sábado, 23 de julho de 2016

Dia do Escritor - 25 de Julho. Leio, portanto escrevo!

 

 



 
Euclides Riquetti - Declamando para crianças no Centro de Educação Infantil Mundo Encantado - Joaçaba - SC

 Declamando num dos eventos de Canto, Arte e Poesia - Capinzal - Ouro - SC 
 
          De tanto me chamarem de  escritor, acabei até acreditando que o fosse. Ou que o seja ..  Não sou lá de dar muita importância a publicar livros, até tive poemas editados em coletâneas, mas nunca tirei o tempo para organizar um sequer, embora tenha material para pelo menos uma dúzia deles: uns oito de poemas, três de crônicas e um de História, esta relatando acontecimentos do Município de Ouro desde a sua colonização, época em que seu território era denominado Distrito de Abelardo Luz, pertencendo à Colônia de Palmas, Paraná.

           Minha predileção, em termos de poemas, é pelo soneto. Fui influenciado pelo meu saudoso e competentíssimo professor Nelson Sicuro, na FAFI, em União da Vitória, em que me formei em Letras/Inglês no ano de 1975.  Influenciado pelo também saudoso professor Francisco Boni, li dezenas de livros de Literatura Inglesa e Norte-americana. Tudo foi-me ajudando a formar meus conceitos e meu estilho. Escrevi, em 1974, um soneto "Uma Canção de Acalanto". Não guardei cópia, não memorizei. Tinha conseguido compor um "alexandrino" com rimas ricas, raras e métrica perfeita, isorrítmico. Que pena! Até compus um poema com o mesmo título, mas nunca próximo daquele.

          Em 1960 eu estava prestes a completar 8 anos e não ia à aula regular ainda. Eu voltara a morar com a família, já disse aqui no blog, depois de ter saído de casa (levado, né?...) com menos de 14 meses de vida, quando nasceu minha irmã,  Iradi. Meu pai me levava com ele,  uma ou duas vezes  por semana,  até a Escola de Linha Savóia, em Capinzal, onde ele lecionava. Era a maneira que a família tinha de me tirar de casa. E ele me ensinava a escrever minhas primeiras sílabas.  Eu gostava de ouvir os alunos lerem a cartilha em voz alta e achei que iria aprender a ler também. E isso de ler me aconteceu nos dois primeiros anos de aula no Mater Dolorum, em Capinzal também.

      Pois que, no dia 25 de julho daquele ano, houve a  realização do primeiro Festival do Escritor Brasileiro, acredito que em São Paulo, organizado pela  União Brasileira de Escritores. O escritor  João Peregrino Júnior era o seu presidente, e Jorge Amado o vice-presidente, e eles criaram, então,  o Dia do Escritor, numa homenagem a todos aqueles que têm habilidades ( e vocação...) para, através das palavras articuladas, escrever  relatos, histórias, fantasias, sentimentos e vivências. Sou sentimentalóide e saudosista. Imaginei, um dia, tornar-me escritor. Acho que estou conseguindo.  Li e  escrevo muito, Sou, portanto, escritor!

          Tenho meus ídolos. Não leio livros badalados, leio aqueles cujos autores considero que merecem ser lidos. Desde  a Condessa de Ségur, passando por  Machado de Assis, Jorge Amado, Cecília Meirelles, Charles Dickens, Edgar Alan Poe, Camões e Camilo Castello Branco,  Abílio Diniz, Ivonisch Furlani, José Cleto, Eloí E. Bochecho,  e Vítor Almeida, não importa se famosos ou não, leio-os. E por ler muito, escrevo muito.

         Então, neste Dia do Escritor Brasileiro, desejo homenagear a todos os que, de uma ou outra forma, expressam seus sentimentos e relatam os fatos que lhes são ditados pela vivência e o conhecimento. Ainda veremos o povo brasileiro transformado em leitor, mesmo morando num país onde até um ex-presidente disse, uma vez, que não gostava de ler...

Euclides Riquetti
25-07-2015
Dia do Escritor!


Palestrando para alunos do Colégio Mater Dolorum em Capinzal - SC

Com uma leitora, no CMD - em Capinzal - SC

 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Quero que a luz de seu sorriso volte





Quero que a luz de seu sorriso velho volte
Quero que a luz de seu sorriso novo brote
Quero que você sorria em todas as horas
Quero que comece a sorrir bem agora...

Apenas quero pra você o melhor
Apenas quero ajudar você
As palavras a dizer já sei de cor
Apenas quero ajudar você.

