sábado, 7 de abril de 2018

Olhos nos olhos

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Olhos nos olhos, peito no peito
Lábios nos lábios, coração com coração
Quero-te amar assim, desse nosso jeito
Quero-te querer com amor e paixão!

Quero divagar junto contigo
Viajar no tempo e te encontrar no espaço
Quero chorar no teu ombro amigo
E percorrer os caminhos que eu mesmo traço!

Quero-te beijar nas noites estreladas
Dar-te carinhos quando anoitece
E afagar teu corpo nas tardes nubladas.

E quando perceberes o quanto eu te amo
E notares que também pra ti o amor acontece
Guardarei os versos com que há muito te chamo!

Euclides Riquetti

Ouro do sol e dos trigais ...

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          Ouro do sol e dos trigais/Ouro dos nossos laranjais... Os dois versos que iniciam o Hino do Município de Ouro bem refletem o que ele sempre representou em termos de cultura,  força de trabalho e grande celeiro agropecuário do Vale do Rio do Peixe, onde se localiza,  em território catarinense.
          Já no início do Século XX, começou a receber corajosas famílias de descendentes de italianos que vinham  da Serra Gaúcha, grande parte deles de Caxias do Sul e Farroupilha, e foi-se constituindo num lugar próspero que muito os atraía, em razão das características topográficas  semelhantes  às de seus lugares de origem, tanto na Itália como no Rio Grande do Sul.  Era uma paisagem que lhes trazia sempre as mais  saudosas lembranças.
          A vila que originou a cidade foi fundada em 20 de outubro de 1906, mas a ocupação das terras deu-se ainda antes, existindo aqui muitas famílias de caboclos, que eram chamados de “brasileiros”, sendo que alguns deles chegaram a possuir grandes áreas de cultivo. Depois  vieram os colonos, que desbravaram seu território montanhoso.
          Hoje, a cidade com pouco mais de sete mil habitantes e que está comemorando seu cinqüentenário,  tem sua economia assentada na produção de frangos, suínos,  bovinos, milho, leite e erva-mate. Pequenas manufaturas e agroindústrias, em sistemas associativos, tornaram Ouro a Capital Catarinense do Associativismo. O Turismo é uma atividade  com crescente importância no contexto local. Um balneário com águas termais e a belíssima e verdejante paisagem rural são fortes atrativos.
          Com bons índices em Educação e Saúde, sua população é alegre e acolhedora, uma  gente que trabalha com afinco e que busca sempre o melhor. A religiosidade, com predominância católica, é representada pela  Padroeira, Nossa Senhora dos Navegantes..
          Vale a pena conhecer Ouro, uma cidade que tem grande importância no contexto histórico, social e econômico do Meio-oeste Catarinense.
Colaborou: Euclides Riquetti
Matéria publicada no Diário Catarinense, 
no Caderno Especial para o Meio-oeste
Catarinense, em 29-07-2013


sexta-feira, 6 de abril de 2018

Ouro comemora 55 anos de emancipação

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          O município de Ouro comemora, neste sábado, dia 07 de abril, seus 55 anos de emancipação política e administrativa. Foi desmembrado de Capinzal, pela Lei Estadual número 870. Embora os documentos dos  pleitos de separação fossem apresentados ao final de dezembro de 1962, apenas em 23 de janeiro houve a aprovação pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

          Vereadores dos distritos de Barra Fria e Dois Irmãos faziam parte do Legislativo de Capinzal e, para votarem favoravelmente à emancipação do então distrito de Ouro, negociaram a futura emancipação destes, o que ocorreu no mesmo ano, 1963, sendo instalados no dia 11 de novembro daquele ano, com os nomes de Lacerdópolis e Presidente Castello Branco, respectivamente.

          Os primeiros meses da nova administração tiveram Nelson de Souza Infeld como prefeito interino. Era advogado e hoje é desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Tem residência em Três Porteiras, numa fazenda de sua propriedade, em Zortéa, onde guarda um verdadeiro sítio ecológico.

