triste, sentindo-se maltratado
Porque alguém não lhe deu o devido valor ou não o compreendeu
Quando sentir que você deu de seu amor e nada em troca recebeu
Porque ele não entendeu a grandeza e o tamanho de seus sentimentos
Ou ou mesmo porque  não aprendeu o que é um verdadeiro amor.
Lembre-se de que, na vida, temos bons e maus momentos
Que há, nela, turbulências com que nos devemos habituar
E que, depois de cada noite triste e silenciosa
Um novo sol dourado com o céu  azul  pode chegar
Uma manhã límpida,  agradável, terna e prazerosa.

Não permita que  insultem ou maltratem o seu coração
Porque quem o faz não merece as suas lágrimas e melancolia
Nem as noites de sono perdidas por causa da desilusão.
Imagine, então, que pode haver alguém esperando com alegria
Alguém que nunca foi percebido nem notado
Mas que pode, realmente, ser um grande apaixonado
Que espera, há muito,  pela oportunidade de lhe ter.

Então, lute firmente para ser feliz
Sem desesperar-se e nem chorar por quem não a merece
Pois, amanhã, a situação pode se inverter
E o seu sofrimento de hoje pode  alojar-se do outro lado.
Jamais se submeta ao sofrimento e nem à humilhação
Cuide com carinho, cuibe bem, muito bem,  DE SEU CORAÇÃO!

Euclides Riquetti

domingo, 14 de agosto de 2016

Turismo em Porto União da Vitória - Mais Marvilhas do Iguaçu

   



                                 Ponte da Ferrovia. Aquém da ponte, União da Vitória - PR
                                                     Além da ponte, Porto União - SC




                                               Ponte do Arco, sobre o Rio Iguaçu


          Na terça, 09 de agosto, estivemos em União da Vitória e Porto União. Foi a primeira vez que lá fui para "fazer turismo". Saímos cedo de Bituruna, entramos em União pela estrada que na década de 1970 chamávamos de "Estradinha dos Camargo", aquela que vai dar na entrada da Ponte do Arco, a centenária ponte sobre o Rio Iguaçu, pela qual passei, diariamente, por três anos, quando morei li e trabalhava na Mercedes-Benz, da família Mallon.


                                Monumento do Cristo Redentor, desde 1968 abençoando as
                                                            Cidades Gêmeas do Iguaçu

         Fomos ao alto do Morro do Cristo, onde uma enorme imagem Dele abençoa as cidades gêmeas. Lá do alto, é possível ver as grandes mudanças nas cidades. O que se conversa igual é o desenho do leito que porta as águas do Rio Iguaçu, uma espécie de ferradura de cascos de cavalos. As duas cidades cresceram muito desde 1972, o ano em que lá ui residir para estudar na FAFI. Para a esquerda, a vista mostra os condomínios residenciais ao longo do Bairro São Cristóvão, nas áreas mais elevadas, portando sem risco de serem atingidas pelas enchentes do Grande Rio. À frente, é possível ver o crescimento de Porto união, tanto pelos lados do Santa Rosa quanto pelos do São Pedro.

                                                 
                                              Catedral de União da Vitória - PR

           Depois nos dirigimos ao centro da cidade, passando pela antiga Rodoviária, pela Fafi, Praça Coronel Amazonas, Catedral e aportamos no Restaurante X Burguer, de propriedade de meu cunhado, Luiz Fernando Ghidini e minha irmã Iradi Lourdes, onde almoçamos e pudemos conversar com os familiares deles. Depois, saímos por um passeio pelas ruas centrais das cidades. Rua Professor Cleto e Professora Amazília (onde moramos em nossa "República Esquadrão da Vida", no início da década de 1970.Vimos a estação Ferroviária, os antigos hotéis e cinemas, relembramos de muitas e boas passagens de nossa juventude li. Seguimos para o Morro da Cruz, acima do Colégio Cid Gonzaga.

                                      Escultura do Monge João Maria - Poto União

          Foi emocionante passar pelo educandário onde lecionei em 1976, subir até o belíssimo  mirante recentemente construído, com quadros de "via-sacra" nas laterias, forjados em concreto, acho. Do mirante, lugar onde o Monge João Maria esteve em 1896, é possível admirar toda a beleza e exuberância da paisagem das cidades gêmeas, que juntas reúnem pouco mais de 90.000 almas. No "pocinho" de João Maria, muita beleza e encantamento. Foram implantados decks de madeira, o que possibilita que as pessoas, com segurança e conforto, cheguem até a "fonte" de onde brota a água e se assenta uma escultura do Monge.