Quero que a luz de seu sorriso velho volte
Quero que a luz de seu sorriso novo brote
Quero que você sorria em todas as horas
Quero que comece a sorrir bem agora...


Apenas quero pra você o melhor
Apenas quero ajudar você
As palavras a dizer já sei de cor
Apenas quero ajudar você.

Euclides Riquetti
22-07-2016

O dia em que minha vida virou ao avesso - Minha história real!

 
Doeu demais...sofri... chorei... mas sobrevivi.
 

 
Local do campo em que sofri a grave contusão: Trave e área lado Leste (foto RC)
 
Arabutã FC - Início da década de 1970... época em que eu morava em União da Vitória - PR (Foto RC)

          O dia 22 de julho de 1984 me é inesquecível. Tinha tudo planejado: jogar bola, ir a uma festa, descansar para na segunda trabalhar. Levantei-me cedo, peguei a sacola com minhas chuteiras, despedi-me da família e fui para o Estádio do Arabutã. Era o dia mais frio do ano,  um domingo.  Tivéramos duas semanas de férias escolares e, no dia seguinte,  haveria o reinício das aulas. Queria aproveitar bem meu domingo. Depois do jogo, me encontraria com a família e amigos numa festa de batizado.

          Ali, ao lado do Estádio, havia uma sede recreativa onde seria realizada a festa do batizado da Aquidauana, uma bebezinha,  filha do compadre Neri Miqueloto e da Zenete. Fui o primeiro a chegar ao campo. Havia neblina e frio, muito frio. A promogênita deles, que atualmente cursa um doutorado nos Estados Unidos.

          Nove horas e já estávamos em campo. O treinador Valdomiro Correa deu-me a camisa branca com  mangas vermelhas, número 4,  jogaria como quarto zagueiro, fazendo dupla com o Fank.  Normalmente eu jogava com a 2, na lateral direita. Nsta atuou  o Mantovani, que era apelidado de "25". Era o mais maduro da turma. Na esquerda, o Mingo Barbina. Eu tinha 31 anos e estava em plena forma física. E me achava velho... Tinha ossos fortes, minha mãe sempre dizia que me deu muito cálcio quando criança. E eu achava que jamais pudesse machucar-me, era muito corajoso nas jogadas, não tinha medo de que algo me pudesse acontecer...

          Placar ainda em branco e nossos adversários fazendo pressão. Formávamos linha de impedimento, já tínhamos um ótimo entrosamento e sempre que jogávamos, nos  adiantávamos quando o adversário iria lançar a bola. Deixávamos os desavisados sempre impedidos. Nossa média de idade era bem acima da deles e tínhamos que dispor de nossa esperteza para enfrentá-los. E, num desses lances, quando saímos, um de nossos jogadores deu condição legal de jogo para os adversários. O Tita, de 16 anos, muito habilidoso e veloz, recebeu a bola e saí atrás dele. Quando ele entrou na grande área e ia fazer o gol, alcancei-o e dei toda a força possível para cortar a bola. Nesse instante, veio o goleiro, meu companheiro, num carrinho e me atingiu. Foi um estouro. Disseram-me o Mafra, o Marcon e o Nito Miqueloto, meus companheiros, que pareceu um tiro de revólver 38. Senti que algo de muito ruim me havia acontecido. Eu não queria acreditar: O que iriam dizer meus familiares? Cmo iria dar aulas no dia seguinte?

         Meu colegas vieram acudir-me. Estavam apavorados. Olhei para minha perna direita e o pé estava desgovernado. A perna dobrou-se, apenas a pele mantinha o pé preso ao meu corpo. Uma fratura na Tíbia, duas no Perônio, e os ossos esfacelados. Uma senhora contusão! Tiraram minhas chuteiras, minhas meias. Uniformizados,  não conseguiam achar as chaves dos carros para levar-me ao hospital. Ficaram todos atrapalhados. Vi o Irineu Miqueloto (saudoso...), que viera de Ponta Grossa para o batizado de sua sobrinha, pedi para que me socorresse,  e ele, apavorado, no alambrado, procurava nos bolsos as chaves de seu carro, e nada! Até se esquecera de que não estava de carro lá.  Havia deixado o carro com a esposa e nem se lembrava disso.  Estavam todos desorientados...

          Enfim, os amigos Vilson Farias, atual Vice-prefeito de Capinzal, e o Alvanir Mafra, com o Fusca deste, resolveram que deveríamos ir de imediato para o hospital, no fusca. Colocaram-me no banco traseiro,  o Mafra dirigia e o Farias me dava apoio moral. Iríamos direto pra Joaçaba, onde haveria ortopedista no Hospital Santa Terezinha.

