domingo, 13 de agosto de 2023

Em Ouro - a perda de 4 amigos: Celso Masson, Nelson da Silva, Nízio Dal Pivo Ozires D ´Agostini

 



       As notícias que me chegaram da cidade de Ouro nas últimas semanas foram muito tristes: Perdi 4 amigos de longa data: Hoje, Nízio Dal Pivo e Ozires D ´Agostini, e recentemente Celso Masson e Nelsinho da Silva. Quatro pessoas que tiveram seus méritos como cidadãos e chefes de família honrados e respeitosos, portanto merecedores de nossos respeitos e nossas homenagens.

       Eu estava em viagem quando fui informado das perdas de Masson e Nelsinho. Lamentei muito, pois ambos eram pessoas de minha convivência. Celso Masson, agora reesidindo na cidade, fez parte da história da comunidade de Pinheiro Alto, onde era liderança respeitada. Agricultor, cidadão exemplar e de fácil trato, fui professor de um de seus filhos e colega de uma sua nora, professora. Muito trabalhador, construiu uma família sólida, gente do trabalho e de ação comunitária. Por alguns anos, também trabalhou como motorista de uma van transportadora de alunos e tivemos ótimas relações de amizade com ele, sua esposa e seus filhos. Teve morte súbita, no dia de seu aniversário.

       Há um mês, encontrei-o ali na frente de nosso sobrado, em Ouro, e conversamos. Falou-me dos filhos, de que estavam bem encaminhados. Tinha Muito orgulho deles, a vida toda os acompanhou, deu-lhes asas para voar. Estava contente por morar na cidade e a felicidade se deixava externar no sorriso de seu rosto.

       Nelson da Silva, o Nelsinho, foi um exemplo de cidadão que merece o respeito e o aplauso de todos. Logo depois de casado com a Dona Vanda (Chiocca), teve um acidente de trabalho que o deixou paraplégico. Trabalhava em derrubada de árvores quando uma delas caiu tombou sobre ele e o deixou em cadeiras de rodas pelo resto de sua vida. Nelsinho, ao contrário de algumas pessoas que prezam por vida fácil, trabalhou como empresário de conjuntos musicais e bandas regionais. Empresava bandas de renome e muito sucesso no Sul do Brasil. Por telefone, contatava com entidades e oferecia os serviços artísticos de seus representados. Por ocasião de festivais, shows ou bailes, fazia-se presente, juntamente com sua amada e inseparável esposa, a Vanda. Era normal e rotineiro ele ficar até o fim dos eventos para conferir tudo, fazer com que tudo acontecesse conforme o convencionado por ele, seus representados e os contratantes. 

       E, neste fim de semana, mais duas preciosidades nos deixaram: Nízio Dal Pivo e Ozires Antônio D ´Agostini. Nízio foi a maior e incontestável liderança de Pinheiro do Meio, onde fincou raízes e deixou importante legado de trabalho, cultura e de exemplares descendentes. Conheci-o ainda adolescente, quando ele jogava futebol no Treze de Maio, de Pinheiro do Meio. Vi-o jogar no campo do Artudo Viganó, em Linha Bonita, quando eu era ainda criança. Jogava com desenvoltura, tinha porte atlético. 

      O Nonno Piva, como era chamado, nos recebia em sua casa com todas as mesuras. Na sua simplicidade, que se estendia a todos os seus familiares, tinha um assunto predileto: a política! Fomos parceiros de partido, ele foi Vereador na segunda legislatura do Município, filiado à antiga Arena. Manteve-se filiado aos partidos que a sucederam em Ouro. Faleceu hoje, aos 88 anos, no HUST, em Joaçaba. 

       Dal  Pivo teve duas grandes e sentidas perdas em sua vida, o filho Rogério e o neto Wesley. Agora, foi juntar-se a eles na Glória Eterna. 

       Foi um dos principais promotores da Primeira Festa do Colono, realizada na sua comunidade, em 25 de julho de 1981. Lá inauguramos o primeiro ginásio de esportes de localidade interiorana de Santa Catarina. Uma comunidade pequena, mas que reunia associados de comunidades dos arredores e das cidades circunvizinhas. 

       Ozires D´Agostini foi comerciante próspero em Lacerdópolis, quando aquele Distrito (chamado de Barra Fia), pertenceu a Campos Novos, Capinzal e, depois, Ouro. Foi vereador em Capinzal na época da emancipação dos Distrito de Ouro, que foi instalado em 7 de abril de 1963. E, em 11 de novembro do mesmo ano, Dois Irmãos se transformou em Presidente Castelo Branco e Barra Fria em Lacerdópolis. Na década de 1960, instalado o novo município, junto com seus irmãos, adquiriram a casa comercial das Indústrias Reunidas Ouro, onde instalaram sua empresa. Em Lecerdópolis, mantinham a Sociedade Moageira Para Ltda, um moinho de trigo que produzia farinha, a qual era comercializada em todo o Sul do Brasil e no outro lado do Rio do Peixe, na barra Fria, foram criadores de suínos. 

       Com Benoni Viel Armando Viecelli e Saul Parisotto, ao final da década de 1970, fundaram a Rádio Capinzal, inaugurada em 05 de dezembro de 1980, emissora de grande audiência no Baixo Vale do Rio do Peixe. Teve na esposa Lourdes a sua grande e fiel cuidadora,  e nos seus filhos o apoio filial e moral nos últimos anos de sua vida. Visitei-o, em fins do ano passado, quando estava perfeitamente lúcido, mas com visível limitação física. 

       Carinhosamente, homenageio os quatro amigos que perdemos. Pessoas honradas, religiosas, exemplos bons a serem seguidos. Deus lhes dará o melhor lugar no Paraíso, pois seus feitos humanos e fraternos de sua vida os credenciam a tal. Com as orações merecidas, com meu aplauso e o de minha família. 

Fraternalmente,


Euclides Riquetti

Em 13-08-2023


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