                                                         Steinhagger - Porto União

           Na sequência, passamos pelo Batalhão do Exército Brasileiro, fomos à loja da Steinhagger Doble W, onde conversamos com um rapaz da família do proprietário, degustamos e compramos doces caseiros e a bebida tradicional da cidade.






Mirante do Morro da Cruz do Monge - Porto União - SC



                                Acesso ao Morro da Cruz - Via Sacra - Porto União

         O retorno ao centro pela Avenida Perimetral, que eu ainda não conhecia. Uma belíssima estrada, que se desvincula da Avenida Santa Rosa, por detrás do morro, e nos conduz à proximidade das estações rodoviárias de ambas as cidades. Ao longo da Avenida, belíssimas estátuas, esculpidas em enormes troncos de madeira, por artistas locais. No centro, esculturas metálicas, igualmente belas e criativas, com aproveitamento de material de sucata.  Nossas cidades gêmeas melhoraram muito, o povo evoluiu, mas o encanto e o aconchego continua o mesmo. Voltei para passear e visitar meus familiares de lá. Foi um dia aprazível, momento inesquecíveis.

                                     
                                             Portal Porto União - SC



                                Estação Ferroviária - à esquerda, Porto União - SC
                                             À direita - União da Vitória - PR
          Porto União da Vitória está em nosso foco de interesse para as parcerias de turismo que pretendemos estabelecer entre nossa micro-região (Joaçaba/Herval d ´Oeste/Luzerna + Capinzal/Ouro/Lacerdópolis/Zortéa) e adjacências e o Centro-sul do Paraná, com Bituruna, Porto União, União da Vitória, Porto Vitória, Pinhão e outras.

           O que nos leva a propor esse projeto de turismo? As pessoas me dizem que já estão cansadas de viajarem sempre para ois mesmos destino e que querem novas opções de viagem. Então, com amigos, estaremos nos organizando, inicialmente, como facilitadores de turismo, para evoluirmos para um empreendimento a ser consolidado. Vamos nos associar a jovens dinâmicos e emprestar nossa experiência.

Deck acesso Pocinho do Monge - Porto União - SC

                                                 
                                    União da Vitória/Porto União (PR-SC)



                         Curva em ferradura do Rio Iguaçu em Porto União da Vitória

         Valeu a pena voltar às cidade gêmeas! Logo, estaremos dando sequência à publicação de textos sobre o potencial de turismo do Médio e Baixo Vale do Rio do Peixe, Me aguardem!




         Vale a pena conhecer s Maravilhas do Rio Iguaçu.

Euclides Riquetti
14-08-2016



Meu feliz dia dos pais...

       


 Dizer "feliz dia dos pais" soa como chavão! Mas, para todos, FELIZ DIA DOS PAIS!

          Como nós, que não mais os temos, podemos nos sentir bem sem  presença física deles? Ao meu modo, volvo meu pensamento ao passado, buco encontrar nos armazéns de minha memória  sua imagem de pessoa séria, mas divertida. Do homem  inteligente que me ensinava  coisas, que me ensinou as primeiras palavras a escrever e alguns números, mesmo antes de eu ingressar no estudo regular.

          Lembro do Professor Guerino Riquetti, que era muito inteligente e forte líder, que estudou no Seminário de Iomerê (SC), e no São Camilo, de São Paulo, que ficou 9 anos sem ver sua mãe e seu pai, que voltou e casou-se com minha mãe, Dorvalina Adélia Baretta, neta de italianos, gaúcha de Farroupilha, com os olhos verdes que o conquistaram lá na Linha Bonita, no antigo de Rio Capinzal.

          Lembranças que enternecem, aguçam minha sensibilidade, me fazem chorar!

           Mas, especialmente neste Dia dos Pais, uma grata e louvável surpresa: Meu filho, Fabrício, que mora em Maringá e aqui esteve a menos de um mês, veio nos ver. Quanta alegria! Cedo, veio até nosso quarto, me deu um carinhoso abraço, fez as micagens costumeiras, me deixou muito feliz. Ontem à noite, fez-nos um churrascão, daqueles que só ele sabe preparar. Querer mais o que da vida, que já me deu tantos presentes. Fizemos nossa festa, eu, ele, a Miriam e a Caroline. Esta, acaba de chegar aqui para me trazer seu carinhoso abraço. Com a Michele, falei agorinha  ao telefone e certamente e fiquei contentíssimo.  Tenho o carinho de meus filhos e isso é o que mais me alegra e gratifica.

          Para os que têm pai ou mãe vivo, minha recomendação de que os valorizem, pois que, certamente, a vida deles foi muito difícil. Os tempos eram outros e eles não tinham as facilidades que nós temos hoje para o contato a até diário com os filhos distantes.

          Feliz Dia dos Pais...

Com carinhoso abraço em todos!

Euclides Riquetti
14-08-2016