          Na estrada eu olhava para o espelhinho retrovisor e via que estava pálido, meus cabelos molhados, o rosto muito suado. Não sentia dor, ainda, porque estava om o corpo muito quente, havia  corrido muito e por mais de meia hora. Não me conformava por aquilo estar acontecendo comigo...

          Em menos de meia hora estávamos nas ruas centrais de Joaçaba, onde não havia asfalto ainda. Quando o carro trafegava sobre sobre os paralelepípedos do calçamento, os ossos pareciam espinhar os músculos e doía muito, muito. No Hospital Santa Teresinha, fui posto na numa maca, e o médico Dr. Marino, ortopedista, colocou uns saquinhos de areia nos lados da perna, imoilizando-a. Como que se  a mão de Deus tirasse a dor, senti-me aliviado. Veio o raio-x, o gesso, envolvendo toda a perna até a bacia. Não havia necessidade de cirurgia, graças a Deus. Apenas 90 dias no gesso. Levaram-me para casa. Eu estava chateado porque minha família não pudera participar da festa da Aquidauana. mas não sentida dores. Até que passou o efeito da anestesia  quando passei por dores insuportáveis. Ligaram para o hospital e indicaram-me injeções para alviar a dor que um rapaz, meu aluno, o Neodir Zanini, veio aplicar, junto com o pai dele, o Nadir.jovem, trabalhava na Farmácia São Pedro.  A dor  ia e voltava...

         À noite, demorei para dormir. Depois sonhei. Sonhei que estava numa bela tarde de sol, lá no mesmo campo, jogando futebol, mas na lateral esquerda, com a camisa 6. Jogando contra o Clube 4 S de Linha Sul, marcando o Joãozinho Baretta, um primo. Ele estava de camisa verde e eu marcando-o.
Muitos dias com dores, passei os primeiros vendo na TV as Olimpíadas de Los Ângeles, torcendo pelo Brasil, em especial pelo goleiro Gilmar Rinaldi, que defendeu até pênaltis. E nos deu a Medalha de Prata. O Gilmar foi nosso compnheiro de bola no campinho, ali no Ouro, quando vinha passar as férias na casa de sua irmã, a Matilde. Jogava no Inter, depois jogou no São Paulo, na Udinese, num clube do Japão e no  Flamengo.

          Seis meses depois, estava eu de volta aos campos. Mudei meu jeito de jogar, mais cauteloso, usando menos a força e mais a inteligência. Percebi que nosso corpo tem limites, esta foi minha lição. E consegui correr atrás da bola por mais 25 anos, apenas com 3 meses de interrupção em 98, quando estourei menisco e ligamentos, pondo até parafuso de titânio no joelho esquerdo, que está ali até hoje. Estou até pensando em voltar a jogar,  agora na Primavera...

          Realmente,  aquele domingo, 22 de julho de 1984, meu mundo ficou de pernas pro ar. Mas sobrevivi!

Euclides Riquetti

Se as flores falassem




Se as flores falassem
Contar-te-iam minha história
Guardariam em tua memória
Para que ali restassem
Se elas falassem...

Se as flores pudessem falar
E dizer aos passantes sobre mim
Talvez fosse melhor assim
Porque você iria me procurar
Se as flores pudessem falar...

Se as flores me ouviram e me ouvem
No hoje, como me ouviram no ontem
E. de novo, me ouvirem amanhã
Sejam as amarelas ou as brancas das maçãs
Certamente que a ti também ouvem...

E elas poderiam levar nossos recados
Recados de carinho, de namorados
Para que misturassem nossos perfumes
Para que direcionassem nossos lumes
Para que misturassem os nossos pecados!

Euclides Riquetti
22-07-2016



Beijar teus olhos


  
 

 
Quero beijar teus olhos sedutores
Apalpar as maçãs de teu rosto, avermelhadas
Quero  fitar teus lábios tentadores...
Acariciar as tuas madeixas onduladas.


Quero que cada beijo seja como o da primeira vez
E mergulhar no teu corpo que me alenta 
Mordiscar o perfume de tua tez
E cheirar tua pele doce  que me tenta.

Quero, sobretudo, ver teu belo sorriso
E sentir que sou amado, sou correspondido
Porque és tudo o que há de bom e de que eu  preciso!

