sábado, 28 de junho de 2014

Apenas me abrace...

Apenas me abrace
E,  se quiser, me beije
Mas não me deixe
Me abrace, me abrace...

Apenas me abrace
E diga que me ama
Que seu coração... me chama
Me abrace, me abrace...

Apenas me queira
Me deseje, me beije
Me beije , me deseje
Me queira, me queira...

Apenas me diga
Me sinta, me minta
Me minta, me sinta
Mas me diga, diga:

Faça-me acreditar
(Faça-me pensar)
Que vale a pena sonhar
E amar... amar... amar!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Enchentes em 2014 - (as lições que ainda não aprendemos)

          O Outono deste 2014, em razão das anormalidades climáticas, trouxe alguns dissabores a catarinenses e paranaenses, principalmente. Tivemos, primeiro, a elevação das águas do Rio Itajaí-Açu, que fez estragos incontáveis nas cidades do Vale do Itajaí, atingindo cidades populosas como Rio do Sul, Blumenau e a própria cidade portuária que, ainda, fica sempre sujeita aos riscos oferecidos pelas marés oceânicas. Há poucos dias, tivemos a ocorrência de precipitação de consideráveis volumes de chuva no Norte Catarinense e no Sul Paranaense. Porto União e União da Vitória, como nas ocasiões anteriores, sobfreram muito com a ação inclemente das águas.

          Novas enchentes me fazem lembrar das anteriores: certamente que nenhuma delas suplantou, em danos e em nível elevado dos rios, as de 1983. Naquele ano, em julho, o Rio Itajaí, o Iguaçu e o Rio do Peixe tiveram seus níveis elevadíssimos. Agora, pela análise das informações que recebo através de telefone e internet, classifico as deste ano como de situação muito crítica, embora com menos agravos de que a de 1983. Aqui no Rio do Peixe, é possível dizer que tivemos outras maiores do que a de hoje, seguramente.

          A ocorrência de eventos climáticos adversos já é previsível aqui no Sul. Sabemos que, em todas as décadas, as enchentes se repetem, com maior ou menor intensidade. Algumas cidades aperfeiçoaram suas leis no sentido de desestimular as construções próximas das margens dos rios. Outras, nem tanto... Mas cada calamidade nos deixa alguma lição. O problema é que nos esquecemos delas facilmente e rapidamente...

          O melhor e mais positivo exemplo que conheço, seguramente, foi o de Capinzal. O saudoso Prefeito Celso Farina, em 1983, quando a cidade perdeu quase que uma centena de casas que se localizavam numa área baixa,  após a ponte Pênsil Padre Mathias Michelizza,  criou a "Cidade Alta", apelido dado ao Vila Sete de Julho (foi, no dia 7, a culminância da elevação das águas do Rio do Peixe), e o Bairro São Cristóvão. Atribuo ao locutor da Rádio Capinzal, à época, Aílton Viel, a paternidade deste aplido.

          O Município adquiriu áreas e recebeu casas de madeira doadas pela Itaipu Binacional, prefabricadas, que estavam desativadas após o término de suas obras. A equipe de carpinteiros, pedreiros e operários da Prefeitura de Capinzal remontou as casas e formou-se a Vila Sete de Julho. Também as casas alinhadas entre a Estrada de Ferro e a Rua José Zortéa foram levadas para a parte alta da cidade.

          Ambas as áreas, aquela acima da Ponte Irineu Bornhausen, e a abaixo da Ponte Pênsil, foram revitalizadas. Jardinagem na "Rua do Cemitério", com bela arborização. E implantação da Área de Lazer Doutor Arnaldo Favorito, paralelamente à Rua Ernesto Hachmann, entre esta e o Rio do Peixe. Nesta, a construção de pistas para caminhadas, quadras esportivas, implantação de gramados e árvores de sombra. Adiante, a construção do CTG pelos associados. Nenhuma residência foi reconstruída ali. Hoje, Capinzal tem uma certa vulnerabilidade em relação a enchentes, mas está mais afeta às casas comerciais. Os comerciantes, que foram surpreendidos em 1983, não esperam que o pior aconteça: melhor retirarem suas mercadorias, evitando maiores prejuízos. As edificações construídas nas áreas alagáveis (as mais valorizadas por ser a central da cidade),  a maioria delas, foram construídas com nível do primeiro piso acima do nível do solo, ficando os subsolos, estes seim com risco de alagamentos, reservados para estacionamentos de carros ou serviços.

