sábado, 15 de setembro de 2018

"A virtude está no meio" - o Epitáfio


  


 
 
 
          Quando, em minha juventude, entrei para o curso de Letras da Fafi, em União da Vitória, depois de ter vivido toda minha vida em Ouro e Capínzal (só fui conhecer Joaçaba aos 16 anos), fiquei deslumbrado por estar numa cidade maior que a minha, ter feito muitos novos amigos e colegas. Minha Lee,  meu  Samello e meus cabelos longos  me levavam para lugares que até então  eu não estava acostumado a frequentar. Era um mundo novo e poucas pessoas eu conhecia naquele lugar. Meus primeiros meses se resumiam a ir para a aula à noite, estudar um pouco durante o dia, assistir aos treinos do Iguaçu e, aos finais de semana, junto com o colega Samonek, irmos explorar alguns lugares e tirar umas fotografias, tipo ao lado de aviões  no Aeroporto José Cleto, no monte do Cristo, ou andar pelas redondezas do Iguaçu. Também algumas incursões em bailinhos nas cidades e comunidades dos arredores faziam parte de nossa agenda de final de semana. E, no domingo à tarde, dançar no "25".

          Como minha família não tinha telefone, minha comunicação com casa se dava por cartas, que eu escrevia semanalmente e obtinha resposta em no máximo 10 dias. Minha mãe aderira ao costume de escrever, tornou-se até hábito. Eu escrevia relatando minhas "façanhas", com o entusiasmo de quem via em tudo novidade. Meu pai ficou preocupado com o que eu escrevia e pensou que seu filho regrado poderia estar se enveredando por caminhos tortuosos e, na dúvida, escreveu-me uma cartinha, que carinhosamente veio no mesmo envelope que a de minha mãe. Poucas palavras, praticamente um bilhete, em que se sobressaía uma frase: "In medio virtus".

          Como vinha estudando Latim e até já havia comprado um dicionário, busquei entender aquilo. (Naquele tempo não existia google,  e  Barsa só algumas escolas tinham). Confesso que o Latim não era meu forte nem minha matéria preferida, apenas me esforçava para obter a média exata para ser aprovado sem Exame Final. E não entendi direito o que ele queria dizer, embora a tradução eu tivesse conseguido: "A virtude está no meio". Fiquei a matutar, matuto que eu era, com dificuldade para pronunciar os "erres" adequadamente e outras inconveniências fonéticas. Mas não cheguei ao objetivo do "meu velho".

          Com o tempo, numa de suas raras visitas, perguntei-lhe o que quisera dizer com aquilo e ele me respondeu: "Primeiro,  queria fazer você buscar respostas por si mesmo e, segundo, quis dizer-lhe que não é pra você ser muito "prafrentex", mas nem ficar atrás dos outros. Não queira ser um adiantado mas também não seja um atrasado, busque o meio termo".

          Somente os anos vieram a me elucidar bem isso que no princípio me pareceu uma muito enigmática afirmação do filósofo e pensador grego Sócrates, quatro séculos antes de Cristo. A virtude e a verdade  estão no equilíbrio, no meio termo, no desprezo do radicalismo. E entendi que muitos conflitos poderiam ter sido evitados entre os povos se isso tivesse sido levado em consideração. Realmente, nosso triunfo está em parar para ouvir e decidir com sabedoria, ter cuidado no que se diz e se faz, pois nossas verdades não são, necessariamente, as verdades dos outros. Poderia até metaforizar, dizendo que um time de futebol que só tem jogadores habilidosos, mas que pouco correm, não obtém  bons resultados. É preciso que haja nele também aqueles menos técnicos, mas que desenvolvem melhor sua condição física, que correm e se disciplinam taticamente, ajudando os outros, em equipe, a lograrem resultados favoráveis. Ah, também a mescla de jogadores mais experientes com outros mais jovens ajuda muito. E você obtém um futebol de bom padrão, com o time bem postado e organizado.

          Então, a afirmação socratiana é bem atual, revestida de muita  universalidade. E pode ser aplicada numa sala de aula, onde os indivíduos, professores e alunos, são diferentes, pensam diferente e, se bem articulados, podem obter sucesso na aprendizagem e na formação pessoal.