Quero te querer, te desejar,  te quero
Quero te flechar e ser o  teu cupido
Quero te entregar todo o amor sincero!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 21 de julho de 2016

No silêncio do amor e da paz

 
 
No silêncio do amor e da paz
A vida se refaz
Em passos gigantes caminha
A vida tua, a vida minha
A vida que me seduz e apraz!

No silêncio da noite, a paz do dia que passou
A alegria de momento que marcou
A oração rezada com devoção
Extremada meditação
Sobre quem eu, de fato, sou!

Na agitação de cada uma das nossas horas
A vontade de não ir embora
De ficar te amando
Ou apenas te cortejando
Como te teria cortejado outrora!

Na agitação do meu coração e da minha cabeça
O medo de que desanoiteça
Sem que tenha te amado o suficiente
Por causa do risco iminente
De que meu corpo desfaleça!

Mas, no silêncio ou no turbilhão ruidoso
Navego num rio caudaloso
Para buscar-te em algum lugar
Seja por aqui, seja no mar
Eu, com meu instinto desejoso!

No silêncio do amor
No silêncio da paz!

Euclides Riquetti
25-07-2015

É preciso dizer... (E é preciso assustar-se!...)

 Mais uma vez reeditando o texto...porque não podemos nos descuidar... 

 
 Rua XV de Novembro, centro - Capinzal SC - Enchente Rio do peixe, 1983 (Foto RC)
 
Rio do Peixe, enchente de 1983, ponte pênsil, ligação entre Ouro e Capinzal SC (foto RC)

 
Áre Central de Capinzal - SC - Enchente de 1983 - Rio do Peixe (foto RC)
          O tempo passa e muitas situações que não desejamos que nos voltem acabam voltando-nos. Em 23 de fevereiro de 2011, ou seja, há pouco mais de dois anos, tive publicado, na coluna do Ademir Belotto, do Jornal A Semana, de Capinzal/Ouro, um texto em que propunha uma reflexão sobre comportamento ambiental. É um comportamento que relaciona o Homem e a Natureza. Depois disso, várias tragédias já aconteceram. E elas nos mostram que práticas da vida diária das pessoas, em todos os lugares, ocasionam desastres que poderiam ser evitados ou amenizados. Lembro que em 1983, no mês de julho, as enchentes dos Rios do Peixe, Iguaçu e Itajaí assombraram os três vales, causando vítimas e ocasionando prejuízos. E muitos traumas.  A ocupação das cidades em  suas margens,  com muitas edificações e pavimentações das vias,  vem impermeabilizando o solo das mesmas e isso é muito preocupante.   Assim, estou republicando a matéria, pois acho que ela se universaliza ao ponto de eventos adeversos se repetirem: Aí está, na íntegra:

          "Vivemos em cidades charmosas, colonizadas por descendentes de italianos ou germânicos, com declives e aclives acentuados, numa topografia altamente irregular. É assim nosso Vale do Rio do Peixe. Matas exuberantes cobrem os morros e formam os cílios dos riachos e de nosso majestoso rio, outrora piscoso, cujas águas já foram muito cristalinas, depois tornaram-se turvas (e turbulentas).

         Ouro e Capinzal não fogem à regra. São belas e prósperas. Por aqui já aconteceu "de tudo", coisas boas e muitas barbaridades. São cidades onde acontecimentos tristes têm ocupado as notícias no âmbito microrregional ou até estadual. Tivemos perdas humanas que jamais serão compensadas, até porque a vida é irrecuperável. Coisas insignificantes, recorrentemente, ocupam os noticiários.

          Mas os temas verdadeiramente sérios e importantes não têm sido debatidos. Meio ambiente e mobilidade urbana têm ficado em plano secundário. Deveriam ser discutidos à exaustão. Nas conferências das cidades estiveram na pauta, mas a participação popular não foi expressiva.

          Os eventos adversos da segunda semana deste ano, em cidades da serra e do litoral carioca, nos remetem a uma reflexão profunda: De quem é a responsabilidade pelas catástrofes?

          As catástrofes naturais podem acontecer a qualquer tempo e em qualquer lugar. No entanto, algumas delas podem  devem ser previstas e evitadas, ou minimizadas, e isso é responsabilidade dos governos e da sociedade. Note-se que as catástrofes que ocasionam a perda de vidas humanas são decorrentes de danos que o próprio homem já causou à Natureza. E elas podem, então, ser evitadas. Acima das leis, deve haver o bom senso e o conhecimento histórico do que já aconteceu em cada cidade.

