sábado, 30 de julho de 2016

Na cadência das ondas do mar




Sonhei que flutuavas
Na cadência de um ninar
E enquanto repousavas
Num barco a derivar
Meu olhos te buscavam
Cansados de chorar.

Sonhei que, no  flutuar
Do teu belo rosto lívido
Naquele barco,  no mar
Onde o vento sopra rígido
Só me restaria  cultuar
Os teus jeitos  tímidos. 

Sonhei que me esperavas
Banhando-se com o luar
E que as estrelas que contavas
E que estavam a te cintilar
Eram palavras cantadas
Dos versos singelos de amar:

Versos meus que são teus
Que compus pra te louvar!

Euclides Riquetti

A teoria do desejo relativo








Pela teoria do desejo relativo
Ficar contigo
É de que eu preciso...

Preciso sempre que isso se confirme
Que haja reciprocidade
Porque, a busca da felicidade
É um propósito muito forte e firme!

Talvez que minha teoria
Não passe da influência da nostalgia
Ou de minha teimosia...

Mas, a pura e sacrossanta verdade
É a de que sou um ser imperfeito
Cheio de defeitos
Que fica a teorizar
Na procura da tranquilidade...

Bem assim!

Euclides Riquetti
29-07-2016




sexta-feira, 29 de julho de 2016

Açúcar mascavo - uma história de paixão...


 

 
Menino: Euclides Riquetti - 4 ou 5  anos de idade - Leãozinho - antiga Rio Capinzal - SC
Senhoras: irmãs de meu avô, Frederico Richetti - Caxias do Sul - RS
Terceira Foto: Meus 19 anos, em 1972 - União da Vitória - PR
Família: Frederico Richetti - meu avô - com Genovena Píccoli Richetti e os filhos em Nova Petrópolis - Distrito de Joaçaba - SC
 
 
          Por ter nascido e  morado na colônia tive estreita ligação com a roça  desde meus tenros anos. Dos meus 4 aos 8, já ajudava a cuidar dos animais na propriedade de meu padrinho, João Frank , no Leãozinho.  Bem cedinho, 5 horas, já estávamos de pé, nas frias madrugadas de julho. Café com leite e pão com mel era comida de crianças. Os adultos tomavam café preto com grappa (graspa, como dizem aqui), para esquentar. Antes de o dia clarear,  estávamos com os bois atrelados à canga e andando em círculo ao redor do "torcho", o Engenho com três cilindros e engrenagens de madeira, para moer a cana. E, minha função, era a de puxar os bois. Ia à frente deles, com uma corda, a ligeira, madrinhando-os. Depois que eles se adaptavam à rotina,  a corda era jogada para trás e era só ficar segurando-a que eles iam à frente, fazendo seu trabalho. Quando clareava, a cana já se transformara em caldo, a guarapa.

         Uma parte da guarapa ia para o tacho retangular, colocado sobre umas pedras, para se fazer o açúcar amarelo. Só na idade adulta vim a saber que o tal de açúcar mascavo era o açúcar amarelo. Eu imaginava que o mascavo, pelo nome, devia ser fabricado somente em Portugal. Era assim meu desconhecimento e minha ingenuidade... Sob o tacho, fogo lento, brando, e as moças mais jovens, Catarina e Delcia,  cada uma com uma pá de madeira, tipo espátula, para vir mexendo o líquido, evitando que a fervura o fizesse transbordar. Era uma tarefa que levava umas duas horas. Ao final, se o açúcar saía "quase branco", era a glória. Porém, se a cana tivesse tomado muita geada, sairia mais escuro.

