sábado, 30 de março de 2024

Transcendendo

 


Transcendo
Saio do conforto daqui
Liberto-me de meu céu imaginário
Navego no mundo, solitário
E vou pra perto de ti., de ti, de ti...

Transcendo
Busco as respostas que ainda não tenho
Volto no tenro  passado
Projeto-me o  futuro desejado
Viajo, vou e venho...

Transcendo
Porque acomodar-me é covardia
Porque omitir-me  é vergonhoso
Não combina com meu ser impetuoso
Há a desafiar-me, sempre, a ousadia.

Transcendo
É a maneira que tenho para estar contigo
De tocar tuas mãos e beijar teus lábios
De dizer-te os versos mais raros
De chorar em teu ombro amigo.

Transcendo
Para exercitar minha rebeldia
Para dizer-te de meu encantamento
Para, com todo o arrebatamento
Abrir-te minha  alma, guria...

Transcendo...

Euclides Riquetti

Rabisca-se o céu

 


 




Rabisca-se em penas brancas o céu
Como na  tarde de sábado primaveril
Nos campos e nas cidades sou réu
Aqui do Sul do meu Brasil...

Como uma garça, tu  campeias nos ares
Vais buscar as respostas ao que não tem
Como eu já fui te buscar nos mares
Onde fui pra te procurar também...

O que será do amanhã que nos espera
O que será de nosso domingo insólito
Será o amanhã uma doce primavera
Ou apenas mais um dia melancólico?

Euclides Riquetti

Para as mulheres (e toda a sua perfeição) !

 


 


Para as mulheres

             "A mulher foi concebida naturalmente tão perfeita, que se fosse uma árvore e perdesse as flores ainda continuaria charmosa; se perdesse as folhas,  tornar-se-ia  um corpo sublime; se perdesse os galhos, permaneceria sendo mulher; se lhe tomassem as raízes, restaria como um anjo, divina,  flutuante, elegante, frágil mas  forte,  exalando  amor e esperando respostas. Almas não se destroem: recompõem imagens, corpos, seres. Mulheres serão sempre perfeitas. Mulheres serão sempre mulheres, acima de tudo. E de todos!"

Minha homenagem a você, mulher!

Euclides Riquetti

Quando os ventos sopram do sul









Quando os ventos do sul me trazem seu perfume
Vêm de leve para fazer carícias em meu rosto
E, prestes a chegarem as noites no mês de agosto
As estrelas me protegem com seu cândido lume .

Quando os ventos do sul me trazem ares celestiais
E as gotículas de aljôfar refrescam minha mente
Dorme o meu coração,  e vibra minha alma quente 
E os anjos se harmonizam na sinfonia de seus corais.

Cantam os anjos as ternas canções que você canta
Que me transportam para um indescritível paraíso
Para um castelo distante,  que a vista não alcança.

São as canções que os ventos do sul me trazem
Perfumadas com os acordes de que tanto preciso
Nos embalos harmônicos que feliz  me fazem.

Euclides Riquetti

Poetas e escritores -( pessoas muito especiais)

 


 



Existem pessoas muito especiais

São os  poetas e os escritores
Que conseguem sentir muito mais
Que gostam de gente e de flores
De crianças delicadas
E de senhoras abençoadas:
Têm olhos no braços e nas mãos
Têm a alma no coração!

Poetas e escritores são assim:
Fazem crônicas, contos e versos
E poemas de amor sem fim.
Legam-nos,  com generosidade
Para os seres mais diversos
De toda uma sociedade.
Poetas vendem a ilusão
Escritores navegam... na imensidão!

 O que seria do mundo se não houvesse
Que contasse as histórias
Quem não avivasse as memória
Que a lembrança fortalece?
O que seria se o papel ficasse apenas branco
Sem palavras, sem tinta, sem grafite
Sem o escrito muito franco
Que a beleza nos transmite.

Ora, escritores e poetas
Poetas e escritores
Sonhadores ou profetas
Profetas ou sonhadores
Nosso mundo precisa deles
Pois, o que seria sem eles
Que, na noite serena e calma
Alimentam nossa alma?

Euclides Riquetti

sexta-feira, 29 de março de 2024

A paixão que entorpece

 


 


A paixão que entorpece

A paixão que entorpece
É aquela que inebria
O amor que incandesce
É aquele que delicia...

