sábado, 17 de março de 2018

Que em todas as manhãs

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Que em todas as manhãs possa sorrir
O sorriso largo de uma  alegria incontida
Que haja um recomeçar e não um partir
Que possa comemorar e celebrar a vida.

Que as linhas de seu rosto se liberem
E apaguem dele todas  as preocupações
Que as suas virtudes e anseios prosperem
E que possa viver as mais belas emoções.

E que me reserve ao menos um lugar
Um pequeno espaço em seu coração
Onde minha alma possa se amparar.

E que o mundo nos sorria num repente
Que possamos reviver a mais bela paixão
Dando asas aos sonhos de amor ardente!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 16 de março de 2018

A música do entardecer

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Ouça a música que vem no entardecer
Vem trazida pelas sombras do fim da tarde
Traz alento para meu coração que arde
E me faz querer você, querer, querer!

Ouça, sinta que a música nos traz a voz
Embalada na cândida e suave melodia
Um toque gentil de saudades, nostalgia
E mexe com os sentimentos que há em nós.

Ouça e procure entender a mensagem
Tire tudo o que de bom houver nela
A música que nos chega doce e singela
Abençoando-nos quando de sua passagem.

É a voz do entardecer nas ondas sonoras
Para nos animar durante a noite que chega
Feche bem os olhos, sinta-a, ouça e veja
Relembre dos bons momentos de outrora!

Euclides Riquetti
16-03-2018






quinta-feira, 15 de março de 2018

Importam nas rosas os colores

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Importam mais nas rosas os colores
E os perfumes que deixam nas estradas
Importa-me que permaneçam simples flores
A encantar a vida que me foi traçada.

Importa muito que as rosas ali estejam
A esperar-me com seus lábios sedutores
Importa-me que os espinhos as protejam
Em seus cenários belos, multicores.

Rosas, belas rosas, razão de minha vida
Sou cravo que se perde na inconstância
Inseguro diante de tanta exuberância.

Rosas, cingem de encantos cada canto, cada dia
E me remetem a uma gostosa nostalgia
A inundar a minha alma fugitiva.


Euclides Riquetti

Anjos existem!

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Sim, anjos existem, estão em todos os lugares
Protegendo-nos, cuidando-nos, flutuando
Nas paredes dos templos e nos altares
No coração de cada ser bondoso e venerando.

Anjos existem e nos dão os seus sinais
São presença constante em toda a nossa vida
E depois que surgem, não somem jamais
Sempre presentes na dor e na alegria sentida.

Anjos se vestem com suas túnicas brancas
Com as asas branquinhas da cor do algodão
Pousam nos seres das almas mais francas
Voam pelos ares e céus de toda a  imensidão.

Sim, os anjos existem e você é um deles
Pois está presente em todas as minhas ações
Anjo de amor que mata minha sede
Rezo por você as minhas singelas orações.

Euclides Riquetti

quarta-feira, 14 de março de 2018

Coisinha Estúpida, Leno e Lilian

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          Em minha juventude, muitas duplas de cantores faziam sucesso no rádio e mesmo na TV. Gravavam compactos simples, duplos e long plays, os LPs, popularmente conhecidos como bolachões. São os tais de discos de vinil. Leno e Lilian formavam uma das duplas de maior sucesso ao final da década de 1960 e durante as de 1970 e 1980 fizeram gravações solo e algumas em dupla. . Lilian era uma garota alta, magra, muito elegante e ótima cantora. Era um ano mais velha do que Leno. Nasceram, respectivamente, em 1948 e 1949, ela no Rio de Janeiro e ele em Natal.

          A música deles que por mais tempo povoou meu imaginário foi "Coisinha Estúpida": (Existe um amor dentro de mim que eu não posso nem mais controlar... É algo tão estranho que eu mesmo não consigo nem mais compreender...Uma coisinha estúpida que eu gosto de sentir que é amar você...) Hoje, por alguma razão, lembrei-me da letra, como lembrei de "Ciúmes, de Deny e Dino: Se há ciúmes e porque existe amor...). Parece-me que tudo isso representa verdades incontestáveis.

