segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Uma grande guerra pré-eleitoral, com perseguições e narrativas duvidosas

 



                                  Observação: Não foi De Gaulle quem proferiu a frase que é atribuída a ele. 


       Está em curso uma grande guerra pré-eleitoral no Brasil. As desavenças entre o Executivo e o Legislativo, e o Judiciário e o Legislativo, estão em todas as pautas possíveis. Constroem-se narrativas, propagam-se ideias. Formam-se arcabouços ideológicos, os cidadãos simples acabam envolvidos nas fogueiras através das redes sociais, a grande mídia dá o seu tom interesseiro, a cabeça das pessoas fica em meio à confusão toda. Realmente, como lá na França, o diplomata brasileiro, diante de um conflito diplomático entre o Brasil e a França, conhecido como Guerra da Lagosta, o diplomata brasileiro Carlos Alves de Souza Filho, em 1962, disse que “O Brasil não é um país sério!” (A frase é atribuída, de forma errada, a Charles de Gaulle). Continuamos assim!

       E não podemos atribuir toda a culpa à classe política, mas a todos em geral. Atualmente, a imprensa é uma das grandes culpadas, pois dá espaço a picaretas, ajuda a disseminar narrativas mais do que duvidosas e a embaralhar a cabeça dos brasileiros. Tudo pelos seus interesses: dinheiro, ideologia, audiência!  As notícias sobre a política se misturam às policiais. Quem está invadindo o território de quem?

       Na segunda quinzena de janeiro, como não aconteceram muitas desgraças, a pauta tem sido as buscas que a Polícia Federal tem feito junto a endereços de bolsonaristas, como Carlos Jordy, Alexandre Ramagem Rodrigues, deputados federais e, agora, Carlos Bolsonaro, vereador pela cidade do rio de Janeiro, filho do ex-Presidente Jair Messias Bolsonaro. Ramagem é pré-candidato a Prefeito naquela cidade. É visível que as operações visam a constranger o ex-Presidente Bolsonaro. Ainda, alguém duvida de que a ação policial não seja em razão das eleições no Rio de Janeiro, ou de promover o desgaste de Jair?

       O Défict das Contas do Governo Federal – Fechadas as contas relativamente a 2023, verifica-se em déficit de duzentos e trinta bilhões  e quinhentos milhões de Reais. É o pior resultado desde o ano de 2020, quando ocorreu a Pandemia da Covid 19. O Governo tem tentado, e conseguido, de todas as formas melhorar a arrecadação, mas se tem constituído num gastador inveterado. Diz que a culpa é do Bolsonaro, que não pagou uns precatórios na Pandemia. Governos que gastam mais do que arrecadam perdem a credibilidade perante o mercado de investidores internacional. Isso é, sempre, uma realidade, gerando incertezas para  estes, que já têm a assombração da insegurança jurídica. E os investimentos fogem.

    

       Eleições locais – na outras semana, o prefeito de Chapeco, João Rodrigues, esteve em Herval d´Oeste, em concorrido evento político. Na ocasião, o vice de Herval, Jair da Rosa (PL,)  e o prefeito de Luzerna, Juliano Schneider (Republicanos), filiaram-se ao PSD. O vereador Juliano Pedrini, ainda no PL, foi praticamente lançado como candidato e Prefeito Pelo PSD para Joaçaba. A consolidação da mudança de partido se dará possivelmente entre fim de março e início de abril, quando da janela partidária, em que políticos podem mudar de sigla sem perder seus mandatos eletivos.   

       Planos de saúde que matam – Os planos de saúde estão reivindicando um aumento de 25% nas mensalidades dos usuários. Argumentam que a “inflação médica” é de 14%. Os médicos reclamam que são mal remunerados. Os usuários, quando aos 59 anos, recebem comunicado de que os valores passam a ser estratosféricos. Dessa forma, são afugentados e abandonam o Plano. Alguma coisa está errada, muito errada. E as autoridades, o Ministério da Saúde, o da Fazenda, o do Planejamento, fazem o quê, dizem o quê? Planos precisam ser para proporcionar saúde e não para “matar” na velhice.

 

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

 Meu artigo no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC

Em 01-02-2024

 

 

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