         Luiz Gonzaga Bonissoni foi o primeiro prefeito eleito, sendo sucedido por Ivo Luiz Bazzo (duas vezes, uma com Saul Parisoto e outra com Sérgio Riquetti de vice); Adauto Francisco Colombo (com Juventino Baretta de vice); Domingos Antônio Boff (duas vezes, sendo uma com Lúcido Vitorazzi e outra com Carmelino Nora como vice); Euclides Celito Riquetti (com Nadir Zanini como vice); Sérgio Durigon (duas vezes, com José Camilo Pastore como vice); Nézio Modena (interino, Presidente da Câmara de Vereadores);José Camilo Pastore (com Nadir Nardi como vice); Neri Luiz Miqueloto (duas vezes, sendo uma a atual, a primeira tendo Danilo Deitos como vice e a atual com José Camilo Pastore como vice) ); e Vitor João Faccin (com Sônia Durigon como vice). 

       Ouro tem uma população com bom nível cultural e intelectual, boa educação, bom serviço de saúde, economia assentada principalmente na atividade agropecuária, mas a renda per capita populacional carece de ser  melhorada. Não vejo como isso possa acontecer em curto prazo, mas (isso) poderia efetivar-se, gradativamente, com uma conjugação de esforços robusta e bem articulada, que também considero difícil de acontecer.

          Parabenizo meus amigos ourenses, agradeço por me terem dado a oportunidade de ter sido Prefeito Municipal de 1989 a 1992, e desejo êxito a todos em seus projetos pessoais e coletivos.

Euclides Riquetti
06-04-2018

      

O naufrágio dos sonhos


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Quando nossos sonhos nos dão sinal de naufragar
Quando nossas esperanças começam a sucumbir
Nossa mente plana, desesperadamente, baila no ar
Desaparece, de nosso semblante, o simples sorrir.

Quando nossos sonhos nos dão indícios de fenecer
Quando nossas esperanças se dissipam e evaporam
Nossa alma pede por socorro, quer outro alvorecer
Intimida-se nosso corpo, e nossos olhos choram...

Porém, quando se deseja lutar, buscar a superação
Novos horizontes podem vir ao nosso encontro
Podem nos presentear com o ânimo e a motivação.

E, se tivermos deixado espaços para receber a flor
Se estivermos com nosso coração aberto e pronto
Poderemos, com renovada alegria, celebrar o amor!

Euclides Riquetti
06-04-2018




Amadamente!


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Conquistar...  conquistar, certamente!
Desejar... desejar, perdidamente!
Valorizar...  valorizar, permanentemente!
Cuidar... cuidar, constantemente!
Amar...  amar, firmemente!

E, se perder, lutar!

Lutar...lutar, infinitamente!
Jamais fraquejar!
Jamais se afastar!

Apenas ouvir, sem deixar de sonhar!
E buscar...
Reconquistar...  reconquistar, sempre!

Para poder, de novo, amar:

AMADAMENTE!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Amanhã de manhã

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Amanhã de manhã
Vou andar por aí sem destino
Vou procurar em ti o abrigo
O afago de que tanto preciso
Amanhã de manhã...

Amanhã de manhã
Vou pegar a caneta e  papel
Vou levar também tinta e pincel
Desenhar o teu lábio de mel
Amanhã de manhã...

Amanhã de manhã
Vou sair pela estrada cinzenta
Vou vagar  pela estrada barrenta
Dar um beijo em tua alma sedenta
Amanhã de manhã...

Vou buscar teu olhar contagiante
Abraçar o teu corpo dourado
Na manhã  do céu azulado
Na manhã escaldante
Do encontro emocionante
Do encontro esperado
Desejado
Vou buscar, sim, os teus lábios rosados
Amanhã de manhã...

Euclides Riquetti

O tempo que passou

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O tempo que passou
Deixou rastros, deixou marcas.
Rastros nos caminhos, nas estradas
Marcas nos corações e nas almas.

O tempo que passou deixou-me lições:
O tempo que passou mostrou-me que as ilusões
São vãs e fugazes.
Mostrou-me que há  o bem, ou o mal
Em todos os lugares.
Mostrou-me que há as certezas
Mas também as incertezas
O ganhar e o perder
Os reais e os imaginários
Mas, todos, muito necessários.

Muitas vezes perdi, outras ganhei
Mas nunca desanimei.
Levantei-me em cada tropeço
E, por isso, meu Deus a quem tanto louvei
Eu vos agradeço.