          Com relação a Porto União e União da Vitória, não se viram  providências muito significativas em relação ao Iguaçu e as áreas alagáveis. Estudos técnicos, dizem os entendidos, mostram que há como realizar intervenções que possam fazer com que as águas do Iguaçu tenham facilidade para escoarem. Hoje, a lentidão com que isso acontece, ocasiona elevação do seu nível e ainda a sua permanência por vários dias alagando as áreas.    O mesmo se pode dizer em relação a Blumenau,  Rio do Sul e Joaçaba. Sem se falar nas cidades menores... Não houve estímulo para que as cidades crescessem, efetivamente, nas áreas elevadas, pois continuaram a construir nas baixadas. E muito... É compreensível que as pessoas considerem que "os terrenos são seus" e que podem construir neles. Mas é preciso saber que há um preço a pagar por isso...

           Outros problemas que nos ocorrem quando das chuvas em abundância, são as quedas de barreiras, que impedem a nornal mobilidade. Ainda, algumas ações que poderiam ter sido efetivadas, não aconteceram. Cito como exemplo o que aconteceu com a Rodovia SC 135 - antiga SC 303 - entre Lacerdópolis e Ouro: Estava prevista a "reconstrução" em nível mais alto, da ponte sobre o Rio Lajeado dos Porcos, na divida entre os dois municípios, e de uma parte da pista, localizada próximo da entreda para o Ramal Lovatel, em Santa Bárbara. Por medidas de "economia", tais obras foram abortadas do projeto. Agora, foi o primeiro impacto negativo de mobilidade: ainda na quinta-feira, 26, ao final do dia, as águas cobriram a pista e esta foi interditada. Coisas inadmissíveis para os tempos atuais...

          (Nem vamos nos reportar à má qualidade e à falta de drenagem nas obras públicas que estão sendo executadas atualmente nas pavimentações aqui em algumas cidades, inclusive em Joaçaba. Risível, cômico, se não fosse trágico!)

           Da enchente de 1983, resta-nos cuidar para outro ensinamento: Se, em julho, vierem novas chuvas, em volumes consideráveis, com  solo encharcado e a perda da permeabilidade,  poderemos ter o repeteco do que já nos aconteceu há 31 anos.... Mas que os ventos   desviem as nuvens e que estas possam dissipar-se. Porque, em termos de ações preventivas, estamos "em recuperação".

Euclides Riquetti
27-06-2014

Chove...

Chove! E a chuva fria leva meus desalentos
Dissipa  algumas de minhas das preocupações
Diminui, de leve, minhas perturbações
Mas não elimina minhas dores e meus tormentos...

Chove, na noite do inverno dissuimulado
De outono disfarçado!

Chovem  lágrimas de mães e de madrinhas
Chovem orações que pedem perdão
Chovem pedidos de atenção
Chove nas calçadas, ruas e estradinhas
Chove!

Chove a chuva impiedosa que faz desalojar as gentes
Chove a chuva copiosa que nos traz as enchentes...

Chovem minhas lágrimas de saudades
Chove na noite das tempestades
Chovem pensamentos que me inquietam
Chove a chuva que molha os corpos que pecam!

Chove, na noite, como choveu no dia
Chovem minhas lágrimas de nostalgia

Por causa dos desalentos e dos tormentos
Por causa das preocupações e perturbaços

Do meu pensamento - que sente saudades
De ti!

Euclides Riquetti
27-06-2014

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Zortéa - um Pouco Mais de sua História

         Voltei a Zortéa na terça, 24. Fui trabalhar com os alunos da Professora Amanda, da Escola Major Cipriano Rodrigues Almeida,  no projeto Memórias Literárias e Poemas, para a Olimpíada Nacional de Língua Portuguesa. Saí bem cedo de Joaçaba, na manhã chuvosa,  e antes das 8 horas me apresentei na Escola. Gosto de ver as mudanças havidas desde 1980, quando saí de lá. Foram muitas. Localizada entre Capinzal e Capos Novos, Zortea tem tudo para crescer. Embora que o conceito de crescimento, para mim, é muito relativo. Não vejo por que uma cidade ter muitos habitantes. Vejo como importante a qualidade de vida que eles detêm.

