sábado, 6 de novembro de 2021

O vazio que há em mim

 







O vazio que há em mim
Também há em ti.
É como um céu sem estrelas
É quando é  impossível vê-las
É como um mar sem fim.

O vazio que está em mim
Também está em ti.
É como uma árvore sem folhas
É como não ter escolhas
E não saber de onde eu vim.

O vazio que há em nós
É o vazio dos sós.
É como a rua sem gente
É como o espelho sem lente
Ou as renas sem trenós.

O vazio de cada alma
É inerte como a alga
É a hora sem o minuto
É a água sem o duto
É a sentença sem ressalva.

E eu penso em ti...

Euclides Riquetti

O estado calamitoso das rodovias estaduais e federais por onde se escoa nossa produção

 



Rodovia SC 150 - de Capinzal a Piratuba - liga uma cidade altamente progressista a uma

força do turismo do Sul do Brasil. Descaso já vem de alguns aniversários


       Sempre se ouve falar que, quem pode consertar uma cidade, um estado ou um país é a população, através do voto, seu direito inquestionável e insofismável. No Brasil, já experimentamos a direita, o centro, a esquerda e, agora, a extrema direita. Temos muitos problemas para resolver e, em cada eleição, a esperança do eleitor se renova. Mas, os anos vão passando, a gente vai envelhecendo, quem sabe até aprendendo, mas as boas práticas e soluções estão sempre longe.

       Tomemos, por exemplo, a questão das rodovias federais e estaduais. Certamente que, por serem as esferas de Poder que mais têm dinheiro na mão, deveriam ser as mais bem conservadas, os trechos que oferecem mais perigos em razão de curvas, aclives e declives, deveriam ter as proteções laterais ou guarda-corpos, os buracos que aparecem quando das chuvas deveriam ser imediatamente tapados, os lugares onde a água se acumula na pista, devidamente nivelados para evitar a aquaplanagem dos veículos, que ocasionam acidente com mortes. Ora, utilizo há 50 anos as BRs 282, 470 e 153.

       Utilizei a BR 153 centenas de vezes na ida para União da Vitória e Curitiba. A BR 282, para ir a São Miguel d ´Oeste e para o litoral catarinense, via Lages. A BR 470, para ir a Itapema e outras cidades do litoral e mesmo a Florianópolis. Quanta raiva, quanto incômodo, quanta revolta, quanta crítica, quanta reclamação, e nada! Sua duplicação iniciou-se em 2013 e somente em 2019 foram concluídos 8 Km desta, entre Gaspar e Ilhota.

       Um vez, na BR 282, voltando de São Miguel d ´Oeste, num único buraco na região de Vargeão, tive estourados 3 pneus de meu carro. Só não tombei porque tive muita sorte. Quando vou a Florianópolis, a partir de Lages, o trânsito é um tormento, pois ali circulam caminhões longos que transportam lenhas e madeiras destinadas à fabricação de celulose e outros fins. Pouquíssimos locais onde se possam realizar ultrapassagens sem correr altos riscos, pois os veículos, além de longos, são lentos. E há poucos trechos com terceira pista, onde estes possam rodar.

       Na BR 470, principalmente da BR 101 até Rio do Sul, é um Deus nos acuda. Muito movimento e com caminhões pesados e lentos que vão represando o trânsito. Mas a grande vergonha é ver que a obra de duplicação se arrasta há duas décadas. Há montes de pré-moldados de concreto depositado nas margens, dezenas de trechos iniciados e não acabados, muita polêmico sobre a questão de o estado de Santa Catarina ajudar o Governo Federal a realizar as obras e nada de resultado. Quando se passa uma vez, fica-se imaginando que na outra tenha havido algum avanço nas obras, e nada! Menos de 1 Km por ano! Foi-se Dilma, o Temer, está ali o Bolsonaro com três quartos do se mandato de indo, e nada!