A quem amei com paixão
A reafirmação
A quem me estendeu a mão
Minha eterna gratidão
E a quem me quis tanto bem
Agradeço também.

E, nas marcas que ficaram
Nas ilusões que se apagaram
Nos ânimos e desânimos
A constatação:
Viver é amar
É ser amado
No desejar
Também ser desejado!

É pedir a bênção de Deus...
E ser por Ele abençoado!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Pensar, apenas pensar...

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Pensar em você, a primeira coisa a fazer
Ao acordar na manhã silenciosa
Pensar em você, a última coisa a fazer
Antes de dormir, na noite ruidosa.

Pensar, apenas pensar e desejar
Ser o dono de todos os seus pensamentos
No dia que vai chegar
Pensar em você em todos os momentos.

Pensar em você em todas as horas
Da manhã que vem e que demora passar
Pensar, assim como faço agora
Deitar-me nas ilusões e divagar, pensar...

Pensar, apenas pensar e querer
Na tarde ensolarada ou mesmo com garoa
Buscar o sonho mais lindo para viver
A vida encantada que Deus abençoa.

Euclides Riquetti

Uma luz que me atrai...

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Há uma luz que brilha  na escuridão
Não é sol, nem estrela, nem  luar
Mas  é algo que me vem de seu olhar

E que eu guardo, com carinho,  na imaginação.

Há uma luz que me atrai, que nunca se apaga
Não vem do fogo e nem vem de lanternas

Vem de você, de suas palavras  ternas

É uma luz que me embala e me embriaga.

Luzes brilham onde quer que seja
Luzes que nos fazem viver e sonhar

Brilham apenas para o coração que deseja....

Ah, luzes, com seu brilho sutil e  encantador
Luzes da alma, dos lábios e de um  olhar

Luzes que vêm de você, que me  trazem o  amor!

Euclides Riquetti

terça-feira, 3 de abril de 2018

Poetas, apenas poetas...

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Monza Sedan - o  carro dos sonhos da época...


          Ao final da década de 1990,  sempre que ia a Joaçaba, passava defronte a uma  loja de carros. Belíssimos modelos expostos, para todos os tamanhos de bolsos. Hatches, sedãs, caminhonetes dupladas nacionais e possantes importados, exuberantes, todos. Eu ficava embasbacado diante de tanto luxo e modernidade. Depois que aquelle presidente falou que só fabricávamos carroças, nossos criativos engenheiros e desenhistas (não conhecíamos os "designers"ainda), passaram a criar  bólidos sofisticados para não apanhar dos modelos alemães, japoneses, americanos e franceses.     

          E as indústrias montadoras, aproveitando as facilidades de financiaments oferecidas pelo Governo Brasileiro, visualizaram a oportunidade de ganhar muito dinheiro. E, cada vez mais protegidas pelo Poder, mais dinheiro ganharam e mais ainda ganham agora. Você compra o carro de seus sonhos, sem avalista, num piscar de olhos, e vai ajudar a entopetar as estreitas ruas das cidades, enquanto as autoridades ficam tentando achar fórmulas de facilitar a mobilidade urbana, Aliás, esse termo já está na relação dos ultrapassados, fala-se, no momento, em mobilidade humana,  o que, aliás,é muito correto, pois precisamos primeiro pensar no ser humano e depois na máquina.  Esta fica prioridade de governos, pois lhe garante fartura na arrecadação de tributos.

          Parei uma vez nessa  loja e fiz amizade com o proprietário. Pareceu-me uma pessoa boa e honesta aquele senhor de fala calma e respeitosa. Demonstrava conhecer o mercado dos automóveis, sabia quanto pagar por um seminovo inteiraço e também quanto pedir no momento da venda. Trabalhava com um estoque de veículos de não mais que 20 unidades, o que,  para a época,  era bastante. Compraria meu usado de dois anos e me venderia um semi com baixíssima quilometragem, segiríamos a Tabela 4 Rodas, a confiável na época e na qual todos se pautavam. Claro que teríamos que considerar um ganho real de pelo menos uns 5% para ele, com o que eu concordava. Voltaria mais adiante, outras vezes, para fecharmos negócio.