          Pela topografia privilegiada, é possível se prever que a área urbana, com o tempo, será ampliada. Há espaços para crescimento por todos os lados. A estrutura viária do núcleo urbano atual é muito boa. Temos, juntamente com Lourenço Brancher e Aníbal Formighieri, algum crédito em relação a duas áreas lá: a Educação e a Urbanização. A primeira, porque enquanto Diretor Administrativo da Zortéa Brancher, o Aníbal dava grande suporte à Escola, muito bem dirigida pela Vitória, sua esposa. Mas é justo dizer que toda a Direção da ZB dava-lhe apoio. E, quanto à Urbanização, grande crédito ao Dr. Lourenço, Diretor Comercial, que tinha ideias fabulosas, e uma delas foi a de que deveríamos abrir ruas largas para a vila.

          Assim, em 1979, numa ação administrativa e política  muito arrojada, fomos convidados pelo Lourenço a darmos um "choque" nas ruas que ram muito ruins e estreitas. Dessa forma, a empresa se propôs a cobrir os custos (óleo diesel, lubrificantes, borracharia, horas extras, alojamento e alimentação), para máquinas, caminhões e motoristas/operadores do município de Campos Novos, concedidos pelo então Prefeito Sebastião Correa. Lembro que 86.000 litros de óleo diesel foram disponibilizados pela empresa para as máquinas e equipamentos da Prefeitura. E ainda foram colocados dois tratores de esteiras da empresa para o alargamento e os nivelamentos necessários. A ideia inicial era a de que precisávamos realizar uma forte intervenção no trecho que se iniciava na Estrada Estadual até a empresa. Nos dias chuvosos, os caminhões trucados e carretas tinham enormes dificuldades para acesar o distrito.

          Mas, para que isso pudesse ser realizado, tínhamos que ter permissão dos proprietários das terras por onde a estrada passava. Parte delas pertencia à ZB e isso facilitava. A outra pertencia à família de Honório Cassiano. Fomos eu e o Lourenço à casa deles para falar da ideia e do que pretendíamos fazer. Pois aquele Senhor muito que prontamente autorizou-nos a mudar a cerca de arame, adentrando em áreas de sua propriedade.  Então, com a equipe do Sr.Cavichon, que realizava os reflorestamentos, com aquela pick up Toyota Bandeirantes, foi executada uma nova cerca, bem como mudados de local os postes do telefone, único disponível no Distrito. O cabo vinha de Capinzal e a manutenção era realizada pelos Srs. darci Zílio e Ivo Holetz, que também respondiam pela manutenção elétrica na empresa.

          Tudo preparado, veio a execução da obra, com os alargamentos, as correções de leito, assentamento de tubulação, encascalhamento com macadames de uma jazida localizada na saída para Campos Novos, e a devida compactação. Ficou uma avenidona! Hoje, asfaltada e devidamente sinalizada, só quem a conheceu no passado sabe da grande transformação havida no local.

         Nesse tempo, o Dr. Lourenço teve uma ideia que considero a mais feliz que aconteceu nos três anos que lá morei: Deveríamos projetar e fazer executar uma avenida na subida até a Escola, a partir do riacho central. Mas teríamos uma enorme dificuldade: a Família de Pedro Santos (irmão do saudoso Artur), filho do João Santos, era proprietária de um novo loteamento na área defronte à major. Tinham uma belíssima área de campo, com plantação de soja. Os lotes e ruas já estavam  demarcados, ou "piqueteados", como se costuma dizer. Era só começarem a venda dos lotes.

