sábado, 22 de março de 2014

Sopram os primeiros ventos de outono

Sopram os primeiros ventos de outono
Que amedrontam as folhas nos galhos da planta
O sol, porém, vem dourado e  risonho
E nos abençõa com sua energia sacrossanta.

Ondulam-se as águas do imenso oceano
Vêm requebrar-se nos rochedos imponentes
Espumam-se nas praias do mar soberano
Sinfonia a embalar as almas das gentes.
 
É o outono da noite fria e do dia ensolarado
Dos ibiscos vermelhos, brancos e amarelos
Da noite coberta pelo manto estrelado.

É o outono das folhas que cobrem as calçadas e gramados
Dos poetas que escrevem seus poemas singelos
E embalam os sonhos dos que amam ... e dos que são amados!

Euclides Riquetti
23-03-2014

sexta-feira, 21 de março de 2014

O Sonho que se tornou realidade

          Na adolescência e na juventude, somos verdadeiros sonhadores. Alguns querem ser motoristas de caminhão, preferencialmente carreteiros, seguindo a profissão do pai. Outros médicos, advogados, dentistas, engenheiros, na mesma linha. Alguns pelas circunstâncias, tonam-se professores. Outros, pedreiros, carpinteiros, vendedores, comerciantes, mecânicos, lavoureiros. Mas há um sonho que muitos filhos buscam realizar e que os remetem para conquistar algo que poucos pais conseguiram: o de tornar-se jogador de futebol profissional. 

          Na minha geração,  isso já era o sonho de muitos colegas. Mas reconhecíamos que não tínhamos as habilidades para isso, então buscávamos nossa realização profissional em outras ocupações, que também nos permitissem sustentar uma família, ter casa, automóvel, poder dar boa educação aos filhos nossos. E, um dos jovens meus cotemporâneos, o Roque Manfredini, também alimentava, embora que silenciosamente, este sonho.Na juventude, fora aluno de meu pai no Grupo Escolar Belisário Pena, em Capinzal, no final da década de 1970. Tinha avantajado porte físico. Não era levado muito a sério pelos colegas, pois não demonstrava muia vontade de estudar. Justamente meu pai lhe deu forças  e motivação, dando-lhe tarefas especiais, uma espécie de ajudante do  professor"." Adolescente, jogou no "Botafoguinho"e no Juvenil do Arabutã FC.

          Antes de completar seus 18 anos, na inauguração do Estádio do Arabutã, atuou pela primeira vez como titular deste, num confronto com a poderosa equipe da Perdigão, de Videira, Campeã Estadual de Futebol em 1965. Tinham um timão e por isso mesmo foram convidados a atuar numa  pré-inauguração. Nos primeiros 45 minutos enfrentaram o Arabutã,  e no segundo tempo o Grêmio Esportivo São José. Levou gols, mas não se abalou. Pouco tempo depois, foi cumprir com suas obrigações militares no "Quinto BE", o Exército Brasileiro, no quartel de Porto União.

          Cumpriu seu Serviço Militar por um ano e voltou a Capinzal, onde começou a trabalhar como
vendedor de máquinas agrícolas. Trabalhava com uma caminhonete de cor laranja, visitava as popriedades rurais do Baixo Vale do Rio do Peixe.  E voltou a jogar no Arabutã, embora estivesse com um peso um pouco acima do normal para quem jogasse futebol.
 
         Nesse tempo, o Arabutã tinha bons goleiros, o Coquiara era um deles. E eu saí para esudar na Faculdade, a FAFI, em União da Vitória. E, numa de minhas vigens de volta a minha cidade para visitar os familiares, no início de 1972,  encontrei-o ali o lado do Posto Ipiranga, em Capinzal. Havia voltado de Porto União há dois anos, mas fizera o nome lá quando estivera no Exército, jogara no "União". E gostaria muito de voltar para lá, fazer testes na Associação Atlética Iguaçu, havia pessoas na cidade que conheciam seu futebol. Sinceramente, achei que ele só estava contando vantagens, mas compometi-me de falar com o Leoclides Fraron, que era Cabo no BE, que conhecia os dirigentes do Iguaçu.