          Leno e Lilian começaram em 1966 com "Pobre Menina" e "Devolva-me", e em seguida "Eu não sabia  que você existia). Em 1966, a dupla lançou o primeiro disco, com as canções "Pobre Menina" e "Devolva-me". O primeiro LP, gravado logo em seguida, incluía essas duas primeiras músicas e ainda "Eu Não Sabia Que Você Existia". Depois de separações e voltas, acabaram em carreira solo. Em 1980 Lilian fez muito sucesso com "Sou Rebelde" - bem do jeito que a Lilian é! Por essa época, a de Sou Rebelde, a Lílian elegante e charmosa posou nua para uma edição especial da revista Homem. 

         Leno e Lílian participaram de shows comemorativos aos 30 anos de Jovem Guarda e se apresentaram juntos ou separadamente já nos anos 90. Hoje, seguem carreira em separado, sendo que Lilian se aventura em dupla com outra  mulher, cantando rock.

É uma pena que o tempo passa e que, ás vezes, perdemos ídolos ou pessoas que amamos, mas que se eternizam, de alguma forma, em nosso coração.

Euclides Riquetti
10-01-2015

O "Sabonete" e a "Orora"

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          O ano era 1972. Plena juventude, cidade nova, novos amigos, morada nova. A vontade de conhecer novos lugares, novos ambientes. Fiz grande amizade com o Sabonete, meu colega de República Esquadrão da Vida e de Letras na  Fafi. Ex-seminarista e muito bem empregado, costumávamos sair juntos nos finais de semana para "explorar a cidade". Fomos ao Aeroporto José Cleto e conseguimos tirar fotos ao lado de um avião. Fomos ver o "Cristo", no alto do Morro, em União da Vitória, que estendia seus braços e olhar sobre o Rio Iguaçu e as cidades gêmeas. Andávamos a pé, gastávamos nossos sapatos.

        Mas também gostávamos de ir a Bailes no Clube Apollo, do qual ficamos sócios. E, nos domingos, tarde dançante no 25 de Julho. Imperdível.  De vez em quando, uma saidinha para São Miguel, em Porto União. E, naquele tempo, só entrávamos lá de terno e gravata. Ainda bem que tínhamos nossos ternos fa formatura do então Segundo Grau. No final do domingo, o Cine Ópera. Tudo para compensar a semana de muito estudo na Faculdade e no Yázigy, onde fazíamos Inglês para desenvolver nossa fluência na conversação.

          Mas tínhamos tambérm nosso lado "sinistro" das coisas. Só que o sinistro da época era bem light, soft. Era um sinistrinho brando... No domingo, iamos ao Estádio Enéas Muniz de Queiroz ver o Iguaçu, torcer. " Chuta, Joaquim! Corre, Rotta! Corta, Chavala! Defende, Roque! Juiz ladrão!!! Muita gritaria, reclamação com o juiz. E, em muitos de nossos sábados, a ida para as gafieiras, levados pelos "mais antigos", que sabiam tudo disso, eram experientes no assunto e na ára.  Tinham lá o Primavera, que era um "meia-boca", o Farinha Seca, o Boneca do Iguaçu, ao lado da ponte férrea, e o Poeira. Estes três eram "boca inteira". 

          Éramos muito tímidos, mas nossos companheiros nos encorajavam e acabávamos indo para "dar uma espiadinha". Lembro bem de uma vez que nos levaram para o Boneca do Iguaçu. O Sabonete, que era muito "liso", tinha alta formação religiosa. O apelido, uma conformação fonética e semântica, contando seu sobrenome e sua inteligência. Como bom de "argumento", sabia Latim e Grego,   ia na frente e pedia para que deixassem "dar uma olhadinha", sem pagar entrada. Cheio de falas,  prometia que se gostássamos pagaríamos ingresso e ficaríamos, viraríamos fregueses. Ao contrário, iríamos para casa.

          Pois que em nossa primeira incursão, tão logo passamos por uma cortina de fumantes, adentramos ao salão e lá tinha de tudo. Cheiro de cerveja e conhaque. Cadeiras de várias cores e modelos, mesas de múltiplas cores e estampas. E genrosas senhoras,  de todos os padrões: altas, baixas, esquálidas, obesas, loiras, morenas, ruivas. E os homens: de todos os padrões: pobres, ricos, feios, bem feios, mais feios, carecas, mais carecas, obesos, bem obesos, solteiros (nós e mais alguns) e... casados! Mais casados do que solteiros! Todos tinham bons motivos para ali starem.