          Todo esse intróito é para chegar a um relato cujo conteúdo gostaria que você analisasse:

          Há cerca de três anos, realizamos em Ouro um Seminário Regional do Meio Ambiente. Na oportunidade, um dos palestrantes referiu-se ao Furacão Katrina (ou Catarina), que ocorreu no litoral sul de Santa Catarina, e que causara muitos prejuízos materiais. E sobre as Tsunâmis, na Indonésia. Estudantes presentes indagarm se isso poderia se repetir, quando e onde,  e se ia morrer muita gente. O palestrante disse que sim, e  que "morreria muita gente,sim". No intervalo, foi censurado pelo dito. Houve divisão de opinião sobre o que ele disse. Intelectuais a favor e intelectuais contra.

          Passados poucos meses, a história nos mostrou algumas verdades: A Tragédia de Ilhota, Gaspar e Blumenau; a Tragédia de Angra dos reis. E, agora, a maior delas: a das cidades do Rio de Janeiro.

          Numa palestra que proferi para acadêmicos da UNOESC, apresentei imagens sobre algumas áreas de risco de Ouro  Capinzal, algumas incoerências que causam danos ambientais, e relatei um pouco das histórias das anormalidades climáticas dos últimos 30 anos por aqui: As enchentes de 1983, os vendavais que ocasionaram a queda da ponte pênsil, os vendavais que destruíram parte das instalações de uma agroindústria em Capinzal, bem como dezenas de resiências no Bairro São Cristóvão. As estiagens que ocasionaram prejuízos nas lavouras, as enxurradas que destruíram (e continuam destruindo) pontes e estradas, o granizo que destruiu casas em Linha Sagrado, e outras calamidades.

          Tudo isso é muito preocupante: temos áreas de risco, altamente vulneráveis, e há de se retomar um debate necessário, em que surjam proposições e ações para  minorar impactos ruins que podrão efetivar-se sobre nós. É preciso dizer... E é preciso assustar-se, sim!!!  (Professor Euclides Riquetti)."

Euclides Riquetti
16-03-2013

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Laços de Amizade

 

 

Laços de amizade
Constroem-se lentamente
Solidamente
Se houver reciprocidade...

Não se escolhe com quem
Mas tem que haver lealdade
Acontecerem com espotaneidade
Os laços de amizade.

Laços de amizade imorredoura
Que se consolidam no dia a dia
Que nos dão mais alegria
E uma amizade duradoura.

Eles acontecem pela confiança
Pela mútua solidariedade
No enfrentar das adversidades
Com a  mão amiga que se alcança.

Amizade verdadeira
Amizade sincera
Amizade verdadeira
A amizade que eu quero
Quero sempre
Sim...
Quero!

Euclides Riquetti
 

Dia do Amigo: O valor da Amizade

 

 
 
Eu quero que tu sintas
Sinceramente
O valor da amizade
Que existe entre a  gente.
Eu quero que tu sintas que me preocupo
E se eu tiver algumas falhas
Aqui me desculpo!

Eu quero que tu sintas
Que sou teu amigo
Que tenho um coração
Bastante afetivo.
Eu quero que tu sintas que podes confiar
Que eu sou teu companheiro
Em todo dia e lugar!

Minha amizade é como a tua
Leal, firme, verdadeira
Tem o encanto da lua
A fidelidade companheira.
Minha amizade é simples mas sincera
É amizade o ano inteiro
E tão pura como o ar... na Primavera!

Euclides Riquetti

Um Príncipe Poeta


Eu quisera ser
Um príncipe encantado
Aquele por ti esperado:
Alto, ágil, sedutor!
E, de ti, apenas poder  receber
E também te dar meu  amor!

Eu quisera merecer
Um pouco de tua atenção
Que me quisesses de paixão:
Ter teu olhar envolvente
Poder fazer-me perceber
Sentir-me desejável  e atraente!

Um príncipe galante e sorridente
Vestindo roupas brancas adornadas
Que,  com sua espada  afiada
Desafiasse os teus infortúnios e medos.
E que, no manejar  da lâmina reluzente
Cavalgasse por entre florestas e vinhedos...

Um príncipe encantado, sim!
Envolto em vestes de cetim
Um príncipe cavalheiro, na certa:
Um príncipe poeta!

