sábado, 2 de julho de 2016

Tu me cantas uma canção ... e eu te componho um poema!






Na noite da escuridão
Entre o conflito e o dilema
Tu me cantas uma canção
E eu te componho um poema...

Na noite do luar escondido
Em que a prateada se deleta
Sonharei o amor bandido
Na madrugada discreta...

Na noite do sonho da espera
Contarei as horas passando
A mesma alma que te quisera
Te quisera ver voltando...

Rezarei por ti nos meus sonhos
E em todos os meus devaneios
Quero rever teus olhos risonhos
Poder abraçar teu corpo inteiro!

Euclides Riquetti
03-07-2016













Almanaques de Farmácia


Sempre é bom relembrar...





          Quem não teve em sua casa um "Almanaque Renascim" que fazia a publicidade do Sadol, o fortificante do organismo, do sangue e dos músculos?  Ou o do " Biotônico"que mais adiante virou "Almanaque Fontoura"? O Biotônico Fontoura, certamente, andou nas prateleiras de sua casa, não é, leitor? Pois eu vi muitos almanaques em minha casa  quando criança e ao longo de minha vida. E você, madurão ou madurona, certamente  conheceu o Xarope São João, o Melagrião, a Alicura, o Melhoral e muitos outros medicamentos que foram muito bem propagandeados ao longo do tempo.

          Era normal sermos presenteados com almanaques nas farmácias São Pedro e São Paulo, em Capinzal. O pessoal da Colônia, ali do Ouro, dava muito valor ter um almanaque todos os anos. Alguns os colecionavam, pois traziam histórias do Jeca Tatu ou  Jeca Tatuzinho, personagem de Monteiro Lobato.  Muito engraçadas, enfocavam o homem caipira preguiçoso e com vermes na barriga.Também trazia uma  "Carta Enigmática", que as famílias se desafiavam em decifrar.  Em algumas cidades havia também o Almanaque d'A saúde da Mulher, em que constavam muitas recomendações para elas.

          Nos tempos em que ainda não havia televisão e poucos eram os proprietários de aparelhos radiofônicos, a maneira mais efetiva e garantida de se fazer chegar ao consumidor de medicamentos a propaganda desses era o almanaque. Então, os grandes laboratórios brasileiros, para divulgar seus produtos, faziam o hábil uso dos almanaques. Havia dezenas deles em nosso país.

          Com uma linguagem simples e ilustracões de excelência para a época, lembro bem de alguns medicamentos que eram bastante divulgados: "Colírio Moura Brasil", bom para os olhos irritados; Pílulas de Vida do Dr. Ross; a Cibalena,além do Sadol e do Biotônico.   Pois agora o SESC está brindando seus integrantes e alunos com uma expoição sobre os almanaques. E, em Joaçaba, na tarde de ontem, 13 de novembro, os alunos SESC tiveram a oportunidade de conhecerem uma exposição com material que mostra muito sobre a História deles. De produção da cuiabana Yasmin Nadaf, pós-doutora em Literatura Comparativa pela UFRJ. Além da visualização dos cartazes da exposição e uma bem feita explanação pela professora Rita Baratieri, que propôs uma reflexão sobre o conteúdo dos almanaques,  cada aluno foi contemplado com exemplar do catálogo "Tempo de Almanaque", que foi produzido em função de uma pesquisa de Nadaf. É um material de fina produção textual, visual e gráfica. Algo para se guardar para sempre.
         Nossos colegas, gente que tem muita história em sua vida, lembraram de muitas situações relativamente a isso, rodando um verdadeiro saudosismo no amiente.

          Coincidentemente, bem no momento em que concluo o texto, a Canal Brasil deTV a cabo traz as imagens de um filme do Mazarópi, este interpretando o Jeca Tatu, de nosso consagrado Monteiro Lobato. Lembranças que nos remtetem à infância e juventude, que tanto nos fazem bem!


Euclides Riquetti
14-11-2013

Coloque sua alma dentro de meu coração





Coloque sua alma dentro do meu coração
Levemente
Suavemente
Sutilmente...

Feche seus olhos e apenas me abrace
Gentilmente
Carinhosamente
Firmemente...