          Até aí tudo bem não fosse o susto do Sabonete: "Vamos sair já daqui! Não podemos ficar! Tá louco, cara!... O meu chefe tá aqui. O que ele vai pensar de mim? Vai pensar que eu sou um depravado. E estou no estágio probatório... - Argumentei que quem tinha que se preocupar era o chefe dele, "bem casado", que estava ali fazendo festa, amassando uma "bem fornida, teúda e manteúda". Mas não teve jeito, o Sabonete ficou apavorado, dando graças a Deus que o chefe não o viu. Ainda bem que entramos na "condi"!sem pagar o ingresso!

          Passado o susto, demos umas caminhadas pelas ruas centrais,  olhamos as vitrinas da Loja do Zípperer, da Loja Olga, dos Domit, das lojas do Magazine Jacobs, passamos pelo Bar do Bolívar no outro lado dos trilhos, vimos os cartazes dos filmes do Odeon, do Ópera e do Luz, este bem perto de casa. Ainda passamos pela  Willy Reich, bem pertinho de casa. Era época do "Sesquitecentenário da Independência" e estavam inaugurando a transmissão de TV em cores no Brasil, até transmitindo a "Mini Copa" de Futebol. Nos embasbacamos com a beleza das imagens coloridas no aparelho.

          Chegamos em casa e contamos para o Frarom sobre a decepção que o Sabonete teve ao encontrar seu chefe, um exemplo de chefe, um homem honrado, lá com sua teúda amarrada ao pescoço no "Boneca".
E ele veio  com essa: "Olha, cheguei agorinha. Fui dar uma olhadinha no "Poeira", mas nem entrei. Só dei uma esticada de pescoço pela porta.  Estava no intervalo, porque lá a dança já começa pelas oito horas. E o vocalista da bandinha estava dando um aviso: "Queremos dizer para a sociedade portuniense que aqui comparece  que temos em nossas mãos uma aliança de casamento que foi encontrada no chão de nosso tradicional salão, tendo se grudado na sola do sapato de borracha daquele amigo ali, ó..." E ninguém se manifestou, ninguém que estava lá queria mostrar seu verdadeiro estado civil, "casado". Com  o precioso objeto  na mão, pegou-o entre os dedos  e foi adiante: "Olha, aqui estão  gravadas  as iniciais da dona dessa preciosa jóia: Começa com " Ó", deve ser da... "Órora"! E lá não havia Ororas nem Auroras...

          Nem precisou ele continuar com a história. Ríamos mais do jeito com que ele nos contava das histórias do que com a graça que traziam.  E começava uma rodada de histórias e piadas que nos faziam esquecer das tristezas. Tudo muito divertido. Melhor que ter ido ao bailinho! Diversão com economia de dez cruzeiros. Dava para pagar a lavadeira na semana.

          E o respeito entre o Sabonete e o Chefe dele nunca foi abalado...

Euclides Riquetti
17-05-2013

O anjo que te abençoava e te protegia

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Nadam os cisnes brancos no lago negro
Sombreado pelas imbuias e eucaliptos
Enquanto acalmo meus anseios e medos
Nos momentos mais cruéis e sinistros...

Miro na água meus olhos em lágrimas
Busco a silhueta do corpo que me tenta
Mas nada vejo além de imagens trágicas
De corações despedaçados pela tormenta!

No arroio que vem da selva e deságua
No mar da intranquilidade obscura
Afogo minhas dores e minhas mágoas
Nas profundezas de minha forte dúvida...

Terei sido eu o algoz que fere e mata
Ou o anjo que te protege e te guia?
Teria sido eu o assassino mais primata
Ou o anjo que te abençoava e protegia?

Euclides Riquetti

terça-feira, 13 de março de 2018

Faxinal do Céu - Maravilhas do Rio Iguaçu




Lago com araucárias e plantas exóticas em Faxinal do Céu

                                             Uma das benfeitorias da infra-estrutura local


         Fomos conhecer Faxinal do Céu, um imenso parque, conhecido como o Jardim Botânico de Faxinal do Céu, de controle da COPEL, a companhia de energia elétrica do Estado do Paraná. O Jardim Botânico, onde é possível praticarmos o turismo ecológico, de lazer, cultural, científico e de encantamento, localiza-se no centro-sul paranaense, nas imediações da Usina Hidrelétrica de Foz do Areia, município de Pinhão, 340 Km distante de Curitiba, também 48 Km ao norte de Bituruna, a cidade paranaense dos vinhedos e colonização italiana.