A volúpia que atiça
É aquela que entusiasma
Mas como areia movediça
Engole o que não se acalma...

O sangue que corre quente
É aquele que enrubesce o rosto
A saudade do amor ausente
Faz padecer a alma e o corpo...

A vida mundana
É aquela que embriaga
A atitude profana
Nos expõe e nos deprava...

O pecado cometido
É o que nos faz pedir perdão
O beijo proibido
Vale mais que um  milhão.

O teu olhar fatal
É aquele que me atrai
Tua beleza descomunal
É o que em ti mais me atrai...

O canto que enternece
É aquele que gosto de ouvir
A harmonia de cada prece
Me faz te querer, te sentir.

A distância abissal
É aquela que nos traz mais saudade
Nos mostra o sentimento real
Nos aproxima da realidade!

E minha realidade´
Posso dizer, nada me afeta
A não ser uma grande verdade:
Tenho alma de poeta!

Euclides Riquetti

Uma nuvem cinzenta


 


 

Uma nuvem cinzenta


Não quero ser uma nuvem cinzenta
A confundir teu pensamento
Quero apenas diluir-me no firmamento
Vagar na atmosfera turbulenta.

Não quero ser apenas um relâmpago
A rabiscar a infinita escuridão
Apenas ser a relva a cobrir  o chão
Aparando a chuva que vem em cântaros.

E, mesmo no pisoteio dos passantes
Restar amassada para ressurgir
E, feita uma fênix emergir
Liberta do peso dos pisantes.

E, sorvendo a energia do sol que haverá de vir
Dizer-te: Vem e pisa em meu coração
Só não mates minha grande paixão
O grande amor que guardo dentro em mim...

Por ti, pra ti, para ti!

Euclides Riquetti

Rindo da minha própria sorte - replay

 


 




          Na quarta-feira à tarde, em minha "aulinha"  no SESC de Joaçaba, uma de nossas professoras, a Priscila, abriu a mesma propondo-nos uma "dinâmica de grupo". Devo aqui dizer que muitas coisas que deixei de fazer na minha infância, tenho feito agora. Adoro sentir-me "criança" de novo. Por ocasião da Páscoa, pintamos ovos de galinhas, fizemos uma colagem de sementes num "ovão" que a professora Simone França havia desenhado. O ovão foi devidamente pendurado na porta da sala, fotografado pela Liliane e postado no facebook dela. Até gente "grande" gosta dessas coisas, né/ Ou vai dizer que você, leitor, leitora, não gostam disso também?...

          Bem, a dinâmica consistiu, primeiro, em tomar nosso café, que ninguém é de ferro. Depois, apareceram lá umas bolachas. Na aula anterior, o Waldemar trouxe um bolo de chocolate, que foi freneticamente devorado por todos, igualitariamente. Depois de nosso "Café com Risadas", a dinâmica:
Sentamos num círculo (na verdade nas cadeiras...) e cada um tinha que contar uma gafe por que passou. Minha cabeça, na gora, volveu seu pensamento para o passado e começaram a vir lembranças engraçadas. Como sou muito falador (será mesmo??...), solicitei ficar por último.

          A colega Zenaide relatou-nos que, numa dada vez, lecionando Filosofia, estava a imaginar um filósofo (seria daqueles que usam barba??...) e disse que este vivera há 25 Séculos. Uma aluna riu muito... outros se surpreenderam e, só depois, percebeu que, no entusiasmo da aula, nem sabe por que razão, dissera aquilo. O Waldemar contou sobre a noite que chegou em casa da missa com a chave do carro na mão e sem o mesmo, que deixara no estacionamento da Catedral. Voltou lá e o estacionamento já  estava fechado. tece que buscá-lo na manhã seguinte.   O Domingos pediu para "passar adiante", pois não lembrava de nenhuma gafe dele. Quando provoquei, perguntando se lá no INSS nunca lhe acontecera nada, ele se lembrou de uma e contou. Mas eu não entendi direito porque estava com meu pensamento distante. Vou pedir-lhe que me conte de novo. Priscila falou de uma vez que, ainda adolescente, tomou um ônibus num bairro para ir ao centro da cidade. Quando percebeu, distraída que fora, já estava lá em outro bairro. Era fim da linha.

