sábado, 19 de novembro de 2022

Espalhe seu perfume no ar


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Espalhe seu perfume no ar
Deixe-o impregnar-se  em mim
Deixe sua fragrância eu tragar
Para que a possa sentir bem assim.

Eu quero me perder calmamente
Poder me envolver em suas carícias
Me deixar seduzir levemente
Por seus beijos de sabores e delícias!

E, mesmo nesta manhã turbulenta
Me convide ao carinho e ao afago
Me dê sua alma faminta e sedenta.

Me abrace, me roube, me tenha
Me prenda, me segure ao seu lado
Me enlace, me amarre,  me queira.

Euclides Riquetti

Eu preciso de uma palavra

 


 

Eu preciso de uma palavra
Que me falta
Não para escrever um soneto
Nem para compor um concerto
Mas para te fazer um poema...

Eu preciso de uma palavra
Que não esteja no dicionário
Mas que pode estar num sacrário
Que se esconde num coração!

Eu preciso de uma palavra
Que eu nunca a tenha encontrado
Que nenhum poeta tenha usado
Para compor uma canção!

Eu preciso encontrar a palavra certa
Que me deixe uma porta aberta
Para chegar até você...

Uma palavra envolvente
Que possa me levar, lentamente
Para dentro de você...

E, mesmo que na longa distância
Eu possa transpor as barreiras
E de uma ou outra maneira
Chegar perto de você...

( Distância,  palavra cruel
Que inspira o menestrel
Mas que tortura os amantes
E que nem os mundo andantes
Não conseguem superar ).

Distância que leva à loucura
Que nos maltrata e tortura
Aqui e em qualquer lugar
Mas que não impede meu pensamento
De em seu íntimo  aportar...


Euclides Riquetti

Esperavas que eu te mandasse rosas

 


 



Esperavas que eu te mandasse rosas
Talvez vermelhas ou amarelas
Desde que fossem cheirosas
Com suas pétalas singelas...

Esperavas que eu te mandasse flores
Mesmo que fossem gerânios
Ou cravos extemporâneos
De  matizes multicores...

Mas eu te mandei, gentilmente
Versos que na noite compus
Versos de amor e de luz...
Que eu compus sutilmente.

Versos que me dispus a compor
E que espero que tu aceites
São meus eternos  presentes
Meus doces versos de amor!

Para ti, somente para ti!

Euclides Riquetti

Escrevi teu nome no meu coração

 


 



Escrevi teu nome dentro de meu coração

Caprichei na letra, pois tu bem mereces

E isso foi definitivo, uma firme decisão

E podes me retribuir com amor e preces.


A partir dele, eu compus um acróstico 

Um poema enigmático, com meio e fim

Queria te cortejar, era meu propósito

Queria que dissesses que gostas de mim.


Coloquei nele meu romance e muita poesia

Fi-lo com toda a minha possível devoção

Deixei-to para que coloques nele a melodia.


Lego-te meu acervo e minha obra instantânea

Tudo o que eu compus com toda a dedicação

Guarde nele, para ti, uma  modesta coletânea.


Euclides Riquetti

Teu corpo é charme, tentação e poesia

 


 



Teu corpo é charme, tentação e poesia

É tão encantador quando dia de sol quente

Tão sedutor em baby doll transparente

Tão poderoso a propagar energia...


Teu corpo tenta, atrai, empodera, seduz

Desafia a imaginação e todos os instintos 

Foge e se esconde em secretos labirintos

Na sinuosidade de um túnel sem luz...


Teu corpo é propagação de amor e desejo

A atiçar os cérebros mais acanhados 

A desafiar meus olhos cheios de pecado

E meus lábios densos de tanto desejo!


Euclides Riquetti

Pra ti, minhas melhores energias


 



Pra ti, minhas melhores energias

Tudo o que eu possa liberar de meu ser

A confiança e o otimismo que faz crescer

A motivação que nos traz só a alegria!


Nem todos os dias são ensolarados

Há aqueles que nos deixam depirimidos

Mas eles podem ficar animados

E para isso, muito amor é preciso!


Conte com o meu em todas as horas

Rezo por você desde que me levanto

O rosto que sorri é da alma que não chora

Escrevo-lhe este poema com amor e encanto!