       No  estado de Santa Catarina, na nossa região, Raimundo Colombo fez bom trabalho de Luzerna a Caçador, na SC 135. Fez grande parte da SC 467, entre Ouro e Jaborá, que o governador Carlos Moisés concluiu e inaugurou. Fez o contorno viário de Ouro e Capinzal.  Mas a rodovia estadual entre Capinzal e Piratuba, a SC 150, continua sendo uma estrada calamitosa. Buracos e mais buracos, retardo na contratação de projeto para execução da “revitalização”  e  nada de acontecer! Muita conversa e pouco resultado!

      Ora, não nos iludamos com políticos nossos preferidos. Vejamos a realidade de nossa infra-estrutura e do descaso com o setor produtivo. As cargas que saem do Oeste e Meio-Oeste Catarinense, com destino aos portos de Itajaí e Paranaguá, e a todos os estados brasileiros, resultam em grande arrecadação de tributos. Somos uma região de gente que trabalha, paga impostos, e não temos a contrapartida, nem do Governo Federal, nem do Estadual. Apenas verbas muitas vezes insignificantes, na maioria das vezes de emendas parlamentares, que servem para a promoção política de alguns parlamentares.

       Quando encontro pessoas das cidades situadas ao longo dos trechos abandonados pelo Poder Público, a conclusão que temos é a de que, quase que semanalmente, políticos de todas as naipes passam pelos trechos calamitosos, mas não conseguem ter força ou empenho para cobrar a solução dos problemas.

A redenção do turismo -  O feriadão de finados ajudou os hotéis, restaurantes e comércio das cidades praianas catarinenses. No dia 2, terça-feira, praias cheias, muita gente se divertindo e consumindo. Foi o setor de nossa economia que mais sofreu desde março de 2020. Mesmo com a gasolina cara, os carros entopetaram as rodovias.

Euclides Riquetti – Escritor 

Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC

em 05-11-2021

 

     

 

Todos os meus pecados

 


 

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Todos os meus pecados


Espero  por um novo tempo, um terno  novo dia
Uma nova e bela manhã, uma nova esperança
Um tempo de muito  amor, um tempo de alegria
Um tempo de colher, um  tempo de bonança...

Um belo novo ano, com êxito e sucesso
Saúde, paz e flores, rosas perfumadas
Poemas sem dilemas, versos e mais versos
Pecados absolvidos, almas perdoadas.

Um novo ano feliz,  com abraços e muitos beijos
Uma rosa vermelha, champanhe ou amarela
Lábios de cereja, de doce e de desejo...

Manhãs ensolaradas, tardes de céu azulado
Pensamentos profanos passando pela janela
Indo juntar aos teus, todos os meus pecados...

Euclides (Celito) Riquetti

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Poeta e cronista catarinense

Gradação romântica

 


 






Janela quadrangular, vidro escuro
Roseiras, plantas, calçadas
E, o que haverá além do muro
Atrás da alva parede levantada?

Quem sabe um corpo desnudo
Ou um mistério indecifrável
Uma voz suave, um olhar mudo
Um coração frágil, ou inabalável?

Quem sabe uma rua bem rústica
Ou uma via ricamente pavimentada
Quem sabe uma celestial  acústica
Na mágica imensidão azulada?

Ou montes de concreto armado
Cimento, aço, madeiras e azulejos
Tudo simetricamente desenhado
Em que escondes sonhos e desejos.

Mas que, mesmo assim, ali vicejam
Plantas bem acarinhadas e vistosas
Que tuas mãos delicadamente regam
Com flores multicores e perfumosas!

Euclides Riquetti

Você, as flores e o mar!

 




Tu adornas as flores coloridas e elas te adornam
São belezas que se encontram e se harmonizam
Tu és emoldurada pelas flores que te contornam
Sois imagens que em minha mente se eternizam.