Usinas da Copel batem recorde de geração pelo terceiro ano consecutivo. Na foto, usina governador Bento Munhoz da Rocha Netto. Foz do Areia.Curitiba, 26/01/2017.Foto: Divulgação Copel

                                              Usina de Foz do Areia - Rio Iguaçu

          A Usina Bento Munhoz da Rocha Netto foi construída no início da década de 1970, quando eu morava em União da Vitória e tem um potencial instalado para a produção de 2.500 MW de energia. A obra arquitetônica, com assentamento de pedras de grande porte, em sistema de enrocamento compactado, é muito diferenciada das demais usinas, as quais se construíram em paredões de concreto armado. A barragem da Foz do Areia, por si só, é uma verdadeira obra de arte, que atrai os olhares dos passantes para a beleza da paisagem, combinando sua estrutura magnífica com a paisagem verdejante do Vale do Rio Iguaçu.


                                                      Casas preservadas da vila - onde
          Menos de 20 Km à montante, situa-se a vila denominada Faxinal do Céu, um parque florestal que se iniciou com uma área de 10 hectares, onde a COPEL implantou, em 1974, um horto florestal destinado a produzir mudas de árvores frutíferas, nativas e exóticas para recomposiução ambiental, ,paisagística e econômica da região atingida. A preservação da área, onde abundam animais silvestres, e fortíssima biodiversidade, está hoje consolidada em 152 hectares. Ali funciona o Jardim Botânico, uma hospedaria, em mini-shopping, o Clube do Bosque, o Centro de Convivência, a Vila Residencial, o Centro de Visitantes e um Centro de Formação. Funcionários que administram e mantêm a Usina de Foz do Areia ali residem, informaram-me que cerca de 300 famílias. As instalações podem ser cedidas a entidades e empresas para treinamento de funcionários e lazer. Professores e estudantes buscam o lugar permanentemente, além de turistas. Entrada franca, atendimento de excelência aos visitantes, restaurante com cardápio variado e a bom preço.


Fauna em Faxinal do Céu


Natureza exuberante

         O que nos levou a conhecer o Faxinal do Céu? -  Bem, desde meus tempos de faculdade, em União da Vitória, eu ouvia falar daquele lugar. Agora, estamos criando um grupo de facilitadores de turismo, em que vamos criar parcerias entre o Hotel Joaçaba, o Departamento de Turismo de Joaçaba, através do Jaime Teles, e o Conselho de Turismo da Cidade de Bituruna, cidade do centro-sul paranaense. Em Bituruna, estamos ensejando, inicialmente, parceria com o Hotel Grezele (Josimari Grezele), a empresa de turismo BITUR (de Jairo Ravanello e Rosane), e a enóloga Michele, da Vinícola Samber. E abrindo caminho para parcerias com Porto União e União da Vitória, às quais nos referiremos nas crônicas posteriores, brevemente.

        Ficamos encantados com Faxinal do Céu e as cantinas de vinho de Bituruna (Vinícolas Bertoletti, Di Santi, Samber e Bituruna), e com o Restaurante e Massas Beponi, do neo-amigo Bépi Masiero.

Recomento aos leitores visitarem Faxinal do Céu e conhecerem a Rota do Vinho, de Bituruna.

Um abração a todos os que nos dispensaram carinhosa atenção naquelas bandas.