          Ri muito coma história da colega Lurdes. Dizia-nos que, quando saiu lá do Rancho Grande e foi morar na cidade, andava pela rua  meio distraída e deu com a cara e os óculos num poste. Ficou indignada porque o poste estava no caminho dela. Contava e ria! A história dela me fez lembrar de algumas de minhas gafes também. A primeira ligada em poste, como a dela: Foi lá por 1968 que a Celesc começou a trocar a rede de iluminação de Capinzal e Ouro. Começaram pela Rua Dona Linda Santos, a do Belisário Penna e do Juçá Barbosa Callado, em que estudávamos à noite. Trocaram os postes de madeira quadrada por uns redondões, de eucalipto tratado, com luminárias a vapor de mercúrio, que para nós era invenção nova. Retiraram as velhas luminárias com  lâmpadas incandescentes de 150 watts. E as noites viraram dias.

          Pois depois a empreitada chegou à Rua XV, bem no centro de Capinzal. Abriam uns buracões para assentarem os postes. Uma tarde, bem ali na frente da Livraria Central, pertinho do Hotel do Túlio Manfredini, estava eu a olhar para a fila de postes já alinhada no sentido "altos da XV" quando caí dentro de um daqueles buracos. Eu tinha 15 anos e o buraco era meio metro mais fundo do que a minha altura. Uns pequenos esfolões, dei um jeito de sair do buraco, não sem antes olhar para os lados conferindo se alguém vira meu infortúnio. Tive sorte, ninguém viu.

          E, de tombo em buraco para tombo em escadas, foi pra já: Doze anos depois, em setembro de 1980, estava eu fazendo o "Censo 80" em todo o perímetro urbano de Ouro. Quando cheguei na casa do João Tessaro, na Rua Senador Pinheiro Machado, a Jaci, sua esposa,  me atendeu. Deu-me as informações, agradeci e saí de lá. Ao descer uma escava que me levaria à rua, levei um tombo escandaloso. Minha primeira reação foi olhar para os lados para ver se ninguém vira meu fiasco. Depois, catei os óculos, a pasta do IBGE, passei um pouco de saliva nos esfolões dos cotovelos e fui-me embora.

          Alguns anos depois, uma senhora muito discreta, que era vizinha deles, contou-me, num evento público, que vira o tombo que eu levara muitos anos antes...

          Lembrar do passado, ah como é bom! Até nossos atrapalhos nos fazem rir. E, poder dividi-los com os amigos e os leitores me deixa muito contente. Divirto-me só de lembrar! E você, vai querer me dizer que nunca cometeu gafes?

Euclides Riquetti
15-05-2014

Quero que sejas meu sol e que eu possa ser o teu

 


 



Quero que sejas meu sol e que eu possa ser o teu

Quero que brilhes sempre e muito intensamente

E que me aqueças em todo este inverno meu.

Que teu brilho anime todo o meu ser realmente

Clareando minhas tardes e as manhãs de inverno

E que me inspire a te compor um poema eterno.


Quero que me deem lápis e muito papel branco

E pedir a Deus que me ilumine como tem feito

Para que eu possa poetizar sua beleza e teu encanto

Enaltecer os teus olhos bonitos e teu corpo perfeito.

Sê minhas palavras, meus versos e minhas rimas

Com teu corpo de mulher, com teu rosto de menina!


Quero que o mundo todo saiba de tua importância

De o quanto tens espaço dentro de meu coração 

Pela tua lealdade e tua extremada significância 

Por ter despertado em mim tanto amor e paixão.

Enorme é o tamanho do amor que tenho guardado

Por isso mesmo é que eu quero estar ao teu lado.


Euclides Riquetti

Dócil e envolvente

 





   
Dócil e envolvente
Despida de pudor, a roupa ausente
Com ímpetos de amor e de vontade
Silhueta  de perfeita divindade.

Mulher,  alegre, sorridente
Corpo espelhado na luz:  reluzente.
Charme e olhar provocador
Lábios que desejo com amor.

Vai assim, depressa como veio
Nega-me  o abraço, o lábio, o seio
E desaparece num repente, num instante...

Perde-se na noite chuvosa e escura
Perde-se com seus afagos e sua ternura
Perde-se de mim, mas acha-se  adiante!

Euclides Riquetti

Eu queria que a lua me dissesse

 


 




Eu queria que a lua me dissesse

Onde você foi se esconder...

