sexta-feira, 11 de julho de 2014

De Copa, de Política e das Olimpíadas de 2016

          Copa do Mundo,  Eleições e Olimpíadas são eventos parecidos. Há os que ganham e os que perdem, os que comemoram e os que lamentam.  No nosso caso, acabamos de lamentar a vergonhosa participação de nossa seleção de futebol (merece letra minúscula, se não nos tivesse desonrado, atribuir-lhe ia um S e um F bem maiúsculos).
   
          No Brasil, criam-se expectativas que frustram a maioria das pessoas no futebol. Com relação às eleições, incoerências maiores do que com o esporte bretão. E, quando aos atletas olímpicos, apenas os relegam a um plano infinitamente secundário. Em pouquíssimas modalidades coletivas logramos ouro ou prata. Nas individuais, só conseguem êxito aqueles cujos pais deram lhes  muita atenção desde pequenos, incentivando-os a praticar algum tipo de esporte. E, quando alguém aparece com notável talento, acaba obtendo um patrocínio. Mas, sempre, depois de ralar muito.

          Depois de nossa atuação desastrada contra a Alemanha, ao falar com as pessoas nas ruas, ( o que faço sistematicamente), procurando captar o sentimento delas. A maioria diz que a derrota da seleção implicará no cmportamento do eleitor e, consequentemente, no resultado das eleições, em todos os cargos, do Executivo e do Legislativo. Com relação ao futebol, incisivamente, querem mudanças radicais. Entendem que todos nós somos muito movidos a paixões. Na política, também. Às vezes votamos em tranqueiras que sabemos que são apenas demagogos, aproveitadores e oportunistas. A bagunça das coligações, em que há significativa mistura de partidos com ideologias antagônicas numa mesma composição, revolta o eleitor. Mas isso não é suficiente para que deixem de votar no seu "lado de preferência".

          Então, fui pesquisar sobre as nossas Olimpíadas de 2016. Não sabemos, ao certo, quem estará gvernando o Brasil, o Estado do Rio de Janeiro e a sua Capital. Sabemos que a estrutura para os Jogos Olímpicos é algo de grande investimento também. E, embora já tenhamos sediado no Rio os Jogos Panamericanos, muita coisa que se contruiu já virou INÚTIL, como foi o caso do Velódromo e do Engenhão. Não me admira que, em poucos meses, comecem a aparecer as falhas nas construções dos estádios das 12 sedes da Copa. Mas, o que me chamou a atenção, foi um artigo publicado em 2012, em que o articulista falava da importância da preparação dos atletas desde crianças, tanto no aspectos físico quanto o psicológico, passando pelo desenvolvimento dos fundamentos técnicos. E nos mostrava, justamente, como isso acontece na Alemanha e outros países, onde os componentes "organização e razão", estão muito presentes. Têm planejamento.

         Pratiquei esportes durante toda a minha vida: joguei futebol, vôlei, handebol, nadei muito e até ganhei uma medalha jogando peteca em duplas. Fui político, participei como candidato uma única vez,  fui eleito Prefeito em Ouro (Não me deixei contaminar pela vaidade), mantenho amizade e respeito com meus adversários e seus familiares. Vivi assim, quero continuar vivendo assim, sou feliz assim! Sinto-me, com isso, na condição de opinar sobre algumas modalidades de esportes e sobre política. Faço isso no Jornal Cidadela, do jornalista Mário Serafin, aqui em Joaçaba.   E o espaço neste blog reservo para a literatura, onde escrevo poemas, crônicas e alguns artigos.

          Mas, posso asseverar a todos os que têm paciência para me lerem que, como sabem meus leitores, o resultado limpo e agradável em todos os campos se obtém pela forma como se começa desde criança e com as posturas que se ostenta durante toda a nossa vida. Isso tudo é para dizer que me preocupa muito o desempenho dos brasileiros nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, pois não veja efetivas ações na preparação de atletas, o que deveria estar acontecendo há pelo menos uma década. O que vejo, são apenas algumas ações  isoladas e alguns preparado-se no exterior, talvez duas centenas deles.  Não há estrutura, não houve  planejamento, nem determinação em relação à formação de atletas. A atenção tem sido para o futebol que fascina, encanta, movimenta bilhões e engana milhões.

Euclides Riquetti - Escritor - Membro da ALB/SC
Articulista do Jornal Cidadela
Joaçaba - Santa Catarina

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