          Em 18 de junho de 1977 perdi meu pai. Tinha 55 anos. Era um professor bem informado, atualizado, inteligente. E, minha forma de eternizar minha homenagem a ele foi mandar produzir uma placa de bronze com sua foto em porcelana, assentada em granito, onde está gravado seu epitáfio: "In medio virtus".

Euclides Riquetti
12-12-2012

A canção da tarde






Quando a canção da tarde de sol  chegou até mim
Trazendo-me  os acordes das ondas espumantes
E o verde  das águas turbulentas  fundiu-se no anil
Divaguei em sonhos de amor, em desejos extasiantes
Que saíram para se perder  sobre o mar sem fim.

Quando as crianças sorriram seus sorrisos florais
E, sentadas na areia, construíram seus castelos
Com suas mãos delicadas e movimentos magistrais
Me contagiando com seus olhinhos ternos e singelos
Eu vi você presente em seus rostos angelicais.

Quando o balanço das  marés replainou as areias
Também apagou os versos que nelas eu houvera escrito
E meu poema foi espalhar estrofes para as belas sereias
Que se refugiam nas águas do largo  oceano infinito
Que na noite se ilumina com a luz das tímidas candeias.

Euclides Riquetti
05-04-2015

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

O voo da gaivota





Plana a gaivota sobre o mar azulado
Quebrando o vento nas lufadas de outono
Na manhã  de abril do sábado morno
Na ilha da magia de meu Sul amado.

Vai a gaivota cortando o infinito
Imerge na nau  de meu pensamento
Busca se esbaldar por todo o firmamento
Em seu lento planar pelo céu bonito.

Voa a gaivota de branco e de princesa
Soberana,  charmosa, doce e elegante
Voa a gaivota vestida de deusa.

E meus olhos a contemplam com carinho
Em sua viagem pela trilha provocante
Enquanto volta ao seio de seu ninho.

Euclides Riquetti

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Zina e Breca - Cachucha e Cride - uma história real!



A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, oceano, céu e atividades ao ar livre

Neuzina Fischer - a Zina - faleceu em Porto União neste
dia 13-09-2018 - É a personagem desta crônica da nossa
vida real!




          Dois de junho de 1973 - sábado. Dia de Festa Junina em Porto União, no Colégio Cid Gonzaga. Toda a juventude das cidades gêmeas do Iguaçu estava ansiosa para que esse dia chegasse. É que acontecia uma festa muito badalada por lá. Além dos folguedos, dança na sala do auditório. Talvez que essa fosse a parte mais esperada da festa...

          O Professor Welcedino, um "serra-abaixo" catarinense gostava de ter tudo bem organizado. A festa era muito esperada. Quadrilhas de danças, quentão, pipoca, pinhão, doce de abóbora, amendoim, pé-de-moleque... Foguetes espocando no ar. As rádios Colmeia, Difusora e União com seus locutores falando do evento. Os jornais "O Comércio", "Caiçara" e "Traço de União" dando força. E nós, jovens, na expectativa.

          Mandei uma carta para minha irmã Iradi convidando-a. Veio com a prima Salete Baretta. Foram hospedar-se na casa da prima Gena Casara que estava estudando por lá. Chegaram na sexta à tarde. Tudo preparado para irmos à Festa no sábado. Imperdível.

          Mas um imprevisto quase que atrapalha nossos planos. Nosso colega da República Esquadrão da Vida, o Celso Lazarini, o Breca, nascido no hoje Lacerdópolis (quando ainda petencia a Capinzal) e que  morou na casa do Serafim Andrioni, no Ouro, e em 1968 trabalhava nas Casas Eduardo, em Capinzal, estava machucado.  Agora era o melhor goleiro de futsal em União da Vitória, fora profissional no futebol de campo. Pois na  sexta levou  um chute no nariz, na Quadra do Túlio de França.  O Dorinho  ia fazer o gol, o Breca foi brecar e o pé do artilheiro arrebentou o nariz de nosso colega. Emergência, cirurgia. Ficamos todos muito preocupados. Víamos o sofrimento do amigo e tínhamos nossa programação de lazer. Não queríamos perder a festa,  nem deixar o amigo sozinho em casa naquele sábado. Precisava de cuidados. Ele dizia que podíamos ir, que ele mesmo se cuidava. Gentil como sempre. É assim até hoje.

