sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Atrativos Turísticos na Serra Gaúcha

          A região da Serra Gaúcha é pródiga em atrativos turísticos naturais. Posso assegurar que tem lá o equivalente ao que há no litoral catarinense. Aqui em Santa Catarina, belíssimas praias, muito sol. Nossa propaganda é o sol e o calor no verão e... muita gente bonita. Lá, o frio, a irregularidade topográfica, os vinhedos, muitos empreendimentos de cultura e lazer e... muita gente bonita também!
          Ora, dizer que somos privilegiadíssimos é redundante, é chover no molhado. É preciso ver, estar presente, sentir o clima, fazer a interação devida e sim, poder dizer: Nosso Sul é um verdadeiro paraíso! Caxias do Sul uma cidade industrial basicamente colonizada por italianos, onde se realiza a grandiosa Festa da Uva. Bento Golçalves, com o Caminho de Pedras, os parreirais e as cantinas de vinho de altitude que competem com os melhores do mundo. E o conjunto Nova Petrópolis/Gramado/Canela com sua grande evolução em termos de nos ofertar suas confecções, os chocolates, sua cultura, natureza e  e os empreendimentos arrojadíssimos.

           Algo que muito nos encantou, em Gramado, foi a visitação ao conjunto de museus que é oferecido para um pacote de visitações. Sabe, leitor, aquele dia de chuva que você precisa cuidar-se um pouco e buscar atrativos "indoor"? Pois dois núcleos de museus, com dois departamentos cada um, salva o seu dia. O primeiro, o Museu de Cera: Simplesmente fantástico. Eu já o conhecia de reportagem televisiva, mas estar lá, presente, até tirar fotos com personagens da arte cinematográfica é simplemente maravilhoso:  Estátuas que parecem reais,  de Michael Jackson, Elvis Presley, Marylim Monroe, Lady Di, Woopy Goldberg, Paul Mac Cartney, Elton John, Indiana Jones, Ayrton Senna, Santos Dummont, Charles Chapplin, Einstein e outros é algo divino e que nos leva a pensar o quanto o ser humano já evoluiu em termos de técnicas de reproução de imagens físicas ou digitais.

          Em anexo a este, o Harley Motos Show, com suas potentes e clássicas motocicletas Harley-Davidson, com uma dezena e meia de exemplares, decorando uma choperia, numa reprodução de um ambiente americano, é algo impagável... e inesquecível aos nossos olhos. Coisa de encantar até quem nunca sentiu nenhuma atração por esse tipo de veículo. E o som-ambiente inglês, e ornamentos de neon trazidos da Alemanha, tudo muito harminizado, fino.

          Depois, num segundo núcleo, mas dois museus extraordinários: O Super Carros, com possantes veículos importados que vão das Ferraris vermelhas até os Camaros Amarelos atualíssimos. Para quem gosta de carros, a delícia de fotografá-los e adminrá-los. Mas, quem não gosta de carros bonitos? Só  indo lá e ver para crer nas maravilhas que a tecnologia moderna nos pode oferecer.

          E, finalmente, o mais extraordinário deles, em minha opinião, que combina com meu jeito saudosista de ser: o "Hollywood Dreams Cars". Impressionante! Logo na entrada, um Cadillac Eldorado Biarritz modelo 1957, de uma cor perolizada pink, conversível, com assentos brancos, tudo devidamente harmonizado, díficil de se imaginar que, há mais de 50 anos, pudessem fabricar carros com tamanha tecnologia e beleza.  E, mesmo que você procure intensamente com seus olhos, estará longe de encontrar qualquer defeito em sua conservação.

          Parece que reuniram toda a coleção de preferência da geração Elvis Presley e colocaram lá para que víssemos. Ford, Lincoln, Mercury, Chevrolet, todos com suas irretocáveis pinturas originas e seus estofamentos exuberantes. Que maravilha! Tem razão o locutor que recebe os turistas em dizer que o automóvel americano era o sonho de todo o endinheirado brasileiro nas décadas pré 1960.

          Tudo isso, os quatro museus, em dois pontos diferentes da cidade, você pode visitar por R$ 70.00, (R$ 60,00 para grupos de turistas).

            É porque os atrativos são diversificados na região  que para lá se dirigem milhões de turistas todo o ano, de todas as procedências. Há opções de lazer, compras,  hospedagem e gastronômica,  para fazer com que o turista sempre deseje voltar. Foi meu quarto tour por lá, mas pretendo ir outras vezes. Que Deus permita que viva muitos anos e possa conhecer os que ainda não o fiz. Eu recomendo para você também!
     
Euclides Riquetti
31-08-2013

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Propagar no papel... o amor sem fim!

Apenas um pedaço de papel!
Mas se fosse pintor
Apenas o pincel...
Ou, então, só um violão
Se  fosse apenas cantor, ou se fosse menestrel!