Euclides Riquetti

Você tem desafios a enfrentar

 


 



Você tem muitos desafios a encarar

Então enfrente-os com galhardia

Você não é mais apenas uma guria

Que sua mãe acarinhava para ninar.


Você tem um mundo que a rodeia

Pessoas que lhe querem bem e apoiam

Mãos a protegê-la, olhos que a olham

E colhe os frutos que planta ou semeia.


Por certo mais virtudes que defeitos

Muito crédito junto a tantas pessoas

Aquelas que apoia e nunca magoa

Seres humanos nunca são perfeitos. 


Euclides Riquetti

Pão quente! Saudosas lembranças

 


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Foto meramente ilustrativa
     
          O dia  não vira, ainda, os primeiros claros do sol que deveria vir de Leste. As pessoas já andavam pelas ruas em sua ida para o trabalho, quando a fábrica da Pagnoncelli Hachmann abria sua estrondosa buzina a vapor, anunciando à cidade e a seus funcionários a hora do início de seu trabalho. Algumas senhoras emoldurando a cabeça com uma fita vermelha ao pescoço, que pertenciam ao "Apostolado da Oração", dirigiam-se à Matriz São Paulo Apóstolo para a Missa das Seis que seria celebrada pelo Frei Gilberto. As crianças nem tinham saído de suas casas para tomarem o caminho de suas escolas.. O frio da noite inibira até os animais de emitirem seus uivos, piados, grasnados  e mugidos. Apenas um ou outro galo liberava o canto na garganta. Era ainda madrugada...

         O silêncio era quebrado apenas pelo toque-toque das ferraduras nos cascos de um cavalo zaino que vinha em marcha bem ritmada pela "ponte nova", tracionando uma charrete. E algumas senhoras desciam até as proximidades da ponte, ali defronte a Indústria de Bebidas Prima,  portando suas cestinhas ou esportas confecionadas com palha de trigo. Objetivo: comprar pão sovado, da Padaria do  Cadorim, a única existente no primeiro quarto da década de 1960.

          Lembro da época como se fosse hoje. Fiz até amizade com o padeiro, que depois virou meu colega de aula na Escola Técnica de Comércio Capinzal: Artêmio Tonial, o Padeiro. Adiante, foi sucedido pelo Alcebides Soccol. A cidade se habituava a essas pessoas que traziam alegria em forma de pão quentinho...

          E lembrar do pão que vinha na  caixa de madeira portada pela charrete faz-me volver  o pensamento para aquela cidade bucólica de nosso Vale do Rio do Peixe, com a praticamente ausência de veículos nas ruas naquelas horas da manhã. Apenas um ou outro caminhão carregado de toras de madeira para alimentar as serrarias. Quando acabava nossa fornada de pão caseiro meu pai ia,  às sextas-feiras, esperar pelo pão de padeiro. Era uma alegria comer aquele "sovadinho". Depois,meu pai e eu tomávamos o mesmo rumo naquelas saudosas manhãs: o Colégio Mater Dolórum, onde eu frequentava o Terceiro Ano Primário, tendo como professora a Dona Marli Sartori. E meu pai o Normal, em nível do atual Ensino Médio, que naquela tempo chamavam de Segundo Ciclo Secundário.

       E ele era o único dentre duas dezenas de mulheres. Ainda lembro de seu quadro de formatura e de algumas pessoas que tinham sua foto nele: Vanda Faggion Bazzo, Dr. Nelson de Souza Infeld e algumas freiras. E, como colegas, Luinês Soares, Inês Dalpisol, Estela Flâmia, Lourdes Eide Fronza, Doraci Infeld, dentre outras.

          Os anos foram passando, as coisas mudaram muito. As cidades entopetaram-se de carros, multiplicaram-se as padarias, mercearias, mercados. Inventaram mil e uma receitas, todas muito deliciosas. A cada dia inventam maravilhosos novos produtos nas confeitarias e padarias.  Mas há duas coisas insubstituíveis em minha cabeça e meu coração: O cheirinho do pão quente saído do forno a lenha que minha mãe fazia  e a maciez do pão sovado do Cadorim, que o Artêmio e o Bide nos traziam na charreta do cavalo zaino. Isso é impagável...

