domingo, 17 de novembro de 2024

Meu coração chimarreiro

 


 





Meu coração bem chimarreiro

Compartilha erva-mate e cuia

Água mui quente na chaleira

Duas arrobas da verde na túia.


Meu coração nas madrugadas

Espera pelo seu forte abraço

Pelo doce afago de namorada

Daqueles que também eu faço.


De gaúchos mia descendência

Nas veias corre sangue italiano

É rubro na cor e na decência

Carrega a nobreza de soberano.


Me delicio em chima amargo

Com os biscoitos de polvilho

Costume que comigo trago

Em meu corpo de andarilho.


Divido com você o meu chima

Onde quer que você agora esteja

Seja na sala ou na sua cozinha

Gosto bem mais do que cerveja.


Então, nesta manhã de outono

Aceite minha cuia, companheira

Com bomba sem nenhum adorno

Mas erva sombreada verdadeira.


E em todos os dias de nossa vida

Muitas cuiadas bem campeiras

Prendas gaúchas são queridas

Companhias agradáveis e faceiras. 


Euclides Riquetti

Ousadia

 


 


 





O toque gentil  de tuas mãos em meu rosto
O toque sutil de minhas mãos em teus ombros
O toque melódico de tuas palavras em meus ouvidos
O toque romântico de meu ser em teus sentidos...

O toque delicado de teus braços em meu corpo
O toque suave de minha pele em tua pele alva
O toque perfumado de teu peito em meu peito
O toque dadivoso de meu olhar em teu olhar.
O toque de teus beijos ardorosos em meus lábios
O toque de meus beijos em teus lábios rosados.

O toque sensível do tudo de mim em ti
O toque inimaginável do tudo de ti em mim
A perdição do momento desejado
A perdição no pecado
O amor consumado
Sem fim...

Tu estás em mim e eu estou em ti
Sem nenhum medo:
Apenas paixão, amor segredo!

Desejo de mim por ti, por ti, por ti
Desejo de ti por mim, por mim
Desejo imedível, ousado
Pecado, imersão, pecado!

Euclides Riquetti