sábado, 28 de julho de 2012

Outros medos, muito bregas

Medo paranóico: de ficar sem créditos no celular
Medo politifágico: de perder eleição considerada ganha
Medo ex-tanque: de ficar com o abdomem volumoso, protuberante
Medo gástrico: de ficar sem (gas) olina no meio do trânsito
Medo moleque: de comer muito pé-de-moleque e ficar com dor de barriga
Medo diabólico: de comer muita paçoquinha e ficar diabético
Medo vulg(ar): de respirar para não acordar o outro quando dorme e ronca
Medo leviano: de sonhar que está flutuando, leve, indo para o céu antes da hora.
Medo infernal: de imaginar que está condenado  a arder em chamas na boate do Lúcifer
Medo gelado: de pensar que ficou preso dentro de uma câmara fria
Medo do escuro:  de ser atropelado por um fuscão preto
Medo de mensagem auditiva: de mandarem um carro de mensagem  na frente de sua casa, no dia do aniversário, com um texto musicado, bem meloso
Medo de saia: de estar dando entrevista e começarem a fazer perguntas indiscrtetas, deixando-o em saia justa.
Medo de correr: de achar que o Rubens Barrichello vai podar seu golzinho na reta do Motel Eros e você precisa chegar antes que ele
Medo de criança:  de errar a letra do Parabéns a Você na festinha de aniversário dos netos
Medo de ficar velho: de chegar na fila da lotérica e indicarem pra você a fila "exclusiva para gestantes e idosos"
Medo de ter vergonha:  de virar um sem-vergonha, convencido, metido a besta, com o nome no Serasa, cartão de crédito  vencido e ainda ter de dar explicações em casa por ter chegado  tarde e com perfume estranho impregnado na roupa

"O medo de não ter assunto para escrever me deixou com muito medo, daí escrevi  umas bobagenzinhas, só para descontrair e tomar um pouco de seu tempo ocioso, (precioso???), neste sábado, em que não deixaram você ir para o trabalho e por isso ficou muito zangado, revoltado..."

Abraços a todos, neste sábado de céu emburrado.

Euclides Riquetti
28-07-2012




quinta-feira, 26 de julho de 2012

Meus oito medos

Meu primeiro medo: Medo de te perder.
Meu segundo medo: Medo de me perder.
Meu terceiro medo: Medo de não te perder.
Meu quarto medo: Medo de não me perder.
Meu quinto medo: Medo de te perder e não te encontrar.
Meu sexto medo: Medo de me perder e não me encontrar.
Meu sétimo medo: Medo de que nos percamos e não nos encontremos mais.
Meu último medo: Medo de perder o medo.

Não quero que te percas de mim
Não quero me perder de ti
Jamais!...

Euclides Riquetti
26-07-2012

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Homenagem ao amigo que se foi

          Ontem, ao ouvir o sino da Matriz de Capinzal, liguei para a Casa Paroquial para ver do que se tratava. Informaram-me que era a celebração do Alcir José Spielmann. Fiquei chocado. Foi meu colega do curso de Contabilidade no Padre Ancheita. Meu antigo vizinho, em Ouro. Meu colega de futebol no tempo do Palmeirinhas. Trabalhou  no Organização Contábil Luther King, hoje sucedido pela Êxito Contadores, capitaneada pelo Osvaldo Federle, o Machadinho. Fomos, os três, da turma de Técnicos em Contabilidade de 1971. Afastou-se do trabalho por motivos de saúde, há duas décadas.

          Tenho muitas boas lembranças do Alcir. Tinha um jeito calmo e simples de falar. Como a mãe, Doralice (falecida) e o pai, o Alcides "Barbeiro" Spielmann, que tinha barbearia na área central de Ouro e que faleceu num belo domingo, depois de ir à missa na Festa de São Paulo Apóstolo.

          Quando era criança ele morava ali na Rua Santo Antônio, aquela que sobe ao lado da casa do Aquilino Baretta. Depois, vieram morar próximo do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Fui colega de Mater Dolorum  de seus irmãos Dalvir e Almir (Frei). Trabalho como Geraldo, seu irmão. Sou amigo do Eugênio, que trabalha no Banco do Brasil, e da Ana Lúcia, que casou com o Itamar Homem do Amaral, o Mineirinho do Banco do Brasil, que também foi nosso colega no CNEC. Tenho boas recordações de todos eles.

          Nos últimos anos, permaneceu recluso em sua casa, morando com o Geraldo. Era um flamenguista convicto e fervoroso. O rubro-negro era a sua primeira paixão. Ensinou o Prefeito Miqueloto a jogar xadrez quando ele ia entregar leite na sua casa. Falava pouco, mas pensava muito. Quando jogava bola, movimentava-se com elegância e habilidade, sabia tocar a bola com perfeição, não reclamava. Mas parou muito cedo.

          Lembro de quando, em 1971, desfilamos pela CNEC no Sete de Setembro, com calça preta, de tergal, e camisa de algodão,  vermelha. Foi ideia do Dr. Maliska, nosso Diretor: "Se nossa escola nunca desfilou, então vamos desfilar a primeira vez com camisa vermelha, que é para aparecer, mesmo!" E desfilamos. O Alcir se sentia mais rubro-negro ainda. Eu, vascaíno, achava a camisa apenas  bonita...