Euclides Riquetti
22-05-2013

Gente que fez: Universidade do Vale do Iguaçu - União da Vitória - PR

 


                                   Avenida Manoel Ribas, União da Vitória - PR - foto da época
          No início da década de 1970, quando ingressei da FAFI, em União da Vitória, iniciava-se, na cidade, uma forte campanha para que a cidade pudesse se desenvolver. Até então, vivia-se em função da industrialização da madeira com fornecimento para o mercado interno e para exportação. Havia madeireiras poderosas na cidade. Serragem e beneficiamento de pinheiro araucária,   imbuias e outras madeiras nativas garantiam a economia.

           Na época, pelo menos dois fatores deram um "baque" na economia local: Com a guerra de Israel e os Países Árabes, em outubro de 1973, houve alta nos preços dos combustíveis, em especial a gasolina. Não se conhecia ainda o etanol e havia muitos caminhões acionados a gasolina, elevando os custos de produção. O óleo diesel era mais barato e a solução foi os proprietários irem comprando motores a diesel e adaptando-os aos caminhões Ford  e Chevrolet. Em  seguida, veio uma "proibição" da exportação de madeiras e a economia de Porto União da Vitória foi muito abalada. Lembro-me do desespero de empresários com menos poder de fogo e dos operários com medo de perderem o emprego e dos caminhoneiros perderem seus fretes.

          Talvez antevendo isso tudo, algumas pessoas influentes na cidade começaram a planejar a implantação de uma instituição de ensino superior forte, que viesse a alavancar o desenvolvimento de Porto União da Vitória: a criação da Universidade do Vale do Iguaçu, cujo embrião foi a FACE - Faculdade de Administração e Ciências Econômicas, com o empenho de pessoas dedicadas como José Nelson Dissenha, Moacir de Melo, Hélio Bueno de Camargo, o Professor Raul Bortolini, Odilon Muncinelli, Sérgio Ângelo Francisco Mattioli e alguns colaboradores.

         Lembro de uma reunião havida, possivelmente no Clube Apollo,  em que a ideia da nova Universidade nos foi trazida. A FAFI disponibilizava, então, Letras, Pedagogia, História e Geografia, que se transformou em Geociências. Na memorável reunião, o Dr. Mattioli, Juiz de Direito, falou da importância de termos a Universidade do vale do Iguaçu e de que precisávamos unir nossa força moral e intelectual, com apoio do empresariado e da classe política, para que isso acontecesse. Naquela noite, uma pequena mensagem nos era passada, impressa num pedacinho de papel: "Universidade do vale do Iguaçu - Não somos tão ricos que nada possamos receber, nem tão pobres que nada possamos dar" - guardo isso muito bem em minha memória...

         Os anos passaram, a maioria dos cursos sonhados na época já estão funcionando na UNIUV, a cidade sobreviveu a algumas enchentes, tem um comércio  e a prestação de serviços bastante diversificada, uma "capacidade intelectual instalada" forte e sempre em ascensão.

          As cidades não podem deixar de reconhecer a importância que as pessoas que mencionei acima, e muitas outras, tiveram para seu desenvolvimento e sua sustentabilidade. Parabéns a essas pessoas por terem plantado as primeiras sementes, lá atrás.

Euclides Riquetti
18-07-2015

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Falam as rosas

 


                                             (De meu cultivo)


Falam as rosas
Palavras perfumadas de veludo
Rosas formosas
Que dizem que eu te amo,  sobretudo.
Falam as rosas
E eu as escuto com o coração aberto
Pois que, ao certo
Elas me dizem muito, dizem tudo...

Falam as rosas
E dizem das canções que já ouvimos
Sobre nossos destinos
Sobre outras flores perfumosas
Que tocam nossos corações cheios de ternura.

Falam-nos as rosas
Delicadas, brancas,  cor-de-rosa...
Mas falam as rosas
Vermelhas, amarelas, delicadas
Como o som da brisa
Ou o brilho das estrelas prateadas
Falam as rosas!

Falam do amor
Que o destino resolveu manter distante
Das lágrimas que se transformaram em diamantes
Das mãos que tocaram minhas mãos
E dos lábios que beijaram os meus lábios
Como nunca antes!

Falam as rosas o ano inteiro
Como aquelas   que falaram em janeiro
E as que virão, certamente, encher-nos de perfume
Para acalmar a consciência que nos pune
No calor de todas as tardes de fevereiro:
Falam, suavemente
Falam, delicadamente
Falam as rosas!

