sábado, 9 de maio de 2015

Mãe

Mãe - das dadivosas mãos, mãe
Mãe - das caridosas bênçãos, mãe.

Mãe dos filhos gerados e amados
Mãe dos filhos cuidados e guiados.

Mãe - da vida dedicada, mãe
Mãe - da lida abnegada, mãe.

Mãe das manhãs azuis, esperançosas
Mãe das noites negras e chorosas.

Mãe - do filho perfeito e bem nascido
Mãe - do sagrado leito ali estendido.

Mãe do olhar bondoso mas austero
Mãe do falar que assusta mas sincero.

Mãe - do amor em plena difusão
Mãe - da flor, da alma e coração.

Mães são apenas mães:
Não dependem de elogios
Não dependem de flores
Não esperam por presentes.

Apenas rezam por seus filhos.
E eu rezo por elas.

Felicidades a todas as mães:
À minha, à tua, às mães das outras mães.

Euclides Riquetti

Pra dizer que eu te amo

Pra dizer que eu te amo moverei o mundo
Dar-te-ei as flores de todas as estações
Mostrar-te-ei meu amor sincero e  profundo
Colocarei peito a peito os nossos corações.

Pra dizer que eu te amo farei mil loucuras
Dar-te-ei os versos de minhas canções
Mostrar-te-ei com beijos de infinita doçura
Viverei contigo as mais fortes emoções.

E, se tu me amas, dize-me com franqueza
Entrega-me teu corpo em desmedida paixão
Mostra-me com teus olhos de candura e beleza...

Se me amas de verdade, vem me acariciar
Vem trazer alento para o meu coração
Traze-me tua alma que eu a quero afagar....

Euclides Riquetti
07-05-2015

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Brincadeiras de Criança - (Palestrando no SESC Joaçaba)

          Na terça, 05, a convite da Coordenadora Liliana Demarchi, fui bater um papinho gostoso com crianças dos Projetos Educativos do SESC em Joaçaba, onde também sou aluno. Havia uma motivação especial em palestrar para os alunos 46 alunos das professoras Fabiula e Danieli: ia recontar experiências que vivi em minha infância, relatar sobre as brincadeiras que costumávamos fazer naqueles tempos difíceis, mas não menos divertidos do que agora, vividos em Capinzal e Ouro, minha terra natal.
          As crianças estavam com os olhinhos acesos, muito bem postados, educados, atentos: disciplinados! E, como é bom poder fazer interação com crianças que gostam de ouvir as histórias que temos pra contar. Costumo introduzir minhas conversas com uma historinha descontraída e, em no máximo 1 minuto, há quem já esteja levantando o dedinho para fazer perguntas. Na verdade, à medida que a gente vai mencionando fatos, eles vão ligando-os com outros de sua vivência. A maioria das "brincadeiras de criança" não são mais praticadas, uma vez que elas foram sendo substituídas por jogos eletrônicos, coisas de seus brinquedos "importados", dos computadores e dos celulares.
          A ideia do pessoal do SESC em revivenciar experiências de outras épocas e trazê-las à luz os alunos tem forte apelo pedagógico e merece nosso apoio. Iniciei mostrando-lhes um bilboquê, aquele brinquedo de madeira que consistia em uma espécie de campânula maciça, com um furo, ligada por um cordão a um pino, também de madeira, que, após movimentos de habilidade, deve introduzir-se à peça maior. Fiz alguns "pontos" e contei-lhes que, na minha adolescência, na época do Mater Dolorum e do Padre Anchieta, em Capinzal, ou nas brincadeiras da Rua da Cadeia, em Ouro, todos tínhamos o hábito de jogar com o dito brinquedo. Também levei uma bolinha de borracha e desenhei no quadro como jogávamos os "tacos", ou "betes" com as casinhas (forquilhas de galhos de plantas), naqueles tempos memoráveis. Todos os alunos já jogaram peteca e alguns já sabem até como fazê-las.
          Alguns já conheciam ambos os brinquedos. Até tentaram praticar o jogo do bilboquê, mas isso não é coisa que se aprende assim tão facilmente: requer treino e dedicação. No meu tempo de adolescência,  havia exímios bilboqueiros, como o Aldemir Costenaro (o Gauchino), Ézio Andrioni ( o Bijujinha) e o Antoninho Carleto (o Volpatinho).
          Também lhes relatei sobre as brincadeiras de Tarzan, com os cipós,  as Cinco Marias, a Gata Cega, o Esconde-esconde, Carrinhos de Rolimãs (Taca-le pau, Marco Véio!), Pingue-pongue, Bolicas de Vidro, Bonecas de Porcelana e de Panos, Balanços com Cordas, Jogo de Pular Cordas, Canoas de Butiá ou Palmeiras deslizando em gramados de potreiros, Bolas de Meias, Brincadeiras de Guerra com índios e soldados, Caçador, e muitas outras.
          Pude constatar que boa parte deles já ouviu falar dessas brincadeiras. Os seus avôs e avós, pais, ou mesmo tios, lhes falaram ou ensinaram sobre elas. Alguns vovôs já fizeram brinquedos assim para eles. No andar da carruagem, todos eles deram depoimentos e me fizeram perguntas ou relataram sobre o que aprenderam com as pessoas mais velhas. Têm entendimento de que as pessoas se divertiam, antigamente, mesmo não tendo os brinquedos que temos hoje.
          Posso asseverar que a experiência foi excelente e a amizade travada com eles foi recíproca. Nesta tarde, quando eu saí de minha aula, encontrei-os no corredor e me cobraram quando é que eu ia escrever a crônica sobre isso.
          Pois aqui está o relato. E foi uma alegria tê-los conhecido e podido compartilhar com eles minhas experiências.