Mas,  para o poeta
Com sua alma inquieta
Apenas um pedacinho de papel.
Branco, quadrado ou retangular
E um lápis para rabiscar
Uns versos com sabor...  de mel.

O poeta busca dentro de si
A força para harmonizar as palavras
E os vocábulos certos
Para compor os versos...

Ah, poeta que brotou de dentro de mim
Eu poderia ter tido outras formas de viver
As minhas epopeias.
Mas fui logo escolher
O desafio às ideias
De propagar, no papel,  o amor... sem fim!

Euclides Riquetti
30-08-2013

Dormem o anjos

Dormem os anjos
Mas dormem vigilantes
O seu sono reconfortante
Dormem os anjos!

Dormem pensando nas crianças que precisam proteger
Dormem pensando nos velhinhos e em você!

Dormem os anjos o tenro sono da noite de geada
Dormem com as asas protegendo o peito
Porque assim, desse jeito
Também se protegem
Na madrugada.

Dormem angelicalmente...
Dormem na manhã nevoenta e cinzenta
Porque nas manhãs de sol
Precisam voar por aí
Protegendo os passarinhos
... e as borboletas!

Anjos de azul, de rosa, de branco
Anjos do sorriso franco
Anjos de nossa guarda
Que cuidam de nós... e de nossa casa
Cuidem também dos outros anjos
Enquanto dormem
Com seus olhos semiabertos!

Dormem os anjos docemente
Dormem os anjos pensando nas gentes!

Euclides Riquetti
29-08-2012

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Frio da saudade...

Vem-me  o frio inspirador
O frio que vem também  vai
Porém  eu prefiro o calor
Que vem acalmar os meus ais!

Vem o frio inclemente
Congelar os pés dos operários
Que trabalham, arduamente
Para garantir os seus salários...

Só não congela meu coração
Por onde circula o sangue quente
Que espanta a  desolação
E aquece a alma da gente.

Mesmo assim  me traz a saudade
Dos tempos lá do Leãzinho
De brincar até bem tarde
Lá no sítio do Padrinho.

Saudades do Padre que vinha
Montado em seu cavalinho
Frei Crespin que sempre tinha
Uma palavra de carinho.

Pode parecer criancice
Relembrar daqueles tempos
Mas era só faceirice
Alegria em cada momento.

Tenho sim, tenho saudades
Da capela e da escolinha
E das sinceras amizades
Que cultivei naquela linha.

Quantas vezes eu rezei
Nossa Senhora de Lourdes,  me escuta!
A Santa que tanto louvei
De mãos postas em sua  gruta!

Agora, tantos anos depois
Ainda as amizades mantenho
E do  tempo que se foi
Saudades, saudades eu tenho!

Euclides Riquetti
28-08-2013

A aulinha da Jujuba

          Quatro dias longe da Jujubinha. Na viagem pela Serra gaúcha, lembrávamos de sua delicadeza, de seu carinho para conosco. Dá-nos muito carinho porque recebe muito carinho de nós. As crianças, hoje, em razão de as famílias terem um diminuto número de filhos, recebem muito mais atenção. Não há aquela que não tenha o amor e a paparicação de tios e avós. E das dindas, claro! E, com a nossa Júlia não é diferente.

          Pois que na manhã de ontem, 6,30 da manhã ela já aportou em nossa casa. Carinhosamente, passou a mão "na careca do vovô". Foi conferir se era eu mesmo que já havia retornado. Era, felizmente, para ambos. Nós nos damos maravilhosamente bem. Nos finais de tarde, na hora de ir para a casa dela, ali ao lado da nossa, costuma dizer: "Quero ir na cabeça do vovô!". E lá vou eu...Digo-lhe" Eu  levo você, mas tem que embarcar na Rodoviária. E lá vai ela correndo para a varanda da frente da casa, esperar que eu a alce por sobre a cabeça, sentando-a  em meus ombros. E vamos...Depois, o desembarque na imaginária Rodoviária da casa dela! Com muita alegria. Então ela me diz: "Agora vá pra sua casa! Eu vou ficar aqui com a mamãe, na minha casinha!"

          Temos nossos "esquemas" de comunicação, nossos signos convencionados de linguagem, através de gestos, das falas, das expressões faciais. E, com a vovó, costumamos fazer nossas brincadeiras, nossa interação agradável.

           Mas nesta segunda, ela  veio cedo e nos enquadrou: "Agora a Profe Júlia vai dar aula pros irmãos Vovô e Vovó". Fiquem bem quietinhos! E continuou: "Nós vamos fazer um passeio num sítio.  Escutem bem para fazer tudo direitinho. Vou fazer umas anotações em meu caderno ( e, com a caneta, garatujava nas linhas de seu cadernão...,) Vocês precisam levar calçados para o passeio: os meninos, botas para pular sobre as poças de água. E as meninas tênis para pular sobre as poças de água também! E levar um lanchinho para dar para os coelhos: lá tem o Coelho Titio, a Coelha Titia, o Coelhinho Criança e a Coelhinha Criança. Tem o Coelhino Irmão e a Coelhinha Irmã. Mas também tem o Coelhinho Bebê. E não pode passar a mão neles, só pegar pelas orelhas. Só a Profe Júlia é que pode passar a mão nos irmãos coelhinhos...  E vou dar os bilhetes para vocês levarem para casa. Agora me sigam em silêncio, senão vocês vão ficar no berçário!"