          Pertinho de casa havia um salão de estética, o "Silhueta". A Zina, a Célia comandavam. A Ivone, cunhada da irmã da Zina, estava sob seus cuidados. Eram minhas amigas. A Zina estava chorosa, de mal com a vida, deprimindo-se. Pedi-lhe um favor. Perguntei-lhe se poderia cuidar do Breca naquela noite para que pudesse participar da festa junina no Cid. Disse-lhe que ele estava machucado e precisava de cuidados. Pensei que um podia cuidar do outro. Aceitou que eu o deixasse em sua casa. Cuidaria dele. E assim o fez.

          Fomos com os colegas, o Osvaldo e os dois  Odacir, o Giaretta e o Contini, mais  minha irmã  e a prima para a festa. Eu de braços dados com minha irmã. O Boles não foi, tinha que ficar no ponto de táxi com seu Corcel 4 portas. Era um horário bom pra ganhar uma graninha.
Na chegada, percebi que havia uma bela garota com quem eu tinha dançado no "Clube 25"  duas semanas antes. Ela deve ter-se decepcionado comigo, pois eu estava de braços dados com uma de quase minha altura. Não sabia ela que era minha irmã que estava comigo.  Adiante, contou-me que pensou que era minha namorada...

         Na dança, muita animaçao na sala do auditório. Um colega meu era Cabo do Exército Brasileiro, do 5º BE, de Porto União, Odacir Contini. Educado, respeitava as regras dos militares. Quando íamos ao cinema, com os Cabos Frarom, Backes, Godói, Figueira ou Maciel, tínhamos que sentar atrás de qualquer oficial superior deles. Então, no Cine Ópera, entrávamos olhando para as cadeiras e precisávamos  ir ao fundo do cinema ver os filmes e respeitar essa regra hierárquica. Nenhum subalterno podia sentar à frente de um superior.  Pois bem, o Contini falou-me: "Vou tirar aquela morena que está com a Dora pra dançar. E, educadamente, deu a volta por detrás dos  presentes, pois havia um sargento no local.

          Quando vi que era a garota que eu conhecera poucas  semanas antes, cortei caminho pelo meio do salão. Eu não era militar, não  tinha superior, podia ir por onde bem entendesse. E, quando ele lá chegou, eu já estava com ela. E dançamos. Dançamos, dançamos  muito, rimos, contei-lhe piadas.

           Hoje, mais de 40 anos depois, continuamos a dançar, juntos. Temos três  filhos, uma neta, um neto... Dois genros, uma nora!

           E o Breca e a Zina?    Bem, ela está cuidando dele há  40 anos também. Têm uma filha, a Marcela, que voltou recentemente para Porto Uni'ao depois de estudar na Austrália. O Breca  vende carros em sua loja numa bela esquina da ida para o Estádio do Ferroviário. A Zina tem seu salão ali perto do Clube Concórdia. Continua igual há  40 anos. A mesma disposição, a mesma silhueta, a mesma amabilidade e a mesma simpatia. Visitei-os recentemente. Rimos muito, contei para duas amigas dela essa história. Disseram-me que eu deveria escrever sobre isso. Então aqui está.

           Duas histórias que começaram no mesmo dia. E, mesmo com as dificuldades do dia-a-dia, com todas as barras enfrentadas, formamos nossas duas famílias. A Zina e o Breca, a Cachucha e o Cride.


Euclides Riquetti
24-03-2013

Transcendendo




 

 
 
Transcendo
Saio do conforto daqui
Liberto-me de meu céu imaginário
Navego no mundo, solitário
E vou pra perto de ti., de ti, de ti...

Transcendo
Busco as respostas que ainda não tenho
Volto no tenro  passado
Projeto-me o  futuro desejado
Viajo, vou e venho...

Transcendo
Porque acomodar-me é covardia
Porque omitir-me  é vergonhoso
Não combina com meu ser impetuoso
Há a desafiar-me, sempre, a ousadia.