          O padrinho orientando tudo, dando as ordens. E levando guarapa para o alambique para fazer cachaça. O Estefano,  que já buscara os bois, ia colocando a cana para moer. O Aristides ajudava.  A madrinha  Raquel e a filha mais velha, Alaídes, tiravam o leite das vacas e punham coalhar para fazer o queijo que iriam vender na cidade, para o comércio do  Adelino Casara, do Alcides Zuanazzi,  do Jacob Maestri ou do Severino Baretta. O Estefnito cuidava de apetrechar os bois e eu, faceiro, ia tocando-os. Todos trabalhávamos. Eram assim as famílias de origem italiana. Trabalhavam, rezavam antes das refeições. Na quaresma havia terço todas as noites, as famílias iam em rodízio, de casa em casa. Depois, um mate doce e pipocas "melecadas". Melecadas eram aquelas que até hoje fazem aqui em casa, e que a turma adora, com o "açúcar amarelo" quente, deretido, dando-lhes inigualável sabor.

          Depois de tudo encaminhado, o Estefenito pegava a carroça e me punha em cima. Os bois iam sob o seu comando de voz e da corda. Subíamos o morro para buscar o milho, em final de colheita, onde ainda havia umas cargas já quebradas e cobertas com uma lona velha. Ele ia cantando: "O Sílvio Biarzi tem três filhas pra casar/Uma delas é a Irlandina/Aquela mesma eu vou buscar"!. E eu ia cantando junto. Ele era apaixonado pela moça que morava em Linha Vitória, do outro lado do morro das terras deles...

          Hoje, 55 anos depois, está lá ele, casado com a sua musa inspiradora, a Irlandina, e com os filhos e netos, morando na Linha Sete, grisalho e participando de todas as festas e bailes da Terceira Idade do Baixo Vale do Rio do Peixe. Brinco muito sobre isso com eles quando os encontro! E, encontrá-los, me remete à infância, a muitas e agradáveis lembranças. E, como diz o amigo Adelto Miquelotto, Agrônomo da Cidasc: "Como o amor é lindo"!!!

Euclides Riquetti
03-01-2013

Como uma abelhinha





Como uma abelhinha, pousas de flor em flor
Buscas sugar o néctar doce e labial
E, sobrevoando este mundo de luz e cor
Ajudas - me  a pintar um quadro real.

Como uma andorinha, sobrevoas os confins
E vais  fazer  teu ninho sob meu  telhado
Com raminhos colhidos em todos os jardins
Singeleza a brotar num pequeno ser alado.

E, como uma princesa, uma  fada madrinha
Vais semeando estelas em todos os lugares
Com o acenar suave  de tua mágica varinha.

Vais, até que volte ao fim da tarde a brisa
Bailando nas nuvens brancas de meus ares.
Reanimando minha alma que de ti precisa.

Euclides Riquetti

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Meu lado light e meu lado robô - meu primeiro dia de liberdade

 
 
  
 
 
Euclides Riquetti - numa mina de ouro antiga em Ouro Preto - Minas Gerais - Brasil 
 
 
 Viajar...passear...a vida que escolhi para minha pós-aposentadoria.
 
 
          Penso que as pessoas, a maioria delas, têm comportamentos distintos em si mesmas. Sermos diferentes dos outros já é da conta, mas sermos diferentes em nós mesmos é algo para uma autoanálise. De repente que as pessoas não param para ver como é isso, mas neste início de ano percebo  que desenvolvi alguns costumes habituais que se tornaram de meu efetivo comportamento. Tenho um lado "A" e um lado "B". E isso me assusta, pois, para minha paz, eu deveria ter somente o primeiro, o que me soa como algo tenro, suave. Porém uma parte de mim está robotizada e eu preciso superar isso. Por mim mesmo, sem ajuda profissional.

          Segundo meus próprios entendimentos, advindos dos conceitos e opiniões da galera do ramo, para a cura dos males, o primeiro passo é reconhecer que se tem um  mal. E o meu, pela minha avaliação, é esse algo que me impele a fazer alguma coisa, em todos os momentos.Não consigo ficar parado. Agora, por exemplo, enquanto escrevo ouço o noticiário no rádio e oriento  minha netinha a colocar seus livrinhos numa caixinha.