          Visitamos a família, fomos recebidos pelos proprietários, que nos deram atenção. Bem nos moldes da educação que os "Santos" sempre tiveram. E, para nossa alegria, concordaram em mudar toda a localização do loteamento, demarcando novamente as ruas e os lotes. E, a exemplo dos Cassiano, doaram a área para alargamenmto da rua. Era intenção do Lourenço projetar duas pistas, uma de ida e outra de volta, com canteiros no meio. Iniciamos com os tratores de esteiras operados pelo Matarazzo e o Jacaré  (Ou seria Graxaian??) e a rua foi aberta, ficando a terra em montes. Mas, com a dissolução da sociedade empresarial e o retorno das máquinas à Prefeitura, os montes firaram lá por mais de uma década...

          Felizmente, com a criação do novo Município, na Administração do Alcides Mantovani foi revestida por camada asfáltica, ficando nos padrões atuais. Daí a análise: Se, na época, não se tivesse tomado tais providências, seria apenas uma ruela. Hoje, pelos padrões da cidade, podemos dizer que seja uma bela avenida!

          Na palestra aos alunos, contei-lhes estas e outras histórias. Felei de quando jogávamos no Grêmio Lírio, nas glórias desse clube que era respeitado na região. Também da poderosa equipe de futsal que, ao final da década de 1970, reforçada por jogadores vindos de Passo Fundo, fazia bonito nos campeonatos que eram realizados no Ginásio Abobrão, hoje André Colombo, no Ouro. Falei-lhes do Camomila, Neguinho, Tchule, Massaroca, Olivo e muitos outros. Encontrei, lá, dentre os alunos, netos de meus colegas de trabalho da época e de futebol da época. Os anos se passaram, mas guardo as melhores lembranças de Zortéa, aquele lugar bucólico onde vivíamos intensamente o trabalho, os estudos, o futebol, a Igreja, as festas e bailes no grêmio Esportivo Lírio, o belíssimo clube onde trouxemos o "Band Shou da Polícia Militar de Santa Catarina" e a "Orquestra Cassino de Sevilha", com aqueles espanhóis que davam um belíssimo show durante o baile.

          Ressaltei aos alunos presentes à palestra sobre a importância de conhecerem a história do lugar onde vivem, de ler muito, escrever, estudar e calcular. Muitos jovens ali nascidos, hoje, moram no exterior ou já estudaram na Europa e Norte da América. Para as pessoas bem intencionadas e com bons propósitos não existem fronteiras. Senti que a força jovem de Zortéa é bastante efetiva e que, no futuro, a base intelectual e, por conseguinte de desenvolvimento, será muito forte. Eu acredito nisso!

          Ora, lembrar, sim! Lembrar porque isso me alegra e nos alegra. Lembrar porque, registrando, podemos legar para o futuro, um pouco de conhecimento sobre a história local. Registrar e dar crédito, sempre, aos que merecem, independentemente das posições políticas, empresariais, rlogiosas e ideológicas. Registrar para que não se perca...

Um abraço ao amigo Marcelo Jung, Diretor, aos professores e funcionários e alunos de nossa Major!
Euclides Riquetti
27-06-2014

Raios de Sol

Raios de sol propulsionam pensamentos
Que flutuam no firmamento
Que pairam na leveza do ar
A vagar,  divagar,  de vagar.

Raios de sol incitam anseios  remotos
Escondidos nas mentes e corpos
Que andam a esmo nas ruas
Com as almas frias,  nuas.

Raios de sol são a vitamina do poeta
São a adrenalina discreta
Que movem o ideal compositor
E que fazem de mim um mero escritor.

Escrevo, sim, porque no céu há azul e sol brilhante
Escrevo, sim, porque sou apenas um corpo errante
Mas tenho uma alma que me inspira e impulsiona
E um há um coração que me anima e amociona.

Escrevo, sim, porque raios de sol iluminam meu pensamento
Que divaga em si
Que vaga até ti
Até ti...
Por isso escrevo, sim!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Há, entre nós...

Há, entre nós,  uma planta enramada
Cujas folhas, já amareladas
Foram levadas pelo vento...
Foram adubar os gramados e os canteiros
E desafiar meus mais libertinos pensamentos
A mergulharem nos seus sentimentos mais verdadeiros.