Não importa qual seja o dia ou seja a distância
O que conta é o que tu fazes e o que representas
Para mim, cada minúcia tem forte importância
Cada gesto teu tem sua relevância e sua essência.

Teu rosto vem a mim em meio às nuvens claras
Sobrepõe-se à calmaria e exuberância dos mares
A imensidão se reveste de uma dimensão ignara.

Teu pensamento vem a mim e o meu te encontra
Como num encontro romântico de dois olhares
Sem obstáculos, com amor, alma aberta e pronta.

Euclides Riquetti

Nasceu um girassol

 


  

 
Nasceu um girassol na beira da estrada
É  uma planta  divinamente colorida
Que me parece acompanhar, toda exibida
Uma mulher bonita, uma dama encantada.

Nasceu um girassol amarelo, um girassol
Com caule verde e sementes cheirosas
Com caule verde e sementes deliciosas
Um girassol amarelo da cor dourada do sol.

O girassol, do alto de sua soberana majestade
Olhou-me e sorriu seu sorriso largo e generoso
Convidou-me para um colóquio  de amizade.

O girassol me sorriu com sua sutil vaidade
Num gesto de garbo, gentil, carinhoso
Me fez lembrar de você com muita saudade...

Euclides Riquetti

Uma obra-prima

 


 

Pensei em produzir uma obra-prima
Algo que marcasse, que ficasse eternizada.
Quem sabe uma poesia com boa rima
Quem sabe uma foto envernizada.

Pensei em produzir uma obra-prima
Algo que ninguém houvesse ainda feito.
Podia ser uma escultura pequenina
Podia ser um monumento perfeito.

Pensei em buscar  uma obra-prima
Algo raro, quem sabe inimaginável.
Podia ser uma  composição divina
Uma ópera de lírica admirável.

Pensei, repensei, tentei, retentei...
Busquei tirar algo de minha inspiração
Fui longe, longe, mas sabes quem eu encontrei?
Foste tu, bem escondida...no fundo de meu coração!

Euclides Riquetti

A chuva da manhã

 






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Na manhã chuvosa de outono me chega a canção
Que me vem trazida pelo vento
Pousa, suavemente, em meu pensamento
E se aloja em meu frágil  coração.

Vem, num carrossel de anjos que vêm
Com sua melodia indescritível
Canção de sabor aprazível
Vem me deliciar também.

Na manhã chuvosa de outono vem a canção que me afaga
A canção da noite, que você repete
E que me acalenta, me confunde e me embriaga.

Na manhã chuvosa de outono meu coração silencia
Enquanto se acalma, pensa, reflete:
Quer esperar você, cheio de uma doce  nostalgia.

Euclides Riquetti

Raios de Sol

 



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Raios de sol propulsionam pensamentos
Que flutuam no firmamento
Que pairam na leveza do ar
A vagar,  divagar,  de vagar.

Raios de sol incitam anseios  remotos
Escondidos nas mentes e corpos
Que andam a esmo nas ruas
Com as almas frias,  nuas.

Raios de sol são a vitamina do poeta
São a adrenalina discreta
Que movem o ideal compositor
E que fazem de mim um mero escritor.

Escrevo, sim, porque no céu há azul e sol brilhante
Escrevo, sim, porque sou apenas um corpo errante
Mas tenho uma alma que me inspira e impulsiona
E um há um coração que me anima e amociona.

Escrevo, sim, porque raios de sol iluminam meu pensamento
Que divaga em si
Que vaga até ti
Até ti...
Por isso escrevo, sim!

Euclides Riquetti

Eu quero ser sua canção



Não sei por que caminhos lisos  andou meu pensamento
Se se perdeu nas pedras soltas, ou se foi nas correntezas
Mas penso que seguiu a rota azul no imenso firmamento
Que  preferiu navegar,  solitário, nos mar das sutilezas...