Euclides Riquetti

Loba mulher

 



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Loba mulher dos sonhos cor-de-rosa
Loba mulher dos pensamentos que anuem
Dos lábios que me retribuem
Dos pecados que os meus diluem.

Loba mulher dos cabelos molhados
Desalinhados
Perfumados...

Loba mulher de cabelos e olhos encastanhados
Delicados
Encantados...

Loba mulher
Dos sonhos e encantos
Que provocam meus prantos
(Prantos nada santos...)

Loba mulher fervilhosa
Deliciosa
Dos sonhos azuis, dos sonhos cor-de-rosa:
Loba mulher!


Euclides Riquetti

Nascem as flores...

 


  
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Nascem as flores  nos canteiros
Nos vasos, jardins e floreiros
Nascem nos campos as flores
De todos os matizes e cores.

Nasceram as flores em janeiro
E continuam a nascer em fevereiro....

Nascem flores champanhe muito belas
Rosas brancas, vermelhas, amarelas
Nascem nos montes  as flores
Vêm nos perfumar seus olores.

Nasceram em botões e se abriram
E meus olhos as contemplam (e admiram!).

E as flores em janeiro nascidas
Ali estão, formosas e coloridas
A conquistar os transeuntes embasbacados
A conquistar meus olhos abrilhantados.

Ah, flores frágeis e esplendorosas
Mas também  belas, singelas  e viçosas.

Mas apenas flores
A povoar os vasos
Os jardins:
A encantar você
A encantar a mim!

Euclides Riquetti

No embalo dos sonhos

 


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No embalo dos sonhos, eu fui te encontrar
Nas vielas, nas ruas, na tua cidade
Doce, bela, com teus olhos a brilhar
Elegante, bonita, uma mulher de verdade!

No embalo dos sonhos em ti eu mergulhei
E juntos navegamos pelo espaço estelar
Uma verdadeira diva, por quem me encantei
Uma musa que me inspira e me faz sonhar...

No embalo dos sonhos eu te fiz uma canção
Uma canção de amor, plena de poesia
Com o intuito único de afagar teu coração
Uma obra  de arte, com toda a maestria!

Euclides Riquetti

Bom dia, boa tarde, boa noite!

 


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Bom dia!, boa tarde!, boa noite!, saudações!
Desejo isso, sincera e ardentemente.
Quero chegar em todos os corações
Mas quero que haja recíproca, evidentemente!

Meus cumprimentos são autênticos e verdadeiros
E, quando os emito, espero por iguais propostas
Quero que meus sorrisos sejam os primeiros
E que os seus me venham com belas respostas.

Não gosto que me ignorem, detesto a indiferença
Pois isso me incomoda e muito me inquieta
É tão fácil me ser gentil, dar-me sua presença
Isso anima meus sentimentos de sonhador poeta.

Abençoai, meu Deus, as almas de quem sente
Protegei todos aqueles que nos incriminam
Perdoai os pecados de quem quer que  tente
Ignorar aqueles que deles tanto precisam!

Euclides Riquetti

Vai, corre pelo teu corpo, a água inodora

 



Vai, corre pelo teu corpo, a água inodora

Vai, silenciosa, acariciando teus seios

Leva, com ela, todos os pecados alheios

E lava os teus, mulher divina e formosa!


Vai, forma entre as pedras as corredeiras

Desvia-se do tronco da árvore frondosa

No ar, o perfume róseo das pitangueiras

Em rios, vai forte, violenta, e belicosa...


Vai e forma todos os rios, lagos e mares

Deposita neles os teus veniais pecados

Para se juntarem aos meus já perdoados.


Enquanto tu dormes teu sono a sonhares

Eu te componho meus clássicos sonetos

E eu te reservo minas rosas em macetos!


Euclides Riquetti

18-11-2022







quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Como os doces ventos de março



"Como os doces ventos de março"

Os doces ventos de março voltaram
E, com eles, as belas recordações
E, por aqui, parece que ficaram
Trazendo-nos as ternas emoções...

Os doces ventos de março sopraram
E animaram as brasas certas
Aquelas que antes se ocultaram
Em praias distantes e desertas...

Os doces ventos de março reacenderam
Paixões há muito adormecidas
As almas frias se reaqueceram
E as noites tristes foram banidas...