          Passados dois meses, quando senti que era hora de fazer negócio, voltei lá. O ambiente parecia modificado, não havia mais tantos carros, a loja parecia acanhada. Um rapaz, com uma caneta, rabiscava umas folhas de papel, escrevia frases, riscava, mudava, parecia não estar  satisfeito com aqueles escritos a que tentava dar forma. Estava compondo uma poesia...

          Simpatizei com ele, disse que eu também gostava de fazer poemas, que tinha aqueles dias em que tudo me vinha com facilidade, outros nem tanto... Senti empatia e em minutos falávamos como se velhos amigos já fôssemos. Acho que os poetas devem ter algo que os atrai, une, coloca a andar num mesmo caminho,  independente de fazerem ou não algum esforço para isso. Perguntei pelo proprietário e senti uma expressão muito triste e uma fragilidade enorme em suas palavras. Aquele rapaz forte, estimulado pela sua veia de poeta, transformava-se... e transtornava-se! Disse-me que seu pai falecera recentemente ,que havia comprado um carrão  numa cidade vizinha e que,  ao buscá-lo, tivera um acidente e perdera a vida. As lágrimas brotaram dos olhos daquele jovam poeta, que deixava a sensibilidade transbordar de sua alma para alojar-se nos versos que caminhavam pelas linhas de um caderno universitário.

          Tentei animá-lo, disse-lhe que seu pai fora uma pessoa boa, que seguramente hava encontrado um lugar muito bonitoa e agradável na Glória Eterna, para onde vão os que fizeram o  bem aqui na terra. Pedi para ver seus poemas e ele recobrou-se, gentilmente me apresentava a seus versos livres e brancos, a suas redondilhas, aos seus alexandrinos. Fiquei maravilhado! Emendamos a conversa e descobri que, com a perda do pai, trancara a faculdade na cidade onde estudava e voltara para ajudar a mãe a cuidar dos negócios.

          Saí de lá muito pensativo e muito triste. Comentei com uns amigos sobre isso e tinha uma preocupação: nunca vira um poeta dar-se bem nos negócios. Negociantes tomam decisões com a razão, têm habilidades matemáticas, são ágeis no argumentar e rápidos no convencer. Poetas raciocinam com a alma, entre ganhar e perder optam por perder,  antes de magoar alguém. Verdadeiros poetas têm aguçados sentimentos, olham muito mais para o outro do que para si mesmos. Enquanto os primeiros vivem a realidade, nós, poetas, vivemos o sonho... E parece que, não raras vezes, este tolhe nossa capacidade de organizarmos  nossas ideias em relacão a prover nosso sustento. Lembro-me do colega de República e de curso de Letras na Fafi,  Francisco Samonek, o moço de Rio Azul, que escreveu  o poema: "Poeta ou Matemático??" em  que transpirava o dilema do escritor diante de uma escolha...

'
          Tempos depois,  passei por lá e já havia um novo proprietário. Disse-me que o rapaz fora mal nos negócios, que a mãe ficara doente, que não havia como continuar, passou-lhe o ponto e foi embora da cidade.  Duas décadas depois, percebi,  através de  que  seus parentes moram no mesmo bairro que eu, ( e me confirmaram minhas suposições): poetas são apenas poetas. Têm muita riqueza em si mesmos. Uma riqueza interior que dividem, gratuitamente, com todas as pessoas. Ficam pagos pelos seus serviços apenas por sentirem que alguém lê seus escritos. E que, muitas e muitas vezes, têm os pensamentos afinados, navegam juntos no mar, flutuam pelos ares, sem mesmo sair de casa, sem nunca se terem conhecido...Poetas são apenas.... poetas!

Euclides Riquetti
26-07-2013

Se não há um amanhã...


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Não há nenhuma amanhã sem que haja o hoje
E nenhum hoje sem que tenha havido um ontem
Se souberem de algo diferente, por favor me contem
Se for algo triste, por favor me poupem.

Em cada lugar em que eu  andasse ou  fosse
Desejaria saber apenas novidades boas
Nada de coisas que ferem ou magoam
Nada de tragédias, nem de coisas à toa.

Eu gostaria de ver um  mundo formidável
E que nele tudo ficasse em harmonia
Em que cada ser fosse terno e amável.

Mas sonhos são apenas sonhos, nada mais
Que às vezes se apagam no decorrer do dia
E fenecem no ar para não voltarem jamais...