Transcendo
É a maneira que tenho para estar contigo
De tocar tuas mãos e beijar teus lábios
De dizer-te os versos mais raros
De chorar em teu ombro amigo.

Transcendo
Para exercitar minha rebeldia
Para dizer-te de meu encantamento
Para, com todo o arrebatamento
Abrir-te minha  alma, guria...

Transcendo...

Euclides Riquetti

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

As rosas amarelas...





O primeiro frio do ano intimidou as roseiras
As rosas vermelhas, as brancas, todas elas
Também amedrontou as rosas amarelas
Que se ocultaram por detrás das laranjeiras...

O outono não foi, digamos, avassalador
Tampouco desanimou os meus hibiscos
Que, florescidos desde os tempos priscos
Vingaram,  soberanos, nos meses de calor...

O primeiro frio, que veio no pré-inverno
Nos dias em que se finda o mês de abril
Me transportou pelo céu retinto de azul anil
E  me fez chegar ao seu aconchego terno...

E, em seus braços finos, longos e elegantes
Me entreguei com a volúpia do enamorado
Em seu corpo esbelto, sutilmente mergulhado
Deliciei-me como nunca houvera antes!

Euclides Riquetti
27-04-2016

Como um beija-flor





Qual beija-flor, vou planando por aí
De planta em planta, de flor em flor
Qual beija-flor, preciso e quero sentir
Da rosa e do cravo o delicioso sabor.

Qual beija-flor, busco seus lábios
E trago-lhe os néctares mais divinos
Busco-me inspirar em velhos adágios
Para lhe compor versos bambinos.

Qual beija-flor, degusto suas plantas
Todas elas, das cravilhas  às roseiras
Ouço a canção que você ouve e canta
Pois quero amá-la pela vida inteira.

E, quando andar, animada nas ruas
Sinta que sou um beija-flor presente
Alimentado pelas lembranças suas
Uma avezinha solta, feliz e contente!

Euclides Riquetti
28-04-2016



terça-feira, 11 de setembro de 2018

Vale soberano... (do Rio do Peixe)





A névoa alva nivela os montes no vale soberano
Torna-se  uma imensidão de algodão desfiado
Como se Deus o tivesse num sopro criado
Para que os anjos pudessem caminhar sobre o  plano.

O Rio do Peixe  se oculta calmo e sinuoso
Até o  ruído das aves some , esconde-se nas plantas
As mães protegem  seus filhotes com as asas  santas
A natureza repousa seu  concerto mudo, silencioso.

Vale encantado de nosso Rio do Peixe, que orgulho!
Venho do planalto e te contemplo  em todas as  manhãs
Mergulham  em ti os vindos  das paisagens  chãs
E eu também mergulho,  nesta tenra manhã de julho.


Euclides Riquetti

Poeminha






Eu fiz pra ti este poema
Um poema de amar e querer bem
Eu fiz pra ti este poema
Apenas pra ti e pra mais ninguém.


Euclides Riquetti

Preciso do vento que vem do mar





Eu preciso do vento que vem do mar
Preciso da lembrança para me embalar
Preciso do sol nas tardes e manhãs
Preciso de ti nas tardes e manhãs
E no sonho tenro que a noite me traz.

Preciso afirmar minhas convicções
Rever conceitos que me vêm e apago
Conter meus impulsos e frear emoções
Preciso do alento de teus afagos...

Sou como a mão que alinha tijolos
Dispondo-os simetricamente
Como o profeta que prediz os sonhos
Sonhadamente
Como poeta que empilha versos
Livremente, harmoniosamente!

Mas preciso de ti para formatá-los
E só para ti lê-los decerto
E só tu os ouças por certo.
Preciso...

Euclides Riquetti

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Sol de outono ... que saudade!

Sol de Outono

Sol de outono
Resteia no teu acanhado e belo corpo
Secando o orvalho do gramado
Reativa teu pensamento absorto
E reconforta  meu  ânimo abalado.

Sol de outono
Não é apenas mais um sol que brilha
Não é um sol comum do verão:
Reanima uma alma maltrapilha
Aquece o frágil e tímido coração.

Sol de outono
Sol de dimensão universal
Astro Rei semi-hibernado
Da natureza és o  Deus maioral
Tu  clareias o Universo iluminado.

