sábado, 11 de julho de 2020

Os poemas com que você se encanta


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Eu quero apenas respirar o ar que você respira
Bronzear-me no mesmo sol em que você se bronzeia
Inspirar-me nas mesmas flores em que você se inspira
Tatear seu corpo do mesmo jeito que você me tateia.

Quero cheirar as mesmas rosas vermelhas que você cheira
Sentir as mesmas sensações doces que você sente
Perfumar-me com perfumes da seiva da madeira
Experimentar as paixões que seu coração me consente.

Quero enxergar as mesmas paisagens que você enxerga
E me permitir pensar que brigas entre nós nunca houve
E carregar comigo as mesmas lembranças que você carrega.

Quero, sobretudo, cantar as mesmas canções que você canta
Ouvir as mesmas músicas românticas que você ouve
Encantar-me com os mesmos poemas com que você se encanta.

Euclides Riquetti

Na doce inquietude da madrugada




 

Na doce inquietude da madrugada
Almas insones, corações aflitos
Reportam-se a canções e escritos
Na doce inquietude da madrugada...

Na manhã de sol suave e prazenteiro
O poeta  escreve versos românticos
Anjos entoam os mais sacros cânticos
Na manhã de sol suave e prazenteiro...

Na tarde da nostalgia e da meditação
Saem da pena maravilhosos versos
Que jaziam nos pensamentos submersos
Na tarde da nostalgia e da meditação...

Na noite em que as estrelas nos desafiam
Invadem meu ser as valsas das nostalgias
Os tangos me bailam com presteza e maestria
Na noite em que as estrelas nos desafiam...

Nos dias de cada outono  e de  cada inverno
Manhãs, tardes, noites, em todas as horas
Peço que me queiras, que  não vás embora
E te darei o amor de sempre, o amor eterno.

Amar-te-ei na noite abençoada
Na manhã hiemal, na tarde amena
Rezarei por tua alma branca e serena
Na doce inquietude da madrugada!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Lute, sempre, para ter seu grande amor






Lute, sempre, para poder ter seu grande amor
Não deixe que joguem pedras em seu caminho
De meus abraços e beijos sinta sempre o sabor
Sorva-os como se fossem um gostoso vinho...

Lute com toda a força que brota de sua alma
Defenda tudo o que deve ser seu serenamente
Não tropece em pequenas desculpas e ressalvas
Deixe que o amor aconteça verdadeiramente.

Libere-se de todo o tabu e de todo o preconceito
Encare o futuro real, sepulte o que deu errado
Use a  energia animadora que há em seu peito
Viva a vida com amor, viva o paraíso sonhado.

Liberte-se das convenções, libere seus instintos
Veja que nosso mundo, essa tenda a nos abrigar
Nos cobre como um manto em lugares distintos
Viver é querer, é o sonho  inimaginável sonhar!

Euclides Riquetti

Andante na noite...



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Andas, na noite, solitária
Como é solitária a lua.
Caminhas, na trajetória imaginária
Andas, vagueias na rua.
Buscas não sabes o quê, não sabes onde
Buscas algo que de ti apenas se esconde
Alguém que não ouve essa voz tão tua
Alguém que chamas, que ouve...
E não responde!

Solitária, andas na noite dos passantes
Dos namorados, dos casais, ou dos amantes
Mas andas.
Não sabes para qual porto queres ir
Apenas sabes que teu destino é o teu fingir.
E é o teu fugir
Para  tua liberdade
Com toda a tua...docilidade!

Mesmo assim
Andas na rua solitária
Imaginária
Temerária
Andas...
Vagas palas ruas direitas, pelas tortas
Pois andas em busca de respostas
Sem saber, ao menos
Aonde queres ir
Onde queres chegar:
Talvez... à beira do mar:
Chegar!
Euclides Riquetti

Feliz

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Feliz...
Por ter amado e sido amado
Por querer e ter quem queira
Por sonhar o sonho desejado
Porque a felicidade é bem maneira!

Feliz...
Por ser rodeado de gente
Que me compreende!

Feliz...
Porque a felicidade se conquista
Com a atitude certa
Na rua turbulenta
Na manhã cinzenta
Ou na praia deserta!

