sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O vento sutil que afaga o rosto

Afaga-me o rosto o vento sutil
Acaricia-me com a maciez de suas mãos delicadas
Beija-me com os aromas das flores encantadas
A suavidade da manhã primaveril
E vem nutrir de amor minha alma esperançada.

Inunda-me de desejo o pensamento que devaneia
E que me leva até a fonte que me inspira
Sob os acordes da sedutora lira
Que a harmonia pelos ares  e espaços semeia
Atiça o fervor de um coração que  delira.

Doce musa que provoca o acanhado poeta
Que lhe desperta os sentimentos  já esquecidos
Que remete aos momentos eternecidos
E agiganta os instintos na hora mais incerta
Vem, vem  animar os meus instintos adormecidos
Vem!!!


Euclides Riquetti
19-10-2013

Ouro do Sol e dos Trigais





          Ouro do sol e dos trigais/Ouro dos nossos laranjais... Os dois versos que iniciam o Hino do Município de Ouro bem refletem o que ele sempre representou em termos de cultura,  força de trabalho e grande celeiro agropecuário do Vale do Rio do Peixe, onde se localiza,  em território catarinense.
          Já no início do Século XX, começou a receber corajosas famílias de descendentes de italianos que vinham  da Serra Gaúcha, grande parte deles de Caxias do Sul e Farroupilha, e foi-se constituindo num lugar próspero que muito os atraía, em razão das características topográficas  semelhantes  às de seus lugares de origem, tanto na Itália como no Rio Grande do Sul.  Era uma paisagem que lhes trazia sempre as mais  saudosas lembranças.
          A vila que originou a cidade foi fundada em 20 de outubro de 1906, mas a ocupação das terras deu-se ainda antes, existindo aqui muitas famílias de caboclos, que eram chamados de “brasileiros”, sendo que alguns deles chegaram a possuir grandes áreas de cultivo. Depois  vieram os colonos, que desbravaram seu território montanhoso.
          Hoje, a cidade com pouco mais de sete mil habitantes e que está comemorando seu cinqüentenário,  tem sua economia assentada na produção de frangos, suínos,  bovinos, milho, leite e erva-mate. Pequenas manufaturas e agroindústrias, em sistemas associativos, tornaram Ouro a Capital Catarinense do Associativismo. O Turismo é uma atividade  com crescente importância no contexto local. Um balneário com águas termais e a belíssima e verdejante paisagem rural são fortes atrativos.
          Com bons índices em Educação e Saúde, sua população é alegre e acolhedora, uma  gente que trabalha com afinco e que busca sempre o melhor. A religiosidade, com predominância católica, é representada pela  Padroeira, Nossa Senhora dos Navegantes..
          Vale a pena conhecer Ouro, uma cidade que tem grande importância no contexto histórico, social e econômico do Meio-oeste Catarinense.
Colaborou: Euclides Riquetti
Matéria publicada no Diário Catarinense, 
no Caderno Especial para o Meio-oeste
Catarinense, em 29-07-2013 

 



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

É noite...

É noite...
Uma noite qualquer
Como tantas outras:
Com sofá
Com janela
Com luar...
É a noite mais bela
Com um homem pensando...
Numa linda mulher: você!

É noite...
Noite da saída discreta
Secreta!
Noite dos pecados perdoáveis
Imagináveis
Confessáveis
Mas pecados
Pelos corpos desejados
Pelos beijos roubados
Pecados!
Apenas pecados... perdoáveis... perdoados!

E, balançam no céu as estrelas prateadas
Com fios transparentes
Estrelamente estreladas
No teto do céu... penduradas.

Esperando que termine esta noite
Que voltem as manhãs azuis
E as tardes douradas
E, de novo, a noite
Prateada...

Euclides Riquetti
17-10-2013

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Voltando às aulas!


          Dei um tempo em minhas lides de trabalho. Optei por viver bem minha vida e cuidar melhor de mim. Passei a escrever sistematicamente, compondo poemas e crônicas, publicando no meu blog. E emitindo muitos comentários em portais e blogs de outros. Escrever no Jornal Cidadela, que nas sextas-feiras traz meu artigo na coluna "Do Alto da Cidade", também me entretém. Gosto do que faço! 

          Porém, eu estava precisando desafiar-me, buscar algo que me permitisse ocupar minha mente ativamente, mas recebendo algo para agregação de conhecimentos. Fui matricular-me no SESC, aqui em Joaçaba. Agora estou fazendo parte do projeto "Idoso Empreendedor" Estou-me deliciando com minhas aulas.  Nunca pensei que voltasse a frequentar uma escola, de qualquer espécie que fosse, mas surgiu a oportunidade e estou aproveitando.  Preciso aprender algumas técnicas em Informática, melhorar meu domínio sobre a máquina computador para que esta não venha a exercer seu poderoso domínio sobre mim.

          Em minha aula experimental assisti a uma contação de histórias com a professora Rita Baratieri. Fiquei contente em ver que muitas coisas que eu fiz há trinta anos,  agora são colocadas em prática sistematicamente e efusivamente. Ficamos lá, todos, vendo-a contar, em seu monólogo, pelo menos três belas histórias. Até lembrei-me de uma ocasião em que fui com meus colegas da Mercedes-Benz vem uma “peça de teatro” no Cine Ópera, em Porto União. O “patrão”, Jorge Mallon, tinha adquirido ingressos para todos os funcionários e deu-nos gratuitamente. Éramos vendedores de peças, de caminhões, escriturários e mecânicos. Mais de 2/3 não tinha mais que o primário. Todos foram ao  Ópera imaginando divertir-se, rirem muito.