Porque nos voltaram os doces ventos
Que há muito deixaram de soprar
E apagaram velhos ressentimentos
Que foram se extinguir no mar!

Euclides Riquetti

Louane Emera e "A Família Bélier"

 



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          Numa tarde de sábado, há seis anos, assisti ao filme francês "A Família Bélier", lançado em 2014. Emocionei-me!

          Filme românticos e similares me contagiam. Assim como me contagiam as belas canções. As belas fotografias, as belas pinturas também me seduzem. Mas, no filme, o que  me contagiou foi o enredo e atuação de todos os atores. É a história de uma adolescente, Paula, estudante, filha de um casal de fazendeiros surdos. Tem um irmão, que também é surdo. Paula, interpretada por Louane Emera, cujo nome original é Anne Peichert, nascida em Hénin - Beaumont, em 26 de novembro de 1996, sagitariana como eu, é muito ligada em sua família. Como consegue ouvir e falar, a bela garota atua como intérprete de seus familiares, ajudando a administrar sua fazenda e ainda nos negócios.

          Louane é cantora e atriz, mora na França e projetou-se por tornar-se finalista do "The Voice, la plus belle voix", e ainda pela sua atuação no filme em pauta. Com apenas 19 anos de idade, já conquistou prêmios importantes no cinema, tendo conquistado o prêmio César de melhor atriz revelação, justamente pela performance em "A Família Bélier". No ano passado, lançou um álbum de canções, "Chambre 12", que fez muito sucesso na França.

         No filme, Paula Bélier é descoberta por seu professor como um talento para a música. Participa de uma audição musical em Paris e, aprovada, ganha bolsa de estudos para estudar na capital francesa. Seus familiares, eu muito têm dependência dela e a adoram, muito gostariam  que permanecesse com eles. Mas...  Ah, e tem mais: ela tem um namoradinho... Bem, não vou tirar de vocês o prazer de verem o filme.

        Mas peço sua atenção para esta jovem atriz. Assim como a Anne Hathaway, Brigitte Bardot, Julie Andrews, Sophia Loren e Cláudia Cardinale, Louane Emera  mostra talento desde bem jovem. Bonita, rostinho limpo de brotinho, certamente vai fazer muito sucesso ainda.

Parabéns, Louane Emera!

Euclides Riquetti

Sorria a Lua

 


 



Sorria a Lua com seu jeito acanhado
O seu sorriso dócil, gentil, encantado
Sorria aquele sorriso de alma pequenina
Que me deixava deslumbrado
Porque eu amava o seu sorriso de menina.

Amei desde sempre
Desde que eu estava no ventre
De minha mãe (querida!).
Certamente!

Oh, terno sorriso  a ameigar meus sentimentos
A amainar meus instintos
A me confortar em todos os momentos:
Vem abraçar o amor que eu sinto
E que me faz poeta e cantador
E que faz de mim um amante trovador.

Sorria levemente
Delicadamente
O seu sorriso bendito
Bonito
Envolvente.

Sorria. Apenas sorria.
E deixe seu prateado beijar
Com seu afeto lunar
Os meus lábios sedentos!

Euclides Riquetti

Novelas de Época - Estúpido Cupido - relembre aqui!

 




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Carneirinho (Tião D Ávilla), Mederíquis (Nei Latorraca)

Tavico/Caniço (João Carlos Barroso) e João (Ricardo Blat)


          Acompanho novelas desde o final do ano de 1975. Foi quando terminei a Faculdade e casei-me. Antes, morei na República Esquadrão da Vida, em União da Vitória, onde não tínhamos TV. Só víamos, pela janela, a TV da casa vizinha, nas manhãs de domingo, quando o Fittilpi pilotava sua Lótus "John Player Special", preta, bonita como o luxuoso helicóptero de meu vizinho rico, nos circuitos de ´Fórmula 1. Nos outros dias era estudar e trabalhar,  apenas.