Feliz...
Por ter tido você!

EUCLIDES RIQUETTI

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Uma janela entreaberta


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Uma janela entreaberta
Uma porta fechada...
Haverá uma  hora certa
De sair para a calçada?

Um coração aberto
Uma alma delicada!
Qual será o seu pecado
Morena da pele bronzeada?

Uma lágrima sentida
Um olhar muito distante.
Por que assim, desiludida
Se a vida é tão importante?

Um pensamento guardado
Uma voz suave e bonita.
O seio me incita ao pecado...
Haverá uma palavra não dita?

Uma atitude que falta
O temor a uma paixão...
Por que não tirar a alça
Que prende o seu coração?

Uma manhã de sol quente
Uma tarde de verão.
Por que não ficam noite sempre
Noite de amor e paixão?

Um jardim com poucas plantas
Poucas flores, poucas rosas...
Por que não cultivá-las, tantas
Iguais a você, tão formosa???


Euclides Riquetti

Com o verbo amar


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Tentei rimar
Algo com o verbo amar
Busquei seu nome
Mas ele some
Você não me responde
Acho que se esconde..

Mas vou encontrar
Em algum lugar
Descobrir o motivo
De você ter sumido
Ah, sim,eu buscarei
E, pode crer, encontrarei.

Em todos os caminhos
Onde houver espinhos
Ou nos jardins em cores
Onde houver flores
Buscarei, incessantemente
Amar você... intensamente!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Andante na noite...



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Andas, na noite, solitária
Como é solitária a lua.
Caminhas, na trajetória imaginária
Andas, vagueias na rua.
Buscas não sabes o quê, não sabes onde
Buscas algo que de ti apenas se esconde
Alguém que não ouve essa voz tão tua
Alguém que chamas, que ouve...
E não responde!

Solitária, andas na noite dos passantes
Dos namorados, dos casais, ou dos amantes
Mas andas.
Não sabes para qual porto queres ir
Apenas sabes que teu destino é o teu fingir.
E é o teu fugir
Para  tua liberdade
Com toda a tua...docilidade!

Mesmo assim
Andas na rua solitária
Imaginária
Temerária
Andas...
Vagas palas ruas direitas, pelas tortas
Pois andas em busca de respostas
Sem saber, ao menos
Aonde queres ir
Onde queres chegar:
Talvez... à beira do mar:
Chegar!
Euclides Riquetti

Gente que fez e que faz. Clementino Anzolin e Valério Dal Cortivo.


Reeditando:



 
Motociclo Jawa


                                                                     Rádio Semp

          Clementino Anzolin tem 87 anos e mora em Erechim, no vizinho estado do Rio Grande do Sul. Valério Dal Cortivo tem 84 anos e mora em Joaçaba, aqui pertinho de casa. Quando estraga algum aparelho eletro-eletrônico, levo para ele, deixo lá  e quando busco, está consertado. E funcionando perfeitamente.

         Pessoas como o Tio Clementino e o Tio Valério, que na verdade é primo e não tio, mas o respeito me leva a tratá-lo como tio, são figuras em extinção por aqui. Aprenderam seus ofícios na adolescência, até hoje fazem seu trabalho com dedicação, mais por prazer do que por necessidade.

         Clementino tem uma oficina de consertos de motosserras na Rua Sarandi, 500 metros longe da Avenida Maurício Cardoso, no centro de Erechim.  É irmão de minha sogra. Perdeu os pais quando tinha 5 anos apenas (o pai com 34 e a mãe com 32 anos). Tinha um irmão, João Anzolin, dois anos mais velho, o qual faleceu há dois anos. Uma irmã, Anita, dois anos mais nova, minha sogra, que mora na Meia-Praia, em Itapema. E dois irmãos que são gêmeos, Francisco e Luiz, de Capo Erê. O Chico faleceu há menos de dois anos.

