sábado, 21 de maio de 2016

Amor do outono bravio



No outono bravio, sinfonizam-se os acordes do vento
Maestrados  pela orquestra sincrônica  do universo
Sinaliza-se a vinda de um inverno frio e perverso
Com nuvens cinzentas redesenhando o firmamento...

Pois que venham as gélidas noites e as manhãs geadas
Em que os corpos se refugiarão nos mantos ou vinhos
Em que outros se encostarão em seus pares quentinhos
Em que se perderão como se fossem almas alinhadas.

E, que depois da inconstância do inverno, a primavera
Nos traga a beleza natural das flores em cada florir
Nos traga os perfumes e aromas de seu afável sorrir
Enquanto planto meus  sonhos e alimento  quimeras.

Para que, quando, novamente, o alto do verão chegar
E o sol morenar  o seu corpo divinamente gracioso
Pudermos nos abraçar e trocarmos o beijo delicioso
Possamos, alegremente, nos amar, sonhar, viver, amar!

Euclides Riquetti
22-05-2016


O frio chegou




O frio chegou
Quando a tarde começou
Chuvosa.

O frio veio lentamente
Anunciando-se sutilmente
Porque estava com saudades!

Queria apenas reencontrar
O seu velho lugar
Na minha mente saudosa.

Ele veio e pra ficar
E no inverno respirar
Nossos perfumes e nossos ares.

Quer apenas acariciar
E seu rosto beijar
Na tarde chuvosa
De lembranças, de saudades
Das saudades mais saudosas...
Das nossas saudosas saudades
Dos tempos eternos
Dos outros invernos.

Veio, como vieram outros tantos
De todos os nortes e de todos os cantos:

Ele veio de mansinho
Quietinho
Devagarinho
E quer apenas ficar!

Euclides Riquetti

Escrevi meus versos na areia branca









Escrevi meus versos na areia branca
Daquela praia onde você molhou seus pés
Depois copiei-os numa folha de papel
E quando os leio minha dor se espanta...

Escrevi meus versos inspirado em recordações
Dos bons momentos em que juntos nós vivemos
E as boas lembranças é o que de melhor nós temos
Dos afagos, dos carinhos e das muitas  emoções...

Escrevi meus versos pra poder eternizar
Pra que os leia e guarde sempre na memória
E, através deles, meu carinho registrar .

Eles são a prova de um amor que existe
E fazem parte de nossa bela história
Quanto mais o tempo passa, mais ele resiste!

Euclides Riquetti
 

Um luar ao amanhecer

Um circulo prateado postou-se diante de minha janela
No céu da manhã de pré- inverno, cinzenta
Flutuando na imensidão sedenta
De amor e paz , de após noite singela.

Era um como se fosse um astro ocidental
A decorar a paisagem que me enternece
A abençoar o dia que amanhece
Com sua bênção fraterna e divinal.

Era um indício de que o luar queria continuar presente
Desafiando o sol que ainda se escondia
E que eu esperava com suave nostalgia
Para que viesse num repente!

Oh, doce luar extemporâneo que concorre
Com o sol bloqueado pelas nuvens densas
Vem para reafirmar minhas convicções e crenças
Do amor que veio e que nunca morre.

Oh, doce olhar que perpassa o firmamento
Que vai, que corre no universo
Doce olhar que canto em prosa e verso
Doce olhar que leva meu pensamento...

Até você!



Euclides Riquetti

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Um poema romântico





Eu queria te fazer um poema romântico
Que pudesse ser lido em todo o mundo
Desde o Oceano Pacífico até o Atlântico
Em que eu te falasse de amor profundo...

Nele colocaria as palavras selecionadas
Escolhidas com zelo, carinhosamente
Em versos com rimas simples e ousadas
Talvez falar de teus olhos, simplesmente.

Eu queria que meu poema te encantasse
Que fosse uma forma sutil de te atrair
Um belo poema em que eu  te exaltasse

Mas, se eu não conseguir  o meu intento
Se eu não conseguir fazer-te me ouvir
Sentirás apenas meu pranto,  meu lamento!