          Na época, a novela das seis da Rede Globo era "O Feijão e o Sonho", baseada no romance de Orígenes Lessa, de 1938, ano que amibientava a novela.  Lembro que o Cláudio Cavalcanti representava  um escritor sonhador, marido de uma dona de casa vivida pela Nívea Maria. Eram um casal de meia idade para aquele tempo, jovem para os dias de hoje. Tinham duas filhas, uma interpretada pela Lídia Brondi e a outra por Myriam Rios, hoje Deputada no Rio de Janeiro. A Myriam foi convidada pelo Ator/Diretor Herval Rossano. Ela participava de uma seleção num programa de domingo na Globo. Ele viu de casa, telefonou para contratá-la na mesma hora, independente dos testes. Foi seu primeiro trabalho na tela. Mergulhei naquela novela das 18 horas, ficava com muita pena da personagem da Nívea Maria, porque o marido vivia só o sonho e não trazia o feijão para casa...  Aliás, há muitos poetas e romancistas que se esqueceram de levar comida para casa. Apenas levaram seus escritos para embalar os sonhos dos leitores. Ajudaram o mundo das pessoas a ser melhor! Conheço muitas pessoas assim.

          Depois, outra novela que muito me marcou, foi a "Estúpido Cupido", que passou em 1976 e 1977 e era ambientada na fictícia cidade de Albuquerque. Era muito divertida. A música de abertura era "Estúpido Cúpido", a versão nacional de "Stup Cupid", interpretada pela bela Celly Campello. E entre os atores Mauro Mendonça e Maria Della Costa, um timaço de jovens que fizeram muito sucesso nos anos seguintes: Françoise Forton, Ricardo Blat, Ney Latorraca, Luiz Armando Queiroz, (que interpretava um adoidado mas inteligente Belchior), Nuno Leal Maia (o Acioli),   Tião Ávila, (o simpático Carneirinho)  e Djane Machado, (a Glorinha). Mas, quem  dava banhos de beleza e interpretação era a freirinha Irmã Angélica, papel da divina Elizabeth Savalla, que partia o coração dos rapazes, arrancava suspiros dos telespectadores. Bem que podiam reprisar essa novela, nem que fosse na TV a cabo.
Imagem relacionada  Elizabeth Savalla, a Irmã Angélica!


         E a trilha sonora, então, era de arrebentar: Celi Campello com "Estúpido Cupido" e "Banho de Lua" , Osmar Navarro com "Quem é?", Carlos Gonzaga com "Diana", Sérgio Murilo com "Broto legal", Demétrius com "Ritmo da Chuva", e Ronie Cord com "Biquini Amarelo". Até hoje essas músicas fazem sucessos nos bailes da região, quando, ali pelas 2 da mnhã, os conjuntos abrem espaço para nós dançarmos os ieieiês de nossa juventude. E ainda havia o "Al Di Lá", com o Emílio Pericoli e "América", com Trini Lopez, Elvis Presley com "Don´t be cruel", e Johnny Mathis, interprtetando "Misty", na  trilha internacional.

          Gosto muito das novelas de época,d as 18 horas, e das divertidas, das 19,30. Mas observo algumas incoerências da atualidade, pois usam expressões como por exemplo "não está mais aqui quem falou", que é recente e nunca vi na literatura. Difícil acreditar que na amientação de Lado a Lado, 1905, se utilizasse essa expressão. Também falam em "professora divorciada", para a personagem de minha musa de crônicas Marjorie Estiano. Sabe-se que o divórcio, no Brasil, só vigorou a partir de 1977, daí gerar uma incoerência. Aliás, noto que cuidam excelentemente do figurino, da linguagem corporal, mas não se preocupam com a linguagem falada. Deviam cuidar disso também, embora haja quem diga que a TV deve por a linguagem mais atual, para maior interação do público.  Não concordo!

Euclides Riquetti
27-12-2012

Toda a hora é hora pra sonhar

 


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Toda a hora é hora pra sonhar
Hora de andar nas nuvens brancas
De lembrar das canções que sempre cantas:
O pensamento mergulhado nas lembranças
Hora de embalar o teu ninar.

Toda a noite foi feita pra se dormir
E os mais belos sonhos ensejar
Nas praias onde balança o verde mar
Onde o vento nos vem  acalentar
Acariciar o teu rosto a me sorrir.

Todo o dia é dia do sol brilhar
De bronzear a tua pele delicada
Que eu mordisco na noite enluarada
Olhando para a imensidão estrelada
Enquanto sinto o teu coração a pulsar.

E, em todas as horas das  noites e dos dias
Não importando onde quer que  estejas
Meu coração se envolta em alegria
Pois é apenas a ti  que ele quer e deseja:
Musa que me traz à nostalgia
De te  dar minha alma que te corteja...