        A oficina do Seu Clementino fica aos fundos de sua casa. Lá ele tem toda a sorte de ferramentas que foi comprando durante quase que sete décadas. Uma verdadeira coleção, de todos os tamanhos e para todos os serviços. Muitas vezes, começa a trabalhar às seis da manhã, pois tem muito serviço a fazer. Ele costuma me mostrar as peças das motosserras, opina sobre o material de cada uma. E, quando uma peça nova custa caro, ele mesmo fabrica as peças. Na última vez em que lá estive, estava fazendo uma peça utilizando nylon. Diz que é muito resistente e ele consegue passar para o cliente por metade do preço do que uma unidade importada. Mostra-me a falta de cuidado que as pessoas têm para com suas motosserras. A maioria das vezes, os danos vêm pela falta de prática no seu manuseio ou pelo desleixo com que é cuidada. Na juventude, era mecânico de motociclos, motocicletas. Era exímio piloto de motocicletas Jawa. Milhares de motociclos e motosserras passaram pelas mãos habilidosas dele.

         Como seus filhos tomaram rumos diferentes do seu, não tem sucessores em vista. Diz que o Juliano, sobrinho dele, filho do Tio João, é  o que tem mais interesse, mas que trabalha como matrizeiro numa fundição e que não teria tempo para trabalhar com ele. Acho que, merecidamente, todo aquele arsenal irá acabando, merecidamente, nas mãos do Juliano, que sabe dos ofícios quase que tanto quanto seu tio.

         O Seu Valério, marido da Dona  Terezinha, que costura fantasias para uma  escola  de samba aqui de Joaçaba, por sua vez, fez e tudo na vida. Foi colono em Nova Petrópolis, gaiteiro (tocou muitos bailes na região...),  alfaiate, inventor, mecânico de máquinas de costura, aposentou-se como eletricista. Tem sua oficina num dos compartimentos de sua casa, aqui na Rua Albino Sganzerla. Menos de 100 metros de minha casa. Nas prateleiras, na mesa e,  mesmo penduradas pelas paredes, têm ferramentas e objetos os mais diversos. Na última vez que estive lá, levei meu rádio Motorbras que ganhei há poucos meses. Fez testes, disse-me que havia algo de errado na condução da voz para o alto-falante.  Quando lá retornei, recebeu-me sorrindo e disse que "o doente estava curado"! Liguei-o e estava tudo uma maravilha. Outra vez, levei uma furadeira que diziam, nas especializadas, que não tinha mais conserto. Ele fez uma peça para substituir a que estava com desgaste e deixou tudo funcionando.

         Isso tudo me faz lembrar dos ferreiros, sapateiros, funileiros, latoeiros e açougueiros da antiga Rio Capinzal. Com exceção dos dois últimos, os demais pertencem a castas em extinção. Mas há poucas pessoas dispostas a aprenderem os citados ofícios. Tais profissionais, artesanalmente, consertaram utensílios calçados, máquinas e equipamentos durante sua vida. Hoje, altas tecnologias estão colocadas no mercado consumidor para serem descartadas intensamente. Ocasionando montes de lixo...

         Aqui, minha homenagem ao Clementino Anzolin e ao Valério Dal Cortivo, verdadeiros artistas em suas funções!

Euclides Riquetti
31-05-2016

Pandemônios em meio à pandemia



Nota do MEC com erro de português e teoria da conspiração vira ...