Euclides Riquetti
20-05-2016

Escrevi meus versos na areia branca







Escrevi meus versos na areia branca
Daquela praia onde você molhou seus pés
Depois copiei-os numa folha de papel
E quando os leio minha dor se espanta...

Escrevi meus versos inspirado em recordações
Dos bons momentos em que juntos nós vivemos
E as boas lembranças é o que de melhor nós temos
Dos afagos, dos carinhos e das muitas  emoções...

Escrevi meus versos pra poder eternizar
Pra que os leia e guarde sempre na memória
E, através deles, meu carinho registrar .

Eles são a prova de um amor que existe
E fazem parte de nossa bela história
Quanto mais o tempo passa, mais ele resiste!

Euclides Riquetti

Meu primeiro poema (para ti...)





Meu primeiro poema
Tinha que ser surpreendente
Tinha que contagiar num repente
Tinha que ter alma de gente
Meu primeiro poema.

Meu primeiro poema
Tinha que ter versos singelos
Como os lírios amarelos
Como os belos castelos
Meu primeiro poema.

Meu primeiro poema
Tinha que começar às onze horas
Para continuar até agora
Antes de nos irmos embora
Meu primeiro poema.

Seria um poema divino
Da alma branca lavada
Da noite abençoada
E da nova manhã esperada (da madrugada)
Ah, sim, seria um poema divino!

(Seria um poema perfeito
Sem nehum defeito)

Mas, como sou imperfeito
Como minhas métricas e rimas
Só consegui escrever
As palavras acima...

Para ti!

Euclides Riquetti
 

 

Ninguém é perfeito... vale a pena viver!





Sempre que se sentir incomodada porque algo não está como você quer
E seus planos não se realizam como gostaria ...
Sempre que os aborrecimentos lhe chegam para a atormentar
Atrapalhando seu sonho de mar em calmaria...

Sempre que você pensar em ouvir canções de amor e de paz ..
E acabar ouvindo apenas ruídos desagradáveis e dissonantes...
Sempre que você imagina que lhe digam um saudável bom dia
E acaba ouvindo apenas lamentos nada estimulantes...

Sempre que você mergulhar sua mente a navegar em saudosas lembranças
Porque quer lembrar de nossos momentos de alegria...
Sempre que você me procurar no horizonte azulado e com nuvens brancas
Porque quer  reviver momentos agradáveis e que trazem  nostalgia...

Lembre-se de que o mundo não é perfeito
De que as pessoas não são perfeitas:
Ninguém é perfeito!

Mas que, mesmo com todas as imperfeições
Vale a pena lutar
Vale a pena amar
Vale a pena viver!

Euclides Riquetti
20-05-2016




quinta-feira, 19 de maio de 2016

Turbulência da alma






Deixa-se abalar uma alma em turbulência
Conflitada pela desavença de seu exterior
Deixa-se abater diante da maledilência
E do pranto que se desnuda de seu interior.

Se se abala a alma, abala-se o corpo frágil
Somatiza-se a dor da mente em febre ardida
Reveste-se de inconstância seu rosto grácil
O sorriso se oculta atrás de sua pele dorida.

Alma intranquila em corpo cambaleante
Corpo debilitado numa alma turbulenta
Alma que se aniquila pela dor constante.

Alma que sofre, corpo padecente em dor
Corpo a buscar água para a alma sedenta
Enquanto eu espero pra lhe dar meu amor!

Euclides Riquetti
19-05-2016

O anjo azul sobrevoou as flores


 


 
O anjo azul sobrevoou as flores na tarde cinzenta
Estendeu suas asas e planou divino sobre meu jardim
Abençoou primeiro as rosas champanhe e as magentas
Depois o cravo bordô, o lírio amarelo e o vaidoso jasmim.

O anjo azul entoou um cântico santamente sagrado
Secundado por clarinetes com seus acordes triunfantes
Alegrou-nos com seus versos docemente cadenciados
Encantou-nos com a harmonia das notas ressonantes.