Euclides Riquetti
11-08-2016

                                                   Ruas bem cuidadas e muitas flores
                                           
                                         Campos de araucárias em Faxinal do Céu

5 comentários:

  1. "Faxinal do Céu", o nome diz tudo, já era assim bem antes da nossa chegada para a construção da Usina Bento Munhoz da Rocha Netto, mais conhecida por Foz do Areia.
    Eu cheguei ao local no alvorecer dos meus 20 anos, mais precisamente em julho de 1975, data efetiva do início da construção da obra principal. Encantei-me com a paisagem típica da região e quase morri de frio, pois dormíamos em barracas de lona. Não havia praticamente nada, tudo era começo:
    Término do levantamento topográfico da área da barragem/usina, Construção da vila residencial e da PR-170, primeiro de Guarapuava- Foz do Areia e continuando Foz do Areia- União da Vitória;
    Na época eu trabalhava em Foz do Chopim onde entrara no início de 1974 como Técnico Florestal. Em Chopim eu era responsável pelo viveiro de mudas.
    A COPEL começou a desenvolver, um pouco antes do início da Construção da obra principal, um Projeto chamado "Agrovila", do governo do Paraná, em parceria com a Escola de Agricultura Luiz de Queiroz, de Campinas - SP.
    Esse projeto entre outros contemplava a implantação de fruticultura (maçãs, peras, pêssegos, ameixas, nectarinas além de uma grande variedade de cítrus). O Centro era a atual sede do Jardim Botânico. Como disse acima cheguei em jul/75 para, primeiro estruturar o viveiro de mudas, recém instalado, demarcar e instalar a reserva biológica e acompanhar o projeto de fruticultura com os paulista. As coisas foram evoluindo: A vila foi ficando pronta, as famílias foram alocadas, a obra principal ia de vento em popa e a ligação Guarapuava-foz do areia-União da Vitória foi inaugurado em final de 1976.
    Até essa época, nós, os moradores da vila residencial, tínhamos como referência União da Vitória, mais longe que Guarapuava, porém, com estrada muito melhor.
    Eu me casei em dez/76, em União da Vitória. No Horto trabalhei de 1975 a 1986, depois assumi funções na área administrativa onde trabelhei em Foz do Areia até me aposentar em dez/2006. Foram 31 anos residindo e trabalhando em Faxinal do Céu, com certeza os melhores anos da minha vida. Ali eu tive a felicidade de ver nascer meus três filhos e cinco sobrinhos. Minhas três irmãs também casaram-se em Faxinal do Céu, já que quando papai faleceu, em 1978, eu os trouxe para cá.
    Faxinal do Céu está definitivamente ligado a minha vida. Moro em Guarapuava, porém, tenho um sítio de cinco alqueires, encostado na Vila residencial, que comprei em 1986. Neste sítio praticamente não corto árvore alguma, exceto próximo a moradia. Tenho privilegiado as espécies nativas (Araucária, Imbuia, Erva-mate, bracatinga...). No início plantei uma porção de porcarias exóticas que venho tirando sistematicamente.
    Me perdoe a extensão do comentário. Ele poderia ser infinitamente maior dado a ligação que tenho com o lugar

A última melodia


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Quando a última melodia seu quarto invadir
Saindo de detrás das cortinas esvoaçantes
Porque você voltará  de novo a me sorrir
Aquele sorriso belo e angelical como antes...

Quando essa mesma melodia vier a roçar
As maçãs rosadas de seu rosto encantador
E o seu sorriso contagiante  voltar a brilhar
Estarei rezando por você ao Deus Senhor!

Quando aqueles sinos novamente repicarem
Na torre da igreja onde nos encontramos
E a emoção fizer as lágrimas rolarem
Lembrarei dos lugares onde nos amamos...

Porque o amor é eterno e indestrutível
Porque o amor jamais  pode  enfraquecer
Porque meu amor é forte e indescritível
Porque o amor verdadeiro nunca vai morrer!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 12 de março de 2018

Voltar a sorrir


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Hoje eu busquei sorrir um sorriso largo
O sorriso do meu adeus às turbulências
O sorriso que deveria ter recebido afago
De mãos que nos suprem as deficiências.

Talvez não seja aquele sorriso costumeiro
Mas é o melhor que eu posso obter
O sorriso do frágil coração hospitaleiro
O sorriso da estima e do bem-querer.

Mas, se o sorriso que tanto eu procuro
Aquele que quero para encontrar o meu
Esconde-se num mundo triste e escuro
Talvez me seja inútil ir buscar o seu...

Apenas isso...bem assim!

Pedi pra garça

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Pedi pra garça levar meu recado
De menino travesso
De menino apaixonado
E entregar pra gaivota
Que bronzeia suas costas
Na beira do mar...

