Vem-me o frio inspirador
O frio que vem também vai
Porém eu prefiro o calor
Que vem acalmar os meus ais!
Vem o frio inclemente
Congelar os pés dos operários
Que trabalham, arduamente
Para garantir os seus salários...
Só não congela meu coração
Por onde circula o sangue quente
Que espanta a desolação
E aquece a alma da gente.
Mesmo assim me traz a saudade
Dos tempos lá do Leãzinho
De brincar até bem tarde
Lá no sítio do Padrinho.
Saudades do Padre que vinha
Montado em seu cavalinho
Frei Crespin que sempre tinha
Uma palavra de carinho.
Pode parecer criancice
Relembrar daqueles tempos
Mas era só faceirice
Alegria em cada momento.
Tenho sim, tenho saudades
Da capela e da escolinha
E das sinceras amizades
Que cultivei naquela linha.
Quantas vezes eu rezei
Nossa Senhora de Lourdes, me escuta!
A Santa que tanto louvei
De mãos postas em sua gruta!
Agora, tantos anos depois
Ainda as amizades mantenho
E do tempo que se foi
Saudades, saudades eu tenho!
Euclides Riquetti
28-08-2013
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