O anjo azul azulou com sua túnica discreta a manhã nova
O anjo azul enfeitou com seus cabelos dourados a manhã ditosa
O anjo azul te protegeu com suas armas em todas as horas...

E eu esperei por ele enquanto olhava pela minha janela
E eu rezei por ele e pedi por ele na oração venturosa
Enquanto o dia passava e eu ficava a esperar por ela...

Euclides Riquetti

No embalo dos sonhos





No embalo dos sonhos
Eu fui te encontrar
Na noite de outono
Teus lábios buscar
E encontrei teu sorriso
Ali perto do mar...

No encontro contigo
No meu terno sonhar
Quis ser teu amigo
De mãos dadas andar
Mas te dei meu abrigo
O meu peito pra amar...

Foi mais forte o amor
Foi bem mais que a amizade
E acabei por propor
Nossa felicidade
Quero um mundo de cor
Um amor de verdade...

No embalo dos sonhos
Nós nos encontramos
E felizes,  risonhos
Nos amamos, beijamos
E agora eu só quero
Dizer que te amo!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 18 de maio de 2016

As canções das essências florais





Quando as canções das essências florais
Encontram as do passaredo em sua toada
E no sonante valsar das manhãs outonais
Bailam as plantas na natureza embalada.

Enquanto soam os clarinetes angelicais
Perfilam-se os anjos em suas vestes alvas
Então voam sobre as planícies celestiais
Saem a saudar os apanhadores  das almas.

Mas se astros nos clareiam com os lumes
Para decorar nossas  noites espetaculosas
As flores nos brindam com seus perfumes.

Então mergulho nos sonos e sonhos meus
E vou clamar pelas musas bem cheirosas
Vou poetar meus versos aos ouvidos teus...

Euclides Riquetti
18-06-2016





Eu te espero pro café da manhã...




Eu te espero pro café da manhã
Eu e as uvas e minhas maçãs
Quero ouvir de baladas a tangos
Quero tortas, biscoitos, morangos.

Eu te espero porque eu preciso
Reencontrar o teu doce sorriso
Quero sentir teu perfume frutado
Quero morder o teu lábio rosado.

Eu te espero porque sinto saudades
Eu te quero com virtudes e defeitos
Quero viver nosso amor de verdade
Quero olhar pros teus olhos perfeitos.

Eu te espero pro café da manhã
Eu, meus versos e meus poemas
Vem meu sol, vem meu talismã
Vem tornar minhas horas amenas!

Euclides Riquetti

Sinta-se bem perto de mim


 

 

Sinta-se bem perto de mim
Pois quero sentir que você sorri
Sinta-se como se estivesse aqui
Sinta-se bem perto de mim...

Faça de conta que o céu anil
É apenas um caminho plano
É um lençol macio e  sutil
Que se estende por onde andamos...

Sinta o  pulsar de meu coração
Que eu quero sentir o seu
E me embalar na terna ilusão
Levar-lhe o carinho meu...

Imagine que eu seja o vento
Que alisa seu rosto macio
E,  nem que seja por um momento
Com seu perfume eu me delicio...

Sinta meu corpo colar-se em você
Pele com pele, peito com peito
E nunca me pergunte nunca o porquê
Pois eu quero você assim, desse jeito!

Euclides Riquetti

terça-feira, 17 de maio de 2016

Eu já era poeta...você já era poetisa...





Quando o meu olhar de poeta
Encontra o seu de poetisa
E meus dedos buscam as teclas
Para a composição concisa
Uma musa inspiradora
Deliciosamente sedutora
Me provoca e inspira...

Devaneios se alojam em meu ser
E no anjo que está dentro de você!

Quando meu coração de poeta
Encontra o seu de poetisa
E ambos pulsam na noite discreta
Em que o vento nos traz a brisa
Que acaricia seus lábios
Dos desejos e dos presságios
E você me inspira e provoca...

Devaneios se alojam em meu ser
E no anjo que está dentro de você!

E então eu tenho a certeza absoluta e precisa:
Em outro mundo
Em outro lugar
Em outro tempo
Eu já era poeta.