      O mês de junho, ao contrário dos anos anteriores, em que as festas juninas eram o local predileto para os políticos circularem em meio aos seus eleitores, terminou de uma maneira bem diferente, com um pandemônio na área saúde no território brasileiro e também na área política. Muita confusão na esfera federal, em alguns estados e mesmo relativamente a alguns municípios. O drama da expansão do novo coronavírus tem deixado as pessoas deprimidas, até desoladas. Por outro lado, a cada dia que passa, mais pessoas saem às ruas, buscam a recreação, o lazer, ou mesmo para cumprir os compromissos de trabalho. O crescimento do número de óbitos e os casos confirmados como positivos após testagem nos assustam.
       Nos últimos dias, o Presidente Jair Bolsonaro até que se comportou, foi comedido em suas falas, demonstrou querer aderir ao jeito do “paz e bem”. Entusiasmado com a possibilidade de nomear um Ministro da Educação altamente titulado, que ter-se-ia doutorado na Argentina e feito pós-doc na Alemanha, militar da reserva da Marinha, disciplinado, educado e bem-sucedido, ainda por cima de cor escura, novidade num ministério composto por brancos, Bolsonaro era só sorrisos. Num primeiro momento, um ou outro representante de alguma entidade pôs reparos na escolha, coisa de política. Muitas entidades se mostraram satisfeitas com a nomeação de Carlos Alberto Decotelli para o Ministério da Educação, vago após a passagem de Ricardo Vélez Rodriguez e Abraham Weintraub. Eu mesmo achei que, diante do currículo do cidadão e do seu semblante denotando simpatia, após os comentários de líderes de entidades que, finalmente, a educação estaria em mãos de uma pessoa muito séria, pois o Ministério em referência é de uma estrutura muito complexa a ser administrada. Mais no campo das ideias do que na estrutura física e na humana.
       Mas a alegria do Presidente e dos que achavam que iríamos passar a navegar num mar de calmarias durou pouco! O fim de semana teve os meios de comunicação repleto de notícias com sérios reparos ao currículo lates da nova Excelência. O ministro publicara ter doutorado sem ter defendido tese, e o pós-doc não documentado, além de outras falhas “muito feias”, até grosseiras. E mesmo plágios! E tudo foi desmentido pelos reitores das universidades citadas pelo candidato. Agora, até mesmo a FGV nega que ele tenha sido professor da mesma, e sim um professor colaborador, tendo ministrado cursos sem ser professor efetivo nos seus quadros, equivalendo a quase que um “ACT” na Educação Básica aqui em Santa Catarina. Mas me parece difícil acreditar que uma pessoa que atue por décadas para a FGV não seja considerado  professor da mesma. As justificativas fracas e a inconsistência do currículo, acabaram fazendo com que ele pedisse demissão, sem mesmo ter tomado posse...
       Esse tipo de atitude de inflar currículos não é privilégio de Decotelli, pois tivemos “inadequações” nas menções dos dois ministros que o antecederam, bem como da Ministra Damares Alves e do Ministro Ricardo Salles. Ainda, andaram na mesma conduta “equivocada” a ex-presidente Dilma Rousseff, o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, o prefeito Marcelo Crivella, para citarmos os mais famosos. Todos têm suas explicações, atribuem a falhas técnicas, a falhas de assessores, mas, como é dito nessas ocasiões, “explica, mas não justifica”, um falar muito adequado aos casos.
       Porém, pandemônio, mesmo, foi o que aconteceu aqui em Santa Catarina, na tarde da terça-feira, 30, em que um violento vendaval varreu o estado, saindo de Oeste e indo para a Leste, até o Oceano Atlântico, causando mortes e muitos danos a edificações e à natureza. No Rio Grande do Sul a ocorrência de uma morte estragos. Estragos também em cidades do Paraná. Repetiu-se o que já é histórico aqui em Santa Catarina, em que eventos climáticos adversos acontecem quase que sistematicamente, anormalidades que espalham o terror e o medo dentre os catarinenses. Hoje, nossa Defesa Civil é bem preparada, emite sinais de alerta da ocorrência desses fenômenos, as pessoas procuram se resguardar ou proteger, mas a força dos ventos em tornados ou ciclones é devastadora. E, como dizia o ex-prefeito de Herval d ´Oeste, Nelson Primo, já há três décadas, “depois da tempestade vem... o conserto dos estragos”!
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC - em 04-07-2020

Cuide, com carinho, de seu coração





 
Quando seu coração estiver triste, sentindo-se maltratado
Porque alguém não lhe deu o devido valor ou não o compreendeu
Quando sentir que você deu de seu amor e nada em troca recebeu
Porque ele não entendeu a grandeza e o tamanho de seus sentimentos
Ou ou mesmo porque  não aprendeu o que é um verdadeiro amor.
Lembre-se de que, na vida, temos bons e maus momentos
Que há, nela, turbulências com que nos devemos habituar
E que, depois de cada noite triste e silenciosa
Um novo sol dourado com o céu  azul  pode chegar
Uma manhã límpida,  agradável, terna e prazerosa.