Traga seus lábios vermelhos para junto dos meus
E me beije
Deliciosamente
Perdidamente
Amadamente...

Apenas porque
O lugar de sua alma é estar em mim
O lugar de meus lábios é estarem em você
Juntos de novo... sempre...bem assim!


Euclides Riquetti
02-07-2016



 


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Jujubinha foi brincar... no mar!

 

 

 
 
Jujubinha foi brincar... no mar
Pular, andar, sentir as ondas
Do mar.
Jujubinha foi brincar... no mar
Foi banhar-se nas águas salgadas
Que poemavam as águas sagradas
E que a convidavam a brincar
No mar!

Jujubinha correu os pés na areia branca:
Queria conhecer uma Baleia Franca
Igual à que viu num filminho.

Mas, por sorte, a água gelada
Trouxe para a enseada
Alguém que veio nadando
No mar azul.

Veio do Polo Sul
Com a corrente do mar
Não se viu chegar
Mas chegou, enfim:
Era uma belo animal alado
Muito amado
Preto e branco
Um verdedeiro encanto:
Um indefeso Pinguim.

Foi lá, e junto com as outras crianças
Afagou o animal, carinhosamente.
E isso vair ficar
Em sua lembrança:

E, como que por uma mágica
Ele saiu da areia quente
E voltou pro mar.

Foi nadar!

Euclides Riquetti
23-10-2013

Raios de sol








Raios de sol propulsionam pensamentos
Que flutuam no firmamento
Que pairam na leveza do ar
A vagar,  divagar,  de vagar.

Raios de sol incitam anseios  remotos
Escondidos nas mentes e corpos
Que andam a esmo nas ruas
Com as almas frias,  nuas.

Raios de sol são a vitamina do poeta
São a adrenalina discreta
Que movem o ideal compositor
E que fazem de mim um mero escritor.

Escrevo, sim, porque no céu há azul e sol brilhante
Escrevo, sim, porque sou apenas um corpo errante
Mas tenho uma alma que me inspira e impulsiona
E um há um coração que me anima e amociona.

Escrevo, sim, porque raios de sol iluminam meu pensamento
Que divaga em si
Que vaga até ti
Até ti...
Por isso escrevo, sim!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Observações de um caminhante inquieto


 

 

          Há pouco mais de um ano, desde que comecei a cuidar mais de mim do que dos outros, desenvolvi um pouco mais meu senso de observação. E, nas andanças, algumas constatações que me deixam apreensivo, como o que verifiquei numa tarde de domingo, bem recentemente.

          Após uma daquelas costumeiras caminhadas, perto de uma casa, simples, uma senhora muito jovem estava diante de um tonel de lata com um belíssimo arranjo de balões brancos e rosas. Colocou-os sobre o tonel, pegou um cavaco no chão e começou a estourar um a um, até não sobrar nada. Depois, soltou aquelas borrachas grudadas a um barbante dentro do enorme vasilhão que servia de lixeira. Meu pensamento voltou ao passado e...

          Caminhei por uns minutos por uma rua recentemente asfaltada. Aquilo que se inaugurara efusivamente há poucos meses podia receber um Decreto de Situação de Emergência. Quem sabe logo vire um caso de Calamidade Pública...

          Mais algumas passadas e alcancei dois meninos que conversavam. Bem vestidos, bermuda e camiseta novos, tênis de marca. Um, aparentando no máximo oito anos, dizia: "Eu acho que as pessoas não devem roubar. É melhor pedir do que roubar, minha mãe me ensinou assim".  O outro, um pouco mais velho, talvez de dez ou onze anos, falou: "Eu já acho que tem que roubar. Pra que fazer diferente se roubar é muito mais fácil"...

          Direi a você, leitor, que são apenas três situações observadas em no máximo meia hora. Colocarei como A, B e C, respectivamente.