Euclides Riquetti

Eu... e meu ócio!





Procuro um sócio  ( Ou seria uma sócia??...)
Para com ele dividir
Meu ócio...

Pode ser um sócio preguiça
Sem ideal, sem cobiça...

Um sócio sem dinheiro
Mas que seja bom companheiro.
Que goste de prosa
Que traga conversa prazerosa
Pra jogar fora
Pra terminar não ter hora...

Quero um amigo bom de papo
E que,  por acaso
Seja contador de casos...

Mas, se falar demais, boto-lhe esparadrapo!

Que traga uma erva
Da conserva
Para sorver um mate...
E que, destarte
Entro com a cuia e a chaleira
A bomba reluzente
E a água quente
Para na tarde fagueira
Tenho quase que por certo
Escrever um verso!

Mas se o sócio for uma sócia
Melhor ainda!
Sempre é bem vinda!

Foi domingo, depois Natal
Mais domingo
Ano novo
E, bem ou mal,
Domingo de novo!

Ócio, delicioso ócio
Nada de fazer negócio
Nada de concreto
Nem de abstrato
Nada de assinar contrato.

Apenas escolher um tema
E compor um poema!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Uma "aventura" na capital catarinense, ou "me engana que eu gosto"!

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       Estivemos em Florianópolis para cumprir obrigações familiares na semana que antecedeu à Páscoa. Fomos na sexta-feira, 23, feriado em nossa Capital. Uma viagem que eu costumava fazer em 5 horas e meia me consumiu 8 horas e alguns minutos. Trânsito horrível. Rodovias apinhadas de carros de todos os tamanhos. Muitos sem condições de segurança de trafegarem em qualquer tipo de estrada.

       Na BR 282, tudo ia muito tranquilo desde Joaçaba até chegarmos na região de Bocaina do Sul/Rio Rufino, logo após Lages. . Depois, o costumeiro tormento, que já nos é previsível.  Há muitas décadas o trecho entre Lages e a BR 101 é palco da passagem de caminhões carregados de madeiras em toros para serragem e lenhas. A maioria deles transportando mais peso do que sua capacidade de carga. Andam lentos e não são fiscalizados. Na região de Águas Mornas, um suplício: um caminhão carregado de madeiras descendo uma serra a 20 Km por hora, evidenciando que o motorista está com cuidados porque o veículo pode estar com problemas nos freios. E possível sobrecarga! Vai represando o trânsito de muitos caminhões e automóveis. Os afoitos, vão ultrapassando em lugares proibidos, colocando a vida deles e as nossas em risco. Diversos pontos que poderiam receber faixa adicional sem sequer um estudo para isso. O Governo Brasileiro incentivou a comprarem carros, a se endividarem e não melhorou as condições das estradas.

       Na chegada à BR 101, outra aventura! Fim de dia e um movimento assustador. Se você consegue fazer uma média de 15 ou 20 Km por hora, dê-se por satisfeito. Depois, encare a Via Expressa, para acesso à Ilha da Magia. Está difícil de se acertar um horário em que não haja congestionamento de veículos. E, com eventuais acidentes, a situação se torna ainda mais difícil. Então você encara a ponte de acesso à cidade de Florianópolis e as ruas cheias de carro. Há muitos anos falam em uma nova ponte, em transportes modais e nada acontece. Tudo muito sofrível para os moradores da região metropolitana que têm que se submeter a elevado estresse todos os dias.

       Em Canasvieiras, no sábado, aportou um navio de Cruzeiro, da MSC, com cerca de 4.000 passageiros mais tripulação. Pelo menos 2.000 pessoas desceram para terra através de embarcações que transportavam até 100 passageiros. A Prefeitura, através de sua Secretaria de Turismo, providenciou significativas melhorias nas praias do Norte da Ilha, após as ressacas de 2017. Nas imediações do trapiche, policiamento não faltava, como não faltavam seguranças particulares. Foi providenciada uma feirinha de artesanato local com 10 barracas. Umas tendas para abrigo em caso de chuva ou muito sol, até mesmo porque acontecia, no fim de semana, uma competição de vôlei de praia. Banheiros estavam instalados em vários pontos, placas orientativas  para os turistas, muitos ônibus e vans para o transporte em city-tour. Seguranças impediam os camelôs de aproximarem-se dos turistas do cruzeiro marítimo para não os molestarem. Comparado a que já presenciei em Salvador e Maceió, nós dando de 10 a zero neles. 