Não permita que  insultem ou maltratem o seu coração
Porque quem o faz não merece as suas lágrimas e melancolia
Nem as noites de sono perdidas por causa da desilusão.
Imagine, então, que pode haver alguém esperando com alegria
Alguém que nunca foi percebido nem notado
Mas que pode, realmente, ser um grande apaixonado
Que espera, há muito,  pela oportunidade de lhe ter.

Então, lute firmente para ser feliz
Sem desesperar-se e nem chorar por quem não a merece
Pois, amanhã, a situação pode se inverter
E o seu sofrimento de hoje pode  alojar-se do outro lado.
Jamais se submeta ao sofrimento e nem à humilhação
Cuide com carinho, cuibe bem, muito bem,  DE SEU CORAÇÃO!

Euclides Riquetti

terça-feira, 7 de julho de 2020

Você é muito especial



  




Você é pra mim, alguém muito especial
De quem eu gosto, quero muito, demais
Gosto como gosto de peras, de goiabas
Como gosto de figos e uvas adocicadas
De todas as frutas e das flores tropicais:
Você é atraente e divinamente sensual!

Suas mãos e os braços são tão jeitosos
Seus ombros têm o gosto das essências
Gosto de seus olhos e de seus cabelos
Seus dedos finos, só desejo mordê-los.
Seus lábios têm desenho de excelência
Adoro sentir os seus aromas cheirosos ...

De sua boca, vêm palavras interessantes
Meu pensamento vaga para a encontrar
Você é feita dos mais nobres elementos
Com quem quero dividir os sentimentos.
Você é parte de meu sentir e meu sonhar
Com seu belo sorriso e modos elegantes!

Euclides Riquetti

Apenas nós e o verbo amar!






Deus me permitiu ser poeta
Pra que eu pudesse escrever
Da forma mais livre e direta
O que meus olhos podem ver...

E, se Ele resolveu me permitir
Que eu assim me expressasse
Poder chorar, até poder sorrir
Então me queira e me abrace...

Para que, no íntimo do beijo
No ímpeto do nosso desejo
Nós possamos nos deliciar...

Para que o amor se concretize
E que nos tempos se eternize:
Apenas nós e o verbo amar!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Há uma estrela na escuridão








Há uma estrela singular em meio à escuridão
Uma nuvem branca em meio à turbulência
Uma doce musa que me traz a inspiração
Uma presença que compensa todas as ausências.

Há um gemido de prazer que vem de uma janela
Um sussuro no ar que me chama à atenção
Um reencontro provável depois de longa espera
Um aceno de olhar, uma provável paixão.

Há uma esperança renovada, uma nova luz que brilha
Uma retomda de caminho, uma possibilidade
Para uma alma frágil, débil, maltrapilha.

Mas há uma força que me levanta, impele e anima
E que me devolve a uma bela realidade:
A de lutar por quem meu coração sugere e determina!

Euclides Riquetti

Da Fajo à Unoesc - Acadêmicos Pioneiros

Nome de reitor de universidade de SC ganha força para assumir o MEC


Conterrâneo Aristides Cimadon

          O ano era 1972. Havíamos concluído o curso equivalente ao atual Ensino Médio no ano anterior, na Escola Técnica de Comércio Capinzal, como Técnico em Contabilidade. Representávamos uma geração de trabalhadores, a maioria do serviço pesado. Eu trabalhava como frentista no Posto Ipiranga, de Capinzal. Antes, fora lavador de carros noutro, serviço que me causou uma pneumonia e interamento hospitalar por uma semana. Tínhamos que tomar algum rumo, mas todos tínhamos uma determinação: Deveríamos continuar a estudar.

          Alguns colegas iriam para Florianópolis, outros para Curitiba. Muitos não queriam deixar a cidade, tinham conseguido empregos em escritórios contábeis ou  em empresas e estavam com a vida pessoal encaminhada, não desejavam mudar de cidade. Cogitei estudar Economia em Lages, mas gostava de ler, de escrever, não tinha nenhuma definição ainda sobre o que cursar. Costumava ler biografias de grandes vultos nacionais e percebia que, a maioria deles, tinha formação jurídica ou em letras. Encantava-me. Queria ser como eles, queria escrever, compor poesias, contos, crônicas até.