Não deixou recado

Nenhum endereço informado

Nada que me pudesse ajudar 

A encontrar você...


Será que foi pra montanha

Onde será que foi morar

Ou teria sido numa choupana

Ali pertinho do mar?


Foi e deixou lembranças

Sumiu qual uma criança

Que viu seus desejos negados.

Ou uma adulta em pecado

Uma garça que voou

Um animal que cansou

E que foi embora discretamente.


Eu queria, simplesmente

Que a lua me dissesse

Agora, já, de repente

Como posso a encontrar

Me desse endereço certo

Se está longe ou perto

Onde eu possa lhe buscar!


Euclides Riquetti

Um Brasil de analfabetos – muito discurrso e pouco resultado! (E o Mobral?)

 


       O Brasil está com quase dez milhões de pessoas de 15 anos ou mais analfabetos. Isso é muito assustador. De 2019 até 2022, a taxa de analfabetismo no nosso País caiu de 6,1 % para 5,6%. Isso ocorreu durante o Governo de Jair Messias Bolsonaro. Mas é pouco! Mais de metade dos analfabetos vivem no Nordeste e são, na maioria, idosos.

       Em dezembro de 1967 foi criado o MOBRAL, Movimento Brasileiro de Alfabetização, que tinha objetivos bem claros de erradicar o analfabetismo do Brasil. Municípios, Estados e Federação iriam trabalhar em conjunto com a própria sociedade para somarem todos os esforços possíveis a fim de fazer com que as pessoas aprendessem a ler e a escrever. Somente em setembro de 1970 o Mobral passou a ser mantido com recursos da Loteria Esportiva e do Imposto de Renda. Como foi criado na época do Regime Militar, muitos entes não fizeram nenhuma força para que desse certo. Na década de 1970, tínhamos 1\4 da população brasileira sem saber ler e escrever. É possível estudar? – Direi que se o cidadão está diposto a isso, ele consegue, sim! Basta que tenha vontade!

       Meus estudos do antigo primário e ginásio deram-se na década de 1960, em Capinzal. Na seguinte, eu estava concluindo meu Técnico em Contabilidade (1971), e em 1975 concluí o Universitário. Havia incentivos para se estudar? O único era o apoio dos meus pais e irmãos, e minha consciência de que estudar era um fator importantíssimo para que eu pudesse ter uma vida com estabilidade, constituir uma família e poder sustentá-la. A CNEC era uma instituição comunitária, recebia um pequeno auxílio da prefeitura de Capinzal e nós pagávamos mensalidade. Um dos alunos cobrava a mensalidade dos demais e com isso tinha a dele abonada. Trabalhava no pesado e à noite ia para a escola. Hoje é exitoso empresário.

       Na época, eu trabalhava como lavador de carros e frentista em posto de gasolina, ia para o trabalho cedo e dormia menos horas do que o recomendado para um jovem à noite. Mas nunca desisti, muitas vezes o sono batia durante a aula e os colegas e professores me animavam para eu ficar acordado.

       Em 1972, após passar no vestibular, tornei-me acadêmico na Fundação Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras, a FAFI, de União da Vitória, no Paraná. Trabalhei numa concessionária da Mercedes-Benz durante os quatro anos e mais um após a conclusão do curso. No início, ganhava o salário mínimo, Duzentos e Cinquenta Cruzeiros por mês. A mensalidade era de Cinquenta Cruzeiros, valor ínfimo, por ser uma fundação estadual. Gastava Cento e cinquenta de república e como eu fazia algumas horas extras, me sobravam Cinquenta para passar o mês, com a lavagem de roupas, o cinema, o lazer.

       Meus pais me ajudaram no início, pois eu fazia cursos intensivos de Inglês. A ajuda, no primeiro ano, foi de Oitenta a  Cem cruzeiros por mês. Antes de terminar o primeiro ano, eu já ganhava o suficiente para cobrir todas as minhas despesas e dispensei a ajuda da família. No terceiro ano, me ofereceram  uma Bolsa de Estudos. Com o dinheiro, comprei um fogão a gás de 4 bocas, marca Geral. No quarto ano, dispensei a bolsa. Eu já me sustentava e tinha um nível social e econômico muito satisfatório. Em 1976, já formado, lecionei Inglês no cursinho do Instituto de Idiomas Yázigy e Português, por dois meses, no Colégio Industrial Coronel Cida Gonzaga, em Porto União, no Científico, em nível de  Segundo Grau na época.