Euclides Riquetti

terça-feira, 19 de julho de 2016

Histórias com Bilboquês e Petecas






          Revirando minhas bagunças aqui em casa encontrei um bilboquê. Belo brinquedo que comprei há uns 4 anos em Porto Alegre, numa feirinha lá do Parque Farroupilha. O Parque Farroupilha é uma enorme área verde daquela cidade. Os portoalegrenses podem orgulhar-se de terem um parque assim, como os curitibanos têm o seu Bariguí, também acolhedor. São extensas áreas onde as pessoas buscam o lazer junto  à natureza, fazendo suas caminhadas diárias. Lugares aprazíveis.

          Os bilboquês e as petecas eram os brinquedos mais disponíveis que tínhamos em nossa adolescência. Também tínhamos bolicas, as de vidro. São as bolas de gude. Também  jogávamos muita bola. No Colégio nos oportunizavam  o "jogo de caçador" nas aulas de Educação Física, que eram raras. No primário, a própria professora regente nos dava a bola para jogar e arbitrava. No ginásio, o Frei Gilberto, Diretor, fazia-nos execitar e depois nos deixava jogar bola. Isso nos sábados pela manhã. Dava-nos exercícios militares que aprendera na Itália. Fora soldado na  Segunda Guerra Mundial. E era muito severo. Depois jogávamos futsal. Uma vez o Edovilho Andreis, o Vino, descascou o dedão do pé no piso áspero. É que poucos tinham tênis para jogar. E as congas eram muito frágeis. Se jogasse com uma, estragava-se.

          Como não tínhamos muitas opções, então precisávamos encontrar nossa maneira de brincar, criando nossos brinquedos ou comprando-os. Poucas opções havia.

          O bilboquê é um brinquedo de origem francesa e dizem que tem 500 anos. Existem muitos tipos deles, a maioria de madeira: são umas pequenas torres de cujo topo sai um cordão, normalmente de algodão, que se liga num suporte, também de madeira, parecido com um picolé. Há os redondos que exigem muita habilidade da gente, é ficícil pontuar com eles. Outros são parecidos com cones, ou então com sinos de igrejas. Eu não podia comprar um, então pegava uma latinha de fermento Royal ou Fleischmann, fazia um furo com um prego, passava um barbante, amarrava num pauzinho e tinha o meu.

          Na escola, na época do Padre Anchieta havia uns feras no jogo. Compravam os brinquedos na Casa Barraquinha, no centro da XV.  O Zé da Barraquinha nos vendia. Alguns compravam na Marcenaria São José o no D ´Agnoluzzo, que tinham torno para madeiras e os confeccionavam.

           Acho que os melhores bilboqueiros da época eram o Ézio Andrioni (o Bijujinha, já falecido); o Volmir Costenaro, o Gauchão, que está no Ceará; o Adelmir, irmaõ dele, que chamávamos de Gauchinho; o Antoninho Carleto, que era conhecido como Volpatinho e voltou recentemente para o Ouro; o Severino Mário Thomazoni, que foi para Araruna-PR, o Vilmar Matté, que está em Campos Novos. Esses davam-nos shows. Pontuavam, faziam piruetas e "passavam recibos"  como poucos. Mas havia muitos outros bons jogadores e jogadoras na época. Nunca me dei bem com o bilboquê. Acertava poucas piruetas.

          As petecas foram a "novidade esportiva" que os europeus encontraram no Brasil. Era um jogo dos índios, que só levaram para a Alemanha em 1936. Lá jogam muita peteca ainda, havendo diversas competições. Os índios as confeccionavam com madeiras envoltas em peles de animais ou palha e com penas de aves. Hoje não é muito diferente.

          Nossa geração jogou muita peteca. Meu último jogo foi numa competição escolar em que formei dupla com a colega professora Neusa Bonamigo, da Escola Sílvio Santos. Jogamos no Abobrão.  Ganhamos os mata-mata e ficamos campeões. Éramos os mais girafudos, tínhamos braços longos e isso ajudou muito. Acho qu fui um razoável jogador de peteca.

          Uma peteca qualquer pessoa podia ter. Era só pegar umas palhas e arrancar uma penas dos rabos dos galos e fazer. Os rabichos, os mais longos, davam uma bela aparência para a peteca. Ter um bilboquê, naquela época, era bem mais difícil do que ter um telefone celular com câmera, hoje. 

          Lembrar dessas pequenas coisas me dá prazer e gosto de dividir isso com as pessoas com que divido minhas amizades. Hoje, quando os brinquedos nas mãos das crianças são, em sua maioria  vindos da China, tenho saudades daqueles brinquedinhos simples com que nos divertíamos. Por isso gosto de meu bilboquê.  Foi o primeiro que consegui comprar e só fiz isso após aposentar-me como professor.  O único que eu tive. Tenho certeza de que muitos de meus leitores e leitoras também viveram isso. E sentem, como eu, muitas saudades. Mesmo que tenham celulares, tablets e Iphones....