          Na situação A, lembrei-me da dificuldade que tínhamos, em nossa infância, de termos brinquedos. Nos natais e aniversários, ganhávamos coisas simples, normalmente feitas pelos pais, de forma artesanal. E balões, quando tínhamos "Dois Cruzeiros", conseguíamos comprar uma meia dúzia em bazar ou livraria. Não os enchíamos de uma única vez. Só enchíamos o segundo,  quando o primeiro estourava. Brincávamos longe dos espinhos das plantas e até dos gramados para que não estourassem. E fazíamos com que aquela meia dúzia de balões nos divertisse por pelo menos uma semana, quando não um mês. As facilidades do mundo consumista, do ter dinheiro sem muito esforço, levando uma mãe a jogar fora os balões que decoraram o aniversário de sua filhinha. Valeu a foto, os balões vão estar, possívelmente no álbum de fotografias, ou no facebook...

          Situação B: Uma rua que recebeu asfalto, inaugurada há menos de seis meses, com barro acumulado em muitas baixadas. Dezenas de metros de meio-fio "derretido", já destruído, onde se constata,  fácil,  que houve aplicação de cimento de má qualidade ou formulação inadequada. E as bocas-de-lobo,  localizadas em pontos mais elevados e faltando nas baixadas. Falhas na execução, na fiscalização, etc.,  etc.... Dinheiro "nosso" muito mal aplicado...

          Situação C: Mais preocupente que as duas anteriores. Família impotente, (ou desajustada) perdeu o controle sobre os filhos. Poder Público omisso, deixando a coisas correr. Educação daquele jeito. E isso gerando insegurança e falta de perspectivas melhores.

          Na minha condição de observador, estou aqui mostrando apenas três situações vivenciadas em menos de meia hora. Imagino, leitor, por quantas situações semelhantes ou mesmo diferentes você passa todos os dias. Vive, como eu, num mundo em que o "faz-de-conta" muito conta. Mas tudo é muito preocupante. De minha parte, procuro evitar o consumismo, que produz muito lixo e causa muita poluição. Sempre que encontro alguma autoridade, em qualquer lugar, estou procurando informá-los e cobrando seriedade no caso das obras mal executadas. E procurando, sempre que possível , dar conselhos e atenção às crianças que encontro na rua, dizendo-lhes que fazer o bem vale a pena! Omitir-me, seria um grande pecado...

Euclides Riquetti
13-02-2014

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Quem ama só quer o bem





Quem ama só quer o bem
Quer ser amado
E quer amar também.

Desejar que o outro seja feliz
Do amor ser um adepto
Professor e aprendiz...

Quem ama o faz porque quer
Faz de caso (im) pensado
Em lugar qualquer...

Deseja dar alegria e contentamento
E que tudo aconteça do jeito certo
Tão certo como há sol e vento...

Quem ama só quer o bem!

Euclides Riquetti
30-06-2016



Morre, em Capinzal, a professora Gavo Sganzela





        A comunidade capinzalense perdeu, nesta terça, 28, a professora aposentada Ivaldete Sganzela, conhecida, na sua cidade, como a Professora Gavo. A Gavo, filha da Dona Maria, que trabalhou no Fórum da Comarca de Capinzal, e que sempre foi muito dedicada a sua mãe, detinha um vasto rol de amizades. Conheci-a, de vista, quando ela andava pelas ruas de Capinzal, ao final da década de 1960, junto com suas amigas.

          Pessoalmente, desenvolvemos amizade nos tempos em que fui presidente da APROC - a Associação de Professores de Ouro e Capinzal. Estivemos juntos na grande greve (de 59 dias), em 1986. Era nossa incansável colaboradora na APROC. Gavo atuou no magistério estadual e municipal, m Capinzal, principalmente nas escolas Belisário Pena, Mater Dolorum e Viver e Conhecer.

          Da última vez que a vi, no centro de Capinzal, informou-me que estava fazendo doces caseiros para se ocupar. Deu-me um deles, muito delicioso, e caprichosamente preparado. Acondicionados numa caixa de papelão, bem decorados, facilmente provocavam nossa gula.

          A notícia de seu passamento nos chocou, em razão da amizade que nos uniu nos tempos de atuação no magistério, quando participamos de vários eventos e de cursos conjuntamente. Agora, a amiga Gavo vai morar no céu, lugar para onde vão as pessoas que o fizeram o bem aqui na Terra.

         A todas as pessoas ligadas a ela, nosso fraterno e carinhoso abraço!


Euclides Riquetti
29-06-2016

Para ser feliz...