           Há algumas coisas  que faço enquanto durmo: roncar, revirar-me e, sobretudo,  sonhar, e esta  é um grande ganho de tempo, pois quando se sonha dormindo podemos ter satisfações que a vida diária não nos oferece. Por exemplo, quando tinha uns 17 anos e lavava carros no Posto Dambrós, em Ouro, sonhei que meu pai tinha comprado o Aero Willys do Oscar Goulart, genro do amigo dele, o Luiz Gonzaga Bonissoni. Fiquei muito feliz, vivi meus quinze minutos de felicidade.

        Quando acordei, fiquei decepcionado, ( a realidade é mais dura e só seis  anos depois  a família comprou seu primeiro carro), mas compensei isso colocando carros na rampa para lavar. Colocava a Kombi do Chascove, a Veraneio do Dr. Vicente e a do Apolônio Spadini, os fuscas do Breno Toaldo, da Celita Colombo, do Aílton Viel e do Meneghotto. (Acho que lembro bem destes porque eram os que me davam gorjetas). Tinha a F-100 do Doin, mas tinha também o Galaxie do Dr. Celso, o DKW do Olávio Dambrós,  o caminhão do José Andrade, a pick up do Antônio Biarzi,  a do Silvestre Godoy, e o caminhão do Zitro Brum, também alguns jipes, muitos jipes.

           O mais enjoado era o Laurindo  Biarzi, com seu jipe "54". Mas era a forma que eu tinha de materializar meus sonhos. Trabalhosa, é claro, que me resultou  uma pneumonia, um ano depois, curada pelo mesmo Dr. Vicente da Veraneio, lá no Hospital Nossa Senhora das Dores, quando já havia passado no vestibular. Fiquei uma semana internado...sonhando!

          E tem o "sonhar acordado", que também pratico muito. Quando meus filhos eram pequenos e percebiam que eu estava sonhando acordado, pediam-me algo e eu respondia "sim". Depois, vendo o que faziam, eu reclamava e eles diziam que eu tinha autorizado fazer aquilo. Eu não lembrava, mas certamente havia permitido. Fiz isso enquanto sonhava acordado.

          Também tenho minha conduta  romântica, as minhas inspirações, meu afeto, minha grande capacidade de sentir, amar, querer, querer proteger. Tudo no lado "light", o A.

          Mas, o que me intriga, é esse meu lado "B". Acordo pensando no que vou fazer. Sinto culpa se não tiver algo de concreto para produzir. Quando em feriados, tenho que fazer algum reparo na casa (nova), cortar grama, ajeitar a rua, lavar um carro, lavar calçadas, a louça... Parece-me, sempre, que tenho que fazer algo material, braçal.

          E, hoje, depois de 48 anos "batendo ponto" em alguma empresa, escola ou repartição, é o primeiro dia em  que estou livre de vínculos profissionais. Sou apenas um professor aposentado. E isso me intriga. Vou ver quanto tempo levarei para migrar minha cabeça para uma nova situação. De repente que me livro desse lado "B". Escrever crônicas e poemas está no meu "A". Posso começar lavando um carro, organizando  um monte de papéis, fazendo caminhadas, correndo... E ajeitar as malas para uma bela viagem. E avolumar muito  o lado "A" para que ele ocupe todo o espaço que eu usava para praticar o meu lado robotizado. É, acho que é por aí: começar um novo ano com uma nova postura, um novo e mais agradável modo de viver. Não à autorrobotização!!!

E continuar escrevendo para que você  leia!

Euclides Riquetti
Escrito em  02-01-2013 - e a partir deste dia, nunca mais trabalhei! Apenas viajei, escrevi, vivi!







Rezei por você

 

 
  
Rezei por você, adorável mulher
Pedi a Deus que realize seus sonhos
Escrevi as orações em folhas de papel
Para ler e reler nos momentos tristonhos.

Rezei orações singelas e poéticas
Orações para Deus e Nossa Senhora
Pronunciei as palavras ternas e diletas
E que possam ajudá-la em todas as horas.

Rezei, pedindo pela sua felicidade
Pela sua saúde, pelo seu bem-estar
Rezei porque sempre eu sinto saudades
Você que já  mora  no meu pensar

Rezei, rezei  muito,  infinitamente
Já perdi a conta de tantas orações
Quero que viva feliz e contente
E que possamos viver belas emoções.