Euclides Riquetti

Dona Holga Brancher - reeditando e homenageando

 





           Numa noite de quinta-feira, há 9 anos,  fomos surpreendidos pela notícia do falecimento da professora, colega, vizinha e amiga Dona Holga Maria Siviero Brancher. Ficamos entristecidos pela sua partida, que é nossa reação lógica e primeira diante da perda de alguém que estimamos muito e que tornou-se nossa amiga.

          Nossa Dona Holga sempre foi uma pessoa muito determinada em conquistar seus objetivos. Conheci-a ainda pequeno,  pois passava defronte nossa casa, ali no Distrito de Ouro,  com suas crianças, indo  para Capinzal, a pé. Os mais velhos me  diziam: "Aquela ali é da Dona Holga, professora lá no Belisário Pena". Era uma mulher muito bonita!

          Mais adiante, lembro-me de quando eu era adolescente e estudava no Ginásio Padre Anchieta e, numa manhã, logo após nosso recreio, escutamos seus gritos ali em sua casa, quando corria para a rua: "Mataram o Dr. Vilson (Bordin)!" Aquilo me marcou. Foi o acontecimento da década na pacata cidade. Eu já a conhecia bem, fui colega de uma das filhas, Anamar, no terceiro ano primário, 1963, no Colégio Mater Dolorum. Meu pai era amigo dela e do Seu Sady, o marido. Depois, em 1967 e 1968,  foi minha professora no Ginásio Normal Juçá Barbosa Callado, do qual era também Diretora. Era nossa professora de Matemática, Português e Didática. Estava grávida da Vanusa e vinha para a Escola trabalhar com muita energia. E encontrava tempo para deslocar-se a Passo Fundo, onde fazia seu Curso Superior. Tomava caronas com alguns que iam para lá esduar Direito, iam de jipe, pelas estradas poeirentas, dentre eles os Srs. Nízio Baretta e  Antônio Maliska Sobrinho.

          Terminado o ginasial perdi o contato com ela, que só restabeleci em 1977. Morávamos  em Duas Pontes, município de Campos Novos, hoje Zortéa, onde fora lecionar e trabalhar,  e os assuntos relativos à Educação eram tratados aqui em Joaçaba, na 9º UCRE. Quando estavam implantando a Rodovia Joaçaba/Ouro/Capinzal, a Estrada da Amizade, havia muitos atoleiros e, nos dias chuvosos tínha-se que vir por "Linha Sete". Lembro que certa vez tive que dirigir seu Corcel no retorno, pois estava exausta. Era de levantar de madrugada e trabalhar até quase 11 horas da noite.  E, a partir de 1978, nos tornamos colegas na Escola Major Cipriano Rodrigues Almeida, nas Duas Pontes. Minha antiga professora já se tornara nossa grande amiga e vizinha. Foi pioneira em ir ao encontro da educação em nível superior.

          Tinha uma concepção das coisas muito adiante dos costumes de seu tempo. Era uma revolucionária. Buscava participar de congressos onde quer que acontecessem. Em qualquer lugar do Brasil. Era apaixonada por História.  Para ela, não havia fronteiras. E nos dizia: "Falo demais e às vezes me complico por isso, mas é tudo verdade. Acho que sou meio subversiva!"...

          Tinha uma forte liderança perante seus alunos. Programava viagens e ia buscar apoio junto a empresas e ao Poder Público. Em dezembro de 1980 levou os alunos Contadorandos da CNEC para conhecer Florianópolis. Queria levá-los para ver os fortes, mas os eles  queriam praia! Então ela os levou para conhecer o Palácio Cruz e Souza, que era Sede de Governo,  a Praça XV, com sua imponente Figueira, a Majetosa Ponte Hercílio Luz e a Marinha. Também as dunas brancas na Joaquina e as finas areias do Campeche.  Depois, como prêmio, a ida para Balneário Camboriú, para conhecer a praia mais famosa do Sul do Brasil. Recomendava que "os filhotes" não ficassem expostos ao sol, coisa de mãezonha. Ao final, porém, todos com o couro bem vermelho! Acho que dos mais de 40, nenhum ainda conhecia o mar. Ela proporcionava isso a eles! Levava-os para conhecer in loco aquilo que ensinava da sala de aula, quanto aos aspectos históricos e a paisagem natural de Santa Catarina.

