Capinzal, minha cidade natal - cultura italiana resgatada
Dois mil e
vinte cinco foi um ano e m que o grande palco das discussões em nível nacional
foi o ativismo do judiciário. E uma instituição foi a responsável por tudo isso:
O Superior Tribunal Federal, o STF. Onze ministros, sendo um juiz de carreira e
os demais advogados com linhagem política, a maioria da esquerda brasileira. As
polêmicas foram muitas e a contestação às decisões daqueles togados se se
perder a conta.
A prisão de
Jair Messias Bolsonaro e mais quatro generais de quatro estrelas, condenados a
mais de 20 anos de prisão, é fortemente contestada. No momento, a mais
lamentada, é da do General Augusto Heleno, ex-Ministro no Governo Bolsonaro,
por se tratar de pessoa idosa e acometida do Mal de Alzheimer. Generais que
honraram as cores da bandeira brasileira e que, numa vingança tardia, seis
décadas depois do movimento de 1964, são pagantes pelos atos que aconteceram
quando eles eram adolescentes.
No momento, é
evidenciado um confronto político entre o Presidente do Senado Federal, Davi
Alcolumbre, e o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Uma guerra
de braços em que os contendores se alfinetam com um proselitismo peculiar de
cada um. Lula quer indicar Jorge Messias, um seu aliado, para o cargo de
Ministro do STF que vagou com a saída de Luís Roberto Barroso. Davi Alcolumbre
tem preferência pelo senador Rodrigo Pacheco,
ex-Presidente do Senado. Se escolhessem um Juiz de Carreira, seria
muito mais palatável para os
brasileiros, que sonham em ver um judiciário independente, como deveria ser.
As
hortênsias do Sérgio Parisotto – Plantadas e muito bem cuidadas pelo
empresário joaçabense, enfeitam a rua de acesso ao Monumento de Frei Bruno. Foi
uma iniciativa muito feliz de Parisotto e pode ser exemplo a ser seguido por
outras pessoas de bem. Cidades floridas ocasionam encantamento aos moradores e
visitantes e têm grande importância para o desenvolvimento da atividade
turística.
O desrespeito
para com pessoas idosas – Além da falta de educação de muitos que não imaginam
que um dia chegarão à condição de avantajados em idade, os próprios sistemas do
serviço público e das instituições financeiras maltratam as pessoas idosas e
as que não têm grandes habilidades digitais. Dificuldade em lidar com
aplicativos, de pagar contas de cartão de crédito e mesmo para operações das
mais simples, geram estresse nas pessoas. A queixa é grande e eu mesmo tenho
presenciado situações humilhantes. Na segunda, vi uma senhora em desespero,
chorando dentro de uma casa bancária, reclamando de algo que eu não entendi
direito. A quem essas pessoas devem recorrer, quem as pode assessorar e
orientar para que tenham seus problemas resolvidos? E não é uma questão de
falta de dinheiro e sim de tê-lo e não poder usar.
Capinzal –
uma cidade que cresce vertiginosamente – Estive em Capinzal na terça, 02,
como convidado a onversar com alunos do quinto ano da Escola “Construindo
Sonhos” , do Bairro Recanto dos
Pássaros. Fui participar do “Café com Poesia”. Reencontrei a maestrina
Carmen Baseggio, que há 40 anos passa seus conhecimentos e divide seus talentos
com crianças e jovens capinzalenses. Uma cantora e professora de excelência. Eles
desenvolveram de um projeto de vivências
da cultura italianaa. Escreveram poemas sobre a gastronomia colonial italiana,
a muitas mãos. Além do alto nível do ensino nas escolas da rede municipal,
verifica-se, no educandário, elevado nível de respeito ao ser humano,
incluindo-se colegas, professores e a própria família.
O Recanto
dos Pássaros é um loteamento situado entre o Bairro São Cristóvão, em
Capinzal, e a cidade de Zortéa. Após ele, contíguo, há o loteamento “Poente do
Sol”. Em alguns anos, Capinzal e Zortéa serão conectadas pelo casario. Em ambas as cidades se tem verificado um
crescimento demográfico acima dos das outras cidades dos derredores. O padrão
das residências, ali, é bem elevado em comparação com as das outras cidades. Muito
capricho nas ruas bem conservadas e nos equipamentos públicos. A população
responde com edificações de bom nível arquitetônico.
Terminadas
minhas atividades como falante e animador literário, após o “Café com Poesia”,
uma antiga conhecida, em particular, me falou: “Riquetti, você nem falou que
foi prefeito em Ouro!”. Então, percebi que eu falara dos políticos com quem
trabalhei e nem me incluí. Na verdade, é mais gratificante ser chamado e
reconhecido como poeta ou escritor, do
que pela minha atividade politica. Nesta, algumas alegrias, a consciência de ter
feito o melhor, e muitas decepções. O que eu guardo na alma, é a amizade e o
reconhecimento de meus ex-alunos.
Nem precisa pensar: O ano vai chegando ao fim. Amanhã já é
janeiro!
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com