Euclides Riquetti
04-02-2013



 

Raul Seixas - Amigo Pedro era de Joaçaba?


 

 
         Raul Seixas, bahiano que virou uma referência do rock brasileiro no início da década de 1970, começou cantando em Salvador, Bahia, com grupos de cantores locais de  pouquíssima expressão. Bem jovem, o filho de família de  classe média que não gostava de estudar foi para o Rio de Janeiro, onde gravou seu primeiro disco, "Raulzito e Os Panteras". Seu maior sucesso como Raulzito foi com a música "Roda Gigante", que na minha adolescência eu ouvia tocar nas rádios Clube de Capinzal, onde o Joe Bertola, o Vilmar Matté,  o Pimba, a Alda Meyer e o Válter Bazzo, meus contemporâneos, a colocavam para rodar, e nas rádios Catarinense, de Joaçaba; Rural, de Concórdia; e Fátima de Vacaria.

          Embora o Raulzito não tenha emplacado como sucesso nacional, as pessoas de minha geração, em nossa região, cantavam muito e curtiam a "Roda Gigante". Mas, verdadeiramente, a música que mais "abalou as estruturas" em Ouro e Capinzal  foi "Amigo Pedro", ao final da década de 1970. As pessoas gravavam-na em fitas cassette e repetiam-na nos toca-fitas dos carros. Lembro que meu irmãos, o Piro e o Ironi, muito a ouviam no somzinho do fusca OK 0445, azul, muito conhecido em nossa cidade na segunda metade daque década. E nos rádios dos pedreiros, carpinteiros, eletricistas e encanadores, nas casas em construção, quando alguém passava era difícil não ouvir essa música. Quando era tocada, aumentavam o volume do rádio...

          Pouco antes,  quando Raul Seixas esteve em Joaçaba, fez um memorável show e ficou uma semana por aqui. Há muitas histórias e muitas versões sobre a composição de "Amigo Pedro", que fora escrita em um guardanapo de papel. A que mais me convenceu foi a que me contou o amigo Ademir Pedro Belotto, nosso radialista e premiado comunicador: Após o show de Joaçaba, Raul Seixas foi para a fazenda em Água Doce,  de um amigo que fez por aqui. Não vou dizer onde este trabalhava porque acabaria dando de bandeja a identidade do cara, mas se chamava Pedro e até trabalhou numa repartição pública da cidade. Pedro o levou para descansar e "viajar" por lá. O cantor ficou muito amigo do Pedro e, algum tempo depois de ter ido embora, comunicou-lhe que compusera "Amigo Pedro" em sua homenagem.

          Independente de qual das muitas versões que existem sobre isso, tem-se como certo de que a inspiração para a música veio daqui, onde eu moro hoje. Nosso Maluco Beleza, que fez muito sucesso com Gita e outras canções, morreu aos 45 anos de idade, após 4 casamentos, muito álcool e outras substâncias ingeridas ou inaladas. E o grande contestador, uma das principais expressões do rock brasileiro de todos os tempos, que também foi chamado de "Pai do Rock", merece nossa reverência por nos ter deixado um considerável, belo e de altíssima qualidade musical. Seu acervo é muito valioso.  Fui fã dele também.


Euclides Riquetti
15-11-2012

Pegue de volta seu sorriso franco




Pegue de volta seu sorriso franco
Aquele bonito com que você sorria
Aquele que era um sorriso e tanto
Que melhorava todo o nosso dia.

Pegue de volta porque você precisa
O seu sorriso lindo que me contagia
E dance comigo uma valsa antiga
Vamos viver toda nossa alegria.

Pegue de volta e vem sorrir pra vida
Dar cambalhotas, pular de contente
Sem mais tristeza e sem despedidas
Viver cantando e a sorrir somente.

Pegue de volta o seu sorriso leve
Nada de choro,  nada de tristeza
Não perca tempo nesta vida breve
Volte a sorrir com toda a realeza!

Euclides Riquetti
19-07-2016






 

 
 
 

 

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Venha, entre na pista, e dance!


 

 
 
 
 No fim de tarde, no domingo livre
Vai ter balada, ter agito e dança
Vai ter embalo e vai ter festança
No fim de tarde, no domingo livre!

Entre no ritmo com toda a harmonia
Venha comigo,  é nossa grande chance!