       Desde a criação do Mobral, passamos pelos governos militares, Sarney, FHC, Lula, Dilma, Temer, Bolsonaro e agora Lula de novo. E continuamos com um índice vergonhoso de analfabetos. Quem falhou?

       A política em Joaçaba – O Prefeito de Joaçaba tem se manifestado pela candidatura própria de seu partido, o PSDB, para Prefeito de Joaçaba. Está aberto a coligações. O PP, agora presidido por Djimi Parno, está se organizando e articulando. Tem um rol de filiados extenso e está filiando novos eleitores. Tem como pré-candidatos a Prefeito o empresário Hipólito Kremer, que não teria rejeição, e a vereadora Disneia de Marco. Parno  está buscando candidatos à Vereança, dentro de um perfil que o seu Partido definiu. O Progressistas é sucessor do antigo PDS, o Partido Democrático Social. O PP, segundo seus novos dirigentes, está aberto a negociações com outros partidos para a formalização de coligações.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com


Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC

Em 28-03-2024

 

 

Para repousar nos deixarão um ninho



Para repousar nos deixarão um ninho


Anciãos, todos seremos, sim, um dia

Porque nosso tempo, sutilmente passa

Pois, se fizer sol, ou se  noite se faça

Continuamos vivendo com ousadia.


Vamos ser uns velhinhos engraçados

Andar, ignorados, segurando bengala

Nossa casa será uma pequena senzala

E nossos modos serão controlados!


No mercado, aquela fila prioritária

No ônibus, nossos assentos marcados

Na praia, sob guarda-sol guardados

Relembrando a juventude imaginária.


Rápidos correm os ponteiros das horas

Lentos são os passos que nós damos

Distantes os  sonhos que já sonhamos

Criaram asas, voaram, foram embora!


Esperanças sempre haveremos de ter

Ouviremos as mais saudosas canções

Que fizeram balançar nossos corações

Que nos fizeram fortes para viver.


Assim vamos seguir nossos caminhos

E andando pelas curvas das estradas 

Boas amizades serão rememoradas

Para repousar nos deixarão um ninho!


Euclides Riquetti (Celito)

16-02-2021


O sol reclamou da lua

 



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O sol reclamou da lua
Por ter-lhe tomado o espaço
E o dourado se escondeu
Perdeu o lugar que era seu
Pois se tornou opaco
E ela  continuou nua!

O sol nem chegou a se zangar
Pois havia muitos lugares
Onde pudesse acampar...

O sol nem chegou a lamentar
Pois encontraria outros lares
Onde pudesse brilhar...

Então o sol ameno
Pediu à lua o seu perdão
E os dois se deram um beijo
Um beijo com muita paixão
Cheio de amor e desejo
E a lua foi banhar-se
Foi, sozinha, refrescar-se
Na noite de sereno!

Então o sol se refez astro
Fez-se estrela grandiosa
E continuou a iluminar o espaço!

E a lua dos namorados
Ficou ali, toda formosa
Para inspirar os apaixonados!


Euclides Riquetti

quinta-feira, 28 de março de 2024

Eu quero ser teu sol


 


Eu quero ser teu sol

Eu quero ser teu sol
Morenar teu corpo levemente
Dourar teus cabelos  infinitamente
Eu, apenas eu, teu sol...

Eu quero ser teu sol
Beijar teus lábios docemente
Acariciar tua pele suavemente
Eu, apenas eu, teu sol!

Quero me perder em ti e que tu te percas em mim
Quero me abraçar a ti e que tu te abraces a  mim.

Quero ser teu sol novamente
Beijar-te, ter-te, perdidamente
Brilhar  pra ti e que tu brilhes pra mim com afã
Em todas as  tardes  e em cada manhã
(Quero dar-te o que buscas incessantemente)
Apenas eu, teu sol...

Euclides Riquetti

Há uma luz que brilha em teu coração inquieto

 




Há um luz que brilha em teu coração inquieto
Uma janela por onde o sol possa entrar
Ele que andou por caminhos incertos
Nas ondas do tempo foi te procurar.

Há uma luz intensa que não se apaga
Uma estrela prateada a me orientar
Uma paixão ardente  que me embriaga
Um norte que me conduz para te encontrar.