           Nossa vizinha, deu-nos muito apoio quando nasceram nossas meninas, dava-nos conselhos, nos orientava, afinal criara sete filhos. Trazia-nos  roupas bonitas quando de suas viagens a São Paulo. Organizava jantares para os alunos "do ônibus", uma vez que, morando em Zortéa, descia algumas noites para lecionar em Capinzal. Ia e voltava no ônibus dos alunos. Parecia uma "aluna maiorzinha" em meio aos demais. Na Escola, uma vez, com ajuda da Miriam, fez um jantar  surpresa para os professores em dia de reunião pedagógica. Era também habilidosa cozinheira.

          Aposentada, começou a aprofundar suas pesquisas para sua monografia de História, disciplina com a qual tinha muita afinidade, e que lecionou a maior parte de sua vida, principalmente no Belisário Pena e CNEC, mas também com passagens pela Sílvio Santos e Major Cipriano Rodrigues Almeida e outras. Em razão disso, escreveu um livro sobre a História Sócio-econômica de Capinzal. Ia às Prefeituras para ver os registros das empresas antigas, à Agência de Estatística, à Casa da Cultura, em Campos Novos, às Exatorias e Coletorias das cidades gêmeas e daquela.

          O lançamento de seu livro aconteceu no Centro Educacional Prefeito Celso Farina, com cerimônia presidida pelo amigo Ademir Pedro Belotto. Lembro bem que ele falou daquilo que realiza o Ser Humano: "Ter filhos, Plantar uma Árvore e Escrever um Livro". E ela estava cumprindo isso! Foi um evento muito concorrido. Deixou uma marca importantíssima com isso. É uma ótima referência bibliográfica de nossa História. Autografou-me um exemplar.

          Há uma década nos encontramos em Toledo, no Paraná, na Festa da Família Durigon, lá realizada. Lá moravam a Ana Leonor e o filho Cássio. Foi, para nós, uma grande surpresa tê-la reencontrado. Depois disso, avistei-a apenas mais uma vez, em Capinzal. Passamo-nos alguns recados pelo facebook e, para nossa surpresa, a notítica de sua partida. Imaginamos que pessoas que nos foram caras um dia devessem ser eternas.

          Uma pessoa muito adiante dos costumes de seu tempo, porque ousava buscar o conhecimento, mrgulhar no desconhecido, sem medo. Isso  num tempo em que as mulheres, em sua maioria, ainda não trabalhavam fora. Foi mãe de sete filhos e os encaminhou todos para frequentarem as universidades, fato que pode ser considerado quase que exceção à regra geral, uma vez que poucas famílias conseguiam fazer isso. Criou, com muito amor,  respeito e exemplo, todos os seus, e fez muito pelos filhos dos outros. Ana Leonor, Anamar, Ana Lice, Antônio João, Maurício, Cássio e Vanusa podem orgulhar-se da mãe que tiveram. Falar de seus filhos era seu maior orgulho. Minha esposa sabe o nome deles e as suas características pelo que a Dona Holga os descrevia em suas falas.

          A manifestação de seus ex-alunos nas redes sociais atesta o quanto foi querida por todos. Quando tivesse que tomar partido em uma situação, ficava ao lado do aluno, o que lhe deu credibilidade e confiança perante ele. Ter sido seu aluno, colega, vizinho e amigo foi um grande privilégio. Fica sua imagem eternizada no pensamento de cada um de nós.  Esteja feliz num lugar muito bonito  mrecido,  Dona Holga!

Euclides Riquetti
25-05-2013

Gosto de você

 



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Gosto de você desde há muito tempo
De quando você tinha cabelos compridos
De quando nos chamávamos por apelidos
De quando tínhamos leves pensamentos.

Gosto, sim, como que no céu há estrelas
Nas noites agradáveis,  muito inspiradoras
Porque temos manhãs azuis e promissoras
Que nos valem pelo prazer de tê-las.

Gosto de você porque você gosta de mar
De ondas, de areias, de águas espumosas
De sol, de sereias, de tardes glamorosas
De ternos perfumes que flutuam no ar.

Gosto de você, gosto muito...bem assim
Gosto de você pelo que você foi e pelo que é
Gosto de você, porque é uma bela mulher
Gosto de você porque você gosta de mim!

Euclides Riquetti