       Resumo da ópera: No dia seguinte, domingo, tudo foi desaparecendo, foram-se as barracas bacanas, os banheiros, foi-se o policiamento, foram-se os seguranças, os camelôs tomaram conta do pedaço e voltamos ao velho “brasilzão”, onde tudo se improvisa, nada é definitivo, e a enganação impera. A praia de Canasveiras, na Semana Santa, lotada pelos costumeiros argentinos, milhares de uruguaios e alguns mais. Sem as benesses oferecidas aos turistas do cruzeiro em “escala-teste”. Um desrespeito aos que garantes fluxo em todos os anos. E, aquela história propalada de que cada turista de cruzeiro deixa na cidade pouco mais de R$ 500,00 por dia, pura balela. Pouco compraram, pouco gastaram na cidade. Voltaram para o navio com poucas sacolinhas, que lá dentro se pode comprar o que se precisa, desde bebidas, até roupas e joias, tudo de altíssima qualidade.

Euclides Riquetti – Professor – Membro d LB/SC



     

      

Onde anda você?

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Onde anda você, que saiu a caminhar pelos trilhos dos raios de meu  sol?
Onde anda você, que ainda não disse a ninguém para onde foi e nem quando vai voltar?
Onde anda você, que me fitava com seu olhar de brilho sem igual?
Onde anda você, com seus belos olhos de cor do mar?

Onde anda você, que no meu frágil coração causa turbulências?
Onde anda você, que me encantou  com sua voz e rosto angelical?
Onde anda você, que na minha vida traçou as linhas da benevolência?
Onde anda você, com sua beleza ímpar, beleza sem igual?

Talvez eu possa encontrar você no meio das estrelas que cintilam
Talvez eu possa encontrar você andando nos raios de meu sol ameno
Talvez eu possa encontrar você nas noites de sereno...

Talvez eu possa encontrar você em meio às luzes que ainda brilham
Sim, porque você será o alento para minh´alma tão sofrida
Será, por certo, só você, pois só você será a luz de minha vida!

Euclides Riquetti

domingo, 1 de abril de 2018

Dormem os anjos

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Dormem os anjos
Mas dormem vigilantes
O seu sono reconfortante
Dormem os anjos!

Dormem pensando nas crianças que precisam proteger
Dormem pensando nos velhinhos e em você!

Dormem os anjos o tenro sono da noite de geada
Dormem com as asas protegendo o peito
Porque assim, desse jeito
Também se protegem
Na madrugada.

Dormem angelicalmente...
Dormem na manhã nevoenta e cinzenta
Porque nas manhãs de sol
Precisam voar por aí
Protegendo os passarinhos
... e as borboletas!

Anjos de azul, de rosa, de branco
Anjos do sorriso franco
Anjos de nossa guarda
Que cuidam de nós... e de nossa casa
Cuidem também dos outros anjos
Enquanto dormem
Com seus olhos semiabertos!

Dormem os anjos docemente
Dormem os anjos pensando nas gentes
Dormem os anjos...

Euclides Riquetti


Emendando latas - crônica saudosista


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          Certamente que você, sessentão (ona), já inserido na sociedade consumista,  não olha com bons olhos toda aquele montoeira de lixo que sai de sua casa, diariamente, para que o caminhão a leve para o lixão, o aterro, ou a usina. E você passa a verificar, (e analisar)  quanta coisa boa está indo para o lixo.

          Já fomos da geração dos hippies, da  coca-cola, do chicletes, do x-burger... Mas já fomos da geração das latinhas emendadas, lembra?  Aquela em que, nas casas, todos zelozamente faziam furinhos nos cantos extremos da lata de azeite, retangular, com um preguinhos, para não estragar o vasilhame e aproveitá-lo para alguma coisa? Ah, duvido que não!