         Quando falei com meus colegas da República Esquadrão da Vida,  fiquei muito surpreso: O Roque tinha muita popularidade na cidade, fora um grande goleiro, um dos melhores que o União já tivera. Mandei-lhe uma carta pelo correio dizendo-lhe que o Fraron falara com o Capitão Dal'Acqua e que este disse que ele podia vir para os testes.

         Ele me mandou recado dizendo que estava fazendo exercícios físicos para perder peso com o Joe Luiz Bertola, que foi meu colega de aula no Contabilidade. Pois, em poucos dias,  o Joe operou um verdadeiro milagre: O Roque caiu da casa dos 100 Kg para 82 Kg.

          Esperei-o no dia marcado: Um final de dia, chegou de trem, com uma sacola de boleiro branca, e as inscrições em vermelho: Arabutã FC. Sapatos esporte sem meias, uma calça Lee bem desbotada, uma camisa estampada combase branca e estampas de um vermelho rosado, que eram "muito da moda"na época. Levei-o a um hotel perto da Estação Ferroviária e marcamos que eu chegaria na manhã seguinte, às 7 horas, para pegarmos a lotação até o Batalhão. Cheguei antes da hora, mas  ele já havia ido. Fora cedo. Sempre fora assim, determinado.

          Tomei um ônibus e cheguei às 8 horas no campo do Batalhão. Estava lá, treinando, pegando tudo. Lembro que o lateral esquerdo Santos, que tnha um chute portentoso, batia forte e ele defendia. Pegava firma, seguro, nem sequer espalmava, Dois dias de treinos e ele estava aprovado. Mas não levara os  documentos para seu registo na Federação. Bem do jeito dele... Pegou o trem na quarta-feira e voltou a Capinzal buscar os documentos.Um dia de viagem para ida e outro para volta. Na sexta-feira o registro em Curitiba e, no domingo , a estreia, no estádio do Ferroviáio, em casa, contra a Mourãoense, de Campo Mourão. Vitória  do Iguaçu por 2 a 0. E o Roque escolhido como o melhor jogador em campo, enaltecido pelos locutores das rádios Colmeia e União. E muito aplaudido pelos torecedores. E eu vibrava na aquibancada, junto com mus colegas Osvaldo, Odacir, Fraron, Tortato, e outros.

          Nossa amizade ficou muito fortalecida a partir de 1972. Encontrávamo-nos na Praça Coronel Amazonas. Ele estudava Contabilidade à  noite no Colégio David Carneiro. E eu Letras, na Fafi. Eu o incentivava a estudar, da mesma forma que meu pai o fez, alguns anos antes...

          Valeu a pena ter incentivado o Roque a realizar seu sonho. Um sonho que realizou em razão de sua extema determinação e força de vontade. Só pessoas com nível de determinação e objetividade tão elevados conseguem realizar sonhos que parecem impossíveis!

          Ele teve uma carreira vitoriosa. Em 1975 foi escolhido como o melhor jogador do Campeonato Paranaense pelos clubes do interior. Chegou a ser contratado pelo Coritiba Futebol Clube.
Voltou para União da Vitória onde tornou-se empresário. 

         Mas sua história não termina aí. Oportunamente, vou falar mais sobre ele. Muitas vezes, quando vejo jovens que falam em ser jogadores de futebol profissional e vejo que têm algum talento, não os desencorajo. Mas faço algumas indagações, dentre elas pergunto se sabem que é mais fácil tornar-se médico do que jogador de futebol. Eles não entendem, mas a matemática é simples: "Quantos de seus conhecidos se tornaram médicos?  - Quantos de seus conhecidos conseguiram tornar-se jogadores de futebol?"  Certamente que mais de 50 pessoas que conheci tornaram-se médicos. E, menos do que a quantia de dedos de uma de minhas mãos tornaram-se jogadores profissionais. É uma realidade. O sonho nem sempre pode ser realizado pelo caminho que nos parece mais fácil.