          Meu pai, Guerino, professor, disse-me que entre ser professor e economista eu deveria ser professor. Certamente que não ficaria rico, mas que ganharia o suficiente para me sustentar. Então, o professor Teófilo Proner ajudou-me na decisão. Disse-me que em União da Vitória havia a Fafi, onde eu poderia estudar Letras/Inglês. Foi na medida pra mim. Iria buscar meus fundamentos para escrever, iria conhecer novas pessoas e matar quem me matava: o Inglês. Eu era uma calamidade  em Inglês. Mas fui.

          Alguns dos colegas que permaneceram em nossa cidade também tiveram ótimas perspectivas:  Em Joaçaba, distante apenas 35 Km, iria começar a funcionar um curso Administração de Empresas. Estavam criando, há quase a 4 anos, a FAJO, Faculdade de Admistração de Joaçaba. Começou com 9 professores.  Foi a salvação da lavoura para aqueles jovens determinados e estudiosos. De nossa "Rio Capinzal" tivemos e exitoso colega Osvaldo Federle, o Machadinho, hoje um dos proprietários da Êxito Contadores. Começou na primeira turma, a de 1972. Mas, por falta de condução para locomover-se a Joaçaba, trancou matrícula e esperou o segundo semestre, quando também foram acadêmicos o Adauto Francisco Colombo e o Benoni Zóccolli (filho).

        Esses foram os três primeiros acadêmicos de nossa cidade a fequentarem a FAJO, que funcionou nos dois primiros anos junto ao Colégio Marista Frei Rogério. Depois foi transferida para o Colégio Celso Ramos, na sequência para o Pavilhão Frei Bruno e para o Colégio Cristo Rei, onde permaneceu até a inauguração da sede atual.

        O amigo Machadinho conta que o  primeiro transportador de alunos para Joaçaba foi o Ludovino Baretta, popular Chascove, meu primo e compadre, com uma de suas Kombis. Depois o Zeca Almeida e um funcionário do Banco do Brasil, o Rogério, conhecido como "Desligado", comprou uma Kombi e continuou a realizar o serviço. Os custos de transporte eram bancados pelos próprios acadêmicos. A Rodovia Estrada da Amizade não tinha nenhuma pavimentação. Muitas vezes tiveram que empurrar as Kombis nos dias de barro. Ou desviar por Linha Sete de Setembro, aumentando em muito o tempo da viagem.
          A Fajo foi transformada em FUOC, Fundação Universitária do Oeste Catarinense. Em 1992 já era transformada em  Universidade do Oeste Catarinense e,  em 1996,  reconhecida como Universidade. O grande comandante de toda a sua evolução foi, sem dúvida alguma, o Professor e Doutor Aristides Cimadon. Coordenou toda a sua implantação. E, desde 2004 é seu Reitor. Tem mandato até 2016. É difícil imaginar a Instituição sem a figura do Aristides.

          Na década de 1970 trabalhou como educador em Capinzal. Em 1978 ingressou nos quadros do Estado de Santa Catarina através de concurso, tendo obtido o primeiro lugar na área de sua formação. É um cidadão muito inteligente. Suas entrevistas, no rádio, seguem um extraordinário padrão didático. Ouvi-lo, é a mesma coisa que estar tendo uma aula.

          Ingressei no magistério em outra área, no mesmo concurso. Cruzamo-nos muitas vezes em encontros da educação e nos jogos de futebol. É muito elegante no falar e tem elevado carisma. Quando ele saiu de Capinzal, preocupamo-nos, pois perdíamos um grande professor. Mas agora vemos que não foi uma perda, foi um ganho. Nossa região ganhou muito com ele. Só o campus da Unoesc em Joaçaba tem 6.000 alunos. E ele é um dos principais protagonistas da sua  ascensão. Homens determinados implantaram a FAJO há 4 décadas. Sua semente foi a que proporcionou os melhores frutos para a nossa região. Permitiu que tivéssemos um grande impulso de dsenvolvimento. Graças a isso, hoje, nossa iniciativa privada é muito forte e segura, efetivamente, a economia da região, com excelência na qualidade dos serviços e produtos.