Euclides Riquetti

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Cantam as roseiras


Cantam as roseiras que estão à espera
Para os cravos, crisântemos e lírios
Da chegada gentil da  Primavera
Cantam para as flores de seu convívio...

Cantam as roseiras e cantam as rosas
Animadas pelo áureo coral do passaredo
Entoam as canções líricas e lamentosas
Que ressonam no verdejante arvoredo.

E, enquanto cantam e nos encantam
Sorriem como moçoilas de saia escura
De meias pretas em pele de alvura.

E, enquanto as borboletas se alevantam
Sorri também aquela  do sorriso de luz
Que com  mãos leves  me guia e conduz.

Euclides Riquetti

De sapateiros e de sapatos (Homenagem aos sapateiros de Rio Capinzal)






          Sapateiros estiveram presentes na vida das pessoas desde que inventaram as sandálias, os primeiros calçados disponíveis ao homem. O objetivo, primordialmente, era o de proteger as solas dos pés, não o de adorno. Isso há mais de 10.000 anos. Depois vieram as botas, os botinões, as botinas, os coturnos,  os sapatos. A proteção aos pés, nas marchas para as guerras, era um fator de sobrevivência. Quem tinha os pés mais protegidos, conseguia encurtar as distâncias. Nos desertos, as sandálias,  nas montanhas nevadas, os mocassins. Em minha adolescência, todo o cara "bacana" tinha um sapato "Passo Doble", da Vulcabrás.

          Naquela época  eu gostava de frequentar alfaiatarias e sapatarias. Tinha parentes alfaiates e amigos sapateiros. Aliás, quando eu morava no Leãozinho, na época que tinha  anos, um filho de meu padrinho, o Aristides, era sapateiro. E eu ficava entretido em ver que as pessoas traziam seus sapatos gastos para por uma meia-sola. Em Capinzal, os mais tradicionais, de que me lembro, eram o Betinardi e os Zuanazzi. Adiante, na sapataria do Oneide Andrioni, em Capinzal, ele, os irmãos Severino e Antoninho, mais seu cunhado Valdir Souza, o Coquiarinha, tinham uma sapataria muito forte. Os fazendeiros e os colonos traziam suas botas velhas para fazer um remonte. Agora, o Tata Dambrós, ali ao lado da Praça Pio XII é meu "shoe assistant".

          O  remonte, numa bota, consistia em substituir todo "sapato" da mesma, aproveitando-se apenas o cano do par velho. E, com uma boa pintura, daquela tinta a pincel que só o sapateiro tinha, ficava novinha. Meu sonho era ter uma bota, nem que fosse de remonte. Acho que nunca tive um par delas, só botinas.

          O Riciere Caldart, conhecido como "Seu Nini", era uma fera na área, ali no Ouro. Assim como os Surdi, em Capinzal, os Andrioni, na Linha São Paulo, os Tonini, em Novo Porto Alegre, os Frank, na Linha Sete, o Valduga, na Barra do Leão, e outros. Todas as cidades e vilas tinham que ter uma boa sapataria, pelo menos, e em algumas comunidades rurais. Na verdade, nestas, além de lidar com calçados cuidavam dos arreiames dos cavalos, das selas e dos selins. E as mulheres levavam seus sapatos para trocar o salto, conforme a moda exigia. "Quero cortar meu salto e por um médio!"  "Quero que tire esse salto grosso e coloque um mais alto, que tenho que ir a um casamento no sábado!"
         
          Era tão bonito ver as mulheres com os cabelos bem arrumados, roupas elegantes, alçadas sobre belos sapatos de salto.

          E os sapatos foram ganhando importância tamanha na vida das pessoas que hoje existem de todos os tipos, de todos os materiais e para todos os  gostos. Pode-se dizer que, para a mulher, as bolsas, igualmente, situam-se não mais como acessórios, mas sim como componente básico da vida diária. E a combinação sapato-bolsa-cinto, quando bem articulada, lhes atribui um elevadíssimo grau de charme e elegância. É encantador  ver uma mulher que sabe vestir-se e harmonizar suas vestes com os seus acessórios.