E naquele mundo
Naquele lugar
Naquele tempo
Você já era poetisa...

Euclides Riquetti
17-05-2016

 




Desolação - ´o universo da alma...






Penam-se as almas, dilaceram-se corações aflitos
Corroem-se os sentimentos, mutilam-se paixões
Constroem-se seres inquietos, ensejam-se conflitos
Tropeça-se nas pedras bandidas das tensas desilusões.

Edificam-se muros frágeis com a  solidez das verdades
Encurtam-se os caminhos, alongam-se as trajetórias
Derrubam-se barreiras, despem-se as frívolas vaidades
Descobre-se que há lutas renhidas, perdidas e inglórias.

O universo é, por si mesmo,  algo não dimensionável
Sujeito a tempestades, intempéries e turbulências
O universo é uma imensidão desconhecida e formidável.

O universo da alma se constitui em algo dócil e  sensível
Sujeito a decepções, inconstâncias e incoerências
O universo  humano comporta a face do incompreensível.

Euclides Riquetti

Beijo sabor fruta madura... e mate amargo!





Abraço delicioso
É aquele carinhoso
Que traz calorzinho no dia frio
Perfume gostoso
Com beijo sabor fruta madura.

Abraço terno
Tem efeito eterno
Tem a força do mar bravio
Faz bem no inverno
Leva a gente à loucura.

Abraços, muitos abraços
Daqueles que fazem bem à alma
Ao corpo que se acalma
Que faz esquecer do cansaço:
Abraço bem abraço!

Abraço de manhã bonita
Em mulher catita
Abraço apertado
Ou apenas imaginado
Mas sempre um gostoso abraço.

É por isso que me perco
Em inimagináveis divagações
E deixo que o pensamento letargo
Dê lugar às emoções
Enquanto me entrego
Ao meu mate amargo.

Amargo, mas com sorriso de mulher
Atrás da cuia.
Mas com um doce abraço...

Em ti!

Euclides Riquetti
17-05-2016




segunda-feira, 16 de maio de 2016

Vontade de te abraçar





Tenho vontade de te abraçar
Sentir o calor de teu corpo e o frescor de tua alma
Na manhã chuvosa e calma
Tenho o desejo de te encontrar.

Tenho vontade de me perder
E me ver reencontrado num lugar distante
Sinto  em mim a saudade constante
Tenho o desejo de te rever.

Tenho vontade de amor e delícias
Embalar-me nos teus braços que me seduzem
Sonhar os sonhos que me induzem
Tenho o desejo de ganhar tuas carícias.

Tenho vontade de andar nas nuvens
Flutuar com elas mesmo quando densas e escuras
Esquecer-me das angústias e das agruras
Reviver os sentimentos que nos unem.

Euclides Riquetti

O silêncio do "microfone de ouro"


 

 
 
Recordando...
Escrevi em 13-10-2014
         No domingo, 12, Dia da Criança, Capinzal e região foram tomados por uma ingrata surpresa: Após uma hemorragia que teve na noite de sábado, Ademir Pedro Belotto, radialista, Diretor da Rádio Capinzal Ltda, onde atuava há 27 anos, e do Jornal "A Semana", há 13, deixava a vida terrena por volta das 14 horas, no Hospital Santa Terezinha, de Joaçaba.

          Recebi o recado de um amigo e, após o choque, tratei de propagar a informação. Meus amigos precisavam saber que o "Belo", como os mais próximos costumavam chamá-lo, nos pregara uma grande peça: fora morar no Reino de Deus sem deixar aviso nem despedida.

          Ora, fosse ele um jogador de futebol famoso, certamente teria tido sua partida de despedida, como comumente acontece. Aliás, certamente que eu mesmo me convocaria, participaria do grupo "Amigos do Belotto", onde certamente estariam atuando gente que jogou bola conosco nos Veteranos do Arabutã nos anos 90. Era nosso ponta-esquerda, tinha habilidade com a perna esquerda, embora não tivesse grande preparação física. Nessa arte, conheci-o ali na Baixada Rubra, no Ouro, quando eu o marquei num jogo contra o Masters de Joaçaba, time formado por radialistas da Catarinense, professores da Unoesc, ex-atletas do Joaçaba Esporte clube, e profissionais liberais. Coube-me marcá-lo e a tarefa foi fácil: estava jogando com um tênis branco, num gramado escorregadio. Justificava-se, com seu peculiar sorriso... Eu o entendia. Não era fácil jogar sem chuteiras.