Euclides Riquetti
22-04-2014

Que sejas feliz é o que me importa

Livra teu coração da turbulência
Não deixes que a inquietude tome conta de teu ser
Aja com sabedoria e inteligência
Não te deixes intimidar pela prepotência
Dê asas ä Fênix que há dentro de ti.

Procura encontrar um mar de águas brandas
Onde possas ancorar teu coração
Que seja possivel buscar respostas francas
Onde ondas se transformem em espumas brancas
E possas ver  a esperança na imensidão.

Escreve tua historia com os termos certos
Tanto quanto  existe sal na água do mar
Mantém teus belos olhos bem abertos.

E, quando o desespero bater em tua porta
Chama-me que serei eu a te amparar
Pois que sejas feliz é o que me importa!

Euclides Riquetti
21-03-2014

quinta-feira, 20 de março de 2014

Saí para te encontrar...no mar!

Saí para te encontrar, no mar.
No mar que me mete medo
Porque guarda muitos segredos
Muitas lendas, muitos enredos
Do amor, do querer e do amar...

Saí para te encontrar na mamhã azul
Num mar do Sul.

Encontrei-te flutuando com teus pés descalços
Nas areias infinitas
Nas águas bonitas.

Encontrei-te caminhando no asfalto
Ao lado da areia do mar
Que me faz sonhar.

Encontrei-te sorrindo com teus olhos de esmeralda
E teu sorriso encontrou o meu
Que abraçou o teu.

Encontrei-te na manhã da maré verde e calma
E me senti livre, contente, feliz
E passei o dia livre,  contente, feliz
Contigo
E com teu sorriso lindo!

Euclides Riquetti
20-03-2014

quarta-feira, 19 de março de 2014

Poetava o poeta (na beira do mar...)

Poetava o poeta
Na beira do mar
Fora ali na manhã discreta
Apenas para pensar
Sentir o vento e ...
Imaginar
Fazer seu pensamento navegar:
Poetar!

Poetava o poeta alexandrinos
Sobre mulheres, velhos e meninos!

Poetava redondilhas maiores
De sonhos  encantados
Já sonhados
Que rimava com as menores.

Ritmava em seus sonetos as raridades
O  romance,  o desejo
O ardor de cada beijo
Os encantos e sonoridades:
Poetava poemas e...  musicalidades
Poetava...

E, enquanto poetava
Sussurrava aos ventos
O nome de uma mulher
Que amara
Que amava...

terça-feira, 18 de março de 2014

Fitar teus olhos , beijar teus lábios

Fitar teus olhos,com toda a doçura que há dentro de mim
Beijar teus lábios,com toda a candura e o amor sem fim!

Ensejar para que o meu pensamento chegue até ti
Desejar que teu coração esteja aberto pra mim!

Voar, pelos ares do infinito azul, até teu quarto
Perder-me em devaneios nos teus braços!

Reencontrar-me no teu corpo, abracar-te, sutilmente
Afagar-te o rosto, perder-me em ti, deliciosamente!

Querer-te, louvar-te,  pretender-te
Prender-te, segurar-te, deliciar-te
Querer-te, amar-te, bendizer-te!

Querer que tu sejas feliz!

Euclides Riquetti
18-03-2013

segunda-feira, 17 de março de 2014

Eu vim pra te fazer feliz!

Em termos de sentimentos
Já não sou nenhum aprendiz:
Aprendi  a sentir os ventos
A evitar os tormentos
A lembrar sempre de ti!

Em termos de emoções
Aprendi a lidar com elas:
Há, na vida, decepções
Há também desilusões
Quando menos se espera!

Em termos de felicidade
Digo sem nenhum receio:
Com toda a sinceridade
Amo-te bem de verdade
E jamais eu titubeio!

Eu vim pra te dar amor
Dar-te o melhor de mim:
Ofereço-te a vermelha flor
Ofereço meu mundo de cor
Eu vim pra te fazer feliz!

Euclides Riquetti
17-03-2014