          E nós, homens, também fomos aprendendo com elas. Aprendemos a combinar as cores das cintas com a dos sapatos. Às vezes, até com a carteira. Eu, particularmente, não dispenso isso. Mas o grande consumo em termos de calçados, hoje, é o tênis, que na minha infância  chamavam de "sneakers". As primeiras marcas mundiais foram, sucessivamente, Reebok, Puma/Adidas e Nike. Estão há quase 100 anos protegendo e dando conforto aos pés dos atletas.

          Em termos de sapatos femininos, várias atrizes, a exemplo de Sofia Loren, cultivaram belas coleções de sapatos. Mas, o que mais chamou a atenção do mundo, nesse quesito, foi o que aconteceu com a esposa do Presidente Ferdinando Marcos, hoje viúva,  ditador das Filipinas, que chegou a possuir 3.000 pares de luxuosos exemplares, enquanto que os compatriotas filipinos passavam fome.

          Ainda,  bem recentemente, o investidor financeiro norteamericano Daniel Shak teve uma baita querela na Justiça de seu país em razão de ter descoberto que sua belíssima ex-esposa, Beth Shak,  armazenava, num apartamento, uma coleção de luxuosos1.200 pares de sapatos, avaliada em mais de sete mil e quinhentos dólares, comprada com dinheiro dele. A gata, jogadora profissional de poker, possui até um blog sobre sapatos.

          E você, já teve muitos pares? Então, convido  a lembrar dos primeiros calçados que lhe deram quando criança. Vale contar também aqueles com número bem maior, para que não lhe escapassem e pudesse usar durante pelo menos dois anos. E das congas que usou para ir ao seu Colégio. E das bambas. E dos kichutes.

          E, hoje, quando você passar pela vitrine de uma  loja e embasbacar-se com os tênis de marca,  mocassins, sandálias, peep toes e scarpins, ou quando olhar para aquele Valentino, Louis Vitton, Chanel, Prada, Christian Loubatin, Charlotte Olympia, Dior, Arezzo e tantos outros, e você puder comprar pelo menos um, lembre-se daqueles senhores que um dia, no seu anonimato, ajudaram seus pés a fazer sucesso no bailinho ou na festinha de aniversário.

Euclides Riquetti
03-02-2013

Quero que teu ser mergulhe em mim...




Divina paisagem matinal
Em que o vento balança as folhas da palmeira
E as plantas  jazem sob o azul do manto celestial
De onde vem-me o doce aroma da cidreira.

Pássaros pousados nos galhos que se embalam
Bailam na harmonia  em  realeza
E seus belos cantos nos ares se propagam
Numa grande sinfonia da natureza.

Eu me transporto para o enlevo de teus braços
E me alento no desejo de estar junto de ti
Buscando apenas os teus beijos e teus abraços.

Preciso, ardentemente, mergulhar no teu divino ser
E quero que teu ser mergulhe em mim
E no teu corpo me envolver e  me perder.

Euclides Riquetti

terça-feira, 26 de julho de 2016

Parabéns, vovô! Parabéns, vovó!


Escrevi há um ano. Hoje repriso... 
 

 


         Neste belíssimo domingo com a tarde muito ensolarada e o céu azul estamos comemorando o Dia dos Avós,  que pode ser também dos Avôs. A data foi institucionalizada ainda em 1879,  pelo papa Leão XIII, cujo nome era Gioacchino, mas que em Português significa Joaquim. Ele teve a intenção de homenagear  aos pais da Maria Santíssima, a mãe de Jesus, Joaquim e Ana. Eles viveram em Nazaré, estavam em idade avançada, mas desejavam muito ter um filho. Deus, depois de muitas orações, concedeu que Ana ficasse grávida e o casal teve uma menina, que batizaram com o nome de Maria.