Na vida, não há um futuro a se prever
Nem sempre nos contentamos com o que temos
Não queira nada além do que pode ter
O que é pra ser nosso, nós nunca perderemos...

Sermos felizes, vivermos contentes
Poder dar e receber muito amor
Contar com os que estão aqui presentes
Darmos à vida muita cor e sabor...

Para ser feliz, cuidar das coisas simplesmente
Dar valor a quem nos quer e a quem queremos
Oferecer carinho, segurar a mão fortemente
Presente e futuro risonhos é o que teremos.

A felicidade precisa da  busca incessante
Da harmonia tênue, do entendimento
De termos um coração alegre e cantante
Aplausos pra vida sem dor ou sofrimento!

Euclides Riquetti
29-06-2016








terça-feira, 28 de junho de 2016

Sonhos e sonhos

 

 





 
Sonhos e sonhos
Desejos, desejos
Sem ter medo
Apenas sonhar...

Sonhos e desejos
Sem medo de errar
Sem medo de amar
Apenas motivos para sonhar...

Sonhos, medos e desejos
Carícias na pele macia
Gostar, amar todos os dias
Viver momentos de extrema alegria...

Sonhos, afagos e carícias
O carinho da companheira
Na manhã que chega prazenteira
No rosto adorável da mulher faceira...

Apenas isso....
Tudo isso...
Muito mais que isso: você!

Euclides Riquetti

As dores dos espinhos do limoeiro

 

 

 
 
Tempos de incertezas, certamente
Dúvidas que afligem e atormentam
O amanhã que pode simplesmente
Apagar as chamas que alimentam...

Tempos de angústias e de medos
Futuro incerto, quase sem clareza
As vidas com seus enganos ledos
Toda alegria perdendo pra tristeza...

Tempos idos que talvez não voltem
Lembranças boas agora  já se vão
Se os  vulcões  as chamas cospem
Sofre muito mais meu coração!

As dores dos espinhos da roseira
Também dos que saem do limoeiro
Até o que brota da verde laranjeira
Machucam e me ferem por inteiro!

Perceba que no meu triste dilema
Da dor do espinho e da dor da alma
Resulta-me mais um triste poema
Nada mais me ajuda nem me acalma!

Euclides Riquetti
04-01-2015

Meu primeiro texto - agora mais de 2.000 textos...



Depois de mais de 2.000 textos publicados em jornais e no blog, reedito o que escrevi em outubro de 2013:

 
 

Euclides - no Parque Municipal de Belo Horizonte
em janeiro de 2016
 
          Eu estava no último ano do antigo Ginásio, em Capinzal, ano de 1968. Ginásio Normal Juçá Barbosa Callado, formava professores para ensinar no Ensino Primário. Meus professores, em sua maioria, eram profissionais liberais. Outros haviam cursado o Segundo Ciclo Secundário, era assim que chamavam  o antigo "Normal", hoje Magistério em nível de Ensino Médio.

          Uma jovem professora fora contratada para nos ensinar Português. Não havia professores licenciados na cadeira naquela época na cidade. A professora era mais jovem do que a maioria dos alunos, uma vez que boa parte deles havia retomado os estudos com a introdução de uma Ginásio Noturno. Antes disso, apenas o Padre Anchieta e o Mater Dolorum ofereciam o ensino secundário em seus primeiro e segundo ciclos, ambos no período matutino. O início do ensino à noite abriu possibilidades para aqueles que precisavam trabalhar durante o dia. Eu fui um deles.

          Acostumado a morder as pontas das canetas esferográficas, (que anos depois o professor Geraldo Feltrin ensinou-me que era uma "ball-point-pen", ou seja, uma caneta com ponta de bola, daí esferográfica), eu ficava com os lábios e a língua sujos de tinta azul. E os dedos da mão direita também. As canetas-tinteiro, então, faziam estragos em mim, inclusive nas roupas. Mas houve um dia daquele mês de março de 1968 em que algo mudou, definitivamente,  em minha maneira de ser, e isso resultou no perfil que conservo até hoje: um apaixonado por ler e por escrever!