          Grande abraço em todos os amigos do SESC Joaçaba.

Euclides Riquetti
06-05-2015

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Desenhei teu coração na areia

Maio - mês da mãe, da noiva, da mulher...

Fria manhã cinzenta de maio
Mês da mãe, da noiva, da mulher
Manhã que inspira o desejo da noite
Da cama, do lençol, de alguém que se quer...

Fria manhã dos pensamentos perdidos
Dos sentimentos doridos
Do amor escondido
Do olhar proibido!

Fria manhã das almas confusas
Das palavras difusas
Das mensagens escusas...

Fria manhã do encontro casual
Do olhar fatal
Do tratamento legal!

Bom dia!!!
Com muita alegria
Com carinho, amor, nostalgia...


Euclides Riquetti

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Fragmentos poéticos


           Primeiro canto
Preciso roubar um beijo teu
Por isso eu quero estar perto de ti
Quero que tu sintas o beijo meu
Quero te sentir, sentir, sentir...

             Segundo canto
Beijar-te-ei com ardor, eternamente
Perder-me-ei  em ti,  perdidamente
E em ti me inspirarei para compor
Por ti exaltarei o meu amor
Para  ti escreverei por hoje e sempre...

             Terceiro canto
Sonhei contigo, sonhei , sonhei,  amei
Sonhei  contigo, amei,  sonhei, sonhei
Sonhei contigo, nas noites em que as estrelas adormeceram...
E nas noites em que elas reviveram:
Sonhei contigo, sonhei, amei, sonhei!...

               Último canto
Há uma cumplicidade entre nós dois
Uma palavra que rima com felicidade
Há uma pequena distância que não conta
Porque depois, depois da saudade
Vem sempre o reencontro, o amor de verdade

Euclides Riquetti

domingo, 3 de maio de 2015

O Terceiro Encontro da Família Richetti em Paraí

          Nossa Família Richetti (Ricchetti, Riquetti, Riqueti e agregados), reuniu-se, pela terceira vez, em Paraí, no Rio Grande do Sul, neste final de semana, dias 01 e 02 de maio de 2015. Foi uma festa belíssima que nos foi proporcionada pelos primos "Richetti", descendentes do nono Paschoale Richetti e da nona Maria Margherita Corona, italianos que aportaram no litoral gaúcho e se fixaram na Serra Gaúcha, em Caxias do Sul,  no início do terceiro quarto do século XIX. Tiveram como filhos Benjamino, Justina, Júlia, Felipe, Albertina, Frederico, Maria Agnese, Eugênio Josue, Guerino Santo (que não é o meu pai, é tio dele).   Quase um século e meio de vida brasileira, com seus descendentes espalhando-se, no ínicio do Século XX,  pelo Oeste de Santa Catarina, depois pelo Paraná e, em seguida, por muitos estados brasileiros e mesmo pelo exterior, na Europa e nas Américas.