          Ana tornou-se Santa Ana e o marido São Joaquim. Ana morreu quando Maria tinha apenas três anos. E, adiante, Maria casou-se com José e tiveram um filho, jesus Cristo. O casal foi escolhido como padroeiros dos avôs e avós. Brasil e Portugal são os países em que a data é comemorada com certa intensidade. São Joaquim e Santa Ana são os avôs de Jesus Cristo, daí a importância que lhes foi conferida.

          Hoje almoçamos com a filha Carol e a Júlia, nossa neta Jujubinha. E ela tinha uma convidada, a Maria Clara, coleguinha e amiguinha dela, filha do Sandro e da Rita, nossos vizinhos. A Dona Santa, vovó da Maria Clara, mora aqui pertinho também. É uma senhora muito simpática e religiosa. Costuma cantar nos cultos e missas aqui da capela Santa Luzia, aqui do Nossa Senhora de Lurdes. Foi uma alegria almoçar com a neta e a amiga, fazendo as vontades da Jujubinha. Ela é muito carinhosa e, logo cedo,  ganhei um abracinho de ambas.

          Dizem que as crianças gostam dos avôs porque eles fazem as vontades deles. Acho que é um pouco diferente. Concordo com o Tchê Mendes que diz que as crianças gostam da gente porque temos mais paciência em lidar com elas. é, o tempo nos torna um pouco mais pacientes, mais entendedores do comportamento das crianças. E, ainda, temos muito mais tempo para nos dedicarmos a dar atenção a elas.

          Através deste texto, quero homenagear e parabenizar a todas as leitoras e leitores que já são avós e avôs. E ainda referir-me aos meus pais, Guerino e Dorvalina, que são os avôs de nossos filhos. Ainda, aos meus avôs Frederico e Genoveva (Piccoli)  Richetti, e  Vítório e Severina (Coltro) Baretta.

          Um carinhoso abraço em todos!

Euclides Riquetti
26-07-2015

Antes de as estrelas voltarem



Antes de as estrelas voltarem
Haverá uma manhã e uma bela tarde
Quem sabe um sol sem alarde
Ou um sol bronze, dourador
Que nos traz no inverno o calor
Antes de as estrelas voltarem!

Antes de as estrelas cintilarem
Haverá um pensamento com asas
Que sobrevoará os jardins e as casas
E materializará os nossos sonhos
E os imaginares mais medonhos
Antes de as estrelas cintilarem!

Antes de as estrelas irem embora
Haverá uma felicidade renovada
Quem sabe uma esperança idealizada
Tão fortes como é o azul do firmamento
A alegria como o principal elemento
Antes de as estrelas irem embora!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Lady Michele Obama ... a true woman - in fact!


Michelle Obama


                                      Michelle, com o marido Barack e as filhas Malia e Sasha

         Michelle Obama, Primeira Dama dos Estados Unidos da América, disse hoje que "a Casa Branca foi construída por escravos, e que hoje suas filhas brincam em seus jardins"...

         Gosto muito da postura de Michelle Obama. Uma senhora respeitável, mulher do presidente do país mais poderoso do mundo. Não precisa de promoção pessoal, não lhe interessa glamour, nem badalação. Ela é, simplesmente, Michele Obama, nascida Michelle LaVaughn Robinson, agora Obama, advogada, escritora, esposa de Barack Obama, nascida em Chicago e graduada pela Universidade Princeton.

        Michelle e Barack têm duas filhas, Malia e Sasha. É admirada ( e invejada..) por mulheres de todo o planeta. Admiro-a, também, por ser uma mulher exemplar, não apenas um "apêndice" na vida de um presidente. Tem luz própria, não precisa de que lhe escrevam discursos, mito menos de valer-se de plágios...

Apenas isso, bem assim!

Euclides Riquetti
26-07-2016





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Sorriso de mulher bonita


Que volte sempre seu sorriso forte
Ou, melhor, que nunca vá embora
Que seja feliz e tenha muita sorte
Ter um sorriso sem lugar nem hora.

Que seu sorriso sempre resplandeça
Seja contagiante e sempre animador
Que do seu rosto não desapareça
Que fique belo como a rosa flor.