          Minha mente remeteu-me, hoje,  ao tempo de minha adolescência, fazendo-me voltar 45 anos atrás, às carteiras de Ginásio, ali onde hoje está nossa majestosa Escola de Educação Básica Belisário Pena. Aos professores João Bronze Filho, Paulo Bragatto Filho, Deoni Maestri, Adelino Frigo, Waldemar Baréa, Iria Flâmia, Holga Brancher, e à jovem e dinâmica Vera Lúcia Bazzo, estreante em ensinar-nos  nosso Português.

          Falou-nos a Vera da importância de as pessoas escreverem, dizerem o que sentiam, colocar no papel a opinião sobre as coisas e os fatos, escrever histórias. E nos deu um tema para que fizéssemos uma redação, não importando  a modalidade, podia ser narração, descrição, dissertação, poesia, desde que dentro do tema indicado.

          Peguei uma dupla folha de papel almaço, mentalizei uma história, narrei, descrevi ambientes e personagens, dei um cunho relativamente moral, fiz o bem sobrepor-se ao mal e lasquei-lhe um final feliz! Eu lera muitos livros, fotonovelas, gibis, revistinhas do Walt Disney, gostava de ler. Então  encorpei uma espécie de conto utilizando as quatro páginas. Caprichei na letra, coloquei travessões nas interlocuções, respeitei o distanciamento na margem esquerda da página para indicar cada parágrafo, respeitei o traço de uma margem imaginária de  uns dois centímetros à direita e três à esquerda, distribuí bem a matéria na página. Ficou bonitinho. Eu nunca entregara uma redação ou trabalho razoavelmente organizado em toda minha vida escolar. Mas, naquele dia, consegui!

          Na aula seguinte, a professora foi devolvendo as redações aos alunos, tecendo comentários elogiosos a uns, fazendo observações pertinentes e pontuais a outros, tudo de maneira muito sutil, educada, jeitosa. E, por último, a minha redação. Eu já estava ficando assustado. Era acostumado a ver colegas zoando de mim, não ganhar elogios. ( E nem os merecia...)

          "De onde você tirou isso, Euclides?" - "Ih, lá vem bomba de novo, pensei!" - Os colegas olhavam-me e eu estava apreensivo. A professora Vera começou a fazer as observações sobre a organização do meu texto, sobre a  verossimilhança que nele havia, pois a história, embora inventada, parecia verdadeira, cativante, atrativa. Ortografia perfeita, pontuação ideal, uma ótima composição, uma nota que eu jamais ganhara na área. Mas, mais do que a nota, foi-me prazeroso ouvir, pela primeira vez, um elogio por algo que eu mesmo criei, que era meu, só meu, defitivivamente meu! E nunca mais parei. Este é  meu 500º texto que estou publicando no meu blog. Escrevo porque gosto!

          Obrigado, professora Vera!

Euclides Riquetti
05-10-2013         

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Busque o equilíbrio necessário... não se deixe abalar




Busque o equilíbrio  necessário para sua vida
Não deixe que perturbações irrelevantes lhe  incomodem
Imagine que há pessoas que têm problemas bem maiores do que os seus...

Pense nos que nada têm
Não têm ninguém a esperar por eles
Não têm sequer uma cama para dormir
Ou uma xícara de café pela manhã...

Faça uma reflexão sobre suas perdas e suas conquistas
Veja que sempre há um saldo favorável
Sempre há um pequeno êxito obtido que pode ser comemorado...

Amanhã é um novo dia!
E virá outro e outros ainda.
Não se deixe abater pelas circunstâncias
Você não pode esmorecer nunca...

Quem venceu uma vez na vida
Vencerá outras  mais.

Deus abençoe você!

Euclides Riquetti
27-06-2016
(fim do dia...)

Tragédia em Capinzal: Carolina Matos, estudante de Fisioterapia na UNOESC, é assassinada






         Carolina Aparecida de Matos, 18 anos, era uma jovem sonhadora como tantas de sua idade. Tinha objetivos definidos: Tornar-se uma profissional na área da saúde. Residia com seus pais em Vidal Ramos, comunidade interiorana de Capinzal e estudava Fiositerapia na UNOESC, aqui em Joaçaba. Seus sonhos e os de sua família ruíram ao final da última sexta-feira, 25, quando saiu de casa, às 17 horas, para tomar o ônibus e ir para a Faculdade. Primeiramente foi dada como desaparecida.