          Relatos nos dão conta de que nosso bisnono  Paschoale naseu em 18 de abril de 1843, em Cesiomaggiore, na Itália, e faleceu em 18 de abril de 1910, tendo chegado em Caxias do Sul provavelmente em 18 de janeiro de 1877.

           Falantes, sorridentes, carismáticos, gostam de uma alegre cantoria e de um bom vinho. E foi em clima de alegria,  desde a sexta à tarde, quando fomos recebidos pelo primo Celso Richetti no salão paroquial da Igreja Matriz de Paraí, até o fim de tarde de domingo. Uma deliciosa sopa de anholini,  com vinho Cabernet Sauvignon produzido pelos Irmãos Richetti, de Linha São Luiz, Paraí, "esquentaram" a noite. Filhos de Severino Richetti e outros nos animaram com sua cantoria. Jantamos, eu e meu irmão Hiroito, com o pessoal do Tio Vitalle, de Capinzal e Ouro,  sendo uma alegria revermos a turma, capitaneada pelo Sérgio "Van Johnson", o Riqueti da Churrascaria, de Capinzal.

          Hospedados no Hotel Katedral, já ali reencontramos a turma de Cascavel, pouco mais de 4 dezenas de Richettis & Riquettis. Divertidos e simpáticos, já foram nos provocando a sediarmos  a "Quarta Richettada",  em Capinzal e Ouro, o que foi confirmado na tarde de sábado. Nossa turma assumiu o compromisso de editarmos a festa por aqui em dois anos. Vamos nos organizar , sob a coordenação do primo Maicon, para que nossos parentes possam divertirem-se muito bem aqui também, em 2017.

          A celebração da Santa Missa foi muito bonita. Igreja cheia, com dois celebrantes, ofertório e cantos bem arranjados e entoados, equipe litúrgica bem preparada, o brasão da família diante do altar, as bandeiras das delegações postadas nos mastros ao lado do altar. Irmã Gentila Richetti, uma pessoa simpaticíssima, conduziu a imagem de Nossa Senhora pelo corredor central, colocando-a no altar. Foi um momento de muita emoção, que nos contagiou a todos.

         Após a missa, a foto oficial do Terceiro encontro da Família Richetti, na escadaria diante da Igreja. Mais de 500 Richettis participaram do evento, muito bem organizado pela Comissão Organizadora local. Conversamos muito com primos e primas, vimos o tio Victório, 88 anos,  se reencontrar com seu primo João, o Joanim, filho do Egídio, 85 anos, casado com Madalena Canali, moradores de Paraí.  São  os dois mais idosos que restam dos descendentes de Paschoale. Uma motivação a mais vermos ambos se reencontrando.

         Após o almoço,  foram apresentadas mídias com a historia da família, uma performance do humorista Edgar Maróstica e ainda danças pelo grupo CTG lços da Amizade, que nos brindou com coreografias perfeitas.

          Participar do Terceiro Encontro da Família Richetti foi uma grande alegria. Conheci muitos primos, conversei com pessoas de todas as idades, revi alguns que eu não via há muito tempo, conheci um pouco mais de nossa História, algumas cidades da região de Paraí,  onde moram muitos de meus primos, em que se concentra a maioria dos descendentes de meu bisnono Paschoale.

          Obrigado, primos, pela receptividade e pela organização do evento. E que Deus lhes dê muita saúde para que possamos nos reencontrar muitas e muitas vezes ainda.

         Carinhoso abraço em todos!

Euclides Riquetti
03-05-2015


         

Quando a lua prateada voltar

Quando a lua cheia de novo chegar
Para por romance nos corações dos namorados
E voltar-nos o seu  brilho lunar prateado
Estarei esperando por seus olhos encantados
Que me fazem viver, sentir, respirar...

Quando, solitário,  eu ouço a suave sinfonia
Da natureza que repousa abençoada
Que me cobre com seu manto sagrado
E eu olho para a imensidão estrelada
Sou arrebatado por tênue nostalgia.

Ah, doce sensibilidade de poeta
Vem me confortar com sua inspiração
Vem me animar a alma e o coração
Vem trazer-me a palavra certa
Que me faz rimar amor com paixão.

Vem ensinar-me a esperar
A lua prateada  voltar!
 
Euclides Riquetti