Eu  fiz  muitas perguntas simples e todas sem respostas
E em todas as que eu lhe fiz, você mostrou-se indecisa
Propus amor, felicidade, mas não ouviu minhas propostas
Me deu somente dúvidas, respondeu-me com evasivas...

Não sei andar sem chão, sem base, apenas flutuando
Não sei mover-me sobre as nuvens, sem rumo definido
Não sei viver sem versos, nem quero ver você chorando...

Você é a melodia que me falta para animar meu coração
Você é  parte de mim, você  é meu ser, meu maior  sentido
Você é o tema de meus versos e eu quero ser sua canção.

Euclides Riquetti

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Sofrência

 



É até bom ser acometido de sofrência

Uma dor aguda que só me atrapalha

Uma canção perdida em fogo em palha

Minha alma ferve em alta turbulência.


Busco rimas e palavras pra compor

Um poema de amor assim sem musa

Versos escritos pra bordar na blusa

Um poema fácil, leve e sedutor!


Procuro o sono, pois quero descansar

Mas há questões difíceis de resolver

Bom mesmo seria dormir e sonhar.


Mas a vida nos prega peças e nos judia

Por isso me demora tudo para acontecer

Então, rezar e esperar por um novo dia. 


Euclides Riquetti

06-11-2021




Beijo com sabor de canela

 




Dê-me um beijo com sabor de canela
Um beijo bem gostoso, bem adocicado
Quero sentir as sensações que revela
Um beijo ardente, um beijo demorado.

Dê-me um abraço carinhoso, apertado
Abraço delicioso, quente e  sensual
Deixe-me sentir o seu corpo perfumado
Abraço terno, que me levanta o astral.

Dê-me a alegria de senti-la e assim
Sentir a alegria de quem dá e recebe
Sentir você bem juntinho de mim.

Beijos, abraços, o que mais querer
Se são os prazeres que você me concede?
Beijos e abraços, que me fazem viver!

Euclides Riquetti

Morre a "Rainha da Sofrência" - cantora sertaneja Marília Mendonça - o relato mais completo

 




       A cantora brasileira Marília Mendonça morreu nesta tarde, 05 de novembro de 2021, em acidente aéreo ocorrido em Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Ela tinha um show programado para esta noite em Cataringa, com a presença de 5.000 pessoas. No fim de semana faria outro show em cidade mineira. O avião em que ela e outras 4 pessoas viajavam caiu sobre um córrego, sobre pedras. O avião bateu numa rede de alta tensão e foi parar num curso d´ água.  Todos morreram.

       Marília Dias Mendonça, nascida em 22 de julho de 1995, em Cristianópolis, estado de Goiás.  era cantora, compositora desde os seus 12 anos, e instrumentista. 35 milhões de seguidores nas redes sociais. Nos últimos dois anos foi a cantora com mais músicas executadas no Brasil nas diversas mídias. Fez algumas gravações tendo a dupla Maiara e Maraísa participando do seu trabalho. 

       Provavelmente,  Marília Mendonça foi a cantora sertaneja mais atuante nos últimos cinco anos. Adepta do gênero "sofrência", muito difundido e espetacularmente executado por ela, realizada shows em todo o território nacional No dia 27 de dezembro, faria um show em Florianópolis - SC, nossa Ilha da Magia. além dela, morreram o piloto, o copiloto, o seu produtor Henrique Ribeiro e seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho. Deixa o filho de quase dois anos, Léo Dias Mendonça Huff. 



       A morte de Marília Mendonça, com apenas 26 anos, é notícia em todos os noticiosos de rádio, TV e internet. Algumas músicas de sucesso: Supera - Infiel - amante não tem lar - Eu sei de cor - Estranho - De quem é a culpa? - Quero você do jeito que quiser - Sem sal - Coração Bandido - Graveto - O que é que você viu em mim - Todo mundo vai sofrer - Serenata - Ciumeira - Obrigado por estragar tudo e outras. 