          Lá na Igreja, de seus colegas de turma, estávamos eu e o Machadinho. Ele comentou: "Foi-se nosso colega! Tomei a liberdade der publicar uma nota em nome da nossa turma". Fiquei agradecido ao amigo Osvaldo, achei uma atitude muito louvável a dele. Os freis Danilo e Valdir, mais seu irmão Frei Almir fizeram a celebração.

          E ele foi morar com o pai e a mãe. Pessoas boas como eles têm um merecido lugar ao lado do Senhor, no Paraíso. O mundo precisa de pessoas sensíveis e bondosas como ele e seus familiares. Viva feliz na Glória Eterna, Alcir!

Euclides Riquetti
25-07-2012

         

domingo, 22 de julho de 2012

Festa Italiana de Capinzal

         Participamos, neste sábado, 21, da XXVIII Noite Italiana de Capinzal. É a oportunidade que temos de rever amigos, alguns que a gente não vê há muito tempo.

         A Noite Italiana de Capinzal, que também chamam de "Festa", foi criada na gestão municipal do saudoso e muito competente Prefeito Celso Farina. Dona Zélia, a Primeira Dama, Marlene Zanchet, que respondia pela Educação e Cultura em Capinzal, mais a Marília Dambrós, Diretora da APAE, foram  as pessoas que iniciaram a festa cultural que tem como principal característica servir boa comida e vinho. Ao longo dos anos foi sendo repaginada. Os altos investimentos em contratação de bandas de alto custo e decoração foram dando lugar a outros moldes, sem cair o padrão de qualidade. Como o objetivo é angariar recursos para a escola especial Vanda Meyer, não podia ser de outro jeito: a sofisticação dando lugar à praticidade e os objetivos atingidos.

          A festa é apoiada pela comunidade e, desde os primeiros tempos, foi teve como grande parceira a Perdigão, hoj BRF. O Sr. Altair Zanchet deu o pontapé inicial de apoios, com o respaldo da família de Saul Brandalize. O formato atual, com simplicidade, música de alta qualidade e diversidade (Banda Essência), bons vinhos coloniais (uvas americanas) e também de altitude (uvas de origem europeia, viníferas). Há uma década o vinho disponibilizado era gratuito, mas havia esbanjamento, muitos bebiam além da conta, faziam fiascos. Agora, ao meu ver, foi atingido o padrão ideal para o público que a frequenta. E os preços cobrados pelo vinho está abaixo dos praticados  em restaurantes com médio requinte.

          Bem, como o bom da festa é rever amigos, a noite nos foi muito auspiciosa. Os locais, a gente revê com regular frequência, mas mesmo assim é bom coversar com eles. E costumamos ficar analisando as mudanças nas pessoas: a amabilidade é sempre a mesma, até melhora, pois os anos que pesam nas costas de cada um as tornam mais dóceis. Mas nossos cabelos... quanta diferença!!! O orgulho que muitos tinham quando jovens é substituído pela maturidade. Os cabelos da maioria dos homens tornam-se prateados, alguns os perdem, como o meu caso. No princípio, tenta-se identificar algumas pessoas que " a gente viu em algum lugar, algum dia". E sai de lá sem saber quem era, pois não dá pra sair perguntando pra todo mundo: "Quem é você?"

          Na chegada, revi o Hilarinho Zortéa, a Vera, de nosso saudoso Caio, a Jane Serena. Depois a Márcia Dambrós Peixer, com o marido, a Dona Iolanda, o Sérgio Riquetti, meu simpático primo e que o Remi Mattos, que agora mora no Mato Grosso do Sul,  chamava de "Van Johnson". A simpatia da Márcia e do marido é muito grande, sabemos muito bem o quanto ela recebeu de bons exemplos  de sua mãe. Depois fui abordar o Tio Dero, (como o Caio e a Vera o chamavam), e a Ana Rosália. Conheci-a num churrasco na fazenda dos Zortea, em 1968, quando o seu pai, Hilário, foi nosso paraninfo de formatura do Ginásio Normal Juçá Barbosa Callado. Era tímida, agora parece mais alegre, madura. O Deroci sempre foi muito atencioso e competente, nos poucos contatos que tive com ele, desde os tempos em que eu trabalhava na Zortea Brancher, me ajudou em ocasiões que precisei de suas orientações.  É um cidadão que se aliou a uma família de pessoas boas, por isso está aí, de bem com a família e a vida. Depois o Maurício Brancher, filho da Dona Holga e do amigão Sadi, a quem já me referi em outras ocasiões. O Rubens Bazzo, que estava com a esposa, está com a cara do pai dele, o amigo Plínio, simpático cidadão que foi morar na Capital. Também revi o Bogoni, pai da Fernanda, que vinha na minha casa quando tinha uns seis anos de idade, era coleguinha de minhas filhas. Sabe, amigo (a) leitor (a), há pessoas como Tio Plínio, que nunca deveriam envelhecer, deveriam ficar esbanjando simpatia mundo afora, ajudando a vida de todos a ser melhor...

          E tinha lá um monte de outras pessoas que eu ficava tentando saber quem eram. E a tribo local, numerosa, mas que a gente sempre acaba reencontrando: A comadre Alias dançando com o Onair (Ticão), a Elba com o Adelir, sempre esperando que a banda execute um tango para que possam curtir suas habilidades.

          Ah, foi muito bom estar lá, em meio a tantos e tantas, volvendo o pensamento para o passado, lembrando de quantas vezes "arrastamos o pé" no Centro Educacional.

Euclides Riquetti
22-07-2012