Amo seu sorriso de mulher madura
Amo seu sorriso de mulher,  mulher
Amo seu sorriso doce de candura
Sorria aqui, ali, em lugar qualquer.

Amo seu sorriso de mulher matreira
Amo seu sorriso de mulher catita
Amo seu sorriso de mulher faceira
Amo seu sorriso de mulher bonita!

Euclides Riquetti
25-07-2016



Buscar-te



 

Buscar viver
Perto de ti
Perto de um rio
Perto de um mar.

Buscar viver
Buscar sorrir
Tornar a ti
Tornar a amar.

Buscar-te incessantemente
Perdidamente
Desesperadamente
Esperançosamente.

Apenas buscar-te
Estar perto de ti.
Apenas abraçar-te
Ver-te sorrir.

Encontrar-te:
Suavemente
Carinhosamente
Amorosamente...

E beijar-te!

25 de Julho - Dia do Colono - Dia do Motorista








          O dia 25 de julho no Brasil, marca comemorações importantes como o Dia do Colono e o Dia do Motorista. Em muitas cidades acontecem eventos em sua homenagem. Merecem!

          Há outro lado que quero mencionar, enaltecer. Não por oportunismo, nem por demagogia, nem por qualquer outro motivo que não o de lamentar a situação dessas duas classes de trabalhadores no Brasil. Ajudam, grandemente, a alavancar o desenvolvimento, produzem, os colonos, transportam as riquezas, os motoristas.

          Os colonos, ao final da década de 1960, conseguiram seu direito á aposentadoria. A mulher, aos 55 anos, o homem aos 60. Imagine você , leitor, leitora, com quantos anos um menino ou menina começa a trabalhar na lavoura. certamente que desde que aprende a andar, muitas vezes aos 5 anos. Ou, então, aos 12, adolescente. A própria legislação brasileira passou  a contar como tempo de serviço, a partir dos doze anos de idade,  o trabalho do menor agricultor que residiu na área rural, frequentou as escolas isoladas, o pai teve inscrição no INCRA como proprietário de terras. Então, uma mulher agricultora trabalharia 43 anos e o homem 48 para se aposentar. É muito trabalho, não acham? E ainda houve quem dissesse que a Previdência Social andava  com dificuldades porque os colonos foram aposentados sem terem contribuído. Ora, esquecem de que ele contribuiu  ao Funrural? De que ele gerou riquezas, essas mesmas riquezas que receberam alta tributação e engordaram os cofres dos governos, que gastaram muito mal o dinheiro?

         Os motoristas, pior ainda a situação deles, por causa dos riscos nas estradas. Hoje, os caminhões são confortáveis, têm direção hidráulica, ar condicionado, cabinas confortáveis, são uns gigantes nas estradas. E as estradas, como estão? Lotadas de veículos de todos os tipos e tamanhos, sinalização péssima, esburacadas, sem oferecer segurança aos motoristas. E, quando razoavelmente cuidadas, é porque foram concedidas (uma forma de privatização), com cobranças de valores exorbitantes nas praças de pedágio, encarecendo o custo para os freteiros.  Detentores dos pedágios cada vez mais ricos e motoristas cada vez tendo que trabalhar mais para pagar as prestações dos caminhões, os impostos, o alto valor do óleo diesel, que traz embutidos muitos impostos também.

          Assim, no dia que lhes é consagrado, 25 de julho, aceitem minha solidariedade, amigos colonos e amigos motoristas. Que Deus esteja com todos  em todas as nossas jornadas.  E que possam ao fim de cada dia, ou ao fim de cada viagem, retornarem, com saúde, para o seio de seus familiares.

Com um carinhoso e fraterno abraço!

Euclides Riquetti

domingo, 24 de julho de 2016

Aline Rocha nas Olimpíadas...