      Inteligente, bela saudável, sorridente, cheia de energia, com grande capacidade criativa e voz maravilhosa. Esta é nossa criadora do gênero sofrência, que contaminou a cabeça e contagiou o coração da juventude brasileira.

       Que Deus a receba bem, bem como as outras pessoas que perderam a vida no acidente. Obrigado por ter dado tanta alegria e esperança à mulher brasileira. 

 

Euclides Riquetti 

05-11-2021


Eterno romântico



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Eu até faria um poema acéfalo
Desarrumado, feio e esquálido
Infinitamente torto e indiscreto
Um poema desbotado e pálido...

Talvez um  poema heterorrítmico
Escrito com carvão preto, vegetal
Pra afrontar um outro isorrítmico
Árcade, brega, insosso sem igual. 

Eu faria algo bobo e detestável
Sem efeito, sem nenhum sentido
Poema inútil não recomendável
Falando sobre um amor bandido.

Mas isso está fora de cogitação:
Serei um eterno poeta dos sonetos
Cantarei o amor, o afeto e a paixão
Ser eterno romântico eu prometo!

(Apenas isso...
Bem assim!)

Euclides Riquetti

Sentimentos...

 



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Trabalho com sentimentos
Eles são o formão de meu ofício
Com eles componho poemas aos centos
Nas madrugadas, nas noites, em todos os momentos
Sem nenhum sacrifício...

Moldar versos é minha ocupação
Para chamar tua atenção, atrair teu olhar
Combiná-los em estrofes,  minha paixão
No meu quarto, na rua, ou na beira do mar
Dou-lhes vida, luz, emoção!

Espalho-os pelo mundo como o vento
Espalha os perfumes da primavera
Levando minha alegria ou meu lamento
Propago-os no espaço e no tempo
Tão longo quanto os anos de espera...

Os sentimentos são minha matéria
Os meus, os teus, os nossos
E fazer com que ganhem artérias
Corpo, alma, coração
Com leveza e com paixão
É tudo o que eu posso...

Os sentimentos nasceram para meus encantos
Para provocar a alegria
Para nos lembrar da nostalgia
Para fazer brotarem as lágrimas nos prantos...

Sentimentos, ah, sim, sentimentos na paixão exacerbada
Que me brotaram no entardecer
E me acordaram  na madrugada
Para compor-te este poema
E te oferecer!

Euclides Riquetti

Como um morango em tua boca


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Como um morango em teus lábios sedutores
Como um tango bailado em sapatos vermelhos
Como um poema declamado diante do espelho
Quero me perder nos seus instintos multicores!

Quando teu lápis desenhar meu rosto no papel
Quando teus olhos olharem para o céu azulado
Quando pintares flores violetas com o pincel
Quero estar ali contigo, bem feliz, ao teu lado!

Quando a manhã clarear mais cedo, promissora
Quando o sol brilhar alegre, levemente dourado
Quando eu cheirar tua pele morena e sedutora...

Então meu pensamento chegará em teu universo
E meus lábios tocarão os teus lábios adocicados
Eu cantarei pra ti os mais belos de meus versos!

Euclides Riquetti

Champanhe

 


Para as tradicionais fotos do brinde cruzado, a Noiva deve ...



Comemore, vibre, entusiasme-se intensamente
Beba uma taça de vinho, uma bebida, champanhe
Eu farei a minha parte,  farei feliz, alegremente
Quero que me abrace, me queira, me acompanhe.

Busque realizar seus sonhos, mas  comigo presente
Torne-me parte integrante de seus projetos pessoais
Agarre-me com seus braços, com força, fortemente
Dividamos nosso coração, nossos laços sentimentais.

Entendamos que o mundo nos impõe muitos desafios
E que é preciso, de nossa parte, muita determinação
Ter coragem para enfrentar todos os mares bravios
E acalmar dentro de nós as inquietudes do coração!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Pendure atrás do fogão...