Há um coração que pulsa com força e vigor
Que procura outro que possa ser seu par
Disposto a te dar e a receber teu amor.

Há uma sintonia de amor, uma afinidade
Um desejo inefável, uma vontade de amar
Uma busca incessante da felicidade!

Euclides Riquetti

Moça mulher

 


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Ombros elegantes
Pés nus acariciando a calçada
Molhada...
Ou maltratando-se nos pedriscos da rua
Que é nossa, que minha, que é tua
Pés nus roçando a água...

Idealizo-te:
Olhos cativantes
Brilhantes
Provocantes:
Cintilantes!

Ternos  braços
Esperando meu abraço.

Lábios rosados
Almados
Desejados
Gostosos
Pecaminosos!

Morenice brejeira:
Short jeans franjado
Do algodão malhado
Estonado e...
Desbotado!
Sorriso de moça faceira.

Provocante e provocadora:
Blusinha branca casual
Brincos acrílicos
Pendurados
Grandes e  argolados
Cabelos inspirando meus  versos líricos
Dengosa  e sensual...

Moça mulher:
Vai, enegrecendo as  almas dos passantes
Embasbacados e confusos
Confusos como eu!

Apenas confuso...

Euclides Riquetti

Onde está a perfeição?

 



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Estaria a perfeição na forma da obra do escultor
Ou na premonição dramática do velho profeta?
Estaria ela na arte sacra ou no desenho do pintor
Ou no soneto alexandrino de um pobre poeta?

Estaria a perfeição na grácil destreza da ginasta
Ou nos movimentos harmoniosos da bailarina?
Estaria ela no cometa que vem e logo se afasta
Ou no luar prateado que os namorados ilumina?

Estaria a perfeição nas águas límpidas da fonte
Os nos raios de sol que douram a sua pele macia?
Estaria ela na neve que decora os topos do montes
Ou na nuvem branca que nos encanta e contagia?

Direi apenas que ela está na mulher idealizada
E no rosto ingênuo da criança que eu vejo em ti
Está na musa sedutora, no rosto da bela amada
Está naquela por quem meu coração sorri!

Euclides Riquetti

Perdi o poema...

 


 


Perdi o poema...


Perdi o poema, não sei onde coloquei
Eu não o jogaria fora, certamente
Mas já não me lembro se o guardei
Ou se me desfiz dele, simplesmente.

Quem sabe ele não tinha importância
Ou não lhe foi dado o devido valor
Ou ele tinha apenas pouca substância
Não expressava um verdadeiro amor.

Mas, certamente, que está perdido
E já não tenho como o encontrar
A não ser que estivesse num arquivo
Ou  se espalhado nas águas do mar.

Não, não tenho o poema na memória
Ali guardo apenas as boas lembranças
Se algo me entristece, na vida inglória
Procuro trocar por bem-aventuranças.

Perdi o poema, faço outro, bem bonito
Que possa encantar um terno coração
Jogo palavras no papel ou no infinito
Tudo o que faço, faço com  paixão...

Apenas isso
Bem assim!

Euclides Riquetti

Flechado pelas setas do cupido

 


 

Flechado pelas setas do cupido


Quando vi o  sol a brilhar
Vi sua silhueta se confundindo
Com um visual muito lindo...
Com o escuro dos montes e das ilhas
De suas pedras andarilhas
Que querem rolar pro mar...

Quando busquei a inspiração fatal
Para lhe fazer um poema que a encantasse
Algo que, profundamente, a marcasse
Imaginei-me a sussurrar em seu ouvido
Flechado pelas setas do cupido
Enquanto me embevecia com o vento matinal...

Meu ser alado voou sobre as areias clareadas
Depois sobre a água furta-cor
Então embrenhou-se nas nuvens algodoadas
E foi abraçar meu grande amor!

