quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Voltando às aulas!


          Dei um tempo em minhas lides de trabalho. Optei por viver bem minha vida e cuidar melhor de mim. Passei a escrever sistematicamente, compondo poemas e crônicas, publicando no meu blog. E emitindo muitos comentários em portais e blogs de outros. Escrever no Jornal Cidadela, que nas sextas-feiras traz meu artigo na coluna "Do Alto da Cidade", também me entretém. Gosto do que faço! 

          Porém, eu estava precisando desafiar-me, buscar algo que me permitisse ocupar minha mente ativamente, mas recebendo algo para agregação de conhecimentos. Fui matricular-me no SESC, aqui em Joaçaba. Agora estou fazendo parte do projeto "Idoso Empreendedor" Estou-me deliciando com minhas aulas.  Nunca pensei que voltasse a frequentar uma escola, de qualquer espécie que fosse, mas surgiu a oportunidade e estou aproveitando.  Preciso aprender algumas técnicas em Informática, melhorar meu domínio sobre a máquina computador para que esta não venha a exercer seu poderoso domínio sobre mim.

          Em minha aula experimental assisti a uma contação de histórias com a professora Rita Baratieri. Fiquei contente em ver que muitas coisas que eu fiz há trinta anos,  agora são colocadas em prática sistematicamente e efusivamente. Ficamos lá, todos, vendo-a contar, em seu monólogo, pelo menos três belas histórias. Até lembrei-me de uma ocasião em que fui com meus colegas da Mercedes-Benz vem uma “peça de teatro” no Cine Ópera, em Porto União. O “patrão”, Jorge Mallon, tinha adquirido ingressos para todos os funcionários e deu-nos gratuitamente. Éramos vendedores de peças, de caminhões, escriturários e mecânicos. Mais de 2/3 não tinha mais que o primário. Todos foram ao  Ópera imaginando divertir-se, rirem muito.

          Ocorre que não havia um grande elenco para representar. O artista era um senhor madurão, que falava portunhol, mas perfeitamente compreensível para nós. Ao passarem os minutos, lá pelos  20, no máximo, alguns de nós começaram a cochilar. Alguns nem sequer viram ou ouviram o final da história. Quando tudo terminou, saímos, educadamente, todos dizendo que haviam gostado. Porém, no dia seguinte,  no intervalo do almoço, antes de pegar no pesado, quando costumávamos nos reunir na sombra  do pátio para trocar bobagens, o mecânico Padilha perguntou-nos o que tínhamos achado do teatro. Foi uma chiadeira geral. O que assistíramos era apenas um monólogo, com um narrador que recitava. Não havia personagens, a história não era interessante, era muito enfadonha. Então, um a um os presentes começaram a malhar o programa que lhes foi gentilmente patrocinado.

          De minha parte, eu até hoje estou sem opinião sobre isso, pois duvido que minha maturidade, na época, me pudesse levar a entender aquilo. Não sei se o cunho do monólogo era político, social, literário ou histórico.  Para mim, apenas me serviu para aprender o que era um “monólogo”. Agora, quando vejo que há algum monólogo sendo apresentado em algum lugar, mantenho distância. Sou de interagir, de ver pessoas interagirem, movimentar-se, representar, fazerem acontecer. Meu perfil pessoal é assim. Não sou um parado, tanto que estou voltando a freqüentar aulas no campo da informática. Como diria o saudoso Ivo Luiz Bazzo, o que sei aprendi  “a facón” e agora preciso receber método de trabalho.

          Mas, como disse, estou-me engajando num novo desafio. E já estou colhendo os resultados. Reencontrei amigos de longa data, como a Liliane  D'Agostini, que é uma das "more" ali na Instituição. Tenho como professoras a Tatiane Ferreira e a Simone França. E  novos amigos: o Waldemar Caldart, o Sr. Irado Schinato,  a Rosita Wieser, a Lourdes Bortoli, a Joana Trombetta, a Lurdes Persch,   o casal Domingo Dassi, e a Zenaide Sganzerla, irmã de nosso saudoso cineasta brasileiro/joaçabense Rogério Sganzerla, produtor e diretor do consagrado "O Bandido da Luz Vermelha". A equipe do SESC é muito competente e amável.
         Estou muito contente em fazer parte da família SESC, onde tenho colegas com quem convivo e troco idéias. Bem, agora tenho que sair para ler o  e e-mail com o "tema de casa" para fazer minha obrigação de aluno. Preciso sforça-me para ser exemplar.   Não posso decepcionar minha profe!

Euclides Riquetti
16-10-2013


2 comentários:

  1. A cada dia você nos surpreende mais, isso que é saber aproveitar as boas coisas que nos são oferecidas...
    Abraços.
    10:30

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  2. Um pouco tarde, mas sempre leio seus escritos! Teve hoje, um encontro da Turma da TV Barriga Verde/TV Catarinense e o Ailton Viel, que recebe o Jornal em Fpolis, elogiou a sua coluna, no Cidadela. Ele lê toda a semana. Forte abraço

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