          Ocorre que não havia um grande elenco para representar. O artista era um senhor madurão, que falava portunhol, mas perfeitamente compreensível para nós. Ao passarem os minutos, lá pelos  20, no máximo, alguns de nós começaram a cochilar. Alguns nem sequer viram ou ouviram o final da história. Quando tudo terminou, saímos, educadamente, todos dizendo que haviam gostado. Porém, no dia seguinte,  no intervalo do almoço, antes de pegar no pesado, quando costumávamos nos reunir na sombra  do pátio para trocar bobagens, o mecânico Padilha perguntou-nos o que tínhamos achado do teatro. Foi uma chiadeira geral. O que assistíramos era apenas um monólogo, com um narrador que recitava. Não havia personagens, a história não era interessante, era muito enfadonha. Então, um a um os presentes começaram a malhar o programa que lhes foi gentilmente patrocinado.

          De minha parte, eu até hoje estou sem opinião sobre isso, pois duvido que minha maturidade, na época, me pudesse levar a entender aquilo. Não sei se o cunho do monólogo era político, social, literário ou histórico.  Para mim, apenas me serviu para aprender o que era um “monólogo”. Agora, quando vejo que há algum monólogo sendo apresentado em algum lugar, mantenho distância. Sou de interagir, de ver pessoas interagirem, movimentar-se, representar, fazerem acontecer. Meu perfil pessoal é assim. Não sou um parado, tanto que estou voltando a freqüentar aulas no campo da informática. Como diria o saudoso Ivo Luiz Bazzo, o que sei aprendi  “a facón” e agora preciso receber método de trabalho.

          Mas, como disse, estou-me engajando num novo desafio. E já estou colhendo os resultados. Reencontrei amigos de longa data, como a Liliane  D'Agostini, que é uma das "more" ali na Instituição. Tenho como professoras a Tatiane Ferreira e a Simone França. E  novos amigos: o Waldemar Caldart, o Sr. Irado Schinato,  a Rosita Wieser, a Lourdes Bortoli, a Joana Trombetta, a Lurdes Persch,   o casal Domingo Dassi, e a Zenaide Sganzerla, irmã de nosso saudoso cineasta brasileiro/joaçabense Rogério Sganzerla, produtor e diretor do consagrado "O Bandido da Luz Vermelha". A equipe do SESC é muito competente e amável.
         Estou muito contente em fazer parte da família SESC, onde tenho colegas com quem convivo e troco idéias. Bem, agora tenho que sair para ler o  e e-mail com o "tema de casa" para fazer minha obrigação de aluno. Preciso sforça-me para ser exemplar.   Não posso decepcionar minha profe!

Euclides Riquetti
16-10-2013


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Professor, cuide de cada criança como se fosse um filho seu!

Defenda com severidade aquilo que você  faz
Cuide de cada criança como se fosse  um filho seu
Busque  aperfeiçoar-se naquilo que lhe  apraz
Faça pelos outros tudo de que  for capaz
Exerce o que no juramento um dia  prometeu.

Coloque seu saber em favor de quem precisa
E ofereça-lhes todas as suas habilidades
Seja claro como o sol que o energiza
(Não espere reconhecimento de quem não o valoriza...)
Faça pelo justo e pela sua vontade.

O reconhecimento virá em forma de gratidão
Pelas mãos e palavras de quem você ajudou
A quem se dedicou com toda a devoção
E os anos vão mostrar-lhe com muita exatidão
O quanto de bom você neles já plantou.

Euclides Riquetti
15-10-2013









segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A Branca Flor da minha Primavera

Repousa, uma palma branca, solitariamente
Em meio a um vasto campo, abandonada
Por entre os cachos de granos da cevada
Repousa, dócil e serena,  docemente.

Espera, com seu gladíolo verde,a branca palma
Que venha contemplá-la a andorinha
Ou que lhe toquem os dedos da menininha
Espera, placidamente, terna e calma.

Ser uma flor, apenas uma flor perdida em meio ao pasto
Uma flor a exalar o seu perfume
Longe do mundo vil, mundo nefasto.

Ah, como são gloriosas as manhãs de espera
Em que jaz ali, na paz e na quietude
A branca flor que adorna minha primavera.

Euclides Riquetti
14-10-2013

domingo, 13 de outubro de 2013

Feche os olhos sinta (o cheiro do vento...)

Feche os olhos e sinta
O cheiro do vento que barulha as folhas
E da água que se gaseifica em bolhas
Perceba que   a  natureza  se retinta.
Feche seus belos olhos... e sinta!

Feche os olhos e abra seu coração!
Fique segura,  dê-me  sua mão
Frágil, mas terna, elegante e  macia,
Que me passa uma deliciosa energia
A energia doce, que brota  do seu coração!

Feche os olhos e escute a orquestra
Que embala uma suave canção:
É a canção do vento, que traz a harmonia do universo
Que vem no momento mais sublime e certo
Vem trazer-me a paz da longa imensidão.
Vem...

Euclides Riquetti
13-10-2013