Sol de outono
Oculto nas frias manhãs de inverno
Reinarás  na primavera ainda ameno
E, no verão, com teu Poder Eterno
Virás de novo:  Rei-Deus, Soberano Extremo!

Sol de Outono, brilha no teu amado coração
Faze penetrar, nele, toda a minha paixão!

Euclides Riquetti

Love stories (Minha índole romântica)







     Histórias de amor, quem não gosta de ouvi-las? Histórias de todas as eras, buscadas nos livros os vistas nos filmes, sempre me encantaram e, acredito firmemente, até o mais rude ( e fingido) dos mortais, tem o seu lado romântico. Por conveniência, (ou por machismo), alguns o escondem, disfarçam, mas isso sempre acaba vindo à percepção das pessoas.

          Ah, quantos livros tu leste, leitor (a), em tua juventude, em que o foco romântico estava presente, em primeiro plano? Quantas revistas compraste ou trocaste, como as "Capricho", "Ilusão", ou "Sétimo Céu"? Depois, adiante, quantas garotas não leram "Sabrina"? E, quantos de nós, não lemos os livros de Camilo Castelo Branco, José de Alencar, ou os apimentados romances de Jorge Amado? Tu vais, certamente, lembrar de dezenas, centenas de outros autores...


          Mas, as histórias que vimos nos filmes, em nossa juventude, jamais esqueceremos. Além daqueles  românticos musicais, normalmente estrelados por jovens atores/cantores italianos, tu lembrarás de outros dois grandes sucessos do cinema: Romeo and Juliet (1968) e Love Story (1970), que viste no Cine Glória, de Capinzal, no Odeon ou no Ópera, de Porto União, no Avenida ou no Vitória, de Joaçaba, ou ainda no Marrocos, de Lages, nas salas de cinema de Curitiba ou Florianópolis.  Que belas histórias de amor esses cinemas nos ofereceram! Esses e outros, que em sua maioria viraram templos, lojas, supermercados ou até hotéis...

          Hoje, porém, quero  indicar-te  um filme muito bonito, para ti que gostas de romance, de paixões arrebatadoras, ou mesmo de tenros  contos românticos: Assisti, há instantes, ao filme do diretor franco-americano Iann Samuell, uma das revelações do gênero, a "My Sassy Girl", que tem tradução em Português como "Ironias do Amor", mas que poderia  ser mais ou menos assim: "minha garota doidinha".

           "Ironias do Amor", de 2008, é mais uma daquelas produções que os americanos fazem para encantar o mundo. Conta a história de Jordan (Elisha Cuthbert - 30-11-1982, canadense), e Charlie (Jesse Bradford - 28-05-1979, norteamericano). Charlie salva Jordan de morrer, atropelada por um  trem de metrô, fazem uma amizade de 33 dias e, depois, pactuam afastar-se por um ano... Depois de um ano e um dia, encontram-se, e vem uma grande surpresa.  Apesar de muito jovens, a bela Elisha e o tímido Jesse, têm uma filmografia que inclui mais de 20 trabalhos cada um entre cinena e TV.

          Entretanto, a história romântica vivida pelos dois, não vou tirar o prazer de que a descubras, tu mesmo (a), no google ou nas locadoras. É de mexer com os corações mais duros,  e de roubar lágrimas de todas as que ao filme  assistirem.

         É, os tempos passam para todos nós. Mas as  coisas bonitas ficam. Alguém, numa poesia que escrever, num romance que editar, num filme que produzir, vai remeter-te ao sensível e profundo mundo do amor, do sentimento, da percepção romântica. Eu, estou nessa há muito, muito tempo...

Euclides Riquetti
02-07-2012

domingo, 9 de setembro de 2018

A verdade nua e crua: vivemos num Brasil de incertezas


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       Vivemos num país de incertezas, nunca sabemos como estaremos amanhã. Impossível, assim, imaginar como estaremos daqui a um ano, uma década! E o principal componente do cenário incerto é a política, o comportamento dos poderes Legislativo e Executivo, não escapando nem o Judiciário. Exemplo disso é de que este é desafiado, a toda a hora, pelo Partido dos Trabalhadores, em sua inglória e inútil tarefa de querer tornar Lula Presidente da República.