        Meu lado "antigamente" levou-me, hoje, para os tempos do óleo "Primor" e do "Sol Levante", produzidos com o legítimo caroço de algodão, embalado em latas, que "quem podia", comprava para compor os temperos das saladas. Sim, só para isso,  porque, para cozer, somente usavam  banha. Até lembrei-me que, em 84, no dia 7 de setembro, encontrei o Saul Parisotto, ali na XV, em Capinzal e eu estava de muletas, perna direita com gesso. E ele: "E aí, Riquetti, o que aconteceu?" - Expliquei-lhe que quebrara a perna, dois rachos no perônio, um na tíbia, ali no Arabutã, jogando futebol na friíssima  manhã de 22 de julho, o dia mais gelado de 1984. E, ele, prontamente: "Sempre digo que os ossos das pessoas estão ficando fracos. É o óleo de soja! Quando cozinhavam com banha isso quase que não acontecia! De repente que ele tenha razão.


          A partir da década de 1970, com a introdução das plantações de soja nos estados do Sul, o óleo comestível passou a  ocupar o lugar que antes era da banha, mas não é essa a questão que quero abordar...

          Bem, no meu antigamente, década de 1960, havia pelo menos três funilarias no antigo Rio Capinzal: a do Santo Segalin (com o filho Nilton), na Felip Schmidt, próxima ao Clube Floresta; a do Valdomiro Morosini, na Rua Narciso Barison, em que trabalhavam com ele o Paulino Teixeira e seus filhos, inclusive o que virou "Sargento Teixeira", e o Nelson Morosini. E, na Rua Dona Linda Santos, um pouco depois, a do Carlos Segalin, que também estabeleceu-se por conta própria. Todos originários da do Santo.

          Todos eles eram mestres em emendar latinhas. As pessoas guardavam as latas de óleo  vazias, levavam para eles, e eles faziam-lhes utensílios. Aparavam as bordas de cima, rebitavam e estanhavam-lhes os cabos, e tínhamos belos canecos, para usar na tirada do leite, para beber água na fonte, ou para apanhar a água que fervia na panelona de alumínio, a qual  descansava na chapa do fogão a lenha e jogar sobre a louça na pia. Ah, quantos canecos "Primor e Sol Levante".

          Mas outras coisas bem mais valiosas também eram feitas com as chapas das latas abertas e justapostas: chuveiros de campana, banheirinhas para bebês, bacias para amassar o pão, e  formas para assar pães, redondas, retangulares, onduladas.  E, com isso, além de se ter economia, não se produzia o incontável lixo que hoje se produz.

          Lembro bem  do preciso trabalho desses artesãos. Soldavam,  utilizando estanho, a ponta do soldador envolvida em brasas para ficar superaquecida, o fole acionado com as mãos ou os pés para soprar o oxigênio e manter os carvões bem acesos. E o capricho, o carinho empregado em cada peça produzida, como se fora para si próprio!

          Hoje tudo é prático. Os produtos vêm com as mais criativas e bem desenhadas embalagens e, ao fim do dia, temos todo aquele lixo para jogar fora. Olhamos para tudo aquilo: garrafas, copos, pacotes, pratos, bandejas, cordões, fitas, tudo coisa muito bonita, usados somente uma vez, e indo para o lixo... Quanto desperdício! E pensar que, antigamente, vivíamos sem tudo isso. Mas também sem ficar, a toda a hora, escutando notícias de que lá, em algum lugar, choveu muito e a água levou todas as garrafas pet e pacotes de plástico para as valetas, trancou as bocas dos bueiros e deu aquela inundação...

Euclides Riquetti
22-03-2013

O Sapo da Juju


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Ali no latão tem um sapo.
Não é grandão, nem grandinho.
Se fosse pequeno, seria um sapinho
E caberia no seu sapato!

Dizem que sapo não guarda mágoa
Dos meninos malvados que o chutam
Nem das meninas que não o escutam
Quando coacha lá na água!

Quando passo  no banhado
Ali pertinho do  matão
Eu fico muuuuuito assustado
Com os gemidos do sapão.!

Não importa a cor do sapo
E seu tamanho não importa, não
Não é branco como o pato:
É verde como limão!

O sapo da Juju
Está querendo uma sapeta
Pra lhe fazer bilu-bilu
E dormir com a chupeta!

Se é sapo, sapinho, ou sapupu
Não dá pra  ver ele, não
Por que o sapo da Juju
Ela guardou no coração!

Euclides Riquetti
16-05-2013