Há, entre nós, uma planta esquecida
Quase que fenecida!
Esperando o seu sopro perfumado
Enquanto o verde primaveril não reaparece
Ou o olhar de seu olho apaixonado
Não se restabelece...

E  eu espero que você me perceba
Sinta minha paixão e minhas fraquezas
Acolha, com amor, minhas sutilezas
Abra a janela e por ela e me receba!
Serei o cavaleiro e o cavalheiro
O medieval e o moderno
Serei seu namorado ou companheiro
Mas serei eterno!

Há, entre nós, a planta que deseja ser regada
Na noite da luz prateada
Enluarada!

Há, entre nós dois corações que pulsam
Mas que não se encontram
Que relutam
Porque se amedrontam...

E, enquanto isso, a planta segue desfolhada
Esperando ser socorrida
Regada
Abraçada.
E você com medo
De me dizer seu segredo!!!

Euclides Riquetti
23-06-2014

domingo, 22 de junho de 2014

Jujubinha tricolor... Pode??

          No primeiro jogo do Brasil a Jujubinha veio da Escola Girassol toda de verde e amarelo. Uma cara-pintada bem jujubinha. Uma fita apache na cabeça. Mas começou o jogo e ela já desferiu um golpe em meu coração vascaíno/cruzmaltino: "Grêêêmiooo!!!...  Grêêêmiooo!!! - Perguntei e intimei: "Jujuba, onde é que você aprendeu isso?" Ela riu e continuou com seu coro solitário. E, em cada gol, gritava o seu  "Grêêêmiooo!!!

          Ora, na Copa da África do Sul, veio a minha casa vestida de Jabulâni. Não tinha três meses, ainda.Os pais são assim, transferem para os filhos a responsabilidade de "torcer uniformizados". Ent~~ao, agora, passei a me perguntar como é que ela virou gremista em vez de torceu para o Brasil. Sei: ela frequentou, com o pai dela, a sede da AGJ, a Associação dos Gremistas de Joaçaba, e foi contaminada pelo grito tricolor. Os do Inter, fazem a mesma coisa com os filhos deles. No almoço do pessoal do Colorado, aqui em Joaçaba, presentes alguns ídolos da ´História do Clube gaúcho, os pais levaram seus filhinhos bem caracterizados. É assim mesmo. Mas eu nunca vesti os meus de Vasco...


         No feriadão, estava com a corda toda. "Dinda, me empreste seu tablet! Vovô, procure no computador "Jogps da Monster para meninas de 4 anos. Não quero de 3 porque já tenho 4! Dinda, vamos lutar "jujípissu"? E lá vai ela com a Michele aprender os golpes...

         Voltando de Chapecó, no domingo passado, trouxe três pinhas para a Jujuba. Queria que entendesse de onde saem os pinhões. Acho, sempre, que mostrar os detalhes das coisas, principalmente do que a natureza nos oferece, é algo bem pedagógico. Uma maneira bem didática de levar a aprender pela vivência. Ela já catou pinhão embaixo de pinheiro e agora aprendeu a tirar pinhão de pinha.

          Entretanto, mais uma vez ela ficou decepcionada com a pobreza de cada pinha. Arrebentei duas numa pedra, uma grande e uma pequena. Ela foi retirando as falhas e dizia: Aqui tem um pinhão magrelo. Esse não dá pra comer. Aqui tem um gorducho, este vou por aqui neste lado para cozinhar. Vamos fazer pinhão na panela! Duas pinhas e menos de uma dezena de pinhões, que decepção! Expliquei-lhe que não é normal isso acontecer e que uma hora dessas vou comprar pinhas bem pesadas, aquelas que devem ter muito pinhões nelas. .

         Ainda bem que comprei um pacotito com 2 Kg lá em Ponte Serrada, ao lado da rodovia. E fizemos uma baita de uma cozinhada. Aqui, em vez de pipoca, come-se pinhão na hora do jogo. Pinhão, cocadinha, bom-bom, pé-de-moleue, chimarrão, .. É por isso que a gente caminha bastante! E a Jujubinha "agita" com todos. Também nos faz rir... muito!


Euclides Riquetti
21-06-2014