       Presenciamos, na noite de domingo, o incêndio que destruiu a maior parte do acervo do bicentenário Museu Nacional do Rio de Janeiro, onde estavam depositados cerca de 20 milhões de itens. Não faz muito, vimos aquele incêndio no centro de São Paulo, onde um prédio público transformado em cortiço, virou um monte de escombros e cinzas, com vítimas fatais. No caso do Museu, um prédio muito antigo que não vinha recebendo a devida e reclamada manutenção...

       A partir do ano que vem, vamos ser todos felizes novamente, segundo os candidatos a Presidente da República, a maioria grudados em coligações de partidos que nem deveriam existir.

       O dia-a-dia dos candidatos nos é mostrado sempre, eles estão participando de debates, há as redes sociais dizendo onde estão e em parte mostrando o que estão fazendo e falando, o que estão prometendo. Por outro lado, a imprensa e alguns institutos estão observando, avaliando, e mostrando a inconsistência dos discursos deles, analisando e nos mostrando as derrapadas nos dados que costumam apresentar.

       Mas, mais desolador do que seus discursos, é se constatar que mais de 7.000 obras de responsabilidade do Governo Federal foram começas e não concluídas. Apenas se elas tivessem continuidade, em 4 anos estaríamos a pleno emprego, pois a construção civil, de qualquer ordem, gera empregos imediatos. Um exemplo péssimo, é o abandono da construção da Rodovia Transamazônica, mas a TV, nos canais abertos, nos tem mostrado obras abandonadas em tudo o que é lugar. E os estados não fogem dessa regra, nem muitos de nossos municípios, mais no Norte e no Nordeste do que aqui no Sul. Torraram dinheiro construindo o complexo esportivo para as Olimpíadas no Rio de Janeiro e para os estádios da Copa do Mundo aqui disputada em 2014, abandonaram as obras dos seus entornos e ainda roubaram um monte do dinheiro destinado às mesmas.

       Agora, temos a oportunidade de escolhermos aquele que julgamos que nos enganará menos. Tenho meu candidato, procuro não influenciar eleitores deixando-os escolher o Presidente que julgam ser o melhor, pois não quero ajudar ninguém a escolher mal. Se minha escolha for ruim, será apenas a mim o ônus de ter errado. Enquanto isso, as incertezas ocasionam turbulências em nossa economia, com o dólar alto, os preços dos combustíveis altos, os serviços com custo alto, e a maioria da população fazendo muitas contas para ver como pode fazer para pagar suas contas ao final de cada mês.

Euclides Riquetti – Escritor – membro da ALB/SC   www.blogdoriquetti.blogspot.com

Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC - 07-09-2018

Você é meu sol, o sol de minha vida

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Você é meu sol, é o sol de minha vida
Que brilha e me dá o ânimo necessário
O sol que se estende na praia comprida
Onde caminho em meu trajeto diário...

Você é o sol que doura aqueles corpos
Que os deixa mais bonitos, desejáveis
Que ilumina galés paradas nos portos
Onde eu lembro de momentos afáveis.

E você sendo meu sol, me dá um norte
Um rumo seguro em que possa trilhar
Um aroma exalado, um perfume forte.

E eu, sendo um ser que precisa de amor
Preciso do sol que você está a irradiar
Absorver seu carinho, seu suave calor!

Euclides Riquetti
09-09-2018




És meu fogo...sou tuas lenhas...






Meus sonhos transpõem a imensidão infinita
Na fria madrugada do outono insensato
Buscam te reencontrar formosa e bonita
Para levar-te meus beijos e meus abraços!

Meus sonhos navegam para além das paredes
Buscando encontrar teus afagos e carícias
Para encontrar, em ti, a água para minha sede
Para saber como estás, ter tuas boas notícias.

Meus sonhos não têm limites e nem fronteiras
Voam, livres, pelo incógnito espaço sideral
Para abraçar tua nudez inspiradora e faceira...

Eles vão para ter a ti e para que tu os tenhas
Para nosso colóquio amoroso e magistral
Pois tu és meu fogo e eu sou tuas lenhas.

Euclides Riquetti
29-04-2016