         A Jujuba parece que esteja sempre encenando uma pequena peça teatral. Age e fala com naturalidade e seridade, certamente que representando seu cotidiano escolar. Reproduz, em casa, o que vivencia no CEI  Girassol, onde estuda.

         Estamos curtinho muito ser alunos de nossa neta. Momentos que lembraremos por toda a nossa vida e que não voltarão  mais. Certamente que você, mamãe, dinda ou vovó, deve estar a navegando seus pensamentos a lembrando de por quantas situações semelhantes você já vivenciou. Crianças, certamente, são nossa alegria de viver!

Euclides Riquetti
27-08-2013

         

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Uma fugidinha para Gramado

          Morar numa cidade nova é sempre muito bom, porque você consegue fazer novos amigos com facilidade. E, na quinta-feira à noite saímos para o Rio Grande do Sul, com um grupo organizado pela Professora Vera da Silva e seu marido Celso Perotôni, o Pero. Reencontramos o Seu José e a Dona Helena, originários de Treze Tílias,  mas que têm um empreendimento em Capinzal, a Pedreira Capinzal. Quando viaja, o casal leva com eles filhos, genro e netos. É nossa terceira viagem com eles, incluindo um Cruzeiro pelo Nordeste, há dois anos. Todos muito simpáticos. Ainda, a família do Valdir Patzlaf, que conheci recetemente, empresário aqui de Joaçaba, e o Casagrande com a esposa, Silrlei, simpaticíssimos. . E a Dona Adelaide  (Lindner) Guerreiro, uma pessoa muito culta, elegante e gentil. Só gente boa no pedaço!

          Nosso foco era Gramado, o principal destino Turístico do Inverno Sul Brasileiro. Há poucos dias aconteceu ali o Festival de Cinema de Gramado, que reúne as melhores produções, diretores e atores do nosso Cinema. No momento estava acontecendo um Congresso de Mineradores de Carvão. Na cidade há uma constante programação de eventos de todos os gêneros e de todos os tamanhos. Há acomodações e restaurantes para todos os gostos e todas as possibilidades.

          É meu quarto tour por lá. O primeiro fiz com alunos da Escola Sílvio Santos, do Ouro, com as professoras Vanda Rech, Jane Doin de Oliveira e Jussara Bertola. Depois um com carro, hospedando-nos em Nova Petrópolis. Há seis anos, com um grupo de Prefeitos de nosso Vale do Rio do Peixe e, agora, outro com os amigos aqui de Joaçaba. Em cada visita,  mais novidades. Lugares exuberantes a conhecer, mais de 50 hotéis e 50 restaurantes somente em Gramado, bons hotéis e pousadas também em Caxias do Sul, Nova Petrópolis, Canela e Bento Gonçalves. Um comércio bastante diversificado na área do vestuário, chocolates e vinhos.Chocolate caseiro, confecções e malhas da produção local e vinhos de altíssima qualidade. Vinhos de parreiras de altitude, as europeias, e colonial, com as uvas americanas.  Tudo muito tentador.

          Houve grande evolução nos serviços oferecidos aos turistas em todas as cidades. O frio é um grande atrativo e acontece em todas as épocas do ano, principalmente em Gramado.  Lembro que uma vez, na Parada do Natal, estava muito frio na cidade. E, ainda, produzem neve artifical para o grande desfile que acontece em algumnas noites de dezembro. A cidade das hortênsias respira turismo.

          E todas as ações são muito bem articuladas ali. As pessoas sabem dar informações precisas, os atendentes das lojas, hotéis e restaurantes são muito atenciosos e conhecem bem a cidade onde trabalham. Ficamos hospedados no Hotel Sky, onde os serviços são de excelência e a climatização é muito boa. Em todo o ambiente interno era possível andar vestido com apenas uma camiseta, enquanto lá fora o clima estava com um frio próximo entre zero e dois graus. Já há 15 anos possuem um sistema integrado de informações pela internet que permitem que o cidadão descubra de há vagas para hospedagem, se houve desistências. Foi com isso que, em 2000, descobrimos uma vaga para a semana Santa, na Pousada Pinheiros, em Nova Petrópolis, quando um casal havia cancelado sua reserva. Ali acontece o Turismo bem profissional, efetivamente.

          Sobre algumas atrações de lá estarei escrevendo ainda nesta semana. E, por enquanto, continuo recomendando aos amigos a ida para a Serra Gaúcha. Quem não conhece ainda, procure conhecer. E, quem já foi, que volte, pois sempre há novidades.

Euclides Riquetti
26-08-2013