As folhas envelhecidas, enfenecidas
Vão-se desprendendo dos galhos cinzentos:
Esperam as singelas lufadas dos ventos
Nas tardes de abril, nas noites enegrecidas.
(Foi-se o verão
Foram-se as areias
Foi-se o mar)
As flores se escondem, timidamente...
O sol reserva seu charme para as primaveras e verões
Enquanto os corpos, cobertos, abrigam almas, intimamente
Namorados e amantes pausam paixões, contêm as emoções.
E há um leve sentimento de abandono:
É Outono!
É o Outono das noites frescas que se prolongam
É o Outono das tardes amenas que se encurtam
É o Outono da inspiração que não vem:
É o Outono das palavras que se buscam e não se as têm.
Então, restam apenas lembranças.
A inspiração do poeta, do Eu, foi embora!
Plumou no ar
Planou no mar...
Restam as lembranças, sim!
Agradáveis lembranças de teus lábios!
E a inspiração volta, agora...
Euclides Riquetti
22-04-2012
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