Euclides Riquetti

Detonautas Roque Clube em Joaçaba (de passagem...) - relembrando

 




          Na quinta, 27, deparei-me com um ônibus preto aqui próximo ao Hotel Joaçaba, 5 minutos a pé de minha casa. Estava voltando de minha caminhada diária, faceiro, com  a camisa do Vasco, pois este se classificara para as quartas de final da Copa do brasil, ao empatar com o Flamengo, na noite anterior. Percebi o coletivo estacionado numa transversal, recentemente asfaltada. Alguns homens vestindo uniforme com calças escuras e camisas azuis e um meia dúzia com camisetas pretas, com estampas em motivos de "rock". Realmente, eram gente do melhor rock nacional. Era a turma do Tico Santa Cruz, Philippe, Renato Rocha, André Macarrão, Fábio Brasil e Cléston, a Banda Detonautas Roque Clube.  Vinhas de Balneário Camboriú e Itajaí, seguiriam para Palmas. Fui lá, apresentei-me, pude sentir a simpatia e o carinho e o modo respeitoso com que esse pessoal trata os brasileiros.

          Foram poucos minutos de conversa, não gosto de ficar tietando nem alugando quem tem compromissos. estavam ali, fora do ônibus, esperando para almoçar no Restaurante do amigo Manfroi, que fica localizado ao lado de sua padaria, bem em frente ao Hotel do Valdecir Piovesan, meu companheiro nas caminhadas. Falei-lhes que, quando eu tinha minha loja, a CD Laser, em Ouro, vendia os discos e o DVD deles, que tinham muitos fãs na região. Falei-lhes que escrevo poemas, que gosto de rock, gosto de poesias, gosto de arte e literatura.

         Chamaram o agente deles, que me deu um cartão da banda, que guardarei com muito carinho. Pesquisei um pouco sobre eles, sua carreira, as mudanças na formação, a maneira como começaram, quando Tico Santa Cruz, cujo nome é Luís Guilherme, (carioca),   e Tchello (Eduardo Simão), (mineiro), em 1997,  se conheceram pela internet e foram juntando outros músicos até chegar a uma banda que fez muito sucesso, muitos shows por ano. Escolheram o nome "Detonautas" com a junção de "detonadores + internautas". E, realmente, formaram um clube de rock após se unirem aos demais integrantes.

          Em 2006 perderam o guitarrista Rodrigo Netto, assassinado no Rio de Janeiro. Em 2013 Thello saiu da banda por divergências artísticas. Mas Tico segurou a onda e a banda continua a se apresentar em shows por diversas regiões do Brasil. Estão juma turnê por Santa Catarina e Paraná no momento.

           Em sua discografia, os álbuns: Detonautas Roque Clube (2002), Roque Marciano (2004), Psicodeliamorsexo&distorção (2006), O Retorno de saturno (2008) e o álbum duplo A Saga Continua, em 2014.  Ainda os álbuns ao vivo Detonautas Acústico e Detonautas Ao Vivo no Rock In Rio 2012. Também 3 DVDs. Também o EP Detonautas Roque Clube, virtual. Ainda 5 coletâneas entre 2004 e 2104. e ainda 26 sucessos single.

          Sua agenda prevê show hoje em São Miguel D ´Oeste e amanhã, 29, em São Bento do Sul, aqui em Santa Catarina. Depois vão ao Paraná, Rio, São Paulo, Minas e Pernambuco.

            Fiquei muito contente em conhecer, pessoalmente, os integrantes da banda e recomendei-lhes muito cuidado nas estradas, pois muitas celas, por aqui, estão em estado a inspirar preocupação devido aos buracos nos leitos de suas pistas. Se você deseja conhecer mais sobre eles, busque o www.detonautas.com.br e, para adquirir seus produtos, contate com a loja virtual deles, lojadetonautas@hotmail.com

Euclides Riquetti
28-08-2015

quarta-feira, 27 de março de 2024

Quando o vento já tiver soprado

 







Quando o vento já tiver soprado
E levado as folhas que o outono derrubou
Você olhar para ver o que restou
Depois do  inverno rigoroso já chegado...

Quando a chuva já tiver caído
E lavado as cinzas que ficaram
Da queima das ilusões que não prosperaram
E dos corações que jazeram em fogo ardidos...

Quando nossa jovialidade já tiver se ido
E estiver chegada nossa doce velhice
Nos restando apenas uma suave faceirice
Nos rostos que não disfarçam o sofrido...

Quando tentarmos refazer os sonhos concebidos
Mesmo que tudo pareça  destruído pelo tempo
E nossas almas repousarem no relento
Ou se perderem em caminhos desconhecidos...

Ainda haverá um motivo, uma chance
Para que nossas mãos se alcancem
De novo...

Euclides Riquetti