         No sábado, às 12,30 h, seu corpo foi localizado a  cerca de 1 Km do ponto onde deveria tomar o ônibus, com as mãos amarradas para trás, presa a uma árvore, com  um pano na boca. Segundo o Delegado Regional de Polícia Daniel Régis, o suspeito confesso, um menor de 16 anos, que veio de Medianeira para Capinzal há 4 meses, tentou passar a ideia de que tinha um caso com a garota, mas aas evidências indicam que não. Disse que a frieza com que confessou o assassinato foi deveras surpreendente e que a jovem foi morta por asfixia e que não se constatou, na perícia realizada pelo IGP, que tivesse havido violência sexual.

           O corpo de Carolina foi sepultado na tarde do domingo, 26, no cemitério da comunidade de Lindemberg, sob forte comoção dos amigos e familiares.

           Lamentamos profundamente o ocorrido, pois soubemos que era neta do Sr, Osvino Scheuermann, com quem trabalhei de  1977 a 19779, na empresa Zortéa Brancher S.A. - Compensados e Esquadrias, em Zortéa. E filha de minha querida aluna Sirlene Scheuermann, da Escola Básica Major Cipriano Rodrigues de Almeida, de 1977 a 1979. A Sirlene, na época, eu chamava de "Elisabete Savalla", porque ela era muito parecida com a atriz global.

           Que Deus proteja os familiares neste momento de tanta dor.


 
Caroline cursou o Ensino Médio no
Colégio Mater Dolorum , em Capinzal - SC


Euclides Riquetti
27-06-2016

Conflitos da alma






Conflitos da alma nos geram dores
Marcas indeléveis, vãs, duradouras
Sofrimentos que vêm de desamores
Nos deixam cicatrizes imorredouras.

Conflitos da alma nos enfraquecem
Aniquilam, mutilam e deprimem
Muitas vezes até nos enlouquecem
Geram danos que não se redimem.

Conflitos, mesmo que com cuidados
Podem deixar feridas muito fundas
Mágoas que formarão o mau legado
Deixarão as marcas mais profundas.

Fazei, ó Deus, com que a harmonia
Se instale em cada um de nós dois
E que nuvens do amor e de alegria
Jamais nos permitam viver sós!

Euclides Riquetti
05-01-2015

Sopa quente - ah, que delícia!






          De vez em quando me vêm à mente algumas situações muito agradáveis que vivi durante minha infância. Sinto que a bela fase pela qual todos nós passamos está sempre presente em meu imaginário e me volta constantemente. Dizem que a mente deleta as coisas ruins e nos traz à tona as coisas boas. Concordo plenamente que seja assim.

          Quantas e quantas vezes, ao degustar uma sopa, lembro-me, com muitas saudades, das sopas que,  carinhosamente,  preparava minha madrinha, Raquel, e sua filha Ladires, lá no Leãozinho. E que a Nona Baretta, a Severina, e as tias Iracema (Baretta Mazera) e Ivani (Baretta Dal Cortivo), com muito carinho, preparavam para os sobrinhos, muitos que éramos a visitá-las, em nossas férias escolares, lá na Linha Bonita. Também, de algumas que "devorei", na Casa do Tio Valentin (Baretta) e minha adorável Tia Marietina, irmã de meu pai,  ou na Tia Joana (Dambrós - Riquetti)  lá perto da Linha dos Frigo, onde meu pai tinha sua colônia de terras. E as sopas que minha sogra, Dona Ana (Anzolin Carmignan) , me oferecia lá em Porto União, naqueles tempos tão difíceis de estudante...  Sempre sopa de feijão, geralmente com macarrão ou arroz, tempero vegetal, muito gostosa. Eu adorava isso.  E as que minha mãe, Dorvalina,  nos preparava, com muito carinho, ali no Ouro. Saudades de todas...