        Aline Rocha é camponovense de nascimento. Tem 25 anos. É uma garota muito determinada. Tem um noivo, Fernando Orso, filho da Maristela, que é também seu treinador. Ela iniciou sua trajetória como para-atleta aqui em Joaçaba. Seu grande incentivador, o Fernando a estimulou muito à pratica esportiva. É uma  cadeirante que, em vez de ficar lamentando sua sorte, foi conquistando seu espaço no cenário esportivo brasileiro. Aline Rocha é uma vencedora! O Fernando também é um vencedor. A Aline vai participar das Paraolimpíadas do Rio de Janeiro, neste ano, tão logo terminem as Olimpíadas.

       Em 2006 a Aline estava ainda com 15 anos quando sofreu um grave acidente na Rodovia BR 282, aqui em Joaçaba. Ficou 4 anos, vamos dizer que apenas "vegetado". Aos 19, passou a alimentar um sonho, o de um dia chegar a uma paraolimpíada. Muito treino, aqui no Clube Comercial, perto de nossa casa. Em 2011, Aline venceu um concurso de fotografias que está na página principal do site oficial dos Jogos Paraolímpicos do Rio de Janeiro. Aline é uma garota bonita, inteligente, uma dotada de uma forte capacidade de liderança. Tem um apurado poder de comunicação. Hoje, Aline Rocha está entre as 10m melhores maratonistas para-atletas do mundo. Um orgulho para nós, que desfrutamos de sua amizade desde os tempos em que treinava aqui no Clube Comercial, junto com seus colegas da ARAD. Tricampeã da São Silvestre, tem algumas medalhas internacionais. Aline é uma colecionadora de medalhas.

         O primeiro e sempre presente patrocinador foi o laboratório Pasteur, aqui de Joaçaba, do Dr. Joélcio. Este foi o primeiro a acreditar, efetivamente, no potencial da nossa para-atleta. Aline dos Santos Rocha é uma poetisa. Aline é nosso ídolo. Aprendemos a gostar dela há seis anos. E continuamos admirando-a até hoje. Ela e o Fernando Orso se completam. São dois jovens muito felizes. E nós, brasileiros, vamos torceu para que suba no pódio mais uma cvez, ela que já subiu muito no pódio da vida!

Parabéns, Aline!

Euclides Riquetti
24-07-2016

Feliz aniversário!


 

 
 
          Minha mãe estaria de aniversário, hoje, se estivesse ainda conosco. Meu pai faria aniversário na terça, 11 de agosto. Eram leoninos... Viveram juntos até 18 de junho de 1977, quando ele nos deixou vitimado por grave doença. Tinha 55 anos. Ela nos deixou em 09 de janeiro de 2000, na chegada do novo milênio, aos 76. Hoje, estão lado a lado, no campo santo da Vila São José, em Ouro. Lá está com eles o mano Ironi, que se foi em 04 de maio de 1998, aos 51 anos.  Estão perto dos seus familiares, da família Baretta e Richetti/Riquetti.

         Saudades, dá saudades, sim...  Sempre! É tudo como se fosse ontem, como se o tempo não tivesse passado, como se nada houvesse mudado. Sentimentos reais e verdadeiros são permanentes, eternos, não fugazes. Sentimentos, laços de família, são a expressão do amor mais singelo e verdadeiro, aquele que não se apaga, não se extingue, não se deixa abalar.

         Saudades, dá saudades, sim... Porque quem amou e foi amado não esquece nunca. Não importa se foi uma vida de facilidades ou dificuldades. Não importa que os dias tenham sido diferentes, que em alguns tenham havido tempestades ou alegrias... Importa, sim, é que tenham sido vividos com intensidade, que tenha havido o respeito mútuo, o amor mútuo. Importa, sim, que a memória nos compila a irmos em busca das lembranças que estão escondidas em nosso ideário. Importa que tenhamos a condição de perceber que um dia eles foram importantes e que isso não se extingue. Importa que guardemos em nosso coração uma elevada gama de carinho para podermos expressar nosso afeto para com eles. E, minha maneira de homenageá-los é reviver os sentimentos e lembrar dos bons momentos. E, sempre que possível, manifestar-me aqui, dividindo com meus leitores minha sensibilidade.

          Feliz aniversário, mãe Dorvalina. Feliz aniversário, pai Guerino!

Euclides Riquetti