segunda-feira, 2 de abril de 2018

Uma "aventura" na capital catarinense, ou "me engana que eu gosto"!

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       Estivemos em Florianópolis para cumprir obrigações familiares na semana que antecedeu à Páscoa. Fomos na sexta-feira, 23, feriado em nossa Capital. Uma viagem que eu costumava fazer em 5 horas e meia me consumiu 8 horas e alguns minutos. Trânsito horrível. Rodovias apinhadas de carros de todos os tamanhos. Muitos sem condições de segurança de trafegarem em qualquer tipo de estrada.

       Na BR 282, tudo ia muito tranquilo desde Joaçaba até chegarmos na região de Bocaina do Sul/Rio Rufino, logo após Lages. . Depois, o costumeiro tormento, que já nos é previsível.  Há muitas décadas o trecho entre Lages e a BR 101 é palco da passagem de caminhões carregados de madeiras em toros para serragem e lenhas. A maioria deles transportando mais peso do que sua capacidade de carga. Andam lentos e não são fiscalizados. Na região de Águas Mornas, um suplício: um caminhão carregado de madeiras descendo uma serra a 20 Km por hora, evidenciando que o motorista está com cuidados porque o veículo pode estar com problemas nos freios. E possível sobrecarga! Vai represando o trânsito de muitos caminhões e automóveis. Os afoitos, vão ultrapassando em lugares proibidos, colocando a vida deles e as nossas em risco. Diversos pontos que poderiam receber faixa adicional sem sequer um estudo para isso. O Governo Brasileiro incentivou a comprarem carros, a se endividarem e não melhorou as condições das estradas.

       Na chegada à BR 101, outra aventura! Fim de dia e um movimento assustador. Se você consegue fazer uma média de 15 ou 20 Km por hora, dê-se por satisfeito. Depois, encare a Via Expressa, para acesso à Ilha da Magia. Está difícil de se acertar um horário em que não haja congestionamento de veículos. E, com eventuais acidentes, a situação se torna ainda mais difícil. Então você encara a ponte de acesso à cidade de Florianópolis e as ruas cheias de carro. Há muitos anos falam em uma nova ponte, em transportes modais e nada acontece. Tudo muito sofrível para os moradores da região metropolitana que têm que se submeter a elevado estresse todos os dias.

       Em Canasvieiras, no sábado, aportou um navio de Cruzeiro, da MSC, com cerca de 4.000 passageiros mais tripulação. Pelo menos 2.000 pessoas desceram para terra através de embarcações que transportavam até 100 passageiros. A Prefeitura, através de sua Secretaria de Turismo, providenciou significativas melhorias nas praias do Norte da Ilha, após as ressacas de 2017. Nas imediações do trapiche, policiamento não faltava, como não faltavam seguranças particulares. Foi providenciada uma feirinha de artesanato local com 10 barracas. Umas tendas para abrigo em caso de chuva ou muito sol, até mesmo porque acontecia, no fim de semana, uma competição de vôlei de praia. Banheiros estavam instalados em vários pontos, placas orientativas  para os turistas, muitos ônibus e vans para o transporte em city-tour. Seguranças impediam os camelôs de aproximarem-se dos turistas do cruzeiro marítimo para não os molestarem. Comparado a que já presenciei em Salvador e Maceió, nós dando de 10 a zero neles. 

       Resumo da ópera: No dia seguinte, domingo, tudo foi desaparecendo, foram-se as barracas bacanas, os banheiros, foi-se o policiamento, foram-se os seguranças, os camelôs tomaram conta do pedaço e voltamos ao velho “brasilzão”, onde tudo se improvisa, nada é definitivo, e a enganação impera. A praia de Canasveiras, na Semana Santa, lotada pelos costumeiros argentinos, milhares de uruguaios e alguns mais. Sem as benesses oferecidas aos turistas do cruzeiro em “escala-teste”. Um desrespeito aos que garantes fluxo em todos os anos. E, aquela história propalada de que cada turista de cruzeiro deixa na cidade pouco mais de R$ 500,00 por dia, pura balela. Pouco compraram, pouco gastaram na cidade. Voltaram para o navio com poucas sacolinhas, que lá dentro se pode comprar o que se precisa, desde bebidas, até roupas e joias, tudo de altíssima qualidade.

Euclides Riquetti – Professor – Membro d LB/SC



     

      

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