          A simplicidade e o carinho com que faziam as sopas, uma maneira fácil, prática e econômica de alimentar mais de uma dezena de bocas, a cocção em fogão aquecido com lenha, esmaltado e floreado, deve estar também em sua lembrança, amigo leitor. Não nascemos em "berço de ouro", todos tinham que trabalhar, eram muitos em cada família. E a sopa, além de suprir tudo isso, era uma maneira de aquecer-nos no início das noites mais frias do inverno. Às vezes, umas colheres de vinho tinto misturado à sopa de feijão, davam-lhe um sabor especial e ajudavam a aquecer. E aquela tigela de queijo ralado, envelhecido, para sobrepor numa deliciosa camada, cheirosa, que nos atrai. Com generosas fatias de pão caseiro e uma rodelas de salame colonial bem curado, um copinho de vinho... ah, que delícia!

          Nossa vida não precisa de muitos "luxos" para ser boa. Alimentos preparados com muito carinho, com os temperos que a Nona ou a Mamma souberam combinar, e que foram ensinando às filhas, podem fazer nossa alegria todos os dias. Sopas, macarronadas, risotos, carnes assadas ao forno, saladas, tanta coisa boa, enfim. Comia boa e saudável, que enseja longa vida!

Euclides Riquetti
08-11-2013

Nos dias depois das chuvas


 
Sol de uma manhã esperançosa



                                                Águas que lavam a alma e as mágoas...
 
 
Dissiparam-se as turbulências
Foram-se embora as águas  turvas
Perderam-se nas corredeiras e nas curvas
Foram banhar outras querências.

Rebrilhou meu sol e meu  céu revestiu-se de azul
A natureza nos devolveu os seus encantos
Recoloriu-se o mundo aqui no Sul
Enxugaram-se as lágrimas dos prantos.

A euforia e os ânimos se repuseram
Nos sorrisos dos rostos róseos, dentes brancos
Nas almas que já não se desesperam...

Nos dias depois das chuvas eu te busquei
E deliciei-me em admirar os  seus encantos
Nos dias depois das chuvas... eu te reencontrei!!

Euclides Riquetti

domingo, 26 de junho de 2016

Quando nasce uma flor





Quando nasce uma nova flor
Meu  jardim se enche de alegria
E um divino mundo de cor
Nos cerca de encanto e magia.

Flores são dádivas abençoadas
Que amo com verdadeira paixão
Brancas, vermelhas ou rosadas
A acalentar meu coração.

Quando nasce uma nova flor
Mesmo que em canteiro acanhado
Não importa  onde for
Dê-se-lhe amor e cuidado.

Ah, flores, muitas flores
Nas praças e nas avenidas
Cravos e rosas multicores
Para alegrar nossa vida!

Euclides Riquetti

Quando acordares em manhã de inverno






Quando numa manhã deste inverno acordares
E, ao abrires a janela, veres o céu azulado
Olhares para a nascente do sol lindo e dourado
Dirás ter muito valido a pena te levantares
Pois chegou um dia dentre tantos esperado...

Quando olhares para o leste vertical de concretos
E perceberes que o verde os moldou com singeleza
Admirada por espetáculo de tão rara beleza
Perceberás que novos sonhos lhe são despertos
E que o mundo se renderá a tua majestosa realeza!

Quando imaginares contar teus dias inservíveis
E, em tuas contas, puderes ter a constatação
De que a vida é uma soma e não uma subtração
De que saldos favoráveis são sempre possíveis
Verás que vencer é a gloria da superação...

E, quando os anos se tornarem apenas lembranças
Anotações que restaram sobre alguns momentos
Porque a essência da vida é preservar bons elementos
Que o que importa é conservar as bem-aventuranças
Virá a compensação por todos os nossos sofrimentos.

Euclides Riquetti
26-06-2016









Tarde de sol...





Manhã de céu desanimado
De sol se resignando, enfraquecido
Do vento triste, frio, acabrunhado
Dos rostos sóbrios, dos semblantes abatidos...

Tarde de gente altiva e animada
Rostos contentes e radiantes ressurgindo
Tarde doce, linda, ensolarada
O mundo inteiro está sorrindo.

Os corações tristes da manhã bem fria
Se alegraram na tarde redentora
E bailaram com as almas em harmonia.

De volta toda a energia reconfortante
Na espera pela noite promissora
Dos ternos sonhos e do sono deleitante.

Euclides Riquetti