          Fácil era o domínio na área de vendas de máquinas pesadas, sua atividade  na época. Fácil foi ter empunhado os microfones da Rádio Caçanjurê, em Caçador, aos 17 anos; da Rádio Catarinense, em Joaçaba; da Rádio Capinzal, em 1987, o que se deu até há poucos dias. Fácil, foi criar com dignidade, juntamente com sua esposa, a Juçara, os filhos César Augusto, Thiago Luiz e Thayana Larissa, legando-lhes bons exemplos, proporcionando-lhe oportunidades de estudos, dando-lhes os direcionamentos para uma vida com ética e decência.

          Difícil mesmo, foi chegar aos 58 anos e, depois de ter conhecido a Europa e visitado sua querida filha na Irlanda, ter encarado uma doença, um tumor alojado na mandíbula, uma cirurgia em Pato Branco, no dia 02. Difícil foi ser pego de surpresa, na noite de sábado, com uma hemorragia, o internamento, o óbito. Mais difícil para a esposa, os filhos e amigos, do que para ele mesmo. Difícil para os irmãos, sobrinhos, em especial para seu irmão Ademar Augusto Belotto, o Japão, nosso amigo aqui em Joaçaba, que foi seu guia na juventude e que o acompanhou de perto em toda a sua vida. Aliás, o choro durante a sua fala, na despedida, no Cemitério Frei Edgar, na tarde desta terça-feira, sintetizava o sentimento de todos nós, seus amigos, que estivemos acompanhando-o, quer no Centro de Eventos São Francisco de Assis, na Paróquia São Paulo Apóstolo, em Capinzal, quer na celebração de corpo presente, na Matriz, em Capinzal, quer aqui em Joaçaba.

          Perdemos o Belotto e isso enlutou Capinzal e Ouro e as cidades das cercanias. Silenciou, definitivamente, o "microfone de ouro", que tanto nos alegrou e nos orgulhou nos cerimoniais que dirigiu em centenas de eventos. Uma vez emprestou-nos sua valiosa voz para a produção de um vídeo que produzimos relatando e retratando a história do Município de Ouro e a emancipação. Fomos companheiros em muitas jornadas. Nossos filhos foram colegas de escola, no Grupo de Dança Italiana, no Grupo de Escoteiros Trem do Vale. Quantas vezes nos encontramos com o casal Ademir e Jussara e todas as crianças. Bons e memoráveis tempos que não têm como voltar...

          Mas temos as belas lembranças... A franqueza do diálogo maduro, o respeito mútuo. Ele era muito habilidoso em escrever crônicas que apresentava no Jornal do Meio Dia, na Capinzal. Algumas vezes, me solicitava autorização para ler alguma de minhas crônicas. Eu lhe dizia que, para ele, as portas estavam sempre abertas e que ele podia utilizá-las da forma que lhe aprouvesse. Uma questão de confiança, uma ética muito respeitosa!

         Ora, não faltará quem escreva sua biografia. Os colegas de trabalho emocionaram as centenas de pessoas que estiveram na Matriz São Paulo Apóstolo com seus depoimentos. Só quem plantou o bem perante seus amigos e colegas leva os elogios sinceros e merecidos.

          Que bom poder falar assim de um amigo, uma pessoa que sempre foi muito equilibrada e que um excelente profissional. Ficar trabalhando por tanto tempo numa emissora de rádio, num setor de atividade humana em que a polêmica é fator muito presente, é significação de grande capacidade de trabalho e de harmonização.