 





          O fogão a lenha ainda é um equipamento de cozinha indispensável nas casas das pessoas que hoje estão na condição de semi-idosas ou já inclusas. Principalmente nas de quem não reside em apartamentos.

          Os fogões, aqueles esmaltados brancos com estampas de flores bem coloridas, bem tradicionais, das margas Geral, Marumby, Wallig ou Venax,   estiveram presentes na história de nossas famílias. Deles, tenho belas lembranças, principalmente da casa de minha madrinha Raquel, no Leãozinho, ou da Nona Baretta, na Linha Bonita, em minha casa e nas das tias, no antigo Rio Capinzal. As panelas grandes, de alumínio, fervendo o leite, ou no preparo do arroz quebradinho ou da macarronada. As de ferro,  para o cozimento do feijão e  as carnes. A polenteira, pesada, presente também. Algumas famílias tinham uma composição tão numerosa que precisavam de duas dessas polentas no almoço para saciar a fome após a lida da manhã. Os queijos, os salames, as copas, as bacias de saladas, principalmente os radicci.

          Um grande caixão para a lenha, com tampa, situado atrás do fogão, onde as crianças gostavam de ficar para menterem-se aquecidas nas frientas manhã de nossos invernos. Era disputado, mas os pais o reservavam sempre para os mais pequenos. E, de vez em quando, um susto, quando o vapor da água elevava a tampa da panela e, em gotas caía sobre a chapa muitas vezes avermelhadas pelo calor...

          Minha mãe conservou um até o final de sua vida. Nós, aqui em casa, também tivemos o nosso, mas já abolido desde que as crianças cresceram.  Porém, o que me faz retornar a ele não é a sua utilidade como o principal componente da cozinha, em tempos que as pessoas não tinham geladeiras e nem fogões a gás.

          Lembro dos arames esticados atrás dos fogões, fixados com pregos na parede angular, de madeira. E ali penduravam os uniformes para que secassem e as crianças pudessem ir para a escola devidamente paramentadas. Outras vezes, punham dois peçados de lenha no forninho e sobre eles um par de calçados, para que secasse e no outro dia pudessem ser usados...

          E há até lembranças que me fazem rir: uma vez minha irmã Iradi, professora na escola em Linha Pocinhos, colocou uma gravura de uma cozinha no quadro-negro. Estava ensinando  os alunos a fazerem uma descrição. E, uma aluninha, hoje uma respeitável senhora, escreveu: "Atrás da bunda da moça tem o fogão". Nada mal se os malandros não tivessem apelidado de "fogão" o traseiro dos homens.

         Também  histórias muito tristes foram protagonizadas diante desse histórico equipamento, com pessoas levando queimaduras que as marcaramou que lhes tiraram a vida...

         O fogão a lenha é um objeto que está caindo em desuso, gradativamente. Mas há muita gente herdando o costume de tê-lo e vão continuar utilizando-o. Alguns já substituíram a lenha por um dispositivo a gás que aquece a chapa. Mas, aquele brilho saindo da porta do fogão, ou aquele cheirinho da cinza da gavetinha sob a grade da combustão das lenhas, nunca será esquecido.

         Não importava para as crianças se suas roupas ficassem impregnadas de odores de fumaça ou de frituras.  Quem ligava para isso? O importante era não passar frio e no outro dia ir para a escola de uniforme e com calçados secos. Além disso, no inverso, tomar mate doce e comer aquele pinhão delicioso cozido sobre a chapa aquecida. E, todos sabemos, a comida que a mamãe ou a nona fizeram nos fogão a lenha era muito mais gostosa, não era?

          E o seu, era de que marca? De que cor? Tinha flores estampadas? Como era o caixão da lenha? Qual a marca: Geral? Marumby? Wallig? Venax?

          Você pode ter esquecido da marca, mas não esqueceu, certamente, das roupas penduradas atrás dele...