Pedi pra garça que lhe dissesse
Que em alguma cidade
Há alguém que não a esquece
Que a ama de coração
Que reza por ela com devoção
Em algum lugar...

E a garça cumpriu com a missão:
Levou o poema do poeta
Para alojar em seu coração!
E o recado mandado
Pelo romântico enamorado
Se espalhou pelo ar.

E todo mundo viu
Todo mundo percebeu
E todo mundo sentiu
Que um poeta louco
Quer pelo menos um pouco
Seus lábios beijar!

Euclides Riquetti

domingo, 11 de março de 2018

Viciei-me em você


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Viciei-me em você
Deliciosamente
Freneticamente
Viciadamente!

Viciei-me em você
Com toda a energia
Com a sua alegria
Com sua maestria!

Viciei-me em você
Não devia ser assim
Deveria gostar de mim
Gostar, amar,  enfim!

Viciei-me em você
Viciei-me errado
O vicio do pecado
Desalmado!

Deliciosamente
Freneticamente
Viciadamente!

Euclides Riquetti

Chovem estrelas do céu

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Chovem estrelas do céu
E caem sobre minha casa
Enquanto a noiva arrasta o véu
Depois que se casa...

Chovem estrelas de prata
Sobre a floresta escura
Enegrecida pela noite casta
De paixão e loucura...

Chovem estrelas em mim
Como chovem em ti
É um espetáculo sem fim
Que se encena por aqui...

Chovem estrelas na alma
Que espera por amor
Esperando a chuva calma
Transgredida em flor...

Chove, então, a chuva fina
Da canção entoada
Do verso rítmico e da rima
Na poesia abençoada...

Chove a chuva da esperança
Caem as estrelas dependuradas
Chove a chuva da bonança
Pra refrescar a madrugada!

Chove, enfim
E chovem estrelas
Para regar meu jardim
Com água e com singeleza!

Enquanto isso
Penso em ti e...
Vou levando minha vida!

Euclides Riquetti

Na tarde do domingo,
11-03-2018.













Você abusou, crônica

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          Os anos 60 e 70 foram pródigos em nos oferecer festivais da canção. Muitos cantores surgiram para o estrelato oriundos  dos festivais. De vez em quando me vejo cantando uma  daquelas músicas, como "Caminhando contra o vento...sem lenço e sem documento...

         Pois, na manhã de hoje, povoava minha cabeça aquela canção do Antônio Carlos e do Jocáfi, dupla de participantes do Festival Internacional da canção. Começaram em 1969 e fizeram muito sucesso a partir de 1970. Cantei: "Você abusou... tirou partido de mim, abusou..." E fui buscar a letra completa, que aqui estou colocando: os mais antigos a conhecem, conhecem a melodia. Os mais jovens poderão ver a melodia pesquisando. Letra simples, mas que com excelente embalo melódico, caiu bem no gosto popular:

"Você abusou
Tirou partido de mim
Abusou
Tirou partido de mim
Abusou
Tirou partido de mim
Abusou
Mas não faz mal
É tão normal ter desamor
É tão cafona sofrer dor
Que já não sei se é meninice ou cafonice
O meu amor
Se o quadradismo dos meus versos
Vai de encontro aos intelectos
Que não usam o coração
Como expressão

Você abusou ....

Que me perdoe
Se eu insisto nesse tema
Mas não sei fazer poema ou canção
Que fale de outra coisa
Que não seja o amor
Se o quadradismo dos meus versos..."

          Até destaquei, aqui, esta parte tão significativa da letra, pois, em tempos de relações tão conturbadas entre as pessoas, parece atualíssima. Isso não quer dizer que assim deva ser, mas é, de fato, algo muito significativo e que nos remete a reflexões:

É tão normal ter desamor
É tão cafona sofrer dor
Que já não sei se é meninice ou cafonice
O meu amor
Se o quadradismo dos meus versos
Vai de encontro aos intelectos
Que não usam o coração
Como expressão

           Ora, pessoalmente, como poeta romântico, ainda considero que o sentimento deve prevalecer sobre os instintos, que o filosófico deve prevalecer sobre o material, que o amor deve sobrepor-se à razão. Mas isso é coisa de poeta...Nem todos pensam assim.

Euclides Riquetti
14-01-2015