Venha pra pista, venha logo e dance
Venha pra pista viver o romance!
Venha pra pista no domingo  livre
Venha pra pista, venha logo e dance!


Entre no ritmo com toda a harmonia
Venha comigo,  é nossa grande chance!

Seja no clube ou na danceteria
Venha encontrar-me e me dê uma chance
Venha pra pista no domingo livre
Venha pra pista, venha logo e dance!


Entre no ritmo com toda a harmonia
Venha comigo,  é nossa grande chance!

Nos fins de tarde de todos os domingos
Nos dias de embalo com muito romance
Te esperarei quero bailar contigo
Venha comigo, venha logo e dance!


Entre no ritmo com toda a harmonia
Venha comigo,  é nossa grande chance!

Euclides Riquetti

Viciei-me em você...




 
 
 
Viciei-me em você
Deliciosamente
Freneticamente
Viciadamente!

Viciei-me em você
Com toda a energia
Com a sua alegria
Com sua maestria!

Viciei-me em você
Não devia ser assim
Deveria gostar de mim
Gostar, amar,  enfim!

Viciei-me em você
Viciei-me errado
O vicio do pecado
Desalmado!

Deliciosamente
Freneticamente
Viciadamente!

Euclides Riquetti

domingo, 17 de julho de 2016

Uma canção de acalanto




Cantam os anjos do céu uma canção de acalanto
Os versos que eu te escrevo no embalo da inspiração
Os versos que compus para te pedir teu perdão
Para amainar minhas mágoas, acalmar meu pranto.

Rezam os anjos  para o Menino Jesus e Maria
Pedem proteção a todas as crianças indefesas
Pedem também a Deus, nossa maior das Realezas
Para que possam viver com amor, saúde e alegria.

Louvam os anjos, com seus hinos sacros e louvores
Olham,  com atenção,  pelos seres desprotegidos
Dedicam-se, com devoção, à cura de nossas dores...

Que cantem, os anjos, as  canções que nos acalentam
E que sejam, nossos pecados, perdoados e remidos
E que  cessem as lágrimas que abalam e atormentam.

Euclides Riquetti

Meu coração bem que sabia (poema/canção)




Meu coração bem que sabia
Quando me dizia
Que eu te amava...

Meu coração era zeloso
Me controlava feito um bobo
Pois eu te amava...

Meu coração maior que o mundo
Meu coração de amor profundo
Não me largou nenhum segundo
Pois só queria que eu te amasse, te queresse
Que eu te beijasse e não perdesse
Queria apenas a felicidade entre nós dois!

Meu coração bem que sabia
Quando me dizia
Que eu te amava...

Meu coração era zeloso
Me controlava feito um bobo
Pois eu te amava...


Meu coração bem que sabia
Por isso mesmo, me dizia
Para cuidar de noite e dia:
Cuide melhor de quem te ama além da cama
Cuide melhor dessa tua alma tão cigana
Queria apenas a felicidade entre nós dois!

Meu coração bem que sabia
Quando me dizia
Que eu te amava...
Meu coração era zeloso
Me controlava feito um bobo
Pois eu te amava...

Então os anos se passaram
E as coisas melhoraram
Co´s bons  ventos que sopraram
Anos e ventos nos trouxeram toda a felicidade
Ventos dos anos nos uniram para toda a eternidade
E garantiram a felicidade entre nós dois!

Agora somos companheiros
Somos amantes verdadeiros
Somos dois  inseparáveis companheiros

Namorados verdadeiros
Verdadeiros companheiros
Somos dois inseparáveis companheiros!

Euclides Riquetti

Quando, de novo, a primavera chegar






Quando, de novo, a primavera chegar
E bem mais cedo o sol fizer o seu levante
Abra sua janela e olhe, mesmo que por um instante
Veja que nossa natureza é algo sem par...

Quando, de novo, as flores tomarem conta dos terrenos
E enfeitarem os gramados com suas cores vivas
Volte-se às lembranças recentes e às antigas
E veja o quão belo é o mundo em que vivemos...

Mas, bem antes, ainda em inverno intenso
Quando o frio abala sua alma e a fere impiedoso
Cure todas as feridas de seu coração dengoso
Rejeite a dor, os infortúnios, o sofrimento...

Porque o êxito e a felicidade dependem, certamente
De nosso ânimo renovado, nosso vigor e disposição
Da vontade de querer o melhor para nosso coração
E de quem nos estende a mão, nos sorri somente...

Apenas disso...
Bem assim!

Euclides Riquetti
17-07-2016