          No domingo à noite, Capinzal foi invadida por pessoas de todas as comunidades e das cidades vizinhas. Foram dar adeus ao homem da voz belíssima, que ao falar impunha respeito e detinha credibilidade. Isso mostra o quanto era bem visto e o tamanho da legião de amigos que formou ao longo de sua vida. O Vale do Rio do Peixe está de luto.

 Fique bem, na proteção de Deus, Belo!

Euclides Riquetti
13-10-2014

O ciclo da vida (Ciclovida)


O vento
Moveu a folha
Que passou dos galhos
E caiu na relva
E depois secou.



O frio
Branqueou a neve
Que cobriu as plantas
Se estendeu no vale
E depois se foi.



Setembro
Coloriu a flor
Pôs de verde a planta
Pôs azul no rio
E encantou a vida.



O sol
Fez o céu tão claro
Que estrelou a noite
E morenou a pele
E fez você bonita.



O verde
Abandonou a folha
Que virou amarela
Que virou marrom
E de novo secou.



Tudo passa... mas volta!


Euclides Riquetti

Este poema está publicado no livro Santa Catarina Meu Amor, de 2010

domingo, 15 de maio de 2016

Deixe-me entrar em seus pensamentos






Deixe-me entrar em seus pensamentos
Sejam eles puros, ou então atrevidos
Deixe que eu invada o seu íntimo ser
Eu e meu coração frágil ou... tímido!

Deixe-me conhecer sua alma por dentro
O seu lado cinza  e o seu lado branco
Quero ser um anjo a chegar para ver
Se há algo além de beleza e encantos...

Deixe-me perguntar se me ama e deseja
Se represento algo, se bastante me quer
Ou se não passo de um sonho vivido
Algo a inundar seu corpo de mulher...

E, na configuração do que quer que veja
Delineie a imagem de um anjo protetor
E, se tudo parecer que não faça sentido
Ao menos creia nos desígnios do amor!

Euclides Riquetti
15-05-2016








Nem todas as almas são brancas








Nem todas as almas são brancas
Algumas  têm segredos bem guardados
Alvas, puras, doces, brandas, francas
Mas nem todas são  nuvens sem pecados!

Almas perdidas na inquietude
Maculadas, de breu, de asfaltos vertidas
Manchadas como da noite a negritude
Jazem no universo,  pervertidas.

E as nossas andam de mãos dadas
Nus nos caminhos da ilusão profana
Desde agora,  plenamente condenadas
Pela perdição e pelas ilações  mundanas.

Almas, nem todas são brancas
Nem a minha, nem a tua, nem outras tantas!

Euclides Riquetti

Desafie-se




Desafie-se!
Não deixe que a abominável letargia paire sobre você
Nem que as digitais severas do tempo se lhe imprimam
Não aceite as imposições das inconveniências
Cuide de evitar as adversidades quando se aproximam.

Desafie-se!
Não se deixe dominar por eventual acomodação
Nem que a podem as facilidades do conformismo
Não rejeite a ajuda das pessoas bem intencionadas
Procure exalar o carisma que brota de seu sorriso.

Desafie-se!
Saiba angariar as amizades que lhe  fazem tanto bem
Rejeite e repudie as conversas que ensejem pessimismo
Veja que há pequenas coisas que você pode fazer
Que podem alegrar a vida sem atos de heroísmos.

Desafie-se!
Leve em conta que os obstáculos podem ser transpostos
Contabilize tudo o que fez de bom em toda a sua jornada
Considere todas as vitórias e todas as suas conquistas
Cuja soma é bem maior do que as pedras encontradas.

Desafie-se!
Perceba que muitas  pessoas gostariam de ser como você
Mostre-lhes toda a sua fibra de mulher forte e guerreira
Olhe para o céu e agradeça por tudo aquilo que já tem
Comemore por ter propagado o bem  em sua vida inteira.

Então, vai...

Vai estender a mão a quem tanto a quer
Vai lançar seu olhar a quem a valoriza
Vai sorrir-lhe seu belo sorriso de mulher
O sorriso que me encanta e a eterniza!

Vai, com todo o meu afeto e meu carinho
Vai!

Euclides Riquetti
15-05-2016