Euclides Riquetti
26-03-2013

Eu quisera que tu me quisesses








Eu quisera que tu me quisesses como eu te quero
Eu quisera que tu me entendesses como eu te entendo
Eu quisera que tu me dissesses,  pois  não compreendo
Por que não dizes as palavras que eu tanto espero?

Eu pensei que  em teus sonhos divinos  estivesse presente
E mergulhei na paixão desmedida que tanto nutri
E agora me vejo sozinho, afastado de  ti
Sedento de amor e desejo na noite fervente!

Os anos passam, o mundo anda ligeiro, ligeiro
Não há porque não deixar as coisas acontecerem
E os sonhos precisam ser vividos agora,  por inteiro.

Os anos passam e as pessoas também se vão
Sem que elas possam tudo isso perceberem
Sem conviver  com  a alegria de uma paixão...

Euclides Riquetti

Vai levar os teus versos e os teus encantos


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Levanta-te e vem caminhar comigo
Traze de volta o  ânimo em teu semblante
Trago-te alento, sou teu verdadeiro amigo
Quero que tenhas a força de um gigante.

Levanta-te, como se levanta o sol nas tuas manhãs
Abre teus braços e vem forte  me abraçar
Faze corar no teu rosto ambas as maçãs
Chama de volta o brilho no teu belo olhar.

Levanta-te,  na manhã ensolarada ou  na manhã chuvosa
Sai por aí distribuindo teu sorriso e teus  afagos
Dize ao mundo que a vida simples é prazerosa
Que em meio aos desertos podem esconder-se os lagos.

Vai, anda pelas ruas, cidades e campos
E, em cada canto,  vai cantar teu canto
Vai levar a todos os teus versos e os teus encantos!

Euclides Riquetti

domingo, 5 de julho de 2020

Lágrimas de cristal


Olhos imagem 1

Misturam-se as lágrimas de cristal
Aos pingos de chuva que caem
Que rolam pelo seu rosto  ao natural
Que excitam o seu corpo escultural
E vão buscar o mar...

Perdem-se na imensidão das águas colossais
Perdem-se nos dias, nos meses, nas tardes outonais!

Levam consigo significados benditos
Dúvidas e certezas que se esvaem
Levam dores, sentimenos e conflitos
Brotados de corações sôfregos e  aflitos
Que buscam sua alma para se abrandar...

Tornam-se grãos de areia a acariciar meus pés
Tornam-se diamantes que flutuam nas marés.

Assim são as lágrimas derramadas por amor
Que não se evaporam, eternizam-se simplesmente
E podem compor um mundo de alegria,  ou mesmo de dor
Levemente, delicadamente, docemente...

Apenas lágrimas de cristal
Que caíram de seus olhos de mar!

Euclides Riquetti

O levante do luar dourado


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Levanta-se, no fim da tarde,  no eldorado
O luar dourado que resplandece
E, ao levitar sobre o mar,  extensamente ondulado
De um  prateado fulguroso se reveste
Para abençoar o horizonte santificado.

Levanta-se, com a cor do ouro casto e polido
O luar fogoso a redesenhar o agreste
E, ao escalar as nuvens, no acorde sustenido
Energiza  os coqueirais perfilados do Nordeste
No quadro fantástico pela  natureza esculpido.

E os sonhos  dos amantes e dos enamorados
Juntam-se no vagar das ondas da imaginação
Enquanto os ideais já  quistos e projetados
Juntam-se no eternizar do  poema e da canção
No concerto dos ventos gentis ali soprados.


Euclides Riquetti

Amor de paixão

Amor de paixão

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Bem sei onde moras, bem sei o teu nome
Bem sei como és, como são o teus olhos
Sei a cor de tua pele, o sabor  de teus lábios
Sei do vinho que bebes, dos doces que comes.

Sei sobre tudo o que pensas e tudo o que escreves
És um livro aberto, uma casa sem portas
Sobre  os versos que escrevo, longos ou breves
Sei quanto que os lês, e com quantos te importas.

Bem conheço tua alma e  teu corpo sensual
És a perfeição que não se encontra num lugar qualquer
A dama que transborda de perfume magistral.

Não quero mais chamar-te de  amiga do coração
Mulher linda e poderosa, mulher, bela mulher
Quero apenas que sejas meu amor de paixão.

Euclides Riquetti