Euclides Riquetti

Procure a felicidade




Procure a felicidade com a força de seu coração
Busque-a nos lugares mais simples e escondidos
Busque-a nas praias, nas praças e nos caminhos
Busque-a com os meios que lhe oferece a razão...

Procure a felicidade nas horas do seu dia
Desde os primeiros  claros  da manhã
Faça dessa sua busca uma tarefa bem sã
Refute as tristezas e enalteça a  alegria.

Busque, em todos os invernos e  todos os verões
Busque  a sua felicidade que você tanto procura
Viva as mais belas de todas as emoções;

E, ao encontrar as respostas que você tanto quer
Retribua com carinho e com toda a sua doçura
Com seu jeito formoso de menina  e de mulher...

Euclides Riquetti

Em orações e versos!

 








Não deixe que a amargura tome conta de seu ser
Que ela apague seu sorriso bonito
Não deixe que ela franza linhas em sua testa...

Não deixe que a tristeza tome conta de você
Que ela desvie seu olhar do infinito
Reponha a beleza em seu rosto de festa...

Deixe que eu ajude sua alegria voltar
A redesenhar em você a luz dessa alegria
Deixe que eu faça você se reanimar...

Deixe que Deus lhe dê a força do universo
E que eu possa lhe restituir a euforia
O que farei em orações e versos!

Euclides Riquetti

Chuveiro dividido

 





Chuveiro dividido
Coração bandido...
Coração quebrado
Sofrido, mutilado
Coração sofrido!

Coração em chamas
Coração que ama...
Coração eloquente
Sempre tão valente
Coração te chama!

Chuveiro delicioso
Coração teimoso
Coração que chora
Porque foi embora
O coração choroso!

Coração atleta
Coração de moleca
De mulher bonita
De moça catita
Coração sapeca!

Euclides Riquetti

Deixe minha poesia beijar seus lábios

 


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Deixe minha poesia beijar seus lábios
Levemente rosados
Habilmente delineados
Desejados...

Deixe minha poesia massagear seu corpo
Graciosamente esculpido
Elegantemente definido
Esculturado...

Deixe minha poesia afagar sua alma
Divinamente branca, clara
Simplesmente única, simples, rara
Jamais ignara...

Lábios, corpo, alma, paixão
O grande conjunto de minha inspiração
Objetos do querer e do desejar
Enquanto lembro de você... e escuto o mar!

Euclides Riquetti

Meus versos são seus versos







Meus versos são seus versos, são
Todos os meus poemas são seus
Todos os seus dilemas são meus
Feitos para chamar a sua atenção.

Faço meus versos a partir de você
Porque em você busco a inspiração
Porque não quero pra nós solidão
Eles são simples pra você entender.

Com versos componho as estrofes
Que carpinto para serem poemas
Que os faço a partir de morfemas
De amares, bem-quereres e loves.

Que continuem simples o bastante
Para serem ouvidos simplesmente
Para serem entendidos somente
Desde antes e de agora em diante!

Euclides Riquetti

Eu quero ser sua canção




 

Não sei por que caminhos lisos  andou meu pensamento
Se se perdeu nas pedras soltas, ou se foi nas correntezas
Mas penso que seguiu a rota azul no imenso firmamento
Que  preferiu navegar,  solitário, nos mar das sutilezas...

Eu  fiz  muitas perguntas simples e todas sem respostas
E em todas as que eu lhe fiz, você mostrou-se indecisa
Propus amor, felicidade, mas não ouviu minhas propostas
Me deu somente dúvidas, respondeu-me com evasivas...

Não sei andar sem chão, sem base, apenas flutuando
Não sei mover-me sobre as nuvens, sem rumo definido
Não sei viver sem versos, nem quero ver você chorando...

Você é a melodia que me falta para animar meu coração
Você é  parte de mim, você  é meu ser, meu maior  sentido
Você é o tema de meus versos e eu quero ser sua canção.

Euclides Riquetti